Rui Cardoso

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Quem quer ser diretor escolar? – Maurício Brito

 

Num tempo em que alguns apontam o dedo ao que chamo “as peripécias” dos que ocupam os corredores da gestão escolar, impõe-se uma pergunta que ressoa com particular gravidade: quem quer, hoje, ser diretor escolar?

Concordo com grande parte do diagnóstico traçado no artigo ( https://www.publico.pt/2025/04/18/opiniao/opiniao/pais-desistiu-professor-abriu-portas-tiranetes-2130196 ) recentemente publicado no Público, pelo meu colega Paulo Prudêncio. Num tom crítico e preocupado, ele defende que o nosso país (eu diria antes a generalidade dos nossos políticos) abandonou os professores, tanto do ponto de vista institucional como simbólico. Durante décadas, foi-lhes retirada autoridade, ao mesmo tempo que se lhes impunham cada vez mais tarefas burocráticas e responsabilidades que extravasam o ensino. Esta “desistência” abriu espaço a uma série de figuras que o autor apelida de “tiranetes”, que interferem de forma autoritária e despropositada no funcionamento das escolas, contribuindo (também) para a desvalorização do papel do professor.

O texto aponta ainda para algo que merece reflexão: a captura do sistema educativo pelos partidos políticos. Trata-se de uma crítica que tem vindo a ganhar maior eco (apesar de não ser nova), e que se materializa na presença crescente de lógicas e lealdades partidárias nas estruturas intermédias e de gestão do sistema escolar. A escola pública, enquanto espaço plural e democrático, deve estar protegida desses constrangimentos externos. A defesa da autonomia profissional dos docente e da independência das escolas face a agendas político-partidárias é essencial para a sua credibilidade.

Contudo, e embora reconheça a enorme pertinência desta análise, discordo que o problema resida apenas – ou sobretudo – no atual modelo de gestão. Ele deve ser mudado, é uma facto. A limitação de mandatos faz todo o sentido, e o regresso a um modelo colegial é indiscutivelmente desejável. Mas convém não esquecer que muitos dos chamados “tiranetes” de hoje já estavam à frente das escolas no modelo anterior. E isto tem uma explicação simples: não são os modelos que erram – erram as pessoas que ocupam os cargos. O risco de autoritarismo, de afastamento da missão pedagógica e de abuso de poder, já existia antes do atual modelo e não desaparecerá apenas com uma mudança estrutural.

Além disso, importa dizer que não é clara nem conhecida a real dimensão dessa alegada “partidarização” da vida escolar. Não existem estudos consistentes e representativos que demonstrem, de forma inequívoca, que as escolas se transformaram em ambientes regidos por hierarquias partidárias ou por uma cultura de tirania institucionalizada. Conhecem-se, sim, diversos casos de abusos – e é inegável a sua existência – mas qual será a sua representatividade no universo escolar? Esta é uma questão que exige mais investigação e menos generalização. O risco de extrapolação pode comprometer a compreensão justa do sistema.

O que nos deve inquietar, no meu entender, é algo mais profundo: o “silêncio” que se instala sempre que se abre um concurso para diretor. O que verdadeiramente preocupa-me é o desinteresse, quase generalizado, dos professores em assumir essa função – apesar de ser compreensível que assim seja. Foram décadas seguidas de políticas que contribuíram para o desprestígio social e profissional, que provocaram um compreensível desânimo e cansaço na classe docente. Mais, ser diretor, atualmente, é estar sobrecarregado com tarefas que pouco têm a ver com a vertente pedagógica; é ocupar um cargo de enorme responsabilidade, sob o olhar desconfiado de muitos e com uma remuneração que roça o desrespeito. A função perdeu o brilho e, com ele, perdeu quem ainda a podia dignificar.

E é precisamente aí que reside o perigo. Quando os mais capazes desistem, outros avançam – e nem sempre movidos pelas melhores intenções. Não é apenas o modelo que abre portas aos tais “tiranetes”: é a nossa ausência, a nossa desistência. Sempre que um professor competente recua, cede espaço a quem procura poder, e não servir.

É, por isso, urgente resgatar o papel de quem lidera uma escola ou agrupamento. Não para o manter tal como está, mas para o transformar. Com menos tarefas administrativas e maior enfoque pedagógico. Com uma remuneração condigna. Com apoios. Com tempo. E com a devida valorização.

A escola pública merece mais. Muito mais. Merece lideranças pedagógicas, comprometidas e legitimadas pelos seus pares. Mas para que isso aconteça, não basta alterar o modelo de gestão: é essencial que os professores voltem a acreditar que vale a pena assumir esse papel. E, para isso, é preciso mudar as condições e o reconhecimento. Porque só quando os mais capazes quiserem liderar, é que a nossa escola poderá verdadeiramente avançar.

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“Fui vítima de agressão física, de um mata-leão, em plena sala de aula, por um aluno”

Violência contra professores, mas também a polícias, militares, bombeiros, médicos, juízes, entre outros funcionários públicos passa a ser crime público. Deixa de ser necessária queixa da vítima para se avançar com um processo judicial. A Lei que também aumenta as penas entra em vigor, esta sexta-feira. Quem representa os professores, congratula-se. Porque se a vergonha é muita, a falta de acolhimento, por parte das direções das escolas, garantem, é ainda maior

“Fui vítima de agressão física, de um mata-leão, em plena sala de aula, por um aluno”

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O país desistiu do professor e abriu as portas a pequenos tiranetes – Paulo Prudêncio

Pelo Público em 18 de Abril de 2025.
Apesar de na primeira impressão se poder considerar uma conclusão simplista para um problema complexo, o país desistiu do professor quando mudou o poder escolar do professor, regulado pelo poder público, para o poder escolar dos partidos políticos, regulado pelos próprios. De facto, a desistência do país no professor iniciou-se na primeira década do milénio e teve consequências na perda de atractividade da profissão e na abertura de portas a pequenos tiranetes nas escolas.

Duas questões prévias:

1. Os partidos políticos são essenciais à democracia. O seu poder exige uma regulação célere e eficaz nas administrações central, regional e local (também nos descentralizados municípios, onde se dilui parte do poder escolar). Na verdade, o poder partidário tornou-se paulatinamente hegemónico, reduziu o espaço dos intermediadores independentes e assentou a sua limitação temporal na dança das cadeiras quando muda a maioria que governa;

2. Há uma diferença fundamental entre o professor que ensina e que transitoriamente pode exercer outras funções, e o conjunto de pessoas providas nessa profissão. O plural inclui quem só ambiciona funções em que não se ensina. Uma vez aí, considera desprestigiante o regresso à sala de aula, contesta a hierarquia remunerátória assente no exercício de professor e, não raramente, pertence a um partido de governo.

Mas descrevam-se as causas essenciais da desistência no professor e da abertura de portas a pequenos tiranetes. Desde logo, o país entrou neste século com 6,7% do PIB para a educação (estará abaixo dos 4%). Desinvestiu-se precarizando os profissionais. Usou-se, erradamente, o argumento despesista para retirar poder ao professor, omitindo-se que a massa salarial dependeu sempre do número de profissionais (e do seu estatuto) decretado pelos governos em acordo com o atomizado poder sindical. Na realidade, registou-se uma evolução assinalável da gestão orçamental das escolas nos primeiros 30 anos de democracia.

Por outro lado, quando o poder escolar era exercido pelo professor que transitoriamente exerce outras funções, a regulação era feita pelos poderes públicos e pelo interior da organização. A vida escolar era um laboratório da democracia, da livre expressão e do direito ao contraditório. As suas imagens – arena política, burocracia, democracia e cultura, que excluíam por inadequação as gémeas anarquia e empresa – acrescentavam inovação e renovação, limitavam os excessos corporativos e até os gravíssimos casos de assédio moral. A proximidade era uma força reguladora, que se enfraquecia com a incompreensível não limitação de mandatos nas funções de gestão. Digamos que já havia sinais de caudilho e da escola de tiranetes.

Além disso, a integração no poder partidário de profissionais avessos à sala de aula criou um monstro burocrático adversário da liberdade de aprender e ensinar. O conhecido universo de inutilidades organizacionais e informacionais inundou o sistema escolar de emprego partidário, controlou a gestão das escolas e influenciou – e influencia – a manutenção do que existe.

Aliás, essa atmosfera corporativa sustentou um desequilíbrio negativo para as políticas públicas de educação: se se sabia que nunca se deve entregar essas políticas a pedagogos (seria caótico um sistema baseado em pedagogias pedocentristas ou magistercentristas), também se comprova que não devem ficar nas mãos de “professores empregados” nos partidos políticos.

Em síntese, a educação é arte do equilíbrio e a democracia a da regulação. Há soluções possíveis que oxigenam o exercício de professor: limite-se os mandatos na gestão das escolas para um período global inferior a uma década, eleja-se, pelo voto directo dos profissionais, um órgão de gestão colegial ou unipessoal (com a opção referendada, sem estatutos próprios e com a exigência de candidaturas pertencentes ao quadro da organização em causa) e recupere-se o poder dos conselhos pedagógicos. Testemunhe-se um legado democrático às novas gerações. A democracia fragilizou-se e é uma péssima lição ter as escolas expostas a pequenos tiranetes.

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20 docentes pediram exoneração de vinculo público nos últimos 12 meses

 

Nos últimos doze meses houve 20 docentes que optaram por pedir exoneração do vínculo público.

Durante o ano de 2023 outros 9 já o tinham requerido, em 2024 foram 17 e em 2025, até ao dia de hoje, 5 optaram por pedir a exoneração. 31 docentes, no total, requereram a exoneração de vinculo público desde 1 de janeiro de 2023.

Desde 1 de janeiro de 2018 as contas chegam às quatro dezenas de docentes.

Não sei porquê, mas ninguém contabiliza estes números nas suas contas. É um número residual, mas que pode fazer a diferença numa ou noutra escola.

 

 

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“Entre os novos e os que voltaram, temos mais 6000 professores nas escolas este ano”

Ministro da Educação compromete-se com duplicação do “número de psicólogos com vínculo às escolas” e mais mil milhões de euros para obras em escolas, através do Banco de Investimento Europeu.

“Entre os novos e os que voltaram temos mais 6 mil professores nas escolas este ano”, afirma o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que está disponível para continuar no cargo após as legislativas de 18 de maio.

“Pode parecer que estou agarrado ao lugar, mas gostava mesmo de continuar este trabalho“, afirma o governante, em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público.

Fernando Alexandre fala de várias ideias que gostaria de concretizar. Por exemplo: um modelo “híbrido” de explicações para alunos do secundário que não as podem pagar, recorrendo aos professores que estão no ensino público.

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Divulgação – EVENTO PARA PROFESSORES E EDUCADORES – CRESCER FINANCEIRAMENTE

EVENTO PARA PROFESSORES E EDUCADORES – CRESCER FINANCEIRAMENTE

Desde 2019, as Mentes Empreendedoras (ONG) já capacitaram mais de dez mil jovens do ensino secundário em questões de Literacia Financeira. As Mentes Empreendedoras estiveram presentes em várias escolas e com a ajuda de professores multiplicadores foi possível levar os conhecimentos e ferramentas financeiras a mais jovens de Norte a Sul do país.

Nas Mentes Empreendedoras criamos cidadãos com impacto na comunidade, e por isso reconhecemos a importância de criar estes encontros, envolvendo os professores.

É já no dia 22 de abril, no Instituto PIAGET (Vila Nova de Gaia), das 14h às 18h30, que convidamos Professores e Educadores para uma tarde de discussão, partilha e reflexão sobre os temas da Literacia Financeira no evento CRESCER FINANCEIRAMENTE, que será acreditado como ação de curta duração.

Contamos consigo?

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Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026 – 2.ª Validação

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 15 e as 18:00 horas de 16 de abril de 2025 (hora de Portugal continental) para efetuar a Validação do Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno, Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário 2025/2026.

Nota Informativa 07 – Validação do Aperfeiçoamento das candidaturas ao Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026
SIGRHE – Validação do Aperfeiçoamento

 

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A Tirania do “Bota Abaixo” – Alberto Veronesi

Vivemos em plena era digital e isso tem trazido novos desafios à sociedade. Hoje, dedicarei estas linhas aos especialistas do “bota abaixo”. Aqueles que estão ávidos por criticar tudo e todos, sem qualquer constrangimento, atrás de ecrãs, incapazes de fazer um exercício simples de se colocarem no lugar do outro.

A Tirania do “Bota Abaixo” 

A sociedade contemporânea tem-se transformado num país de especialistas repentinos. Em cada umas das casas, há sempre um treinador de futebol, geralmente melhor que o do próprio clube, um economista de bancada, um gestor de topo que passou ao lado de uma grande carreira e, claro está, um especialista em educação. Todos eles com opiniões formadas sobre qualquer assunto, certezas absolutas e soluções miraculosas para os problemas que dizem conhecer!

A questão nem está na critica em si, pois é fundamental o debate de ideias, o problema reside sobretudo na critica quando esta é totalmente desprovida de argumento, contexto e recusa-se a perceber as limitações de quem criticam. A crítica que  não tem em conta a complexidade das tarefas, que as tenta simplificar para poder atacar com maior facilidade.

Este fenómeno é altamente evidente no sector da educação, onde assume contornos de uma complexidade extrema. De há uns tempos que vai emergindo entre uma determinada ala dos professores um movimento “anti-diretores” que propaga, sem grande filtro e tendo por base experiências pessoais, muitas até isoladas que distorcem a perceção, teorias que roçam a conspiração.

Parece que para esses colegas os líderes escolares tornaram-se alvos demasiados fáceis. Se querem implementar algum tipo de mudança, são apelidados de autoritários, se, por outro lado, mantêm as tradições, são rotulados de conservadores. Se são exigentes com a disciplina e rigorosos nos procedimentos são vistos como opressores, se promovem uma determinada flexibilidade, são considerados permissivos. Esta ala não deixa espaço para o benefício da dúvida, para a compreensão das limitações ou mesmo para o reconhecimento das intenções saudáveis.

Este sentimento advém do cansaço da classe. Foram anos de promessas não cumpridas, reformas mal implementadas, discursos vazios que acabaram por criar um clima de enorme desconfiança generalizada. Mas, é importante referir que esta desconfiança tem tendência para se transformar em incapacidade de distinguir os esforços genuínos de mudança.

Por esse motivo, colocar todos as mais de oito centenas de diretores no mesmo saco, não só não é justo, como também é contraproducente. Esse modus impede-nos de conseguir identificar e apoiar aqueles que realmente, não obstante o modelo de gestão, procuram fazer a diferença, que arriscam e tentam inovar, apesar das dificuldades. Ao colocarmos todos no mesmo molho, estamos a, paradoxalmente, contribuir para perpetuar o sistema que criticamos.

Nada do que aqui escrevi serve para que que se abandone a critica, mas sim para que se critique com base na empatia e compreensão contextual. Os problemas raramente têm soluções simples e quem se propõe estar na linha da frente, neste caso os diretores, enfrentam constrangimentos que nem sempre são visíveis de fora.

Nesse sentido, é importante substituir os “achismos” e as perceções pessoais por análises mais fundamentadas. Preferir uma observação paciente e informada em detrimento de julgamentos precoces.

Não é assim tão raro deparamo-nos com a situação de termos de recuar com a opinião sobre um determinado assunto, depois de termos pacientemente tentado perceber o porquê das coisas.

Uma democracia madura deve reconhecer que a crítica tem um lugar construtivo essencial, mas também deve reconhecer que essa crítica deve vir sustentada numa disponibilidade para compreender a complexidade dos desafios que se critica. Precisamos de vozes críticas, mas precisamos de vozes informadas e construtivas.

Só com uma postura de crítica construtiva é que poderemos ultrapassar a cultura vigente na sociedade portuguesa do “bota abaixo” e assim conseguirmos construir um diálogo social que, em vez de apenas tentar derrubar, seja capaz de construir alternativas viáveis.

Criticar é fácil, ser capaz de compreender, propor e construir é todo um outro mundo.

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A Medicina do Trabalho no “Sábado” do Paulo

Um regresso breve ao tema da Medicina do Trabalho, a propósito de quem afirmou ou afirma que não sabia ou sabe de nada, que quer casos concretos de incumprimento e tudo isso. Porque há meses que se sabe do assunto e se conhecem muitos casos. Desde logo, em Junho/Julho tod@s @s director@s receberam a versão inicial desta comunicação da AJDF. E comuniações similares foram acompanhando os pedidos individuais de quem necessitava de uma consulta de Medicina do Trabalho. Há quem diga que desconhece, mas tenha recebido os pedidos e dado despacho de indeferimento, com documentação comprovativa e verificável. Claro que muitos desses despachos foram dados com a anuência dos amigos em certas delegações regionais da DGEstE, pelo que a sensação de impunidade perante o incumprimento da legislação é natural.

Sábado

 

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Manifesto ESPERANÇA

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“Crise global da aprendizagem”: Ir à escola não é sinónimo de aprender

“Há uma crise global da aprendizagem”, alertou. A educadora afirmou que os testes indicam que há cerca de 70% de jovens, nos países pobres, que não conseguem interpretar aquilo que leem e que “mesmo em países com altos rendimentos, como Portugal, esse valor ronda os 25%”. Para Elisa Guerra, o problema é que a base de toda a aprendizagem é a leitura. “Se não estamos a conseguir ensiná-los a ler, como é que lhes vamos ensinar matemática ou ciências?”, perguntou.

“Crise global da aprendizagem”: Ir à escola não é sinónimo de aprender

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Reposicionamento na Carreira Docente 2024 – Recibo e Reclamação

 

Informa-se que os docentes, reposicionados na carreira em 2024, ao abrigo da Portaria n.º 119/2018, de 4 de maio, poderão aceder ao recibo na plataforma SIGRHE em Situação Profissional > Reposicionamento 2024 > Recibo.

Mais se informa que, a partir de amanhã, dia 4 de abril e até às 18h (Portugal Continental) de dia 10 de abril, será disponibilizada a aplicação eletrónica para a formulação da reclamação em SIGHRE > Situação Profissional > Reposicionamento 2024 > Reclamação.

 

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Número de alunos sem aulas só será divulgado este mês. Ministério da Educação admite “atraso na contratação da auditoria externa”

Afinal, os resultados da auditoria externa ao número de alunos sem aulas ainda vão demorar a chegar. Ministério da Educação previa divulgar os dados em março, mas um atraso na contratação impediu-o.

 

 

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Vai ser um sindicato com duas cabeças

Mário Nogueira sai do cargo da Federação ao fim de 18 anos

 

Fenprof com liderança bicéfala encabeçada pelos atuais secretário-gerais adjuntos

 

Os dois atuais secretários-gerais adjuntos da Fenprof são os candidatos a líderes da Fenprof, que deverá passar a ter dois dirigentes, numa “liderança colegial” com um programa de continuidade, anunciou Mário Nogueira.

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Aperfeiçoamento da Candidatura – Concurso Interno, Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento 2025/2026

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 10 e as 18:00 horas de 14 de abril de 2025 (hora de Portugal continental) para efetuar o Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno, Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento, destinado a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário 2025/2026.

Nota Informativa – Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026

Manual de utilizador – Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Interno/Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2025/2026

SIGRHE – Aperfeiçoamento da candidatura

 

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Medicina do Trabalho vai chegar a todas as escolas

 

Ministério da Educação está a preparar contratação centralizada de serviços de segurança e saúde no trabalho.

Medicina do Trabalho vai chegar a todas as escolas

O Governo está a tomar medidas para implementar serviços de segurança e saúde no trabalho em todas as escolas públicas, contratando centralmente esses serviços. A garantia foi dada terça-feira pela secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa, Maria Luísa Oliveira, numa reunião com a a Associação Jurídica para os Direitos Fundamentais (AJDF).

“Depois de termos entrado com uma ação popular contra o Estado, a lei vai finalmente ser cumprida e os professores vão ter consultas de medicina do trabalho (MdT) e verificação de condições de segurança, segundo nos foi dito pela secretária de Estado”, disse ao CM Paulo Ribeiro, presidente da AJDF, que entregou à governante uma lista de 150 professores com queixas de cumprir serviço não adequado à condição de saúde. Tendo em conta a dificuldade em garantir consultas para 120 mil professores, Ribeiro propõe “prioridade aos professores que precisam de desempenhar serviços moderados”.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) tem visitado várias escolas para verificar o “cumprimento das recomendações nas fichas de aptidão para o trabalho”, na sequência da reportagem do NOW que denunciou os casos de seis docentes. Está também a ser ultimada uma nova nota informativa para os diretores, depois de alguma confusão gerada por uma emitida em outubro.

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Reunião AJDF/SEAIE – Medicina do Trabalho

A Associação Jurídica pelos Direitos Fundamentais (AJDF), reuniu ontem, dia 8 de abril, às 16 horas, com a Secretária de Estado da Administração e Inovação Educativa, Dr.ª Maria Luísa Oliveira, e o Chefe de Gabinete, Dr. António Cunha, nas instalações do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

Reunião com a SEAIE – Medicina do Trabalho

A equipa da Secretaria de Estado foi informada que continuam a verificar-se os constrangimentos associados às estruturas intermédias: diretores escolares e diretores regionais. 

Muitos professores são empurrados para atestados médicos, refletindo uma gestão desumana e ineficaz, por parte de alguns diretores escolares e diretores regionais.

Permanecem situações de abuso de poder com condutas que comprometem a dignidade, a saúde física e psicológica e as condições de trabalho dos professores que recorrem à Medicina do Trabalho.

As falhas na proteção da saúde dos professores agravam a situação dos alunos sem aulas.

A AJDF recebe diariamente relatos que reafirmam os 4 Is:

  • Ignorância;
  • Incompetência;
  • Incumprimento;
  • Impunidade.

Após a entrega de um dossier com propostas para a correta implementação da Medicina do Trabalho e com conteúdo altamente sensível, como relatos e uma base de dados com a identificação de escolas, a AJDFapelou à intervenção da Senhora Secretária de Estado, no sentido de  garantir, prevenir e cuidar mais e melhor da saúde e da segurança dos professores.

No entanto, a AJDF registou com agrado a informação veiculada pela Senhora Secretária de Estado, no decorrer da reunião, ao referir-se às ações já encetadas e outras a decorrer, nomeadamente:

  • a contratualização, pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) para implementar nas escolas públicas do País – estando a ser ultimada uma RCM (Resolução do Conselho de Ministros);
  • a disponibilidade para agilizar procedimentos de forma a resolver os casos identificados pela AJDF que estão documentados nos diversos documentos enviados ao Ministério, à Comissão de Educação e Ciência e a todos os grupos parlamentares, que sinalizam as Escolas que apresentam incumprimentos no âmbito da Medicina do Trabalho;
  •  a intenção de criar sinergias, nomeadamente, com o Ministério da Saúde no sentido de promover o cumprimento da legislação para a proteção da saúde dos professores;
  • a importância de veicular orientações precisas aos Diretores das escolas, no sentido de facilitar a interpretação da legislação (Lei n.º 102/2009), passando eventualmente pela publicação de uma nova Nota Informativa sobre a Medicina do Trabalho.

Relativamente à atribuição de responsabilidades, a AJDF persiste em denunciar um regime de total impunidade, apelando à urgente responsabilização dos diretores escolares e regionais que falham em proteger os seus recursos humanos.

A AJDF alertou, também, para a necessidade de ser criado um CANAL de DENÚNCIA que seja da responsabilidade do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, para que se ponha fim ao regime de total impunidade daqueles que falharam e/ou falham na proteção dos seus recursos humanos.

A delegação da AJDF, constituída por Paulo Ribeiro, Sofia Neves e André Fernandes, realçou a importância da reunião com a equipa da Secretaria de Estado, acreditando na pertinência da manutenção de um canal de diálogo, de forma a contribuir para a resolução dos problemas identificados.

A AJDF afirma a sua determinação e o seu compromisso em continuar a defender, como parte ativa da solução, as condições que assegurem aos professores o melhor estado de saúde físico, mental e social.

A Direção da AJDF,

Paulo Ribeiro – Presidente
Sofia Neves – Vice-Presidente
André Fernandes – Secretário e Tesoureiro

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ASSALTO À ESCOLA – Carlos Santos

 

É um facto consumado que só não vê quem não quiser ver – os pais tomaram de assalto as escolas. Atualmente passaram a ser eles quem domina e manda nas escolas. Gente que raramente lá põe os pés – e quando lá põe, é só para causar distúrbios – é quem manda nas escolas.

Longe de uma convivência salutar e recomendável de participação dos encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos, num trabalho colaborativo com a escola para a melhoria da aprendizagem das crianças e jovens, pelo contrário, a ausência da sua vinda à escola só é interrompida quando se deslocam aos estabelecimentos de ensino ou contactam a escola para confrontarem e ameaçarem quem nela trabalha. «Confronto» é a palavra certa que traduz a relação que os pais de hoje têm com a escola. Desde que Maria de Lurdes Rodrigues, à época, ministra da Educação, perseguiu, atacou e humilhou a classe docente, rematando essa postura com a frase particularmente infeliz “Perdi os professores, mas ganhei os pais e a população”, a força dos professores diminuiu na mesma proporção que a dos pais foi aumentando. Diante do nosso olhar desenrolava-se o assassinato de uma classe profissional e de tudo o que de essencial ela representa para um país.
Se nem sempre houve total consonância de posições entre casa e escola, depois de tantos anos de mensagens desprestigiantes contra a classe docente e de apoio incondicional aos pais, os professores perderam o poder e nunca mais voltaram a ser respeitados. De lá para cá, os abusos de alunos (francamente difíceis) e de pais contra professores, que têm vindo a aumentar de forma dramática e preocupante, contribuíram para o abandono da profissão e a falta de candidatos para a exercerem. A escalada de casos de violência contra professores (muitos deles abafados pelas Direções escolares e outros pelas vítimas, por vergonha) é uma das muitas consequências destas políticas educativas erradas, baseadas na poupança e em interesses eleitoralistas.

Como diretor de turma, que fui durante toda a carreira, mais do que qualquer outra adversidade, constato o alarmante crescimento deste fenómeno que tomou proporções dramáticas como o maior obstáculo ao trabalho nas escolas. Pela mais pequena coisa que aconteça na escola, os meninos queixam-se aos pais. Habituados que foram a não fazerem nada do que se lhes manda e a fazerem tudo o que querem e quando querem, ao encontrarem a escola como primeira entidade que lhes impõe regras e disciplina, à mais pequena contrariedade ou frustração, amuam, revoltam-se contra os professores e auxiliares e fazem queixa aos papás que correm logo em seu socorro – postura que sempre tiveram com os meninos, que explica o facto de recebermos nas escolas estes seres com pouco polimento educativo e ético, com visível falta de valores e de empatia, que não reconhecem autoridade no adulto nem limites nas suas atitudes.
Mal chegam às nossas salas de aula evidencia-se o maior de todos os males – não saber estar! Não sabem cumprimentar, pedir licença, desculpa ou cumprir regras básicas de boa educação e de convivência salutar. Não se sabem sentar e apresentar uma postura correta, porque fazem o mesmo quando estão com os pais num local público, seja num restaurante, num jardim ou num supermercado.
Como não estão habituados a escutar um «Não» e a serem contrariados, viram-se contra os professores, de quem se queixam e contra quem inventam cenários que justifiquem a sua preguiça e/ou incumprimento. Situação extensível aos próprios colegas, desencadeando constantes desacatos entre pais que se comportam ainda pior do que os próprios filhos, revelando de onde vem a falta de educação que apresentam na escola.
Umas «flores de estufa» que têm o direito de dizer e fazer o que quiserem aos adultos, mas que se melindram com qualquer coisa que vá contra a sua vontade. Os meninos de hoje, querem, podem e mandam, rodeados de um mar de subalternos que os paparica e tem de lhes satisfazer todas as vontades. Em casa, foram habituados a ter tudo sem esforço e quando isso lhes é exigido na escola, queixam-se aos pais que culpam os professores e exigem tudo o que o sistema de ensino atual disponibiliza para que os seus rebentos possam passar de ano sem esforço, mesmo aqueles que são mal educados na escola (porque em casa são uns santos – os progenitores ganharam o título de papás do ano a partir do momento em que lhes deram um smartphone para os manterem entretidos, obtendo, com isso, o visto para cumprimento do seu dever parental na educação dos filhos desde o momento da sua conceção até à idade adulta).
E, depois do escandaloso facilitismo a nivelar por baixo, que disponibiliza todas as medidas de apoio aos alunos e pressão sobre os docentes, os pais ainda fazem reclamação de notas, porque o seu «mais que tudo» não vai para o quadro de mérito da escola por culpa do incompetente professor de Educação Física que obrigava a criancinha a dar cambalhotas, a correr e a participar em jogos coletivos em dias de frio e de calor, colocando em risco a sua integridade física e a sua autodeterminação.

Mas o assalto à escola não se fica por aqui.
Alguém consegue imaginar, numa consulta médica, um utente a diagnosticar e a prescrever, pondo em causa o profissionalismo do médico que o está a atender?
Pois é precisamente isto que tem vindo a acontecer no ensino. O poder que tem sido dado aos pais é de tal forma desmesurado que têm a petulância de estarem constantemente a porem em causa o trabalho pedagógico docente, dando palpites e pareceres sobre a modo como os profissionais de ensino devem realizar o seu trabalho.
Mas, afinal, quem é esta gente, que nem as suas obrigações parentais cumprem na educação dos filhos, para terem o atrevimento de, do alto da sua impoluta moral, opinarem e constantemente porem em causa o trabalho dos professores?!
Gente que, se cumprisse o seu dever e educasse os seus filhos, dariam muito menos trabalho aos professores e funcionários no desempenho das suas profissões e facilitavam a aprendizagem desses alunos e de todos os outros que querem aprender e são prejudicados pela postura incorreta dos colegas.
Gente que deveria agradecer à escola e a todos aqueles que nela trabalham, o extraordinário trabalho que realizam a colmatar as enormes falhas parentais e da sociedade, que fracassaram por completo na educação dos filhos da nação.

Por outro lado, longe de estarem isentos de culpa, os professores têm responsabilidade naquilo que o destino lhes reservou.
É que, os piores, ainda são os encarregados de educação que são professores.
Isto, já para não falar dos próprios professores que incitam e até ajudam certos pais a conflituarem com os docentes.
E, depois, temos muitos diretores de turma que, para ficarem bem vistos aos olhos dos pais, nunca defendem os colegas, alimentando situações de fácil resolução.
A tudo isto, não nos podemos esquecer das Direções das escolas. Enquanto não voltarmos ao sistema em que, quem elege as direções são aqueles que diariamente estão nas escolas, ou seja, os professores, técnicos de ação educativa e assistentes operacionais, para as direções continuarão a ser mais importantes pais, empresas e autarquias, porque são quem lhes dá o «poleiro». E, em consequência dessas portas escancaradas para os pais por parte de muitas Direções, é crescente o número de pais que passam por cima dos diretores de turma e vão diretamente às Direções reclamar contra os professores, ignorando o papel das estruturas intermédias na relação escola-casa.
Será que, qualquer um de nós, enquanto cidadão, por qualquer questão clínica, tem as portas das direções hospitalares abertas para nos dirigirmos quando queremos e bem nos apetecer?
Contudo, quando as queixas dos pais não são resolvidas de imediato por Direções ditadoras para com o corpo docente, mas cheias de solicitude para com os encarregados de educação, resolvem-se os problemas nos grupos de WhatsApp onde os pais acusam, julgam e condenam os professores sem sequer se darem ao trabalho de irem à escola informarem-se acerca dos factos. Esta é a postura e os ditames de valores de ética democrática e de respeito pelo próximo que esta sociedade decadente instituiu como exemplo para as novas gerações. Uma síndrome de vítima de progenitores que só conhecem direitos e não reconhecem as suas obrigações, configurando-se como um grave problema civilizacional.

A pressão constante sobre a escola e, sobretudo, sobre a classe docente, desde ameaças, agressões verbais e físicas, tudo tem sido válido num sistema que deu todo o poder aos pais e deixou os professores desprotegidos e vulneráveis à mercê de tudo e de todos. Mas nada poderia ser mais errado do que terem e exercerem esse direito de tratarem de maneira ofensiva aqueles que estão a colmatar a educação que eles não deram em casa e a preparar o futuro dos seus filhos. Mas fazem-no, muitas vezes apenas porque podem e para camuflar as suas falhas parentais, depositando a responsabilidade na escola.

Este constante acossar tem vindo a causar um intenso desgaste nos professores, devido a casos e situações que se reptem e se arrastam, roubando tempo ao trabalho pedagógico e arrasando psicológica e emocionalmente os profissionais de educação. Como resultado de toda esta conjetura adversa, daqueles que ainda não desistiram da profissão ou não estão de baixa médica, comprovam diversos estudos que uma elevada percentagem de professores estão em burnout e outra parte em pré-esgotamento. Neste contexto adverso e hostil, a somar à crescente indisciplina dos alunos, à falta de estabilidade que possibilite constituir família, ao excesso de burocracia e aos baixos salários, não admira que ninguém queira ser professor!
E o que tem feito o poder político para resolver esta situação preocupante?
Nada. Bom, para ser sincero, até têm feito muito, mas para piorar ainda mais a natureza desta questão, não resolvendo os problemas que criaram, mas tendo a fértil imaginação de criar mais uns quantos para somar aos já existentes.

E, assim, o clima de medo reina entre os profissionais que rumam diariamente às escolas deste país para darem o seu melhor. Desde alunos, pais e direções, todos atacam os professores de forma implacável. O crescente clima de terrorismo psicológico e de perseguição que assolou a classe docente, a ameaça e mesmo instauração de processos de averiguação, disciplinares e judiciais, maioritariamente injustos e baseados em falsos testemunhos, contribuíram para os elevados níveis de ansiedade que desgastam os profissionais na escola e na sua vida privada.
Tudo vai contribuindo para a chegada do dia em que não haverá professores. E, com a crescente falta de professores, esse dia está a chegar.

Porém, todo este abuso de poder que vem de fora das escolas foi crescendo, também, porque nós assim o permitimos. Por conseguinte, é urgente restabelecer a autoridade dos professores, começando por dignificar e valorizar o seu estatuto e as suas carreiras, aumentar a exigência e comprometimento dos alunos e responsabilizar os pais pela educação dos filhos com medidas concretas e com consequências.
É justamente pela aposta na Educação que se começa a construir uma sociedade justa, civilizada e evoluída, com cidadãos capazes, responsáveis, críticos e criativos, providos de valores essenciais para a construção de um país com futuro. E isto, meus caros, é impossível de se alcançar sem termos professores respeitados, valorizados e motivados.
Tomando em consideração que tudo o que eu disse não interessa a pais, alunos e poder político, permanece vigente e inalterável o assalto à Escola.
Carlos Santos

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Julgamento inédito em França. Professora levada a julgamento por assédio moral a menina de 11 anos que se suicidou

Poucos meses depois de deixar a escola onde sofria bullying diário, Evaëlle acabou por tirar a sua própria vida em casa dos pais. Professora levada a tribunal por “humilhar regularmente” a criança.

Julgamento inédito em França. Professora levada a julgamento por assédio moral a menina de 11 anos que se suicidou

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Pré-escolar. Ministro quer concurso aberto dentro de duas semanas para novas salas

 

O ministro da Educação recebeu os representantes dos colégios para iniciar negociações no âmbito dos contratos de associação, que o Estado vai estabelecer com o sector privado. Fernando Alexandre quer negociações rápidas e o processo fechado antes das eleições legislativas

Pré-escolar. Ministro quer concurso aberto dentro de duas semanas para novas salas

 

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Aprovado alargamento de apoio a todos os professores deslocados

 

Apoio será aplicado independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada por ter falta de professores.

Parlamento aprova alargamento de apoio a todos os professores deslocados

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Reserva de Recrutamento 25 e Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 12 – 2024/2025

Estão disponíveis para consulta as listas definitivas de colocação, não colocação, retirados e Listas de colocação administrativa da 25.ª Reserva de Recrutamento 2024/2025 e as Listas definitivas de colocação, não colocação e colocações administrativas da 12.ª Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 2024/2025

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 17 de março, até às 23:59 horas de terça-feira dia 18 de março de 2025 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato

Nota Informativa – Reserva de Recrutamento 25 e Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 12 – 2024/2025

Listas – Reserva de Recrutamento 25 – 2024/2025

Listas – Reserva de Recrutamento do Concurso Externo Extraordinário 12 – 2024/2025

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E-360, Falhou os principais objetivos

Relatório divulgado esta quinta-feira, revela que a adesão das escolas ao sistema foi muito limitada e que a interoperabilidade ente os principais sistemas de informação da área da Educação não foi alcançada. Em novembro passado, o IGeFE anunciou a descontinuidade do E-360 a partir do ano letivo de 2025/26.

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A escola na segunda vaga inspirada em Milton Friedman – Paulo Prudêncio

 

Urge reerguer a “ideia de Europa”. Quebre-se a inércia e antecipe-se uma escola pública feita por humanos livres, esperançados e cooperantes.

A escola na segunda vaga inspirada em Milton Friedman

 

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Informações-Prova 2024/2025

Disponibilizam-se as informações-prova de 2024/2025.

Consulte-as acedendo à

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