Comunicado
SIPE apela ao Governo que encerre as escolas
durante o confinamento geral
Perante a iminência de um novo confinamento geral, a partir das 00h00 da próxima quinta-feira, dia 14 de janeiro, o SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores apela ao Governo que encerre as escolas durante este período, à semelhança do confinamento geral realizado em março e abril do ano passado. O SIPE rejeita por completo a ideia que tem veiculado de que os estabelecimentos de ensino permaneçam abertos com aulas presenciais durante este período, o que considera ser um confinamento geral de “faz-de-conta”.
Perante a evolução da pandemia, compreende-se a necessidade de aplicar um confinamento geral, dado o crescente número de casos de infeções por COVID-19, a fim de mitigar este cenário urgentemente. Porém, o SIPE entende que face aos elevados custos económicos para o País, além do seu impacto social, esta medida tem de ser verdadeiramente eficaz. Deixar as escolas abertas durante o confinamento é negligenciar focos de contágio. Seria, inclusivamente, fundamental perceber como a Covid-19 se tem propagado entre crianças assintomáticas nas nossas escolas. No entanto, mesmo sem a totalidade dos números reportados nos estudos epidemiológicos, é possível verificar que nas escolas há contágios. Desde o início do ano letivo, têm sido reportados vários surtos de Covid-19 e não apenas casos isolados. Estar à espera de controlar esta pandemia confinando apenas os adultos e deixando as crianças e os jovens expostos e, eventualmente, a disseminar a doença, é o mesmo que nos estarmos a esconder deixando os pés de fora, e esperar não sermos encontrados.
O SIPE reconhece que é complicado para muitas famílias ficar em teletrabalho com os filhos em casa, com aulas em regime à distância, e tem plena consciência das assimetrias de recursos tecnológicos que os alunos têm ao seu dispor. No entanto, a situação exige medidas extremas e é possível arranjar formas de minimizar estes problemas. O “Estudo em casa” é um dos recursos para chegar a todos os alunos e reduzir o tempo das aulas síncronas e assíncronas ao mínimo necessário para se manterem ligados à escola e, simultaneamente, conciliar o teletrabalho dos outros elementos de família. Por 15 dias, não há danos irreparáveis nas aprendizagens e o calendário escolar já foi alargado para fazer face aos constrangimentos da pandemia.
O SIPE considera que, em termos de equidade entre os alunos, é preferível ficarem todos confinados em simultâneo do que em momentos diferentes, como tem acontecido desde o início do ano letivo, chegando-se ao cúmulo de ficar um só aluno na sala de aula com o professor, e a restante turma estar em casa, em ensino não presencial. O SIPE ressalva ainda que o fecho das escolas não invalida a colaboração destas instituições no acolhimento dos filhos ou outros dependentes dos trabalhadores dos serviços essenciais, tal como sucedido durante o confinamento geral de março e abril do ano passado.
Porto, 11 de janeiro de 2021
13 comentários
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Totalmente de acordo. Finalmente, um sindicato assertivo.
Isso é tudo verdade…. Mas o que fazer a alunos do 1° ano que não têm meios tecnológicos? Alguma vez o Estudo em Casa pode colmatar a importância fulcral desta altura da vida escolar?! E os alunos do 2° ano que estão agora a começar a recuperar algumas das aprendizagens?!
Eu percebo a permissão de fechar as escolas e apoio (eu própria tenho uma turma de 1° ano em que os alunos não usam máscara), mas há muito mais em jogo e não nos podemos esquecer disso. Afinal a função primordial da escola é o direito à educação.
“mas há muito mais em jogo” … sim, a nossa saúde …
As aprendizagens podem ser recuperadas, a vida não.
Era primordial o direito à educação. Mas há muito que deixou de o ser. Pelo menos para os grunhos a escola só serve para comer o almoço e para não estarem em casa s chatear os pais grunhos.
Finalmente! A ponderar inscrever-me no SIPE.
Este governo é sempre contra os professores. Talvez queira que morram uns quantos. Porque é que não vacinam já professores, educadores e auxiliares? Não se preocupam minimamente com a escola,. Se as escolas são lugares seguros então acho que não é preciso confinar pois praticamente todos os outros lugares o são. Muita gente, quiçá o governo, pensa que os professores não querem trabalhar. Isto é porque quem pensa assim acha que dar aulas é uma tarefa aborrecida e trabalhosa. Significa que se eles fossem professores também não iriam querer trabalhar. Em caso de ensino à distância os professores até têm o trabalho dificultado, pois é preciso produzir mais materiais
Os preguiçosos já estão a salivar com o reforço das interrupções letivas.
A Economia e os alunos que se danem, pensam aqueles
és um porco
Um grunho!
“prof ,mas pouco”? … eu diria que de prof não tens nada!! Ou então tás bem acomodado em algum “tachinho” …
Família? Saúde? Bem-estar? Vida? Sabes o significado destas palavras?
Sacudam este “prof” daqui!!!
De facto o calendário escolar, este ano letivo já tem mais dias de aulas, não constitui prejuízo nenhum para as aprendizagens o confinamento. Mais: quem esteve o ano passado no ensino à distância com boas plataformas, constatou que os alunos acompanharam bastante bem o ritmo e adquiriram conhecimentos.
No confinamento de Março os alunos não ficaram sem aulas.
Encerrar os estabelecimentos escolares, não é encerrar a escola.
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Não vale a pena fazer Apelos ás BESTAS pseudo-Socialistas comandadas por António BOSTA.
É importante tomar posições de força, mas infelizmente a generalidade dos stôres e stôras são uns TóTós para não dizer outra coisa.
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