Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/saiba-as-novas-medidas-do-estado-de-emergencia-por-concelho/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/o-powerpoint-da-emergencia-de-24-11-a-8-12/
Nov 21 2020
O Conselho de Ministros aprovou hoje a resolução que prorroga a declaração da situação de emergência, em todo o território nacional continental com novas medidas restritivas.
Medidas Gerais
Nova lista de concelhos de risco:
Concelhos com uma incidência superior a 480 casos:
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/as-novas-medidas-para-o-estado-de-emergencia/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/s-o-s-escolas/
Nov 21 2020
Um inquérito realizado pela Associação EPIS a alunos em risco de insucesso que apoia confirma o valor social e relacional da escola presencial, entre pares e, no 1.º Ciclo, entre alunos e professores. A resposta “Sair de casa e poder ir para a escola” é valorizado por todos os alunos, mas a resposta mais relevante é, de longe, a que foi dada por mais de 60% dos inquiridos, afirmando que o que mais privilegiam é o “contato com os colegas na escola”.
Já de forma crescente com a idade, surge a importância “do contato com os colegas/amigos fora da escola”. Por sua vez, o “contato com os professores na escola” é mais significativo no 1.º Ciclo, com 37,8% a terem manifestado esta resposta, que decresce muito nos ciclos de escolaridade seguintes.
A maioria dos jovens disse que se sente “muito melhor” ou “melhor” com aulas presenciais. No entanto, no 3.º Ciclo, a percentagem de alunos que se sente “na mesma”, “pior” ou “muito pior” com as aulas presenciais é de 20,8%, que compara com 13,2% e 8,6%, respetivamente, no 2.º e 1.º Ciclo, o que pode mostrar uma tendência, embora não muito vincada, de que o bem-estar nas aulas remotas tende a aumentar com a idade, pelo menos para uma parte dos alunos.
O ensino presencial é igualmente valorizado pelos alunos quando questionados sobre a “participação nas aulas”: mais de 72% nos 1.º e 2.º Ciclos refere que prefere o modelo tradicional, assim como 61,6% no 3.º Ciclo. A percentagem desce significativamente no sentido inverso, já que apenas 4,2% no 1.º Ciclo, 7,4% no 2.º Ciclo e 11,1% no 3.º Ciclo preferem participar através das aulas síncronas à distância.
No que respeita à “compreensão da matéria explicada pelo professor, independentemente da idade, mais de 84% continua a preferir as aulas presenciais, com uma minoria de alunos, apenas 4% a 6% em todos os ciclos, a mencionar as aulas remotas.
“O risco de contágio de si e dos mais próximos” é o que mais preocupa os jovens, independentemente da idade, e numa percentagem bastante significativa (mais de 75%). Já “a possibilidade de perda de emprego ou dificuldades financeiras dos pais” é uma preocupação crescente com a idade, com expressão mais significativa nos alunos do 3.º Ciclo de escolaridade (25,5%), quando compara com 18,4% e 16,4%, respetivamente 2.º e 1.º Ciclos.
A EPIS – Empresários pela Inclusão Social foi criada em 2006 por empresários e gestores portugueses e apoia alunos do pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos e Secundário em Portugal, que vivem em contextos socioeconómicos desfavorecidos, com risco acrescido de insucesso e abandono escolar e maior probabilidade de não chegarem ao fim da escolaridade obrigatória concluindo o 12.º ano de escolaridade.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/60-dos-alunos-em-risco-o-que-mais-privilegiam-e-o-contato-com-os-colegas-na-escola/
Nov 21 2020
Secretário de Estado diz que as coisas estão “a correr bem”. Responsável falou em 477 surtos em escolas, mas são só 68.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, revelou esta sexta-feira dados sobre a propagação da Covid-19 em meio escolar que apontavam para um número elevado. “Temos 477 surtos ativos em escolas dispersos por várias regiões: 58 na região Norte, 72 no Centro, 291 em Lisboa e Vale do Tejo, 29 no Alentejo e 27 no Algarve”, afirmou.
Afinal, foi um lapso do governante.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/descartada-a-antecipacao-da-interrupcao-do-natal/
Nov 20 2020
Os 477 surtos de infeção pelo novo coronavírus que o secretário de Estado e Adjunto da Saúde disse estarem ativos nas escolas são afinal referentes ao total do país, esclareceu o Governo, corrigindo o número para 68.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/afinal-nao-sao-447-mas-68-surtos-nas-escolas/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/lista-colorida-rr11-6/
Nov 20 2020
Foram colocados 548 professores contratados na Reserva de Recrutamento 11, distribuídos da seguinte forma:
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/548-contratados-na-rr11/
Nov 20 2020
Há, neste momento, 477 surtos ativos nas escolas, dispersos pelas diferentes regiões do país. Norte conta com 58, Centro com 72, LVT com 291, Alentejo com 29 e Algarve com 27.
“Não nos parece que as escolas sejam um foco de grande intensidade”, diz Larceda Sales. “A questão das escolas estão a correr bem. “
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/477-surtos-ativos-em-escolas-de-todo-pais/
Nov 20 2020
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 11.ª Reserva de Recrutamento 2020/2021.
Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 23 de novembro, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 24 de novembro de 2020 (hora de Portugal continental).
Consulte a nota informativa.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/reserva-de-recrutamento-n-o-11-4/
Nov 20 2020
Belém fala de várias renovações do regime de exceção. Norte tem cenário negro. Origem de 81% de infeções por identificar. Aulas à distância podem voltar nas pontes dos feriados.
A covid-19 está espalhar-se entre as crianças e jovens no Norte, tendo-se tornado galopante nas últimas semanas e ultrapassado os números dos idosos. O aumento é notório: a taxa de crescimento é de 32% entre os menores de 10 anos e de 24% entre os adolescentes.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/pandemia-galopante-na-populacao-com-idade-escolar/
Nov 20 2020
Ao longo do ano 2020 foram aposentados pela Caixa Geral de Aposentações 1.649 docentes da rede pública do Ministério da Educação no continente.
Este valor supera em 291 as previsões feitas para o ano 2020. Já em 2019 as previsões ficaram abaixo da realidade em 414 docentes.
Para 2021 prevê-se que se aposentem mais 2.067 docentes e os valores das previsões vão crescer anualmente, pelo menos até 2023.
E assim a cada ano que vai passar o número de professores em falta para cobrirem as necessidades do sistema serão cada vez mais ao longo dos próximos anos, a não ser que algo se faça para tornar mais atrativa a carreira docente.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/1649-docentes-aposentados-em-2020/
Nov 20 2020
Um quarto dos 100 mil computadores prometidos já está nas escolas
Distribuição dos equipamentos começou pelos alunos do ensino secundário. Até ao final do 1.º período, primeira fase do programa Escola Digital ficará concluída.
Cerca de um quarto dos 100 mil computadores portáteis que o Ministério da Educação vai entregar aos alunos carenciados já está nas escolas. Os equipamentos destinados aos estudantes do ensino secundário foram entregues nos estabelecimentos de ensino ao longo das últimas semanas, começando agora a chegar às mãos das famílias. Esta é a 1.ª fase do programa Escola Digital, que será alargada ao ensino básico até ao final do 1.º período, assegura a tutela.
Às escolas chegaram 25 mil computadores, destinados aos alunos do ensino secundário que que estão no Escalão A da Acção Social Escolar. Já se sabia que a distribuição ia começar pelos estudantes carenciados, mas o Ministério da Educação (ME) decidiu também dar prioridade aos estudantes mais velhos. O plano para este ano lectivo prevê que, face à evolução da pandemia, sejam estes os primeiros a ir para casa, caso haja necessidade de passar do ensino presencial para um regime misto.
Os computadores “foram entregues às escolas esta semana”, avança fonte do ME. O processo decorreu sem problema, confirmam os directores de agrupamentos escolares contactados pelo PÚBLICO. Além dos computadores, é também entregue uma mochila e um conjunto de auscultadores com microfone a cada aluno. Para quem não tiver acesso à Internet é também disponibilizado um router (hotspot), com o tráfego limitado a 2 GB por mês. O acesso a sites educativos, como o Estudo Em Casa ou as plataformas das editoras dos manuais escolares, não é contabilizado pelas operadoras, sendo gratuito.
Os equipamentos já começaram a chegar às mãos dos alunos, mas o processo vai prolongar-se pelos próximos dias, uma vez que as escolas têm que fazer a verificação do material recebido e instalar software relativo às plataformas de colaboração e de gestão educativa. “Somos um intermediário entre o Ministério da Educação e as famílias”, ilustra Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep).
A entrega de equipamentos aos alunos faz parte do Escola Digital, uma das linhas do Programa de Estabilização Económica e Social, apresentado pelo Governo em resposta à pandemia. São destinados 400 milhões de euros para este programa – dos quais, cerca de 160 serão investidos ainda este ano na compra de material informático para os estudantes.
“Acesso universal”
A promessa de “acesso universal” à Internet e a computadores para os alunos que estão dentro da escolaridade obrigatória será cumprida faseadamente. Na 1.ª fase, que está em curso, serão entregues 100 mil equipamentos, a alunos carenciados.
A entrega dos equipamentos está a ser feita de forma faseada para “evitar a concentração de equipamentos em espaço escolar”, avança o ME. Em causa está não só a necessidade de assegurar que as escolas cumprem a sua parte do processo, mas também preocupações com a segurança dos equipamentos e das escolas. A tutela prevê que a entrega “esteja finalizada nas próximas semanas”, antes do final do 1.º período.
Terminada a entrega dos computadores aos alunos do ensino secundário, serão agora distribuídos os restantes 75 mil computadores, destinados aos estudantes dos três ciclos do ensino básico. Os portáteis para cada nível de ensino são, de resto, diferentes. Foram definidos três tipos de equipamento – um destinado ao 1.º ciclo, outro para os 2.º e 3.º ciclos e outro para os alunos do secundário – tendo em conta as necessidades de cada nível de ensino.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/ainda-nao-vi-nenhum/
Nov 20 2020
Portugal é o 7º. País onde melhor se fala inglês, mas luta para reter profissionais
· Portugal é o 7.º melhor país do mundo no que respeita a bem falar inglês, o melhor resultado de sempre desde que se publica o estudo.
· Porto é a cidade portuguesa com melhor proficiência em inglês, Lisboa, que arrecadou o prémio há dois anos, não foi além do 4.º lugar este ano.
· Apesar de ter uma elevada proficiência em inglês e ao contrário do restante grupo que lidera este ranking, Portugal está abaixo da linha de correlação no que respeita à capacidade de atrair, desenvolver e reter trabalhadores qualificados.
Portugal é o sétimo país do mundo com melhor proficiência em inglês, de acordo com o relatório EF English Proficiency Index (EF EPI) – que analisa dados de 2,2 milhões de falantes não nativos de inglês, em 100 países e regiões.
Num ranking liderado pela Holanda, Portugal surge ainda atrás da Dinamarca (2.º), Finlândia (3.º), Suécia (4.º), Noruega (5.º) e Austria (6.º). Este é o melhor registo de sempre de Portugal neste ranking, depois de no ano passado ter entrado pela primeira vez no estrito grupo de países com “elevada proficiência” em inglês.
No sul da Europa somos, sem dúvida, os que melhor falam inglês, deixando muito para trás Grécia (21.º), França (28.º), Itália, (30.º) e Espanha (34.º).
Porto é, pelo segundo ano consecutivo, a cidade portuguesa onde melhor se fala inglês. Coimbra (2.º) e Braga (3.º) fecham o pódio nacional. Lisboa, que arrecadou o prémio há dois anos, não foi além do 4.º lugar este ano.
“Embora 2020 tenha sido um ano desafiador, as circunstâncias também destacaram a importância de uma comunicação e cooperação claras além das fronteiras. O inglês como língua franca global continua a unir as pessoas, e o EF EPI contém informações valiosas para os formuladores de políticas avaliarem e fortalecerem a capacidade de aprendizagem de línguas de suas organizações e governos”, afirma o vice-presidente executivo da Education First para Assuntos Académicos, Dr. Christopher McCormick.
O EF EPI tem por base os resultados do EF Standard English Test (EF SET), o primeiro teste de inglês padronizado gratuito do mundo. O EF SET tem sido utilizado em todo o mundo por milhares de escolas, empresas e governos para testes em larga escala.
A fechar o ranking de proficiência de inglês está Omã (98.º), Iraque (99.º) e Tajiquistão (100.º).
Homens portugueses ultrapassam mulheres
O estudo – que avaliou o inglês de mais de 2,2 milhões de pessoas – conclui que a nível mundial as mulheres falam inglês melhor do que os homens, apesar da disparidade ser cada vez menos evidente relativamente a edições passadas do EF EPI.
Em Portugal, e tal como já se tinha registado o ano passado, os homens conseguiram obter melhor classificação dos que as mulheres. Ainda assim, as mulheres portuguesas também atingem este ano um nível “muito elevado” de inglês (61,3 pontos), um valor bastante superior à média dos homens de todo o Mundo (49,8 pontos).
Os jovens portugueses entre os 21 e os 25 anos continuam a ser os que levam melhor nota no EPI – um relatório que mostra uma correlação entre a fluência em inglês e o poder de compra, qualidade de vida, inovação e um conjunto de outros indicadores sócio-económicos.
Apesar desta correlação positiva entre a fluência na língua inglesa de uma região e o valor médio do seu rendimento bruto, Portugal é um dos três países com nível de proficiência em inglês “muito elevada”, mas abaixo da linha de correlação com o rendimento médio nacional líquido per capita.
Portugal não segue tendência mundial
Apesar da alta correlação entre a proficiência em inglês e o Índice de Competitividade Global de Talentos, um relatório que avalia a capacidade de um país de atrair, desenvolver e reter trabalhadores qualificados, Portugal e a África do Sul fogem à tendência.
Os dois países, apesar de terem uma elevada proficiência em inglês e ao contrário do restante grupo que lidera este ranking, estão abaixo da linha de correlação no que respeita à capacidade de atrair e reter trabalhadores qualificados.
No que respeita ao Índice de Competitividade Global de Talentos, Portugal fica atrás de países como o Japão, Emirados Árabes Unidos, República Checa, Estónia ou França.
Outra correlação encontrada pelo EF EPI é entre a proficiência de Inglês e a facilidade de fazer negócios, bem como falar inglês e uma série de indicadores relacionados com logística.
Para economias em todo o mundo, uma maior proficiência em inglês correlaciona-se com um maior Produto Interno Bruto, maiores salários líquidos e maior produtividade. Porém, também neste campo Portugal foge à regra. Na produtividade por hora, Portugal fica atrás de países como a Itália ou Espanha.
Nem tudo é negativo para o nosso País. No que respeita à correlação da proficiência de inglês e a publicações de artigos científicos, Portugal sai bem na fotografia. Os dados mais recentes, referentes a 2017, mostram que 60% dos artigos do Nature Index foram colaborações internacionais, uma proporção maior do que nunca. Não é surpreendente encontrar uma forte correlação entre a proficiência em inglês de um país e o número de artigos científicos e técnicos per capita, bem como seu investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, em termos de capital e recursos humanos.
Para Constança Oliveira e Sousa, responsável pela EF portugal, “hoje, cientistas e engenheiros simplesmente não podem perder a inovação global por causa de barreiras linguísticas”. “Não são apenas os investigadores que precisam de aceder a novas ideias. Em todos os campos, os profissionais precisam de estar actualizados com as melhores práticas internacionais. Também para as empresas, uma elevada cultura de proficiência em inglês torna possível explorar talentos e experiências que, apenas há alguns anos, estariam fora de alcance”.
Sobre a EF Education First
A EF Education First é uma empresa de educação internacional que se foca na linguagem, na formação e na experiência cultural. Fundada em 1965, a missão da EF é “abrir o mundo através da educação”. A EF tem mais de 600 escolas e escritórios em mais de 50 países.
EF English Proficiency Index 2020 Ranking de Países e Regiões:
EF EPI Ranking |
País ou Região |
1 |
Holanda |
2 |
Dinamarca |
3 |
Finlandia |
4 |
Suécia |
5 |
Noruega |
6 |
Áustria |
7 |
Portugal |
8 |
Alemanha |
9 |
Bélgica |
10 |
Singapura |
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/portugal-e-o-7o-pais-onde-melhor-se-fala-ingles-mas-luta-para-reter-profissionais/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/enquadramento-juridico-dos-docentes-de-risco-em-regime-de-teletrabalho-fne/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/vale-mascarado-do-que-confinado/
Nov 19 2020
“Quem tem medo do lobo mau?”
As escolas parecem estar permanentemente ligadas a um aparelho tecnológico, sem “certificação de qualidade”, altamente complicado e complexo, e que carece das mais elevadas qualificações para ser devidamente dominado e manuseado…
Em muitas escolas, alguns esforçam-se, frequentemente, por “inventar” e fazer aplicar as suas “criações” e as suas “descobertas”, certamente fruto da sua imensurável criatividade, imaginação, engenho, brilhantismo e competência… E mesmo quando tudo parece já ter sido inventado, eis que surge quase sempre mais alguém com uma enorme capacidade “inovadora”, munido de mais um “guião de procedimentos” que, em última análise, servirá apenas para complicar o que, à partida, poderia e deveria ser simples, eficaz e despretensioso…
O problema principal reside, muitas vezes, na aplicação prática e na eficácia de tais “criações” e “invenções”, sobretudo aquelas que acabam por não beneficiar efectivamente ninguém… Que eficácia pode ser atribuída a uma medida ou a um procedimento se os seus resultados não se traduzirem em vantagens/benefícios para alguém ou para um grupo de pessoas? E se, em vez disso, criarem ainda mais dificuldades e obstáculos?
Quanto de cada um é “consumido” dentro de cada escola em tarefas, procedimentos ou medidas de natureza burocrática? Quantos registos e quantas comunicações escritas (entre relatórios, actas, preenchimento de grelhas, comunicações para múltiplas entidades…) se vê obrigado a fazer um Director de Turma ou um Professor ao longo de um Período Lectivo ou de um Ano Lectivo? Quantas horas do seu tempo diário são gastas nesses procedimentos burocráticos obrigatórios? Que tempo e que disponibilidade mental e física lhes resta para se dedicarem ao essencial e prioritário que, e até prova em contrário, deveria ser o trabalho directo com os alunos? Que contributo decorre desses procedimentos burocráticos para a melhoria do trabalho pedagógico a desenvolver com os alunos?
Paradoxalmente, uma das justificações mais ouvidas para a existência de tantos e tão complexos procedimentos burocráticos prende-se com o objectivo de incrementar o sucesso escolar dos alunos…
A contradição parece evidente: como podem os professores dedicar-se à sua principal função que é Ensinar por via do trabalho directo com os alunos, se as exigências burocráticas que sistematicamente lhes são feitas ignoram ou escamoteiam a importância desse mesmo trabalho? No mínimo, tal justificação suscita perplexidade… E este é apenas um exemplo paradigmático do que se vai passando em muitas escolas: um objectivo inicialmente válido e pertinente torna-se inatingível, inviável ou perde consistência porque, incompreensivelmente, se complexificaram todos os procedimentos para o atingir…
O que resta depois de tudo isto? Resta pouco. Mas restam, quase sempre, os chamados “floreados” ou “fogos de artifício” e o “show-off”, que muitos, intencionalmente, confundem com estratégias muito inovadoras, também elas, por certo, sinónimo de muito dinamismo, iniciativa e eficácia ou, se se preferir, muita proactividade, numa terminologia muito moderna e actual…
E nem os tempos que correm, com todas as suas contrariedades, fizeram alterar a perspectiva da Escola que tudo pode e tudo tem que saber fazer e resolver… Enquanto não se assumir que isso não é aceitável nem exequível, a Escola, em particular os profissionais que nela trabalham, continuarão “presos na ratoeira” da Escola Omnipotente, vista como uma espécie de Entidade Suprema, plena de poderes mágicos ilimitados, capazes de resolver todos os problemas… Em consciência, as escolas não podem aceitar que lhes seja atribuído esse papel, nem que lhes seja imputada essa responsabilidade.
Não é legítimo exigir à Escola aquilo que ela, objectivamente, não pode dar, nem deve dar, porque não é da sua competência fazê-lo. E conseguir afirmar isto com clareza não é sinónimo de incapacidade ou de indolência, mas antes sinónimo de realismo, honestidade, pragmatismo e sensatez. Não colocar limites às expectativas sobre as acções que a Escola pode e deve empreender, criando falsas ambições, conduz quase sempre à frustração, à decepção/desilusão e ao desânimo… Quando, à partida, as exigências realizadas são impossíveis de serem satisfeitas, o resultado mais óbvio é, inevitavelmente, o fracasso e a insatisfação… E tudo isto “mói” muito, cansa muito e vai-se tornando numa espécie de doença em estado crónico que deveras incomoda pelos sintomas permanentes e persistentes que provoca…
Carpir mágoas em surdina pelos corredores da escola ou “andar, envergonhadamente, a chorar pelos cantos” até pode aliviar, mas não resolve o problema… Resolvê-lo implica conseguir falar alto e nos locais próprios, como em reuniões de Grupo de Recrutamento, de Departamento ou de Conselho Pedagógico. Também implica que os representantes dos professores (Coordenadores de Grupo ou de Departamento, Coordenadores de Directores de Turma, Coordenadores de Ciclo, entre outros) nos vários órgãos da escola consigam ser efectivos porta-vozes dos seus pares e não meros “ornamentos florais”… O que se espera desses representantes junto das Direcções?
“Quem (ainda) tem medo do lobo mau?” “Domesticar o lobo mau” diz respeito a todos e a cada um, dentro de cada escola… E se não se assumir esse desígnio em termos individuais perde-se a legitimidade para posteriormente reclamar. Calar primeiro e só reclamar depois parece ilógico, incongruente e contraditório… Não calar pode dar trabalho, causar desconforto e acrescer preocupações? Pode. Mas se não for feito, nada mudará…
Alerta: O sarcasmo e a ironia presentes podem ferir algumas sensibilidades…
Matilde
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/quem-tem-medo-do-lobo-mau/
Nov 19 2020
Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro.
– Carta enviada ao Presidente da Assembleia da República
– Projeto do Decreto do Presidente da República sobre a Renovação do Segundo Estado de Emergência
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/proposta-de-renovacao-do-estado-de-emergencia/
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/escolas-adotam-diferentes-criterios-para-aulas-online/
Nov 19 2020
É uma das medidas que podem vir a ser aplicadas na renovação do Estado de Emergência. Governo espera validação no regresso esta manhã das reuniões no Infarmed, onde Costa e Marcelo marcam presença.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/ferias-escolares-de-natal-podem-ser-antecipadas-uma-semana/
Nov 19 2020
Segundo números da Unidade de Saúde Pública, o concelho de Matosinhos tem, neste momento, 45 turmas em quarentena, num total de cerca de 1.200 alunos.
A autarquia recorda que a Comissão Municipal de Proteção Civil de Matosinhos pediu ao Governo, há menos de um mês, que ponderasse o ensino à distância para os alunos do 3.º ciclo, ensino secundário, ensino profissional e universitário.
Isto, para baixar a pressão existente nas escolas e ajudá-las a fazer uma gestão mais eficaz dos fluxos de estudantes.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/em-matosinhos-estao-1200-alunos-de-45-turmas-em-quarentena/
Nov 19 2020
Nos últimos dias, tem havido uma grande polémica jurídica e muita dialética sobre o direito à imagem e seus limites. Em muitos casos, muitos intervenientes não se situam bem no tema ao esquecer um fenómeno com os direitos de personalidade: não podem ser interpretados juridicamente como se cada direito fosse uma ilha isolada. Na verdade, os meus direitos formam um feixe de relações, que se entrelaça com os meus deveres e com os direitos e deveres de outros. Nenhum direito pode ser totalmente restringido (vide CRP) mas, à conveniência de outros direitos, podem ser parcialmente. Aliás, no artigo do Código Civil que estipula a definição de direito à imagem inclui-se uma lista de restrições (uma delas, o fim didático). E para esclarecimento dos que vão achar que isto que digo é treta, face ao uso da palavra retrato, realço que retrato aqui não significa “imagem parada do rosto” mas tem um sentido jurídico diferente, que inclui imagens em movimento. É pacífica essa interpretação. (O código civil é de 1966)
Com isto, logo na base, eu não me metia a pés juntos a invocar o direito à imagem para não dar aulas a alunos retidos em casa.
E há mais coisas.
E outra coisa a debater é mais importante são as condições técnicas para o fazer, que é outro nível de discussão.
PS: E presto aqui homenagem ao meu professor de Direito do ensino secundário, Dr. Júlio Vasconcelos, que, na singeleza das suas aulas de introdução ao estudo do direito, me ensinou uma das coisas mais úteis que aprendi na escola. Direito não é “saber de leis” é “ler o que a lei diz”. E qualquer pessoa o pode fazer, se atender às regras de interpretação da lei. Inventar é que não. Foi o professor que me deu a nota mais baixa do meu ensino secundário, mas não posso estar mais grato pelas aprendizagens. Ajudam-me todos os dias a pensar pela própria cabeça.
Luís Braga
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/a-polemica-do-direito-de-imagem-luis-braga/
Nov 19 2020
Segundo este simulador, um docente com 60 anos, posicionado no 10.º escalão e sem qualquer majoração prevista, ficaria com um vencimento, pelo período de pré-reforma, de 1 705,53 €, valor ilíquido. Bem diferente daquele que aufere estando no ativo, 3 364,63 €.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/simulador-pre-reforma-madeira/
Nov 19 2020
Ai cum catano! ando eu a falar para o boneco, é? Queres ver que foram aditadas umas alíneas ao meu contrato e ninguém me disse!
As assistentes operacionais vão começar a levar os detergentes de casa, as costureiras levam as linhas de cassa, os enfermeiros compram a gaze para aplicar nos doentes, os médicos têm que levar os bisturis pessoais, cada PSP compra a sua arma pessoal para usar em serviço e para ser militar tens que possuir o teu próprio “canhão”…
“Há-me com cada um…” Cum catano!!!
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/ai-cum-catano-aqui-quem-manda-sou-eu/
Nov 18 2020
Que afinidade terá uma licenciatura ou grau superior em educação com rastreios ?
a) Profissionais de profissões regulamentadas da saúde;
b) Agentes da proteção civil, previstos no artigo 46.º da Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, na dependência do Ministro da Administração Interna, que sejam mobilizados para o efeito;
c) Trabalhadores detentores de grau de licenciatura ou grau académico superior a este, de acordo com a afinidade da formação que detenham às funções exercidas;
d) Trabalhadores detentores de 12.º ano de escolaridade ou curso equiparado.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/11/sera-que-os-professores-com-afinidade-a-ser-mobilizados-estao-considerados-na-alinea-c/