“O desempenho escolar na Matemática é uma preocupação crescente junto da comunidade educativa: estamos todos preocupados com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce. Sabemos que a literatura educacional aponta a promoção do sucesso na Matemática e a utilização corrente das TIC na sala de aula como dois grandes desafios que a educação enfrenta na atualidade. Respondendo a estes desafios, a presente investigação organiza-se em torno da seguinte questão: Como podem as novas tecnologias, nomeadamente aplicações hipermédia utilizadas nos IWB (interactive whiteboards), contribuir para a promoção do sucesso escolar a Matemática?
Para responder a esta questão, investigadores da Universidade do Minho, da Universidade de Coimbra e de outras proveniências construiram este site com muitas aplicações hipermédia centradas nos conteúdos de Matemática do 1.º ano até ao 9.º ano.
Disponibilizamos esta ferramenta à comunidade educativa, na expetativa que a mesma possa contribuir para a promoção do sucesso neste domínio do conhecimento.
Esperamos que alunos, professores e encarregados de educação tirem o melhor partido.
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Num momento em que as escolas portuguesas se encontram com as atividades presenciais suspensas, a Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu este sítio, com um conjunto de recursos para apoiar as escolas na utilização de metodologias de ensino a distância que lhes permitam dar continuidade aos processos de ensino e aprendizagem.
Este apoio deverá permitir a todas as crianças e jovens:
– manter contacto regular com os seus professores e colegas;
– consolidar as aprendizagens já adquiridas;
– desenvolver novas aprendizagens.
Perto ou longe, a Educação é um direito!
Dada a grande diversidade de contextos, privilegiamos soluções que utilizem processos simples e não exigentes de muita tecnologia, largura de banda ou elevadas competências digitais dos utilizadores. Tal não invalida a utilização de tecnologias mais sofisticadas, desde que as condições locais assim o permitam.
Numa primeira fase, todas as escolas devem manter o contacto diário com os alunos e iniciar uma dinâmica em que, gradualmente, poderão introduzir processos e ferramentas mais complexas de interação. Todas estas novas formas de aprender e de ensinar implicam uma curva de aprendizagem, tanto para os professores como para os alunos.
Deverão ser privilegiadas atividades assíncronas, menos exigentes em largura de banda e que não requeiram dispositivos de última geração. No caso em que os destinatários são crianças ou alunos mais novos, da Educação Pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos, as atividades deverão, sempre que possível, ser intermediadas pelos encarregados de educação.
Nesta fase inicial, é fundamental que sejam desenvolvidas formas simples para não se perder o contacto com os alunos, em particular aqueles que não têm ainda acesso a internet ou equipamento. Um contacto estabelecido através de organizações e associações locais ou da Junta de Freguesia poderá assegurar que estes alunos também recebem materiais e tarefas para fazer.
Em cada escola/agrupamento deve ser criada uma equipa de apoio aos restantes docentes, quer porque o trabalho dos docentes estará também a ser feito a distância, quer porque poderá haver algumas pessoas menos experientes neste tipo de modalidade de ensino. Esta equipa poderá ainda organizar sessões de formação a distância ou disponibilizar recursos para autoaprendizagem.
Brevemente, a DGE irá disponibilizar um curso sobre metodologias de ensino a distância, procurando também desta forma apoiar as escolas e os seus docentes.
Em cada escola deverão ainda ser definidas as ferramentas e as metodologias a utilizar, tendo em conta os diferentes níveis de ensino. Na medida do possível, deve ser evitada a proliferação de ferramentas e de plataformas para que haja uma harmonização de métodos de ensino e aprendizagem, em cada ciclo e com isto facilitar a concentração dos alunos nos espaços digitais.
Terá de haver enorme cuidado para que todos os alunos, independentemente dos dispositivos que utilizem e do software instalado, tenham acesso aos recursos disponibilizados pela escola. Deverá ser utilizado software de livre acesso e não muito exigente do ponto de vista tecnológico ou de largura de banda.
Escolas mais avançadas tecnologicamente deverão partilhar as suas práticas e apoiar, sempre que possível, outras que se encontrem em maior dificuldade. Caberá também aos Centros de Formação de Professores promoverem esta partilha e apoiarem as escolas neste grande desafio. Neste momento em que todos nos defrontamos com problemas de grande complexidade, a colaboração entre todos é fundamental.
Sublinhamos aqui a importante comunicação da UNESCO que publicou recentemente 10 recomendações sobre ensino a distância, no âmbito do encerramento de muitas escolas em vários países, recomendando a leitura atenta e a divulgação dessas recomendações junto de todas as comunidades educativas.
Criámos um endereço de e-mail (apoioescolas@dge.mec.pt) para resposta às dúvidas que nos queiram colocar e receção de sugestões e partilha de recursos.
Neste espaço, que queremos dinâmico, iremos disponibilizar continuamente novos recursos, partilhar práticas e sobretudo dar resposta a este grande desafio: manter o processo de ensino aprendizagem em funcionamento, para que todos os nossos alunos continuem a aprender.
Não deixa de ser interessante ver grande parte das escolas e professores à procura de ferramentas para o ensino à distância e o trabalho remoto entre pares.
A parte boa disto é que pode-se encontrar novas soluções para que no futuro muito do trabalho entre pares seja feita remotamente, evitando-se assim muitas reuniões desnecessárias.
Se na classe docente esta busca de novas ferramentas pode trazer enormes benefícios, o mesmo já não vai acontecer com a maioria dos alunos das nossas escolas, pois uma grande parte deles não tem acesso a computadores ou à internet e a situação de desigualdade que existe no acesso a estes recursos vai deixar para trás muitos destes alunos.
É este o tempo também de se pensar num novo plano tecnológico que leve a cada família o acesso a um PC com ligação à internet, de forma gratuita, com fins educativos.
Por estes dias, fruto de circunstâncias verdadeiramente excecionais, as escolas tentam preparar-se para uma verdadeira revolução: o ENSINO A DISTÂNCIA!
As principais plataformas de recursos educativos a operar em Portugal permitem temporariamente o acesso gratuito a todos os professores e alunos, no entanto também há alternativas gratuitas que convém considerar.
Os serviços públicos passam a partir desta segunda-feira a atender por via eletrónica e, nos casos em que tal não seja viável, será por pré-marcação e apenas para atos urgentes, por causa do surto do novo coronavírus.
Segundo um despacho emitido pelo Governo, o pré-agendamento deverá ser feito pelo Portal ePortugal e pelas linhas de contacto que servem de apoio aos serviços públicos digitais (Linha do Cidadão 300 003 990 e Linha das Empresas 300 003 980), cujas respostas serão reforçadas.
Será igualmente limitado o número de pessoas que podem estar dentro das instalações dos diversos órgãos dos serviços públicos, para garantir a distância de segurança entre pessoas de acordo com as recomendações das autoridades de Saúde. E, nos atendimentos presenciais, os pagamentos deverão ser feitos preferencialmente por cartão.
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Partilhamos, aqui, um grupo de apoio de E-Learning para professores criado por professores para professores que conta já com quase 10.000 membros em menos de 48 horas de existência. Este grupo foi criado no sentido de mitigar as dificuldades que alguns professores estão a ter com o e-Learning.
Este grupo de apoio conta já com quase 10.000 membros e foi criado pelo Vítor Bastos e Ana Loureiro para dar auxílio a todos os professores que necessitam de apoio na transição para o “digital” e para o e-Learning.
Este grupo de apoio é agnóstico quanto à tecnologia envolvida e tenta apoiar professores, esclarecer dúvidas e apontar caminhos e soluções.
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As instituições educativas estiveram no âmago das decisões políticas na passada semana, culminando com o primeiro-ministro a anunciar ao país a suspensão das atividades letivas e não letivas, pelo menos por um mês, a fim de evitar a propagação do novo Covid-19.
Como consequência desta deliberação – desapoiada pelo Conselho Nacional de Saúde Pública, impõem-se, atualmente, à Escola Pública desafios, e oportunidades, que esta assume com total profissionalismo e rigor. Elenco três:
. Lecionação à distância – a medida fundamenta o teletrabalho, dado os professores e os alunos, em casa nas próximas semanas, continuarem envolvidos nas atividades e tarefas letivas. Estamos todos cientes que a suspensão das atividades letivas e não letivas em contexto escolar transferiu o processo ensino-aprendizagem para os lares dos discentes e dos docentes. As novas tecnologias são ferramentas essenciais no futuro da Escola Pública, na mudança do paradigma do “como e onde se ensina”, com impacto positivo no sucesso educativo dos alunos;
2. Apoio (almoço) aos alunos mais necessitados – não estão esquecidos os discentes que, por questões (várias) de carência familiar, necessitam que lhes seja acautelado o almoço, por vezes, a única refeição quente que ingerem ao dia. O esforço conjunto das escolas e autarquias possibilitará que esta refeição seja disponibilizada, não sendo questionada a premência da mesma para todos os que dela irão usufruir. Tempos difíceis exigem maiores cuidados, estando a Escola Pública especialmente atenta aos mais desprotegidos;
3. Acolhimento de filhos dos trabalhadores considerados fundamentais na luta contra o novo Covid-19 – assumindo um papel crucial na implementação de ações solidárias, a Escola Pública dá um passo à frente. Neste sentido, os profissionais de saúde e as forças de segurança, também os bombeiros, as forças armadas e os funcionários dos serviços públicos essenciais, destacados para cuidar da população, terão a certeza de que os seus educandos serão muito bem tratados pelos profissionais de excelência existentes nas escolas e agrupamentos de escolas que frequentam, enquanto as aulas presenciais estiverem suspensas.
Pedem-se gestos solidários e atitudes altruístas, que reflitam o elevado sentimento humanista e as qualidades nobres que caracterizam os portugueses, vincados na e pela Escola Pública, um orgulho para o país, que instruiu aqueles que neste momento lideram o combate a um novo e assustador “Adamastor”. Saibamos fazer desta experiência a oportunidade para revitalizar a nossa natureza intrínseca, distintiva de um povo com uma alma enorme que enobrece esta “Nação valente e imortal”. A Escola Pública será uma luz a iluminar o caminho da recuperação!
Conforme explica um artigo divulgado pela BBC News ainda existem muitas dúvidas sobre como a Covid-19 surgiu inicialmente na província central de Hubei na China, no final de 2019, porém estima-se que o contágio ocorra quando inalamos pequenas gotas expelidas pela tosse ou espirro de um vírus de um indivíduo que esteja infetado.