Lista Colorida atualizada com colocados e retirados da RR14. Se tiver tempo (coisa que não tem abundado por estes lados) ainda acrescento os que foram colocados no Concurso Extraordinário.
Foram colocados 205 contratados na Reserva de Recrutamento 15, distribuídos de acordo com a tabela abaixo. Destas 205 vagas, apenas cerca de 30 foram a sul, distribuídas por 3 ou 4 grupos de recrutamento.
Partindo deste artigo do Arlindo, analisei as listas de ordenação dos candidatos à Mobilidade Interna, para tentar perceber o efeito que terá no combate à falta de professores, porque são estes candidatos que vão, durante este ano letivo, efetivamente ocupar vagas nos QZP’s e escolas carenciadas.
São 927 os candidatos que concorreram à Mobilidade Interna que surgem distribuídos na tabela abaixo de acordo com as prioridades:
0 e 1 – Docentes profissionalizados;
2 – Docentes não profissionalizados.
Dos candidatos profissionalizados, cerca de 300 já tinham sido colocados em CI/RR este ano, o que significa que a sua colocação em MI pode implicar deixar turmas sem aulas noutros QZPs (até porque muitos já estavam em horários ANUAIS).
Pelos dados acima, percebemos que 402 destes professores são não profissionalizados e destes, 174 não têm nenhum tempo de serviço, como podemos perceber pela tabela abaixo.
Percebemos a urgência na resolução deste problema da falta de professores, mas infelizmente o caminho que está a ser traçado trará custos graves a longo prazo. Não será arriscado, vincular aos quadros do MECI, licenciados não profissionalizados SEM tempo de serviço?
Cristina Mota, porta-voz do movimento de professores Missão Escola Pública, diz que o governo está a comparar o incomparável quando alega que o número de alunos sem aulas reduziu em 90% face ao ano passado.
Comunicado da Missão Escola Pública ao MECI, sobre o atual estado da Educação e as soluções que se avizinham:
“Aceitar baixas qualificações para a docência e profissionais não qualificados para o efeito, alargar o horário de trabalho dos mesmos, reduzir a carga horária das disciplinas ou aumentar o número de alunos por turma também não podem ser a solução para o problema, uma vez que são medidas que comprometerão, mais cedo ou mais tarde, a qualificação das gerações vindouras de profissionais deste país, retirando-lhes a hipótese de competir não apenas no mercado do trabalho interno, mas também no internacional.”