Depois de ontem a vacina AstraZeneca ter sido suspensa o Tiago, que durante o dia tinha anunciado a vacinação em massa dos docentes e não docentes da EPE e 1.º Ciclo seria este fim de semana, devia ter vindo dar uma palavrinha.
Mas, como sempre, confinou-se à espera que isto passe e possa vir outra vez dar “boas notícias”.
Em vez do Tiago a DGS elucidou a comunidade educativa…
Portugal vai suspender a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca. Notícia é avançada pelo i. A Direção-Geral da Saúde, o Infarmed e a task-force de vacinação marcaram entretanto uma conferência de imprensa para as 19h30.
Espero bem que isto seja verdade, mas até este momento ainda não recebi qualquer informação oficial sobre o assunto. Mais uma vez, vamos trabalhar em cima do joelho?
Nos concelhos mais pequenos, a vacinação de docentes e não docentes do pré-escolar e 1.º ciclo vai ser feita nos centros de saúde e, nos concelhos maiores, em agrupamentos escolares e centros de vacinação, adiantatask force.
A vacinação contra a covid-19 dos docentes e não docentes do pré-escolar e 1.º ciclo vaiavançar no próximo fim-de-semana em centros de saúde, nos concelhos mais pequenos, e em agrupamentos escolares e centros de vacinação já em funcionamento. Tentar-se-á vacinar a maior parte dos cerca de 78.700 professores e auxiliares identificados pelos ministérios da Educação e da Segurança Social nesta operação do fim-de-semana, adiantou ao PÚBLICO uma fonte do grupo de trabalho (task force)responsável peloplano nacional de vacinaçãocontra a covid-19. As creches e os outros ciclos de ensino ficam para mais tarde.
A operação vai avançar em “três modalidades”. Nos concelhos em que o número de pessoas a imunizar seja inferior a 250, a vacinação será feita nos centros de saúde; naqueles em que oscile entre 250 e 500 vai ser levada a cabo em agrupamentos escolares; e, nos que têm mais de 500, realizar-se-á em centros de vacinação contra a covid-19 já em funcionamento. “Será um teste para ver como estão a funcionar estes centros”, explicou a fonte datask force.
O STOP realizou um plenário nacional no dia de ontem e para além da contestação na rua nos dias 16, 17 e 18 de março à porta da DGEstE Norte, Centro e na Assembleia da República, respetivamente, decidiu avançar com uma providência cautelar para tentar travar o concurso de docentes.
Foram aprovadas outras iniciativas que constam do comunicado do STOP.
Colegas, o grande Plenário Nacional de hoje teve a participação de cerca de 200 professores de todo o país. Todos (independentemente de serem sócios) tiveram o direito a intervir e a apresentar propostas.
No final foi aprovado (para tentarmos travar as grandes injustiças associadas ao atuais Concursos):
1. Avançar com umaPROVIDÊNCIA CAUTELAR(mas atenção isso não garante nenhuma vitória à partida por isso é importante atuarmos em várias frentes em simultâneo);
2. Associar essas reivindicações pelo menos até ao último dia do Concurso (19 março) às já existentes para aGREVE durante toda a próxima semana(em defesa de condições de segurança para os Profissionais de Educação);
3. Para tentar furar o “bloqueio mediático” e podermos mostrar casos reais de colegas profundamente prejudicados, faremos3 CONCENTRAÇÕES de protesto às 12h:
16 março / terça-feira à frente da DGEstE do Norte – Porto;
17 março / quarta-feira à frente da DGEstE do Centro – Coimbra;
18 março /quinta-feira à frente da Assembleia da República.
4. O S.TO.P. além do pedido que já foi feito a todos os grupos parlamentares, irá contactar diretores, representantes de pais e também pedir uma audiência ao Presidente da República;
5. Apelamos a que todos os colegas que pressionem os grupos parlamentares enviando emails (gp_ps@ps.parlamento.pt,
gp_psd@psd.parlamento.pt,
bloco.esquerda@be.parlamento.pt,
gp_pcp@pcp.parlamento.pt,
gpcds@cds.parlamento.pt,
pan.correio@pan.parlamento.pt,
PEV.correio@pev.parlamento.pt).
Como ficou evidente o S.TO.P. está a lutar desde o início contra estes Concursos ignóbeis e iremos continuar: QUEM LUTA NEM SEMPRE GANHA MAS QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE!
A partilhar!
NOTA: Apesar do S.TO.P. no plenário ter garantido totalmente os custos da providência Cautelar e das eventuais ações associadas, por proposta de colegas, foi aprovado que o S.TO.P. disponibilizaria o seu IBAN para os eventuais colegas que quiserem ajudar a custear estas ações judiciais. Para os eventuais interessados, apenas solicitamos que nos enviem os comprovativos para o email: s.to.p.juridico@gmail.com (IBAN disponível aqui:https://sindicatostop.pt/aderir-2/).
“Existe uma estrutura que coordena e que é responsável pelo processo de vacinação e que foi criada para gerir este processo e de acordo com aquilo que fomos informados por essa ‘task force’ já existe neste momento trabalho com as estruturas regionais e locais do Ministério da Saúde para que a vacinação seja iniciada no próximo fim de semana, nos dias 20 e 21 de março, continuando depois durante o mês de abril”
Na Alemanha, um coro de crianças decidiu fazer uma música dedicada a Portugal, para dar conforto e apoio aos portugueses. A iniciativa partiu de Stephanie Müller-Bromley, uma advogada alemã, que tem uma forte ligação com Portugal.
“Portugal, meu amigo” é cantado em alemão e português e fala, através de uma metáfora de um pássaro ferido, sobre esperança e um futuro positivo.
A música circulou pelas várias embaixadas de Portugal, noutros países, e tem recebido um feedback muito positivo.
Depois de fazer este artigo, e porque ainda podem subsistir dúvidas na resposta a dar no campo 2.2.5. resolvi, juntamente com o João Fonseca, fazer esta pequena aplicação para os docentes QZP saberem que resposta dar no campo 2.2.5.
Esta aplicação faz uma consulta às listas de colocações indicadas no campo 2.2.5, consulta também se o docente que entrou num desses concursos já foi colocado através de algum concurso interno posterior.
Se o docente não entrou num dos concursos assinalados a resposta que a aplicação dá é sempre “Outros”, se o docente foi colocado num desses concursos e não obteve colocação posterior a resposta que a aplicação dá é aquela que devem preencher no campo 2.2.5. Se o docente entrou num destes concursos e obteve colocação posterior a resposta que a aplicação dá é “Outros – colocado novamente em 20XX”. Neste caso devem responder outros no campo 2.2.5.
Se podia ser a DGAE a fazer isto? Poder podia, mas não era tão eficaz, de certeza. 🙂
NOTA: Para situações específicas de docentes colocados administrativamente nestes concursos devem ser analisados individualmente pelos docentes que obtiveram essas colocações, porque a nossa lista não analisa esses casos específicos.
O próximo quadro apresenta o número de colocações nos concursos externos que não terão as suas vagas recuperadas caso o docente saía do lugar que ocupa ou ocupou no ingresso na carreira.
Alguns dos grupos de recrutamento mais recentes, como o 120 e o 360 tem praticamente todas as vagas de QZP a extinguir, não havendo possibilidade de ninguém entrar num destes grupos através do concurso interno para qualquer QZP.
Amanhã, ou no máximo na terça-feira iremos apresentar uma nova página que irá cruzar esta lista com as listas dos concursos internos para verificar que vagas já foram extintas e aquelas que ainda faltam extinguir.
«A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano…» Ernest Hemingway
Amigos, acredito que para alguns de vós a tarde tenha sido longa, muito longa. Há dias em que o tempo para ali à nossa frente como se quisesse atropelar-nos.
Hoje, durante três horas e dezassete minutos, ouvi a história, que há tantos anos conheço, de uma colega, mãe de três filhos, hóspede num qualquer T1 ,com os trocos contados. Ouviram bem? Três horas e dezassete minutos.
Dizia-me ela, como se eu não soubesse, que há 25 anos que conhece as estradas do norte do país como as linhas da mão. De a z, ao jeito de Saramago, ia soletrando uma a uma. Depois, baixava a cabeça, como quem quer deixar cair a dor em qualquer canto, e repetia « Agora, que faço à vida? Em Lisboa, com o Rodrigo, a Maria , o Tomás e 1000€ , que faço à vida?». Eu dizia-lhe que estava frio, muito frio. O tempo ia mudar. Ela prosseguia «as casas andam pela hora da morte». Asseguro-vos que a tarde estava fria, o vento soprava de este e eu começava a temer o provérbio. Bom vento, estava à vista que não era. «Deixar os filhos com a minha mãe, tu sabes que ela já tem 80 anos e eu não posso, não posso ficar sem eles». Atalhei novamente com o tempo, mas a voz embargada e os olhos encharcados não me deixaram acabar a frase. Avistava-se claramente um temporal.
Entrei em casa gelada e derreada de medo. Como é possível tanta crueldade e tanto ódio? Que mal lhe fez esta gente? Divida com eles as suas ajudas de custo e, certamente, eles partirão com outro ânimo. Afunde a embarcação e morreremos todos, mas poupe-me ao pesadelo de o ver a atirar um a um pela janela.
A noite será longa, muito longa.
São várias as dúvidas que me chegam sobre o que colocar no campo 4.1 sobre a pergunta “Transferência de Quadro“.
A transferência do quadro é para quem pretende concorrer para mudar do seu vínculo de pertença.
Um docente QZP/QA que pretenda concorrer para mudar para outro QZP ou outro AE/ENA deve sempre colocar o SIM .
A transferência de quadro pode ser feita de:
QZP para outro QZP
QZP para QA/QE
QA/QE para outro QA/QE
QA/QE para QZP
Se colocarem NÃO na pergunta 4.1 e também NÃO quiserem transitar de grupo de recrutamento quer dizer que não pretendem concorrer e estes dois não não permite seguir no concurso.
A opção de concorrerem é apenas vossa e nenhum docente do quadro é atualmente obrigado a concorrer. Em tempos os QZP eram obrigados a concorrer no concurso interno, mas atualmente já não têm essa obrigação.
a) As atividades educativas e letivas, em regime presencial, nos estabelecimentos de ensino públicos, particulares e cooperativos e do setor social e solidário, dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, às quais é aplicável o regime não presencial estabelecido naResolução do Conselho de Ministros n.º 53-D/2020, de 20 de julho;
b) As atividades de apoio social desenvolvidas em centro de atividades ocupacionais, centro de dia, centro de convívio, centro de atividades de tempos livres, excluindo quanto às crianças e aos alunos que retomem as atividades educativas e letivas, e universidades seniores;
c) As atividades letivas e não letivas presenciais das instituições de ensino superior, sem prejuízo das épocas de avaliação em curso.
2 – Excetuam-se do disposto na alínea a) do número anterior:
a) Sempre que necessário, sendo os mesmos assegurados, os apoios terapêuticos prestados nos estabelecimentos de educação especial, nas escolas e, ainda, pelos centros de recursos para a inclusão, bem como o acolhimento nas unidades integradas nos centros de apoio à aprendizagem, para os alunos para quem foram mobilizadas medidas adicionais, salvaguardando-se, no entanto, as orientações das autoridades de saúde;
b) A realização de provas ou exames de curricula internacionais.
3 – Sem prejuízo dos n.os 1 e 2:
a) Os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas da rede pública de ensino e os estabelecimentos particulares, cooperativos e do setor social e solidário com financiamento público adotam as medidas necessárias para a prestação de apoios alimentares a alunos beneficiários dos escalões A e B da ação social escolar;
b) Os centros de atividades ocupacionais, não obstante encerrarem, devem assegurar apoio alimentar aos seus utentes em situação de carência económica, e, sempre que as instituições reúnam condições logísticas e de recursos humanos, devem prestar acompanhamento ocupacional aos utentes que tenham de permanecer na sua habitação;
c) As equipas locais de intervenção precoce retomam as respetivas atividades presenciais regulares, salvaguardadas todas as medidas de higiene e segurança recomendadas pela Direção-Geral da Saúde;
d) Os centros de apoio à vida independente devem manter-se a funcionar, garantindo a prestação presencial dos apoios aos beneficiários por parte dos assistentes pessoais, podendo as equipas técnicas, excecionalmente, realizar, com recurso a meios telemáticos, as atividades compatíveis com os mesmos.
4 – Ficam excecionadas do disposto no n.º 2 as respostas de lar residencial e residência autónoma.
É preciso sapiência e mestria para conseguir empatar reuniões, independentemente da natureza das mesmas…
Nas escolas é comum convocarem-se reuniões de carácter obrigatório com demasiada frequência, por vezes, injustificáveis e de pertinência duvidosa…
E já nem falo daquelas reuniões que se realizam apenas, e só, para cumprir determinadas formalidades porque as decisões, essas, já foram efectivamente tomadas por outros…
Enfim, reuniões muito frequentes, “a metro”, previsivelmente redundantes, e/ou demasiado longas, costumam significar desperdício de horas em actividades inúteis e improfícuas…
Devido a algumas discussões inconsequentes e/ou a monólogos supérfluos e desnecessários, por vezes, esgota-se o tempo máximo previsto para a duração da reunião e podem ficar por tratar alguns assuntos efectivamente relevantes e pertinentes. Nessas circunstâncias, ou se convoca nova reunião ou se dão por tratados esses temas, ainda que cabalmente não o tenham sido…
Frequentemente, fica-se com a sensação de que uma reunião que se prolongou por mais de duas horas poderia ter sido realizada em metade desse tempo, se a comunicação entre os respectivos intervenientes tivesse sido realizada de forma mais pragmática e eficiente…
Reuniões que se arrastam por tempo infinito; pessoas que nunca têm pressa em concluir qualquer reunião; pessoas que repetem o que já foi dito e redito, sem acrescentar nada de novo; pessoas que apresentam recorrentemente dados irrelevantes ou fúteis; pessoas que gostam muito de se ouvir a si próprias… Discursos quase sempre fastidiosos, “redondos” e redundantes ou marcados por grande dispersão…
Às vezes, há pessoas que parecem considerar que a respectiva competência se mede pela sua capacidade de debitar palavras ou que parecem recear que a sua competência possa ser posta em causa se afirmarem simplesmente que não têm nada a acrescentar ao que já foi dito…
E não estou sequer a refutar a importância daqueles momentos triviais, de descontração ou de bom humor, que também são necessários durante uma reunião, benéficos para renovar o estado de concentração e retomar o enfoque nas temáticas em apreço…
Em praticamente todas as escolas também existem pessoas peritas naquilo que comummente se designa por “conversa de treta”, conseguindo, quase sempre, colocar um tom muito enfático em todas as suas palavras, esperando, talvez, convencer ou persuadir os outros da imensa importância de tudo o que afirmam…
O que afirmam é sempre tido por si como muito pertinente e deve, por isso, suscitar a maior atenção e o maior interesse por parte de quem os ouve, quer estejam a dissertar sobre o estado do tempo, sobre medicamentos homeopáticos caríssimos (ênfase em “caríssimos”), supostamente muito terapêuticos, ou sobre os benefícios do chá de malva na prevenção e no tratamento das hemorróidas…
Depois também existem os que acham que devem ter sempre a “última palavra” e que nunca erram, mesmo que algumas das suas falhas ou enganos sejam óbvios e notórios para os restantes… Pessoas assim costumam considerar que a sua suprema competência e a sua superior sabedoria as coloca sempre num pedestal acima de qualquer crítica ou reparo…
Uns e outros, parecem acometidos por manifestações crónicas de egocentrismo e/ou de falta de noção do ridículo e do absurdo. Ou de ambas…
E como na escola prevalece, demasiadas vezes, o inevitável e artificial, “politicamente correcto”, torna-se difícil, mas muito tentador e apelativo, proferir em certos momentos afirmações deste género: “a sua mensagem foi recebida, visualizada e ignorada com sucesso” (frase de autor desconhecido, roubada da net)… Mas lá que apetecia, apetecia…
Quando a paciência infinita não é uma virtude, é fácil cair na tentação de começar a “bufar” ou a revirar os olhos, apesar disso também não ser aceitável do ponto de vista do “politicamente correcto”… Mas também não será caso para se fazerem grandes dramas: aspirar à paciência infinita ou à castidade são desígnios apenas alcançáveis por Sant@s…
Assim sendo, resta-nos a resiliência…
Resiliência é aguentar uma reunião de duas horas a discutir o “sexo dos anjos”, sem perder o controlo ou a compostura e sem mostrar sinais de irritabilidade, conseguindo recalcar a frustração e dissimular muito exaspero e alguma raiva… Isso, sim, é resiliência…
Ir fazendo pequenos rabiscos, imperceptíveis para os outros participantes, numa folha de papel, no sentido de alcançar alguma abstracção, pode ajudar… Tentar pensar em algo positivo, como alguma actividade a realizar assim que se sair dali, e que possa mitigar possíveis efeitos entediantes, por exemplo comer pão com manteiga, inalar algum fumo de tabaco, ou ingerir uma boa dose de cafeína, também…
E, sim, procurar o conforto emocional proporcionado pela comida numa situação como esta, é perfeitamente aceitável e desculpável…
Quanto ao tabaco, não se recomenda em nenhuma situação, mas compreende-se a necessidade do seu consumo em determinadas ocasiões… Já a cafeína não pode deixar de se considerar como imprescindível, depois de uma longa “conversa para boi dormir”, segundo expressão utilizada pela cultura popular brasileira, no sentido de ilustrar algo semelhante ao descrito…
E, não, com o anterior, não se pretende fazer a apologia de consumos aditivos ou de dependências (comida, tabaco, cafeína), tão “politicamente incorrectos” nos tempos que correm, como poderiam pensar os defensores mais ortodoxos e acérrimos dos “bons exemplos”, dos “bons costumes” e dos estilos saudáveis de vida… Mas também não pode deixar de se enfrentar a realidade, ignorando-a ou mascarando-a…
A esse propósito, e na tentativa de aliviar algumas tensões do momento, fica esta anedota, profundamente “politicamente incorrecta”, que circula por aí: “Fiz uma dieta rigorosa, cortei no açúcar, nas gorduras e nas proteínas. Abstive-me de consumir álcool e tabaco, pratiquei exercício físico todos os dias, bebi muita água e dormi cerca de nove horas por noite. Em duas semanas, perdi 14 dias”.
E, ainda, assim, nessas alegadas reuniões, ir esboçando pequenos sorrisos, mantendo, de vez em quando, o contacto ocular com cada interlocutor e fazer um ligeiro acenar de cabeça, numa manifestação de (falsa) concordância com ele, pode ser considerado como uma atitude cínica e hipócrita? Sim, claro que pode. Pode e é…
Mas também é a estratégia mais indicada para respeitar o “politicamente correcto”, zelando pela sua escrupulosa observação (“comme il fault“), e para conseguir, ainda assim, sobreviver ao “massacre” verbal infligido por algumas pessoas…
Se olharem para vós, esboçando um pequeno sorriso, e se vos acenarem ligeiramente com a cabeça durante o tempo em que estiverem a falar numa reunião, desconfiem… Desconfiem que isso signifique o que parece e que possa ser afinal uma manifestação de hipocrisia, típica de quem se esforça por respeitar o “politicamente correcto” e evitar a denominação de “persona non grata“…
E por falar (novamente) em “politicamente (in)correcto”, lembrei-me de uma expressão utilizada por uma amiga, quando desiste de tentar compreender algumas pessoas: “Eles que são brancos, eles que se entendam!”.
Eu, branca, sem grandes propensões para cometer excessos, mas com uma certa tendência para o “politicamente incorrecto”, concordo plenamente com a minha amiga…
Nota: Alerta-se para a presença de muita ironia, de muito sarcasmo e de algum “politicamente incorrecto”, susceptíveis de poder ferir algumas sensibilidades…
Tudo está dependente da bússola apresentada por António Costa na quinta-feira. Basta o Rt ultrapasse o “1” ou o número de casos por 100.000 habitantes seja maior do que 120.
O plano de desconfinamento apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro obedece a uma lógica: para o país avançar no sentido do desconfinamento é visto como um todo e são analisados os indicadores a nível continental (excluindo Madeira e Açores); para travar ou voltar atrás, o que conta são os indicadores regionais. A regra aplica-se inclusivamente às escolas.
No seguimento do artigo anterior resolvi colocar as diversas listas de colocações dos concursos externos que não recuperam ou recuperaram vaga se o docente sair ou já saiu desse QZP.
Se o vosso lugar de QZP ainda é o mesmo do que consta da vossa lista de integração no quadro, porque nunca conseguiram mudar de QZP, então devem colocar o respetivo concurso em que entraram no ponto 2.2.5. (para isso podem confirmar nas listas em que concurso entraram).
Para qualquer outra situação é considerado “Outro” no campo 2.2.5.
Os docentes que sejam “Quadro de Zona Pedagógica” candidatos ao concurso interno têm de responder na pergunta 2.2.5 se mantêm o vínculo à zona pedagógica e ao grupo de recrutamento de colocação obtida no concurso em que vincularam. Caso o docente ainda mantenha o mesmo vínculo na zona onde entrou pelo concurso deve responder em que concurso entrou, caso o docente QZP já tenha mudado de QZP desde que vinculou, a partir de 2013/2014, ou tendo entrado nos concursos externos anuais até 2016/2017, deve responder “Outro“.
E é muito importante que seja dada uma resposta correta aqui e que as escolas tenham especial cuidado na validação destas resposta.
Tudo porque a aplicação irá dar como vaga a ser recuperada, ou não, no caso do docente obter uma colocação, conforme a resposta dada.
Não aparecem no quadro os Concurso Externos de 2013/2014 a 2017/2018 porque até essa data as vagas eram recuperadas para os concursos seguintes, pelo que quem vinculou nesses anos e ainda mantêm o vínculo nesse QZP e grupo de recrutamento também deve colocar “Outro“.
A partir do ano letivo 2017/2018, estranhamente, as vagas do concurso externo anual deixaram de ver as vagas abertas recuperadas para o futuro.
E a não recuperação de vagas dos concursos externos anuais a partir de 2017/2018 é bem mais grave que outras questões que andam a ser discutidas nos últimos dias.
O primeiro-ministro assumiu hoje que o Governo foi além da posição dos especialistas ao estender a reabertura das aulas na segunda-feira até ao 1º ciclo, invocando os efeitos nefastos do encerramento das escolas no desenvolvimento da aprendizagem.
“O Governo teve em conta dados como o impacto que o encerramento das escolas tem no desenvolvimento das crianças e do respetivo processo de aprendizagem no encerramento das escolas”, declarou António Costa na conferência de imprensa em que apresentou o plano de desconfinamento do executivo.
Perante os jornalistas, o líder do executivo defendeu que, em termos globais, o seu executivo procurou “analisar de forma equilibrada os diferentes níveis de preocupação que qualquer Governo deve ter em conta para definir um plano de desconfinamento”.
A seguir, António Costa admitiu que, na questão da reabertura das aulas presenciais até ao 1º ciclo, “não seguiu a rigorosamente a recomendação” dos professores Raquel Duarte e Óscar Felgueiras, especialistas que propunham que nesta segunda-feira apenas abrissem creches e jardins de infância.
“Mas o Governo alargou essa abertura ao 1º ciclo e, por outro lado, juntou o terceiro ao segundo ciclo, assim como o Superior ao Ensino Secundário. Consideramos que é fundamental que o processo de aprendizagem seja afetado o mínimo possível”, justificou.
António Costa referiu depois que o seu Governo “lutou até ao último momento para não encerrar escola nenhuma”.
“E sempre dissemos que a reabertura seria uma das primeiras a tomar. Assim o estamos a fazer”, declarou.
Este plano de desconfinamento, acentuou o primeiro-ministro, “corresponde à necessidade de controlar a pandemia e de ir reabrindo com segurança a atividade da sociedade, sem correr riscos”.
“Este é um plano conservador com uma reabertura a conta gotas”, acrescentou.
Para os pais que passaram estas últimas longas semanas a lidar em simultâneo com o teletrabalho, a escola à distância e o rápido esboroar do ânimo e saúde mental de toda a família, talvez a única ligação a solo firme tenha sido – para nos ir salvando da incerteza que nos minou os dias -, um bom professor.
Não parece particularmente entusiasmante, entregarmos a esperança da normalidade a essa voz metalizada que emergia do caos gerado por computador. Mas só para quem não sente por dentro o calafrio irreprimível provocado por uma criança desesperada sem saber que o está, ou por um filho que sabe estar desesperado sem perceber porquê.
A professora Cátia, serena e constante, conseguiu construir um chão que nos foi sossegando, mesmo que começasse do zero todos os dias para conter o tumulto crescente dos miúdos, com paciência e firmeza, e para tornar a ansiedade dos pais mais tolerável.
Ser professor nestas circunstâncias é ser funambulista com fio por esticar, mantendo os ombros indiferentes ao peso da sanidade obrigatória. Assim foi Cátia, a professora que nunca cedeu, mesmo quando tudo parecia estar a ruir.
Governo separou datas do desconfinamento do 3.º ciclo e ensino secundário, mas muitos docentes dão aulas a ambos os níveis de ensino. Solução é fazer ensino remoto a partir das escolas, mas os directores temem que a rede de Internet não seja suficiente.
Teresa Soares “não contava que fossem dividir o 3.º ciclo e o ensino secundário” no plano de desconfinamento. Quando o primeiro-ministro anunciou, na quinta-feira, que os alunos do 7.º ao 9º ano retomam as aulas a 5 de Abril, enquanto os colegas do 10.º ao 12.º ano o fazem apenas duas semanas depois, ficou preocupada. “Como é que vou conseguir dar aulas presenciais e à distância ao mesmo tempo?”, pensou. Há milhares de professores na mesma situação. Durante duas semanas, vão ter que conciliar as duas modalidades de ensino.
Professora há quase 30 anos, Teresa Soares lecciona Português ao 8.º e 10.º anos no agrupamento de escolas Dr. João de Araújo Correia, em Peso da Régua. O seu horário numa terça-feira, por exemplo, começa às 8h50, com os alunos do ensino secundário, uma aula que continuará a ser dada remotamente até meados do próximo mês. Para as 10h45, está marcada a lição com os estudantes do 3.º ciclo, que volta a ser presencialdepois da Páscoa.
O intervalo de dez minutos entre as duas aulas “não dá tempo para chegar de casa à escola”, garante. A única solução será cumprir o horário lectivo como se fosse dar todas as aulas presencialmente, sabendo, porém, que os alunos do ensino secundário vão continuar à distância. “É mais umanovidade a que vamos ter que nos adaptar”, comenta Teresa Soares.
Atendendo à forma como está organizada a carreira docente, o 3.º ciclo do ensino básico e o ensino secundário correspondem ao mesmo grupo. O relatório Educação em Números 2020, publicado pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, revela que há 76.735 professores do 3.º ciclo e ensino secundário. Pelas estatísticas não é possível perceber quantos dão efectivamente aulas a ambos os níveis de ensino simultaneamente. O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), Filinto Lima, estima que sejam umas dezenas de milhar: “É seguramente um número apreciável”.
O dia-a-dia de muitos destes professores “vai ser um puzzle difícil de fazer”, defende Anabela Paiva Figueiredo, professora de Educação Física no agrupamento de escolas de Soure. As cinco turmas a que dá aulas são de quatro anos de escolaridade diferentes: 8.º e 9.º anos, do 3.º ciclo, e 10.º e 12.º, do secundário.
Os seus alunos do ensino secundário têm uma aula por semana (metade da carga lectiva) assíncrona. A professora atribui uma tarefa aos alunos no início da sessão e mantém-se disponível para tirar dúvidas durante aquele período. A outra aula da semana é feita de forma síncrona, com a professora a realizar exercícios com os alunos em tudo semelhantes aos que faria presencialmente. Fazer a gestão entre esses vários momentos “vai ser confuso”, antecipa Anabela Paiva Figueiredo. Desde logo, “vai ser preciso procurar um sítio calmo para conseguir dar a aula com alguma qualidade.”
As duas semanas entre 5 de Abril, quando forem retomadas as aulas presenciais do 3.º ciclo, e 19 de Abril, momento em quevoltam às escolasos estudantes do ensino secundário, vão “ser muito complicadas para estes professores”, acredita o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, antecipando “dificuldades ao nível de organização” para os professores e os agrupamentos. É às escolas que compete encontrar o espaço para que estes professores possam dar aulas, por exemplo.
“Estando os docentes a assegurar estes dois regimes em simultâneo durante esse período, têm evidentemente a possibilidade de acompanhar os alunos ainda em regime não presencial a partir da escola. Será uma opção em função do horário de cada um”, diz ao PÚBLICO o Ministério da Educação. Na generalidade dos agrupamentos de escolas contactados essa é precisamente a hipótese mais viável em cima da mesa: manter os horários integralmente. Ou seja, os professores vão dar as aulas remotas ao ensino secundário a partir das salas onde teriam as aulas presenciais. Essa solução resolve a questão logística, mas não responde a todos os problemas, em especial aos tecnológicos.
No agrupamento de escolas Dr. João de Araújo Correia, em Peso da Régua, onde Teresa Soares dá aulas, as dificuldades de ligação à Internet vêm de longe. “Dependendo do edifício” em que dá aulas, esta professora de Português tem “condições de acesso muito diferentes”. Quando estava a dar as aulas presencialmente, já sabia que, em determinados espaços da escola, precisava de ter um “plano B” sempre que o planeamento da aula passasse por recorrer a recursos digitais. “Se fosse usar um vídeo que estáonline, por exemplo, leva-o numapen drive, para garantir que podia passá-lo caso a Internet falhasse”, conta. E falhava regularmente.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/03/milhares-de-professores-vao-ter-que-dar-aulas-presenciais-e-a-distancia-ao-mesmo-tempo/
Colegas, o ME iniciou a abertura dos concursos 2021/2022 com significativas alterações deconsequências profundamente negativas na vida de milhares de professores e das suas famílias.
Para cúmulo da desconsideração, para além de alterarem “as regras a meio/fim do jogo”, a nossa classe docente apenas foi informada com um dia de antecedência…
Vamos continuar a permitir sucessivos desrespeitos?Ou estamos dispostos a fazer o que ainda não foi feito por nós e pelas nossas famílias?
O S.TO.P. apresentará uma proposta de plano de luta para tentarmos travar as alterações profundamente injustas destes concursos e também queremos, como sempre, ouvir as vossas propostas de luta.
Por isso, e para podermos construir esse plano de luta o mais democraticamente possível, iremos realizar um Plenário Nacional online de docentes. Esteplenário nacional será este DOMINGO, 14 março, às 15h (podem participar sócios e não sócios).
Quem quiser participar no plenário, basta que envie uma MENSAGEM com o assunto “Inscrição no plenário nacional 14 março”, com o seu nome completo e Escola (e indicar se é sócio) para o S.TO.P.SINDICATO@GMAIL.COM,até dia 13 março (inclusive).
Até às 15h, de 14 de março, todos receberão o LINK respetivo para poder aceder à reunião.
Proposta de ordem de trabalhos:O que podemos fazer para tentarmos travar as alterações profundamente injustas dos atuais concursos?
Para podermos avançar com uma luta minimamente consequente é fundamental que este plenário seja muito participado. Por isso,TODOS os colegas que se inscreverem devem tentar convidar outros colegas a participarem também: JUNTOS SOMOS + FORTES!
A PARTILHAR com mais colegas.
NOTA: Coerentemente com a nossa postura desde sempre não sectária, o S.TO.P. ontem, mais uma vez, convidou todos os sindicatos/federações docentes para reunir no sentido de juntar forças em defesa dos milhares de colegas profundamente prejudicados com esta situação. Obviamente que no plenário iremos transmitir se há mais sindicatos a querer juntar forças nesta luta por JUSTIÇA e RESPEITO.
Fomos informados que o processo administrativo para a vacinação dos docentes e não docentes já está em movimento.
Alguns agrupamentos já foram contatados por parte dos Centros de Saúde da área do agrupamento, durante o dia de ontem, para disponibilizarem listas de pessoal a vacinar.
Na próxima remessa que os Centros de Saúde receberem, uma parte já está reservada para a vacinação desse pessoal.
A novidade nas informações que nos foram disponibilizadas por um responsável na área e que a vacinação será realizada durante os fins de semana, ou seja, ao sábado e domingo.
A Federação Portuguesa de Futebol presta homenagem aos professores portugueses pelo trabalho realizado no último ano durante os períodos de confinamento com uma campanha, lançada esta sexta-feira, que tem como rosto Ricky, filho de Ricardo Quaresma. [Vídeo: FPF] Clique na imagem para ver o video.
O decreto-lei, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, estabelece:
1. O cancelamento das provas de aferição e das provas finais de ciclo do 9.o ano.
2. O acesso ao ensino superior, da responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e a conclusão do ensino secundário fazem-se exatamente nos mesmos termos do que no ano letivo passado. Ou seja:
-Os alunos terminam o ensino secundário com a classificação interna, isto é, não fazem exames para conclusão e certificação.
– Os alunos inscrevem-se e realizam apenas as provas de ingresso que pretendem.
3. Para continuar o diagnóstico de aprendizagens eventualmente perdidas, essencial para o planeamento de futuras medidas, realiza-se um estudo amostral, para o qual se prevê a utilização dos instrumentos de aferição nas datas previstas.
4. No caso do Ensino Profissional e Artístico, admite-se a realização de Provas de Aptidão Profissional e Artística à distância, em caso de necessidade, e a prática simulada.