Vejo muitos professores aflitos com o envio de tarefas, fichas e outros materiais para os alunos via e-mail ou outras aplicações inovadoras.
Os relatos que existem é que estão a ser pedidas tarefas para casa que nem na sala de aula os alunos conseguiriam executar, pela seu grau de exigência e pelo número de pedidos.
O professor pode ser soberano na sua forma de ensinar, mas uma decisão destas deve em primeiro lugar passar pelo Conselho Pedagógico.
E o que deve ser decidido é que o ensino à distância deve ser feito com alguma razoabilidade para que seja exequível.
Deve haver um plano conjunto das tarefas a enviar aos alunos, assim como na forma como são enviados. Que adianta um professor enviar trabalhos ao um aluno por e-mail, outro pelo classroom e outro ainda por outra ferramenta mais Xpto.
O Serviço Central de Apoio eTwinning acaba de divulgar a lista de escolas reconhecidas com “Selo de Escola eTwinning 2020-2021″.
Das 2139 escolas distinguidas por toda a Europa, 94 são escolas e agrupamentos portugueses. Consulte aqui a lista.
O Selo de Escola eTwinning premeia escolas e agrupamentos que se destacaram em práticas digitais e de eSafety, abordagens pedagógicas inovadoras e criativas, promoção do desenvolvimento profissional contínuo dos professores e promoção de práticas de aprendizagem colaborativas entre os professores e os alunos. Este reconhecimento é válido por 2 anos.
No ano de 2019, existiam em Portugal 59 agrupamentos/escolas reconhecidos como Escolas Europeias. Neste momento, o número total é de 153 agrupamentos/escolas. Consulte a sua distribuição geográfica em https://www.etwinning.pt/site/selodeescolaetwinning.
Parabéns a todos os docentes que transformam as escolas em espaços de aprendizagem de referência ao nível europeu.
Prorrogação do prazo para inserção de documentos na “Plataforma de Aplicação de Adaptações na realização de Provas e Exames nos Ensinos Básico e Secundário
O prazo para inserção de documentos na “Plataforma de Aplicação de Adaptações na realização de Provas e Exames nos Ensinos Básico e Secundário 2019/2020” será prorrogado até ao dia 3 de abril às 23:59m. Caso não tenha inserido o documento Boletim de Inscrição na Gestão de Documentos, deve indicar no campo “Informação Complementar” as provas e exames que o/a aluno/a irá realizar e os respetivos códigos.
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Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou Estado de Emergência em Portugal, na sequência da pandemia de coronavírus.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou, esta quarta-feira, Estado de Emergência em Portugal, na sequência da pandemia de coronavírus e após a reunião do Conselho de Estado.
A TVI sabe que as medidas já foram concertadas entre o Presidente da República e o Governo. Marcelo Rebelo de Sousa irá falar ao país às 20:00h.
O anúncio será feito pelo Primeiro-ministro, António Costa, depois do Conselho de Ministros extraordinário que se seguiu à reunião do Conselho de Estado.
O decreto presidencial terá de ter será aprovado pela Assembleia da República.
Uma mulher de 45 anos, professora de História, é o segundo caso já confirmado pela infeção do novo coronavírus, adiantou a diretora da Escola Básica e Secundária de Barroselas.
Segundo Teresa Almeida, a docente encontra-se em casa, com quadro clínico “estável”, enquanto é acompanhada pelas autoridades de saúde.
A fim de garantir uma melhor comunicação com a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) é disponibilizado o E72 que visa assegurar maior eficácia na comunicação via e-mail, sendo dada a resposta até 72 horas, assim como, a disponibilização do histórico dessa comunicação. Assim, basta estar registado no SIGRHE para poder aceder a esta ferramenta e colocar as questões que pretende esclarecer, dispensando a usual conta de e-mail. O acesso ao E72 pode ser realizado através do Portal da DGAE ou através do link https://sigrhe.dgae.mec.pt.
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Eis como realizar operações básicas de gestão de uma turma ou disciplina no Google Classroom:
– Criar uma disciplina/turma
– Adicionar alunos
– Adicionar recursos (trabalho e pergunta)
– Avaliar perguntas e trabalhos e devolver essa avaliação
O vídeo mostra a perspectiva do professor e do aluno em várias situações.
O assunto continuará noutro vídeo, a ser divulgado em breve no canal Youtube do Hugo.
1. A propósito da emergência grave que vivemos, são os especialistas e os decisores políticos que devem dizer o mais importante. Mas desde que o Governo determinou a situação de alerta, o pânico foi alastrando e contagiando boa parte dos portugueses. Nesta onda de mata e esfola, cresceu o apoio a medidas mais drásticas e disso se ocupará o Conselho de Estado de hoje. Porém, à democracia do medo (que tanto nos pode confrontar com o melhor como com o pior dos comportamentos cívicos), incentivada agora por muitos dos que foram imolando o SNS no altar da austeridade, preferia a democracia da serenidade fundamentada e bem comunicada.
Repito que é grave o momento que o país atravessa. Mas, por isso mesmo, não pode valer tudo e ficar sem coordenação a multiplicidade de comandos com que o cidadão é confrontado (do Governo, de câmaras municipais, da Direcção-Geral da Saúde, de distintas instituições públicas ou de empresas privadas). Cruzam-se decisões pouco fundamentadas com análises em cascata, criteriosas umas, simplesmente especulativas ou descuidadas outras (no último Prós e Contras foi dito que teríamos 12 (sim, doze) milhões de portugueses infectados dentro de poucos dias), tudo contribuindo para a banalização do medo e escancarando portas a iniciativas, eventual e desnecessariamente atentatórias de responsabilidades partilhadas e de direitos e liberdades.
Num cenário de colisão de respostas contraditórias a um tema que provoca medos profundos, não chega a procura do melhor aconselhamento técnico e científico, se não for conseguida a unificação das ordens, quer das organizações nacionais, quer das europeias. A propósito do encerramento das escolas, não foi salutar o registo de posições opostas entre o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e o nosso Conselho Nacional de Saúde Pública, sobrando deste a impressão de ser um organismo guiado por critérios que ficaram parados no tempo, sem perceber o que mudou nos dinamismos de mobilidade das sociedades actuais. Para dominar o contágio não chega a higiene sanitária. Precisamos, também, de higiene social, para simplesmente não enclausurarmos toda a vida.
2. Com o medo de ficarmos contaminados ou a angústia de vermos adoecer familiares e amigos, esquecemos rápido o vírus da xenofobia desumana que se abateu sobre milhares de refugiados, algures entre a Grécia e a Turquia. Devendo ser a mesma, a banalização do medo tornou próxima a fraternidade que dispensamos aos vizinhos e longínqua (para não dizer inexistente) a que devíamos dispensar aos que nas nossas cidades não têm casa para se recolher em quarentena ou aos que fogem da guerra, sem pão nem amor, vindos não importa donde. É em momentos como este que a solidariedade incondicional deve ser reiterada.
Muitas doenças, evitáveis ou pelo menos substancialmente retardáveis por alteração de comportamentos ou estilos de vida, entram naquilo que aceitamos (erradamente) como determinismos do nosso existir. As mortes que provocam (porque dispersas no nosso desconhecimento da sua existência), numericamente bem mais significativas do que as que esta pandemia vai causar, não nos afligem como este confronto inesperado com a nossa fragilidade, para mais sujeito a uma mediatização, que tanto informa validamente, como agita o medo desnecessariamente.
3. O ministro da Educação afirmou que existe conhecimento suficiente para garantir que o ensino a distância vai funcionar. Como sempre, falou do que não sabe. Os ambientes de ensino não presencial que deu como exemplos (atletas de alto rendimento e populações itinerantes), circunscrevem-se a um exíguo número de professores e de alunos. Por outro lado, é sabido que soluções de ensino a distância, com a dimensão em apreço, requerem recursos tecnológicos e materiais de ensino que não existem no nosso sistema. Só a ignorância e o atrevimento inconsciente podem levar alguém a admitir que se passa do ensino presencial, massivo, para um ensino a distância, por simples proclamação ministerial. Faltou-lhe só a imbecilidade de sugerir que o Coronavírus abriu uma janela de oportunidade futura para substituir professores por máquinas. Por este caminho, lá chegaremos!
Pela negativa, uma pandemia produz pânicos colectivos e torrentes de informações falsas e contraditórias. Mas, pela positiva, pode suscitar mudanças que, de outro modo, não se produziriam.
In “Público” de 18.3.20
Da lastimosa prestação de um ministro zombie à estadia abrupta em casa, tudo me parece subitamente acometido de uma lástima e caos pesarosos, que se instalam dentro de mim de uma forma excessivamente ruidosa e perturbadora.
Confesso, ainda estou, internamente, a tentar organizar tudo isto e a reorganizar-me.
Esta segunda-feira dei com a minha caixa de Mail entupida de mensagens – desde a direção que diz para ficarmos em casa, mas que estamos de sobreaviso caso alguém na frente de batalha precise de apoio para os filhos, às colegas que agradecem ao email de um com todos em cc, aos pais dos alunos que enlouquecem com os filhos a respirar ao pescoço e exigem fichinhas, já!
Depois temos, também, colegas que confessam estar em contra-relógio na formação online para perceber como podem gerir profissionalmente a fisionomia da desgraça súbita. Isto numa terra em que uns nem sequer querem saber, outros não precisam e outros não têm.
Mais alguns telefonemas e outras colegas desabafam o desespero de também serem mães e não se poderem livrar, nem dos filhos, nem dos alunos. Por fim, a última mensagem do dia: parceira de escola e querida amiga, informa que entrou em quarentena porque o colega que assistiu às suas aulas foi, no mesmo dia em que ela celebrava um aniversário com a família, internado.
A voz dela afunda-se e tenta irremediavelmente fazer o percurso dos acontecimentos. A dado momento, desfaz-se num pranto.
Na minha cabeça faço rewind a estes últimos dias. Que loucura absoluta nos acomete enquanto humanidade? No momento em que temos, finalmente, tempo para ser, em que já não temos desculpa para dizer “não tenho tempo”, parece que o próprio tempo nos traiu.
O inimigo está em toda a parte, invisível, lancinante e ferozmente impiedoso. Estamos ainda a definir-lhe o mórbido contorno.
Mas o inimigo também somos nós, de nós próprios. A velocidade abismal e impagável a que tudo isto se processa devia forçar-nos a parar, a reduzir. A respirar fundo, a largar os mails, as redes, a estarmos connosco próprios e com aqueles que amamos sem a exigência de uma velocidade que nos supera. Pela primeira vez, podemos ter tempo. Sem desculpas, sem desvios.
Então questiono-me, porque urge responder a tudo em vez de o fazermos com a plena consciência de nós? Que tempo sobrará para apenas sermos neste caos? Serão horas, minutos, dias até entrar pela porta adentro e nos tolher de foice. Mas também pode acontecer que, a cada passo, apenas o estejamos a convidar a entrar porque o nosso receio é maior do que o próprio rosto da morte.
Há tantas questões ainda por resolver, porque não tentamos fazê-lo com alguma serenidade? Prosseguimos em frente sem detenças porque é a nossa forma de lutar ou pelo esforço desesperado de ocultar o nosso próprio pânico?
Peço-lhe que usufrua dos que ama. Apenas isso. O que tiver acontecido, aconteceu. Não se pode mudar o passado, mas podemos respirar o presente.
“Protege-te. Protege os teus e, olha, lê o Ricardo Reis que é remédio prodigioso para os tempos que correm:
“Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.”
Desligo o telefone. Também eu estou em casa. Isolada com os meus filhos, buscando agora o impossível equilíbrio entre o trabalho que se prolongará no tempo e ser mãe. Mas preciso, também, de ser, ainda, mulher, pessoa, ser humano.
Por isso, este final de tarde, depois de cortar os últimos tomates para a salada, separei as sementes. Um amigo aconselhou-me sabiamente: “semeia as sementes e terás vitamina C”.
Pareceu-me um bom plano: alguns minutos por dia, vou afastar-me dos miúdos, do computador, das redes, da paranoia, do medo, da gritaria, das exigências impagáveis e, enquanto durar o meu cigarro à janela, vou, apenas, ficar a ver os tomates crescer…
As Juntas Médicas da ADSE estão suspensas, pelo período de 18 de março a 18 de junho de 2020.
Dando cumprimento ao Despacho da Direção-Geral de Saúde, de 17 de março de 2020, que suspende TODAS as Juntas Médicas, devido à necessidade de mobilização de todos os profissionais de saúde para a assistência no âmbito da Emergência de Saúde Pública relacionada com a epidemia de COVID-19, estão suspensas as Juntas Médicas da ADSE pelo período de 18 de março a 18 de junho de 2020.
Esta medida poderá ser alterada em função da evolução epidemiológica da infeção.
O Ministério da Defesa da China anunciou esta terça-feira que desenvolveu “com êxito” uma vacina contra o novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, e autorizou testes em humanos, embora não tenha indicado quando é que estes começam.