De cada vez que um aluno se queixa de dor de cabeça, lá saco eu do termómetro… caso ultrapasse os 37ºC, telefono ao enc. de educação para o vir buscar à escola.
E quem não procedeu a qualquer mexida no recenseamento presume-se que tacitamente aceitou todos os dados inseridos.
Pior será se alguma escola não indicou os docentes para a norma travão, ou não submeteu esse apuramento.
Com este apuramento concluído a próxima fase que se aproxima é a abertura do concurso externo que deverá sair nos próximos dias. Em 2019 o aviso de abertura foi publicado no dia 6 de março.
Pior que o Vírus acho que é o alarme social que por aí vem.
Caro(a) XXXXXX
Assunto: SUSPENSÃO DO ENCONTRO REGIONAL A REALIZAR NO AGRUPAMENTO FREI JOÃO DE VILA DO CONDE NOS PRÓXIMOS DIAS 6 E 7 DE MARÇO
Fica suspenso o Encontro eTwinning considerando a fundamentação que se seguir se apresenta, devidamente articulada entre o Agrupamento de Escolas Frei João a Coordenação do eTwinning PT e o CFAE da Póvoa de Varzim e Vila do Conde:
Tendo em conta a situação de algum alarme social que se vive, em geral no País e, em especial nesta região (Póvoa de Varzim e Vila do Conde), até devido aos recentes acontecimentos verificados n’As Correntes de Escrita;
Tendo em conta que essa situação de alarme social se tem revelado crescente, quer entre os docentes, quer entre os próprios encarregados de educação, tendo já alguns contactado a escola anfitriã, manifestando as suas reais preocupações;
Considerando que esta situação levou a que, até à data, se tivessem verificado já muitas desistências de docentes inscritos e admitidos, situação que, tudo indica, continuará a crescer nos próximos dias;
Por outro lado, indo ao encontro das medidas cautelares e de prevenção previstas nas alíneas b) e c) do Despacho n.º 2836-A/2020, de 2 de março, em que se recomenda que devem ser equacionadas a ocorrência de situações como a “Suspensão de eventos ou iniciativas públicas, realizados quer em locais fechados quer em locais abertos ao público” e a “Suspensão de atividades de formação presencial, dando preferência a formações à distância”, situações rigorosa e exatamente enquadradas no que está previsto para o Encontro dos dias 6 e 7;
Considerando, ainda, que o primeiro dia de trabalhos do Encontro decorre durante um dia em que estarão na escola mais de um milhar de alunos, e que todas as medidas cautelares e planos de contingência devem salvaguardar, antes de mais, esses mesmos alunos;
Cuidadosamente ponderados os fundamentos expostos, e dada a necessidade de adotar as medidas mais adequadas à conjuntura e à situação – até para definição de prosseguimento ou cancelamento de questões organizativas que a realização de um evento destes envolve – venho comunicar a V. Ex.ª que fica suspensa a realização da Ação / Encontro Regional eTwinning “O trabalho colaborativo em diferentes contextos” prevista para os próximos dias 6 e 7 deste mês.
No âmbito da prevenção e controlo de infeção do Coronavírus (COVID-19) e nos termos do Despacho n.º 2836-A/2020 de 2 de março e independentemente do Plano de Contingência a que o Agrupamento é obrigado, nos termos deste despacho, determinam-se, a partir de amanhã, as seguintes disposições:
Cancelamento de todas as reuniões.
Cancelamento de todas as visitas de estudo.
Cancelamento de todos os eventos, nomeadamente as Cerimónias de atribuição dos Prémios de Mérito.
Outras iniciativas realizadas quer em locais fechados quer em locais abertos.
Parece apenas o começo de muitos cancelamentos que irão surgir em breve.
Já se começou nas viagens Erasmus, em breve serão as visitas de estudo e não me admira que alguns planos de contingência aprovem reuniões de avaliação de final de período por videoconferência.
Cancelamento das Sessões de Esclarecimento DGAE – Progressão na Carreira – 5 e 6 de março 2020 – Porto
Exmºs Senhores Diretores de AE e ENA e Presidentes de CAP
No âmbito das determinações da MODERNIZAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, TRABALHO, SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL E SAÚDE, Despacho n.º 2836-A/2020, de 2 de março, concretamente no que se refere ao plano de contingência alinhado com as orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde, no âmbito da prevenção e controlo de infeção por novo Coronavírus (COVID-19), ficam canceladas as Sessões de Esclarecimento Progressão na Carreira, agendadas para o Porto (5 e 6 de março).
(…) 4 — Ainda no âmbito do plano de contingência previsto nos números anteriores, devem ser
equacionadas, nomeadamente, a eventual ocorrência das seguintes situações:
a) Redução ou suspensão do período de atendimento, consoante o caso;
b) Suspensão de eventos ou iniciativas públicas, realizados quer em locais fechados quer em locais abertos ao público;
c) Suspensão de atividades de formação presencial, dando preferência a formações à distância;
d) Suspensão da aplicação de métodos de seleção que impliquem a presença dos candidatos, no âmbito de procedimentos concursais;
e) Suspensão do funcionamento de bares, cantinas, refeitórios e utilização de outros espaços
Esta reunião entre o professor e os encarregados de educação dos seus alunos é bastante esclarecedor do que se passa na nossas escolas, sociedade e salas de aula. É também uma boa aprendizagem para qualquer um. Vale a pena ver…
O que diz o Despacho que pode ser interpretado como sendo passível de aplicação nas escolas:
A elaboração deste plano de contingência “não deve impedir a adoção de medidas imediatas constantes da referida orientação da DGS”, o despacho determina que o documento “deve conter ainda os procedimentos alternativos que permitam garantir o normal funcionamento de cada serviço ou estabelecimento, que sejam considerados os mais adequados face à respetiva natureza, atribuições e caracterização de postos de trabalho”.
“Os serviços desconcentrados ou os serviços que apresentem dispersão geográfica podem elaborar vários planos de contingência, sempre que o dirigente máximo o considere mais adequado”, e “cada secretaria-geral deve promover a articulação que se revele necessária ao planeamento e à execução dos planos de contingência dos serviços das respetivas áreas governativas”.
Devem ser equacionadas “a redução ou suspensão do período de atendimento, consoante o caso”; a “suspensão de eventos ou iniciativas públicas, realizados quer em locais fechados quer em locais abertos ao público”; e a “suspensão de atividades de formação presencial, dando preferência a formações à distância”.
Agora fica na consciência de cada diretor. Depois não se queixem…
Se me calhar na pele ou a um dos meus filhos, vou fazer a vida negra a alguém…
Pais, alunos, professores, auxiliares, autarcas e sindicato dos professores concentraram-se na tarde desta segunda-feira em frente à escola da Pedreira, em Argivai, numa manifestação contra o ato de agressão de uma mãe a uma educadora, na passada sexta-feira, à entrada do recinto do estabelecimento de ensino. https://maissemanario.pt/professora-agredida-por-mae-no-recreio-da-escola-em-argivai/
Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento Cego do Maio, que integra a escola argivaiense, Ana Paula Correia, presidente da Associação de Pais, e Ricardo Silva, presidente da Junta da Póvoa, Beiriz e Argivai, dirigiram-se aos presentes, enaltecendo a presença de todos na corrente humana solidária contra a violência.
“Não podemos esconder o que se passou aqui e não posso permitir o que se passou aqui”, disse Arlindo Ferreira, que acrescentou que “estamos unidos contra a violência nas escolas” e adiantou também que “queremos travar esta situação”.
Às vezes sinto-me como o professor de Música… frustrado com tanta falta de cultura de vida, há quem lhe chame ignorância, eu prefiro falta de experiência…
iz uma parte significativa da minha formação sem poder escolher canetas, lápis ou cadernos, não porque na minha escola exigissem um material específico, mas porque o mercado era então tremendamente escasso. Vendiam-se uns cadernos pautados ou quadriculados com capa lisa e, para os rascunhos, umas sebentas que ficavam mesmo sebentas num instante, pois eram feitas de um papel tão mau como o que absorvia o óleo das batatas fritas lá em casa. As borrachas com cheiro a morango não passavam de um sonho, os afia-lápis eram todos de alumínio; e, às costas, em lugar das mochilas leves e coloridas de hoje, carregávamos umas pastas duras que levavam meses a perder o cheiro a couro. Até os passatempos nos suplementos juvenis dos jornais eram sensaborões: ligar os pontos para encontrar uma figura, pintar de acordo com o modelo, sair de um labirinto… Sem hipótese, porém, de saber o que o futuro traria – marmitas lindas para substituir aqueles termos de xadrez que davam sempre um ar de pudim à comida -, andávamos satisfeitos com o presente.
Já quanto ao passado, nem tanto, porque os livros de História apresentavam a matéria em unidades estanques, sem qualquer relação entre elas, criando equívocos que os professores também não ajudavam muito a dissipar. Ao estudarmos as civilizações antigas, por exemplo – ao longo de três anos e com três livros diferentes -, ficávamos com a ideia de que o Egipto era riscado do mapa quando a Grécia emergia, mergulhando esta na escuridão quando chegava a hora do Império Romano. Parecia a história daquele velho peão do interior do Brasil que, ao ouvir o escritor Alçada Baptista dizer que era português, confessou que achava que Portugal já não existia, que era coisa da história. Assim andávamos nós – e foi preciso Elizabeth Taylor pôr uma franja, ler hieróglifos e beijar Marco António para concluirmos que, afinal, muitas coisas eram coetâneas.
Com uma educação mais aberta e novas possibilidades de pesquisar e cruzar informação, julgava que os jovens de hoje estivessem livres destas confusões. Um professor de Música do Conservatório aconselhou-me, mesmo assim, a não ter ilusões. Pôs a tocar numa aula um CD com peças de Bach, debruçando-se a seguir sobre a música barroca em geral e aquele compositor em particular. Foi então que uma aluna o interpelou para lhe pedir que, por favor, parasse de gozar: como raio podiam ter acabado de ouvir uma peça tão antiga se nesse tempo não havia gravadores? Adeus, futuro.