Junho 2018 archive

Em 2015 – Albardar os Exames à Vontade do Dono?

Há resultados de exames feitos por “encomenda”? O MEC nega, mas a suspeita foi lançada. E se houver?

Se fosse vinho, chamavam-lhe “martelado”; se fosse vestuário, diziam-no “contrafeito”; mas tratando-se de exames, como explicar a eventualidade de “modificação” de notas finais a pedido seja de quem for? A hipótese, por académica que seja, conduz-nos a um cenário surreal. Quem ler estas linhas não tome já isto por certo, mas o que foi dito (e ouvido) ontem em Coimbra, numa conferência pública, dá – pelo menos – que pensar.

Nessa conferência, o presidente do Conselho Científico do Iave afirmou que o Ministério da Educação (MEC) tem feito “a encomenda dos exames nacionais” com a indicação de que se deve “manter a estabilidade nos resultados” dos alunos “em relação aos anos anteriores, porque socialmente é difícil de explicar que as notas tenham grandes variações”. Isto, que já de si causaria perplexidade, foi acrescido de alguns pormenores sobre como alterar os resultados finais com recurso a pequenos “truques” técnicos. Disse ele: “Hoje temos um historial de cinco mil itens a Português, por exemplo. Se quero que haja notas altas é muito fácil. Pego numa ou em duas perguntas, substituo-as por outras, aparentemente semelhantes, e a minha expectativa em relação aos resultados dá um salto de cinco valores”. Mais adiante disse que “não é segredo para ninguém que as equipas do Iave que realizam os exames fazem uma estimativa de que resultados, em média, cada exame vai ter”. E não só “acertam em 95 % dos casos” como “conseguem fazer um exame para a nota que querem”. Dito assim, é espantoso: se os resultados fossem encomendados para se aproximarem de uma determinada nota, a equipa conseguiria “fabricar” exames à medida. E quando alguém, da assistência, comentou que seria “vão” o esforço de professores e instituições para melhorar os resultados de Física e Química quando estes dependeriam “de uma decisão política”, o presidente do Conselho Científico do Iave respondeu que valia a pena o esforço, até porque “a Sociedade Portuguesa de Física e a Sociedade Portuguesa de Química, com a colaboração do próprio Iave, têm tentado mudar essa situação, mesmo contra os pedidos políticos que têm sido feitos”.

Contactado, o MEC nega. Através do seu gabinete de imprensa, disse ao PÚBLICO que, nos termos da lei, envia ao Iave “cartas de solicitação” que “explicitam os instrumentos que o membro do Governo responsável pela área da educação pretende aplicar e as especificações técnicas a que os mesmos devem obedecer”, mas sem aludir a quaisquer resultados. Pede, sim, que as provas mantenham “semelhança conceptual e estrutural com as provas equivalentes de anos anteriores” e, em particular, “um grau de exigência global semelhante e uma distribuição das questões por grau de complexidade semelhante”…

Na gíria popular, costuma dizer-se: albarde-se o burro à vontade do dono. Ou seja: faça-se as coisas consoante a vontade de quem as manda fazer. Esperamos que nesta história não haja donos nem burros. Mas, ao ouvir o que se ouviu em Coimbra, o mínimo que se exige é que alguém anule categoricamente, em público, a incómoda sombra da suspeita.

Editorial | Albardar os exames à vontade do dono? | PÚBLICO

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Opinião – A náusea – Santana Castilho

 

Pecar pelo silêncio, quando se deve protestar, transforma homens em cobardes.

Abraham Lincoln

As greves às reuniões de avaliação marcadas para Julho ficaram submetidas a serviços mínimos.

Li as 11 páginas do acórdão do Colégio Arbitral (um presidente, um representante do ministério e um representante dos sindicatos), que assim decidiu. Das posições fundamentadas de todas as organizações sindicais (pontos 9 a 19, páginas 3 a 6), resulta o óbvio: a não aceitação de serviços mínimos na situação sub judice.

Não me espanta a decisão do Colégio Arbitral, habituado que estou a que prolixas interpretações jurídicas tornem pastoso e turvo, laudas e laudas depois, o que duas linhas de ética mínima apresentou, antes, como fluido e cristalino.

Mas invadiu-me uma náusea imensa quando vi que a decisão final foi tomada por unanimidade, isto é, com a concordância do representante dos sindicatos.

Segue-se um tempo para reflectir e tornar claro com quem podemos contar. Ao fim e ao cabo, “a hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude”.

Abraço solidariamente todos, tantos, a quem foi dado este beijo de Judas. Humildemente, escolho o vosso lado.

Santana Castilho

 

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Quando te deitam areia aos olhos…

Até agora, este governo, não se tem mostrado disponível, sequer, para falar do assunto da aposentação e de repente…

Alterar a idade da reforma dos professores é “caminho possível”, admite Governo

A secretária de Estado adjunta da Educação, Alexandra Leitão, afirma que pensar que o Governo se comprometeu a recuperar todo o tempo de serviço foram “erros de percepção mútua” entre o Ministério e os sindicatos.

 

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Como é nomeado o representante dos professores no tribunal arbitral?

 

É importante que esta regulamentação seja conhecida para se informar as pessoas,  em particular os professores.

No tribunal arbitral, não há representantes dos sindicatos. Os árbitros são sorteados de uma lista de 12 que são indicados pelos sindicatos e estão numa bolsa no Conselho Económico e Social.

É a sorte que determina o representante, entenda ele alguma coisa do assunto, ou não…

Fica a legislação para consulta.

Decreto-Lei n.º 259/2009

 

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FNE CONTESTA DECISÃO DO TRIBUNAL ARBITRAL

FNE CONTESTA DECISÃO DO TRIBUNAL ARBITRAL

A FNE foi hoje confrontada com a decisão do Colégio Arbitral relativamente à determinação de serviços mínimos no quadro da greve decretada para o próximo mês de julho.

Tudo teria sido diferente se a decisão fosse no sentido de que os serviços mínimos deveriam garantir que as reuniões de avaliação das turmas de 9º, 11º e 12º anos tivessem de ser concretizadas, nos termos que a lei define. O que a FNE entende que não pode ter a sua concordância é que a decisão do Colégio Arbitral defina orientações que põem em causa o enquadramento legal do funcionamento destas reuniões, nomeadamente ao prever que possam funcionar com apenas 50% mais um dos professores que os constituam, ou que as direções das escolas possam solicitar que antecipadamente os docentes eventualmente em greve tenham de disponibilizar informações sobre a avaliação dos seus alunos previamente à realização da reunião do conselho de turma a que podem vir a faltar por estarem em greve..

É por estas razões que a FNE considera que devem ser reponderadas as orientações definidas pelo Colégio Arbitral, pelo que está a acionar os mecanismos de que dispõe para o impedir.

FNE, 26 de junho 2018

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TSF/Áudio/Garcia Pereira – “A meu ver este acórdão não é equívoco, padece é de irregularidades várias”

Garcia Pereira

“A meu ver este acórdão não é equívoco, padece é de irregularidades várias”

27 de JUNHO de 2018 – 00:22

Especialista em direito do trabalho dá razão aos professores.

Garcia Pereira, especialista em direito do trabalho, considera que há diversas ilegalidades na decisão do colégio arbitral que decretou serviços mínimos, depois de os sindicatos dos professores terem revelado a existência de dúidas sobre a posição do colégio, sendo que poderam uma possível aclaração.

“O acórdão determina que os conselhos de turma tenham quórum com 50% + 1, o quórum das reuniões dos conselhos de turma que está fixado por instrumentos legais preveem a presença de todos os professores, admitindo apenas situações de falta ou ausência e a greve não é uma situação de falta ou ausência, portanto ao fixar um quórum que é distinto daquele que está legalmente fixado a meu ver a deliberação do colégio arbitral comete uma outra ilegalidade”, começou por explicar o especialista.

No mesmo sentido, Garcia Pereira critica “a deliberação do colégio arbitral que espantosamente é tomada por unanimidade”. Esta votação “significa que o próprio árbitro em representação dos trabalhadores também subscreveu esta posição, [e que o colégio] tenta impor o fornecimento ao diretor de escola e previamente à reunião dos conselhos de turma os elementos indispensáveis para a atribuição das notas”, explica, acrescentando que “também nos termos da lei esse fornecimento prévio apenas está sujeito para situações de ausência prolongada e sempre por acordo ou iniciativa do professor”.

Sobre a aclaração que pode acontecer até às 4h15, 12 horas após a decisão, o especialista esclarece que “destina-se a que seja tornado mais evidente aquilo que por ventura se mostre equívoco”.

“A meu ver este acórdão não é equívoco, padece é de irregularidades várias”, ressalva.

Na opinião do especialista do direito do trabalho, os sindicatos devem seguir para os tribunais e tentarem através de providências cautelares travar esta decisão.

″A meu ver este acórdão não é equívoco, padece é de irregularidades várias″

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O Acórdão Só Se Aplica A Partir do Dia 2 Julho

Porque foi para o período de greve a partir dessas datas que foram definidos os serviços mínimos.

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Em Vídeo – Sindicatos Ponderam Contestar Serviços Mínimos à Greve de Professores

https://www.youtube.com/watch?v=bjDzBzZsBP0&feature=youtu.be

Os sindicatos dos professores falam em ilegalidades no acórdão que decretou os serviços mínimos à greve das reuniões de avaliação. As federações admitem por isso pedir uma aclaração da decisão do colégio arbitral. Têm doze horas para o fazer, o prazo termina às 04h desta quarta-feira.

“O acórdão manda fazer coisas ilegais, isso é estranho”, disse Mário Nogueira, acrescentando que os advogados e juristas dos sindicatos de professores estão a analisar o eventual pedido de aclaração da decisão do colégio arbitral, que deverão formalizar até às 04h25 da madrugada de quarta-feira.

Mário Nogueira falava aos jornalistas depois de se reunir, numa comitiva de organizações representativas dos professores, com o presidente do PSD, Rui Rio, na sede do partido, em Lisboa.

“O acórdão diz que as reuniões devem realizar-se com 50% mais um e isso é o quórum. Isto é ilegal, porque quórum das reuniões do conselho de turma está definido em legislação própria. O acórdão diz que os senhores diretores devem recolher notas antecipadamente ao conselho de turma de professores que não forem porque estão em greve. Isto é ilegal”, sustentou.

“Nem sei bem como fará uma escola em que um professor cedendo a sua proposta de avaliação coloca à frente da proposta uma nota que diga ‘dependendo de decisão final do conselho de turma’. Depois como é que é, se no conselho de turma não estão as pessoas?”, acrescentou.

O líder da Fenprof disse que estas foram as questões que sobressaíram de uma “primeira leitura” da decisão.

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Dúvidas de um parolo que só se resolverão com a leitura da ata do colégio arbitral dos serviços mínimos

Vale a leitura completa:

Dúvidas de um parolo que só se resolverão com a leitura da ata do colégio arbitral dos serviços mínimos | ComRegras

(…)

PS: sindicalizado num sindicato da FENPROF vou, por causa deste episódio propor várias alterações de estatutos no meu sindicato. Há uns anos entregava o cartão e zangava-me mas agora refinei. Ficam as propostas a produzir, que espero tenham aderentes, porque, como diria o outro, são “great“.

  1. Que seja proibido haver dirigentes sindicais que acumulem com a condição de dirigentes de partidos, quer no sindicato, quer em federações em que este participe (e, se não for aceite assim nas federações, o sindicato deve sair da federação);
  2. Que haja limitações de mandatos para os órgãos dirigentes (6 anos no máximo, em cada ciclo de 10 anos, para evitar soluções à Putin);
  3. Que todos os acordos que abranjam mais de 10% dos sindicalizados sejam referendados pelos abrangidos antes de o sindicato (ou federação em que se inclua) assinar;
  4. Que os reformados sejam impedidos de se candidatarem a órgãos do sindicato (na minha visão podem ser sócios, participar nas discussões, votar nos assuntos que lhes possam dizer diretamente respeito, menos nas eleições e não devem votar nos assuntos dos que ainda trabalham e, muito menos, ser dirigentes).

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Da Sobrevivência

Serviços mínimos decretados pelo Colégio Arbitral

 

Federação sindical informa que vai pedir aclaração de acórdão do colégio arbitral no sentido de averiguar se foram praticados “atos ilegais” na forma como decorreu a seleção dos árbitros

 

 

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) , em comunicado, que “não aceita” a decisão do colégio arbitral que determinou o cumprimento de serviços mínimos na greve às avaliações, entre 2 e 13 de julho, justificando a sua tomada de posição com possíveis ilegalidades no processo.
De acordo com a explicação avançada pela organização sindical, “os árbitros que constituem o colégio arbitral são sorteados entre três grupos de juristas: um grupo de árbitros presidentes, um grupo de árbitros representantes dos empregadores públicos e um grupo de árbitros representantes dos trabalhadores, designado pelas Confederações Sindicais”. E neste último grupo, acrescenta, “inclui-se uma jurista que trabalha com a Fenprof e que, precisamente por a Fenprof ser uma das partes interessadas neste processo, apresentou declaração de impedimento e não foi sequer incluída no grupo dos árbitros a sortear”.

Por isso, justifica,” a Fenprof irá, ainda hoje [esta terça-feira], requerer a aclaração do acórdão do colégio arbitral, no sentido de esclarecer se, efetivamente, o mesmo aponta para a prática de atos ilegais, como indicia uma primeira análise do documento”.

A Fenprof apela ainda a que os professores “se mantenham firmes e empenhados” nos últimos dias de greve desta semana.

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O Acórdão dos Serviços Mínimos

Aqui:

O Acórdão dos Serviços Mínimos | O Meu Quintal

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Concorda com uma manifestação de professores em Lisboa na 1ª quinzena de julho? Resultados da sondagem.

 

Depois do tiro certeiro do tribunal arbitral à greve dos professores, a rua parece-me cada vez mais um imperativo…

Os resultados da sondagem realizada em parceria com o blog ComRegras, ficam à consideração dos sindicatos de professores.

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A Fenprof Já Obteve o que Queria

A Fenprof tem o S.T.O.P. e a Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) atravessados na garganta!

Leitura mais que aconselhada:

Como Funciona Um Tribunal Arbitral? | O Meu Quintal

 

A decisão do representante dos sindicatos não me surpreende. A greve às reuniões dos anos de exame não foi decretada pelos “donos da luta”, na minha escola os delegados sindicais garantiram com a sua presença que todas as reuniões do 9º, 11º e 12º anos fossem realizadas antes da “sua” greve.
Pode o colégio arbitral, ao decretar serviços mínimos, alterar a legislação sobre reuniões de conselho de turma e estipular que as reuniões se podem fazer com 50% +1???

Ler mais: Por Unanimidade! | O Meu Quintal

 

Mas nós somos parvalhões e estúpidos ó Mário Nogueira?

Vocês enganam quem?

Não É Recíproco! | O Meu Quintal

 

 

 

 

 

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Coincidências

A ILC foi feita por um grupo de cidadãos e o PCP já disse que votava contra.

O STOP marcou greve nas semanas de avaliação dos 9.º, 11 e 12.º e o Juiz Guilherme da Fonseca do PCP “o partido “é uma constante na minha vida votou a favor dos serviços mínimos.
 
Mais palavras para quê?

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Quem nomeou o representante dos sindicatos…

 

… no Colégio Arbitral, que se assuma e tire as devidas consequências.

Tinha sido interessante saber o que o mesmo defendia antes de o ter nomeado…

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Não Há Serviços Mínimos?

Mas afinal há, e parece que o representante dos sindicatos no colégio arbitral também acha o mesmo, já que todos votaram a favor.

E no caso de não haver quórum, que me parece a situação mais provável neste altura, como se concluí a avaliação dos alunos do 9.º, 11.º e 12.º até ao dia 5 de Julho?

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Decretados serviços mínimos

No país dos impossíveis…

Serviços mínimos decretados na greve de professores

Decisão aplica-se apenas ao anos em que há exames: 9º, 11º e 12º anos.

O Colégio Arbitral decidiu esta terça-feira decretar serviços mínimos na greve de professores às reuniões de avaliação do 9º, 11º e 12º anos. Esta decisão deverá permitir que estas reuniões se realizem e que sejam atribuídas aos alunos as notas internas da avaliação contínua. Sem estas notas os alunos não podiam candidatar-se ao ensino superior. As candidaturas ao ensino superior arrancam no dia 18 de julho.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/servicos-minimos-decretados-na-greve-de-professores

 

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Carta de uma aluna do 12.° ano ao IAVE

 

ᴄᴀʀᴛᴀ ᴀᴏ ❛ɪɴsᴛɪᴛᴜᴛᴏ ᴅᴇ ᴀᴠᴀʟɪᴀçãᴏ ᴇᴅᴜᴄᴀᴛɪᴠᴀ❜:

“Termino agora o 12ºano, depois de prestar contas com os exames nacionais. Durante os três anos que frequentei de ensino secundário, pude assistir à luta que os meus professores que tinham a seu cargo disciplinas de exames, bienais e trienais, travaram para me preparar, a mim e a muitos outros, da melhor forma para desempenhar o meu melhor, conforme as suas excelsas capacidades.

Este ano, realizei o Exame de História A e o Exame de Português. Curiosamente, o exame de português sofreu uma alteração na estrutura, regressando-se a uma estrutura que não era utilizada há anos. A primeira mudança remonta à ‘parte C’ – Parte essa, que diga-se de passagem, não tinha indicações nenhumas em relação à extensão de palavras a cumprir. Ora, preocupada com o desempenho dos seus alunos, a minha professora de Português, durante a prova, contactou com o Ministério da Educação, para desmistificar afinal o que é que era necessário realizar numa ‘breve exposição’, conforme lia o enunciado. A resposta ‘o aluno deve saber controlar-se’ soa correta ao vosso ouvido? Agora somos robots renegados a ter uma função de controlo? Também não entendi a pergunta sobre a ‘Lei Fundamental’ que legitimizou o governo de Salazar? É isso que chamamos à Constituição Fascista de 1933? Estranho. Tive uma excelente professora de História durante três anos e única lei fundamental da qual tomei conhecimento relaciona-se com a política de fomento salazarista. Ou será que a rambóia de palavras serviu somente para nos confundir?

A brilhante ideia de aumentar a cotação das perguntas de escolha múltipla só serve para prejudicar o aluno e ajudar na descida de notas. Agora pergunto-me: quem é que é responsável pelas notas que levamos a exame? Somos nós, claro, mas é também o professor, que avalia o nosso desempenho, durante todo um ano letivo. É justo que um professor que trabalhou com unhas e dentes com a sua turma veja o seu trabalho refletido numa pauta que porventura não reflete as capacidades daqueles que ensinou? Se nós chegamos a este patamar cansados, eles acusam um cansaço superior ao nosso. É claro em Portugal que a chefia pouco se preocupa com esta classe mas se não fosse esta classe trabalhadora a dar o melhor de si todos os dias, poucos doutores haveria para se sentarem em cadeiras bem pagas.

É impossível não reconhecer o descontentamento que os exames nacionais trouxeram a todos que os prestaram. Realizei os exames da minha área, mas solidarizo com todas as outras que conhecem a frustração de ter que prestar contas sobre três anos de ensino num curto espaço de tempo. Caro IAVE, não pretendendo ofender, pretendo sim colocar em causa o futuro de um país – Com alunos insatisfeitos, com professores espezinhados e esquecidos, quem construirá Portugal no futuro? Há tempo para ir a jogos à Rússia, mas não há tempo para compor exames adequados às disciplinas, que não prejudiquem quem os realiza?

O meu tempo enquanto aluna do secundário terminou, é certo, mas escrevo em favor daqueles que em breve lá estarão, para prosseguir o sonho de uma vida melhor – O que eu sonho alcançar também, se os exames nacionais não tornarem ainda mais dificil a já árdua tarefa de atingir médias.

Cumprimentos duma aluna /extremamente/ insatisfeita com o vosso desempenho.”

 

B. F.

In Facebook

 

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O Próximo Ataque do ME à Reputação dos Docentes

Opiniões – Mário Silva | O Meu Quintal

PS:

Uma prova de Matemática com dois programas: ansiedade aumenta

Neste ano a prova mais temida do secundário é ainda mais complexa: tem dois programas distintos num só enunciado e nem alunos nem professores sabem com o que contar.

(…)

Continua aqui: Educação – Uma prova de Matemática com dois programas: ansiedade aumenta

 

 

Alunos foram “prejudicados” pelo tipo de exame proposto para Matemática A, dizem professores

Sociedade Portuguesa de Matemática diz que foi posta em prática “uma receita para o desastre”.

Os alunos do 12.º ano que realizaram nesta segunda-feira o exame de Matemática A foram “prejudicados” pelo tipo de prova que lhes foi proposta, alertam a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) e a Associação de Professores de Matemática (APM) que, contudo, apresentam motivos distintos para sustentar esta conclusão em comum.

“Ficou reunida a receita para o desastre”, diz o presidente da SPM, Jorge Buescu. E isto aconteceu porque o Instituto de Avaliação Educativa (Iave), que elabora os exames, “mudou completamente a estrutura do exame sem que antes tenha elaborado uma prova-tipo, o que sempre recusou, ou promovido a realização e testes intermédios”, explicita Buescu.

(…)

Continua aqui: Exames nacionais 2018 | Alunos foram “prejudicados” pelo tipo de exame proposto para Matemática A, dizem professores | PÚBLICO

 

 

Reportagem

“O exame do ano passado era um rebuçado. O deste ano? Sopa”

Alunos consideram prova de Matemática A do 12º ano longa e difícil. Divisão em dois cadernos complicou a vida.

 

Hélder, 17 anos, está com cara de poucos amigos enquanto revê o enunciado do exame nacional de Matemática A. Fazemos-lhe uma pergunta para início de conversa: “O exame correu bem?” A resposta é seca: “Não!” À porta da Escola Secundária Francisco de Holanda, em Guimarães, num grupo onde estão mais seis estudantes, a análise é unânime: a prova era longa e difícil. Outros colegas que saem do edifício nos minutos seguintes reforçam essa opinião.

Ao longo da conversa, Hélder é mais ilustrativo: “O exame do ano passado era um rebuçado. O deste ano? Sopa!”

(…)

Continua aqui: Reportagem | “O exame do ano passado era um rebuçado. O deste ano? Sopa” | PÚBLICO

 

 

Sociedade de Matemática diz que exame põe em causa igualdade no acesso ao superior

(…)

A SPM referiu que faltou ao longo do ano informação intermédia sobre o modelo de prova a aplicar, criticando o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), organismo responsável pela elaboração e aplicação das provas e exames, que, defende a SPM, “se limitou a fornecer uma Informação Prova com contornos menos claros e que agora se verifica ter pouca correspondência com o exame”.

“Como consequência desta inédita falta de informação, os alunos — tanto do novo programa como do antigo — foram hoje confrontados com uma prova que não traduz fielmente o trabalho realizado durante os três anos do ensino secundário. A tentativa de subordinar o enunciado a dois referenciais de avaliação distintos acabou por gerar itens desequilibrados, confusos e por vezes contraproducentes do ponto de vista pedagógico”, lê-se no comunicado.

A SPM dá o exemplo de um exercício da prova, no qual se pedia “textualmente aos alunos” para “não justificar a validade do resultado obtido na calculadora”, o que a SPM defende ser a “antítese do método científico e da boa utilização da tecnologia, que deve ser sempre acompanhada de espírito crítico”.

Aponta ainda outro exercício, ao qual “os alunos do antigo programa poderiam responder a qualquer uma das alternativas apresentadas, ao passo que o novo programa apenas contempla uma delas”.

“Em termos de substância, a prova é extensa e trabalhosa, gerando-se assim uma maior complexidade relativamente a edições anteriores. Por outro lado, a vertente calculatória do tema de funções, muito trabalhada por todos os alunos, é abordada de forma extremamente superficial”, defende a SPM.

Aqui: Sociedade de Matemática diz que exame põe em causa igualdade no acesso ao superior – Observador

 

 

 

Exame de Português do 9.º ano também teve “novidades” em relação a provas anteriores

 

Em ano de novidades nas provas de Português, a associação de professores da disciplina alertou que, no caso do 12.º ano, poderão “vir a ter reflexos nos resultados”.

(…)

As novidades do 12.º ano

No seu parecer sobre o exame de Português do 12.º ano, realizado por 74.354 alunos, a APP alertou que as novidades introduzidas poderão “vir a ter reflexos nos resultados”. E destaca duas. No item 7 do Grupo I (parte C) pede-se que os alunos “escrevam uma breve exposição [não há indicação de quantas palavras] na qual distinga o herói em Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do herói em Mensagem, de Fernando Pessoa”, mas a cotação atribuída (16 pontos) é igual às da maioria das questões do mesmo grupo quando se limitam a exigir respostas restritas.

Por outro lado, o grupo III, onde se pede aos estudantes que escrevam um texto “sobre o poder das palavras nas relações humanas”, é cotado “com apenas 40 pontos (nas provas dos anos anteriores, este grupo tem sido contado com 50 pontos), o que perturba as expectativas de professores e alunos”, frisa a APP.

Logo no dia do exame, a 19 de Junho, os alunos ouvidos pelo PÚBLICO deram conta das mudanças registadas, tendo-se mostrado surpreendido com elas. Em resposta, o Instituto de Avaliação Educativa (Iave), o organismo público responsável pela elaboração e classificação dos exames, garantiu que não houve alterações estruturais, apenas ajustamentos. Estes “resultam da análise de resultados de anos anteriores e visam melhorar a validade da prova e das classificações”, explicou então o presidente do instituto, Hélder Sousa.

Exames nacionais 2018 | Exame de Português do 9.º ano também teve “novidades” em relação a provas anteriores | PÚBLICO

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Comunicados – Conjunto de esclarecimentos do Ministério da Educação

 

Conjunto de esclarecimentos do Ministério da Educação

1. Sobre as classificações dos alunos
Na sequência de várias interpretações erradas que têm sido feitas sobre a admissão condicional dos alunos a exame, o Ministério da Educação esclarece que a fórmula de cálculo das notas dos alunos, tanto para efeitos de conclusão do ensino secundário, quanto para efeitos de acesso ao ensino superior não sofre qualquer alteração pelo facto de os alunos serem admitidos condicionalmente.
2. Sobre o calendário de acesso ao ensino superior
O pedido de serviços mínimos visa o cumprimento do calendário de acesso ao ensino superior e a garantia de que todos os alunos que o pretendam se podem candidatar à continuação de estudos.

3. Sobre as matrículas
As escolas receberam instruções para iniciar o processo de matrículas e constituição de turmas com base no número de turmas previstas em rede.
4. Sobre o impacto da greve
Face aos dados disponibilizados pelas escolas até ao momento, a taxa de adesão à greve nesta última semana, nos anos sem exame, é inferior a 10%, afetando cerca de 90% dos alunos, que estão por avaliar, o que demonstra que esta é uma greve cujas consequências para os restantes professores e sobretudo para os alunos são manifestamente desproporcionadas face à adesão verificada.

 

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OPINIÃO – A justa luta dos professores – Mario Nogueira

A justa luta dos professores

A luta dos professores não se esgota na recuperação do tempo de serviço. Os professores lutam pelo necessário reconhecimento, para carreira, de nove anos, quatro meses e dois dias que cumpriram, trabalhando com os alunos, nas escolas, para o futuro do país, mas também lutam: por uma aposentação adequada e que permita rejuvenescer uma profissão que atingiu um nível de envelhecimento preocupante; por horários de trabalho que respeitem a lei, quanto à organização e à duração; por estabilidade de emprego e profissional, fator decisivo para a estabilidade emocional e pessoal, com óbvias implicações na qualidade do desempenho e na organização das escolas; lutam por concursos justos e transparentes; por uma gestão escolar que os envolva na decisão e não os trate como meros subalternos, “desprofissionalizados”, que aplicam decisões superiores, tantas vezes ditadas por interesses alheios ao direito dos jovens a um ensino de qualidade. Lutam, ainda, contra o caminho da municipalização que, pela calada, anda a ser desenhado.

São muitos os motivos que levam os professores a esta luta histórica, que impediu a realização de mais de 15.000 conselhos de turma (96%) previstos para a semana que passou. Uma luta em que se envolvem convictos da sua razão e com a determinação e o entusiasmo com que abraçam a profissão e se entregam aos seus alunos.

De entre os motivos que tornaram necessária a greve em curso, tem sido destacada a recuperação do tempo de serviço. Para além de ser justa, corresponde a um compromisso do Governo que, mais de meio ano depois de o firmar, não quer cumprir, desrespeitando a promessa e, agora, a Lei do Orçamento do Estado (OE) e a Assembleia da República que, sem votos contra e com os votos favoráveis de quem aprovou o OE, recomendou que todo o tempo de serviço é para contar, remetendo para negociação, apenas, o prazo e o modo.

Tentando fugir ao compromisso, os governantes reinterpretam o texto assinado em novembro. Só que o texto vale pelo que está escrito e não por reinterpretações feitas ao jeito de quem quer fugir à responsabilidade.

Na alínea a) do seu ponto 5, a declaração de compromisso identifica, na base negocial para a construção do modelo de recomposição da carreira, “três variáveis fundamentais”: o tempo, o modo e o calendário [prazo]. Na alínea seguinte, explicita o objeto da negociação a fazer: “negociar, nos termos da alínea anterior o modelo concreto da recomposição da carreira que permita recuperar o tempo de serviço”.

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Comunicado DIPROF – Por uma avalição digna e equitativa dos alunos

 

Download do documento (PDF, Unknown)

 

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José Eduardo Lemos. “Os professores sentem-se enganados”

José Eduardo Lemos. “Os professores sentem-se enganados”

 

 

Presidente do Conselho de Escolas diz que professores perceberam que “é hora de lutar” e prevê que a greve continue a ter “forte adesão”

 

“Não há um único professor no país que não esteja à espera que o Estado cumpra o compromisso”, ou seja, que tenha em conta os nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço dos docentes para efeitos de progressão na carreira com acerto salarial. O aviso é feito pelo presidente do Conselho de Escolas. Em entrevista ao i, José Eduardo Lemos salienta que os governos, e os vários ministros, se têm esquecido dos professores. E “quando deles se lembram, não tem sido para os tratar bem”. Nos corredores das escolas, o que se vê são “professores desmotivados” e “desgastados”, conta José Eduardo Lemos, que frisa que esse cenário se agrava quando se repete “o mito” de que “a classe goza de imensas regalias”. Sobre a decisão do Ministério da Educação de solicitar serviços mínimos para a greve às avaliações, convocada até ao final de julho, o presidente do órgão consultivo da tutela diz ter dúvidas de que isso seja possível.

 

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Paulo Guinote no Jornal i – Alguns Equívocos Sobre a Greve dos Professores

O tratamento simplista e com dados truncados de algo complexo é a forma mais comum e rápida de intoxicar a opinião pública sobre o assunto. A atual greve dos professores às reuniões de avaliação tem sido demonizada dessa forma, através de falsidades factuais e desajustados juízos de valor sobre a classe docente.

Respiremos fundo, se possível, e analisemos os factos. Por contingências financeiras, os salários dos professores sofreram cortes e foi congelada a sua progressão durante dois períodos que somam quase uma década. Quando consultado acerca de algumas dessas medidas, o Tribunal Constitucional considerou que só aceitava que se verificassem de forma transitória, pois seriam inconstitucionais se decretadas de forma permanente.

O que pretendem os professores num momento em que se afirma que a austeridade terminou e a governação é de “reversão” das medidas dos tempos da troika?

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Continuem a divulgar a Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC)!

Para assinar a ILC é ir ao seguinte link:

Iniciativa legislativa | Consideração integral do tempo de serviço docente prestado durante as suspensões de contagem anteriores a 2018, para efeitos de progressão e valorização remuneratória

Instruções em vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=dSQ_V44kx74

 

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Pelo Jornal i – Balanço / Largas Centenas de Reuniões Adiadas

Há duas semanas que os professores estão em greve às avaliações. Alguns conselhos de turma já foram adiados entre seis e oito vezes.

São largas as centenas de reuniões de avaliação que têm vindo a ser adiadas nesta última semana e em alguns casos desde a semana passada. Ao dia de hoje há reuniões de conselhos de turma que estão a ser adiadas pela sexta ou pela oitava vez.Na quinta-feira, até às 13 horas, das 494 reuniões de Conselhos de Turma marcadas na zona de grande Lisboa, foram realizadas apenas 42. Nas escolas da região centro, das 164 reuniões previstas decorreram apenas duas. O mesmo nível de adesão foi registado nas escolas da zona Norte do país, onde decorreram cinco das 515 reuniões previstas. Na região Sul, dos 127 Conselhos de Turma agendados nenhum se realizou.Os dados, divulgados ao i pela Fenprof, fazem parte do balanço da primeira semana de greve, agendada pela plataforma de dez sindicatos, que será hoje apresentado em conferência de imprensa pelo secretário-geral, Mário Nogueira.

Estes números indicam que a adesão dos professores ao protesto segue na mesma linha desde o primeiro dia de greve, ou seja, desde a última segunda-feira. Nesse dia, Mário Nogueira referiu que a adesão era de 95% e que havia conselhos de turma inteiros a fazer greve e de 300 reuniões agendadas apenas dez se concretizaram.

Na quinta-feira eram várias as escolas onde não tinha decorrido qualquer reunião de avaliação. É o caso da Escola Secundária de Ponte de Lima ou da EB 2/3 de Aranguez, em Setúbal, por exemplo.

A manter-se este nível de adesão, confirma-se que “a participação dos professores é fortíssima”, como previu Nogueira no início do protesto.

Já antes a greve convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) paralisou reuniões em quase metade (364) do total de 811 agrupamentos de escolas em funcionamento, entre os dias 5 e 17 de junho.

A greve agendada pela plataforma de dez sindicatos vai decorrer até 13 de julho mas o STOP já marcou novo período de paralisação até ao final de julho. Em cima da mesa estão ainda greves para o primeiro dia de aulas do próximo ano letivo, a 14 de setembro, e para quatro dias da semana de 5 de outubro, quando se assinala o Dia Mundial do Professor.

Os protestos estão a atrasar a avaliação dos alunos e, consequentemente, o final deste ano letivo. A greve tem ainda como consequência que os alunos estejam a ir a exame sem saber a nota atribuída pelos professores.

Para tentar travar os efeitos da greve, o ministério da Educação – que foi surpreendido com a adesão aos protestos – decidiu solicitar serviços mínimos a partir do dia 2 de julho. A decisão da tutela está agora nas mãos de um juiz que preside ao Colégio Arbitral, que de acordo com os prazos em vigor tem de se pronunciar até dia 28 de junho, 48 horas antes da data dos serviços mínimos solicitados.

Caso o juiz decida decretar os serviços mínimos, os professores não descartam agendar novos protestos ainda durante o verão. Em cima da mesa estão, por exemplo, greves às reuniões de distribuição de serviço docente ou de matrículas.

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Continua aqui: Balanço. Largas centenas de reuniões adiadas

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Ganha com o Passatempo Editora Nova Educação

O Blog DeAr Lindo, em parceria com a Editora Nova Educação, têm o prazer de convidar os seguidores desta página a participar num passatempo.

O passatempo terá como objetivo disponibilizar duas obras, com o patrocínio da Editora Nova Educação, uma a cada vencedor. As obras a concurso são: “RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO – Contributos para a sua elaboração” e “AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE – As respostas às suas dúvidas”.

Para se habilitarem a uma destas duas obras terão que escrever, nos comentários deste post, na página de Facebook do Blog, uma frase alusiva ao tema, “[Não]Contagem do tempo de serviço:9A, 4M, 2D”. As duas melhores frases receberão uma das obras a concurso em sua casa.

Serão postas a concurso todas as frases que forem inseridas atá às 00:00 horas de amanhã.

 

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