Foram colocados 513 contratados na Reserva de Recrutamento 5, distribuídos por grupo de recrutamento e duração do horário na tabela abaixo.
90% das colocações acontecem a Norte.
A Sul, as colocações em horários incompletos e temporários praticamente não existem. As poucas exceções são os grupos de Educação Física, que têm ainda muitos professores na lista de não colocação.
Neste início de ano letivo, numa altura em que o número de alunos sem professor a pelo menos uma disciplina continua na ordem das centenas de milhar, Missão Escola Pública lança inquérito às Escolas de modo a aferir o impacto das medidas implementadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, bem como para perceber o clima afetivo das escolas e as condições de trabalho dos docentes.
São disponibilizados dois inquéritos, um destinado a Diretores Escolares e outro a Docentes exclusivamente. O preenchimento dos formulários pelo maior número de participantes possível garantirá um maior rigor na análise dos dados recolhidos, pelo que se pede a colaboração de todos.
Foram colocados 933 Contratados na Reserva de recrutamento 4. Cerca de 90% foram colocados a norte de Lisboa. Os grupos 100, 110, 260 e 620 são aqueles onde ainda vai havendo professores disponíveis a sul.
Foram colocados 1801 contratados na Reserva de Recrutamento 3, distribuídos de acordo com a tabela abaixo. Apenas 260 professores ficaram colocados em Lisboa, Alentejo e Algarve…
Notícia no semanário Expresso, com o agravamento da situação relativamente ao ano passado. Quantos mais artigos terão de ser feitos, para esta situação ser resolvida? Onde anda a CONFAP, que deveria ser a primeira a exigir a resolução desta situação?
A próxima análise pretende fazer uma previsão dos professores disponíveis para cada QZP, por grupo de recrutamento.
São cerca de 17 000 professores disponíveis neste momento, mas perto de 70% destes estão concentrados em 5 grupos (100, 110, 260, 620 e 910). Restam 30% para os outros 30 grupos e quanto mais a sul, menor é a percentagem.
A análise relaciona o último colocado em cada QZP com o número de professores disponíveis na lista de não colocados. Se num determinado QZP, o último colocado é o número de ordem 1000, isso significa (salvo algumas exceções) que todos os que estão melhor colocados não concorreram para esse horário.
O facto de termos agora 63 QZPs aumenta o grau de dificuldade da tarefa, mas mesmo assim é bem clara a ausência de professores a sul, onde abunda a mancha vermelha.
Se clicarem na imagem poderão ver o PDF e analisar por QZP e Grupo de recrutamento onde a carência de professores é maior.
À semelhança do ano passado, disponibilizo aqui uma ferramenta que permite a visualização rápida das Contratações de Escola disponíveis na plataforma do Ministério.
Espero que vos seja útil!
Podem clicar no canto inferior direito para ocupar todo o ecrã!
Como se pode perceber pelas tabelas divulgadas pelo Arlindo e pela imagem abaixo, setembro e outubro trarão mais ordenado líquido, para compensar o imposto cobrado a mais desde janeiro.
Pode a ingenuidade fazer-nos crer que foi implementada por ser a forma mais imediata do governo fazer refletir a alteração das tabelas de IRS, mas é claramente uma estratégia de manipulação da opinião pública para trazer uma pressão extra numa altura de aprovação do orçamento de estado.
O meu maior problema nem está nas estratégias políticas utilizadas, porque elas fazem parte do jogo democrático, mas no facto dessas estratégias, de forma grosseira, trazerem danos para muitos professores:
– Quem não estiver colocado em setembro ou outubro, pagou imposto a mais durante o ano e, injustamente, não será agora compensado;
– Quem começar a trabalhar em setembro, não pagou nenhum imposto durante o ano e será injustamente compensado agora.
Temos ainda a recuperação do tempo de serviço envolta em névoa com o caos na plataforma do IGeFE; ajudas de deslocação limitadas a determinadas escolas e grupos de recrutamento; concurso extraordinário, em moldes desconhecidos; o reforço do financiamento das escolas com contratos de associação, …
Estas alterações às 3 pancadas, na tentativa de trazer um “cheiro de mudança” acabam por arrastar também um “cheiro a esturro” que deve deixar todos os professores de sobreaviso. Estejamos atentos!
A nível de concursos, este ministro não começou bem: em pouco tempo têm sido detetados vários erros, ao ponto dos serviços contactarem os professores para resolverem os problemas no algoritmo do sistema.
Este ano, a alteração da calendarização da MpD, que foi executada depois da MI, não sendo um erro de algoritmo é ainda mais grave, porque, de forma consciente ou por ignorância, prejudicará muita gente.
Vejamos um exemplo concreto (entre outros que tenho conhecimento):
– A professora A, de Vila Verde, ficou na Mobilidade Interna (MI), em Amares;
– A professora B, de Amares, na MI, ficou colocada em Guimarães;
– A professora A, na MpD, na semana seguinte, consegue (e bem) mobilizar-se para Vila Verde e liberta a vaga de Amares;
– A professora B, de Amares, ficará em Guimarães e verá professores menos graduados (e se calhar de Guimarães) a ocupar a vaga na primeira Reserva de recrutamento.
Qual a vantagem que o Sr. Ministro vê com esta alteração da calendarização?
Vejamos outra situação concreta:
– O professor C, de Sintra, ficou na MI em Agualva (numa das escolas com maior falta de professores);
– A professora D, de Agualva (opositora a todas as escolas da região), ficou na MI em Oeiras;
– O professor C fica colocado na MpD na escola mais próxima de casa e libertará a vaga de Agualva.
– a professora D não ocupou a vaga da escola mais próxima de casa (e que ela preferia) e, provavelmente, na próxima reserva, o horário libertado não será ocupado por falta de professores interessados.
Conclusão:
– vários professores QZP por colocar, que terão de se apresentar na escola do ano passado (alguns do algarve ou das ilhas), quando teriam lugar na MI se as vagas não tivessem sido “ficticiamente” ocupadas;
– vários professores ultrapassados por outros menos graduados na próxima reserva de recrutamento;
– em várias escolas, muitos alunos sem aulas porque aqueles que estariam interessados nesses horários já têm outra colocação.
Estas situações têm sido recorrentes ao longo das reservas, mas não havia nenhuma razão para acrescentar mais este grau de injustiça neste “procedimento” da Mobilidade por Doença, pois não Sr. Ministro?
A tabela abaixo apresenta os professores que, tendo zero dias de tempo de serviço, conseguiram vincular no Concurso Externo ou ficaram agora colocados na Contratação Inicial em horário Completo e Anual.
É um forte sinal dos tempos: quando saí da universidade, a correr bem, lá para outubro estávamos colocados.
Entenda-se que mais de 95% destas colocações são a sul. A tabela abaixo pode servir como indicador para os futuros colegas que agora estão na universidade: a probabilidade de terem um percurso bem mais tranquilo do que aqueles que agora têm 20 anos de serviço é grande, mas implica concorrer para todo o país nos primeiros anos de serviço.