Esquiva, a Ministra da Saúde, deixou no ar que novas medidas vão ser discutidas amanhã no Conselho de Ministros.
Foi respondendo com indiretas, desviando o assunto das escolas e remetendo os anúncios para amanhã.
O que está decidido não vai ser divulgado pela ministra, tiraria o enfoque ao primeiro ministro (politicamente, tal coisa, seria inaceitável), amanhã o PM vai surgir com o anúncio deixando a impressão que é uma decisão coletiva quando foi individual.
Recordem, a ministra afirmou que a situação mudou relativamente às escolas.
Acabámos de receber a informação de que as escolas encerram na próxima segunda feira. Mais pormenores saberemos após a reunião de António Costa com a Ministra Marta Temido e Mariana Vieira da Silva que já terminaram a reunião com os especialistas
A ministra da Saúde e a ministra da Presidência vão presidir nesta quarta-feira, 20 de janeiro, a reunião com os especialistas. Em cima da mesa, está a possibilidade do encerramento das escolas. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, revelou ao Jornal Económico que “muito provavelmente será decidido o encerramento das escolas até ao próximo dia 9 de março”, com base em informações que o autarca recebeu por via não oficial.
as crianças dos 6 aos 12 anos, que pareciam até agora não ter grande impacto nos números totais, a incidência da Covid-19 está a disparar. O cenário é descrito no estudo feito por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que estão a analisar a incidência da doença nas várias faixas etárias e nos diferentes ciclos escolares. “Desde dia 13 de janeiro, o grupo dos 6 aos 12 tem uma taxa de crescimento superior a todos os outros grupos etários”, nota Carlos Antunes, um dos autores do trabalho.
Aliás, segundo dados do estudo, a incidência da doença nos alunos entre os 6 e os 12 anos triplicou desde 4 de janeiro. Nesse dia, entre as crianças daquela idade, existiam 388 casos por 100 mil habitantes, no dia 10 o número passou para 618 e a dia 14 atingiu os 777. A 18 janeiro, ou seja, nesta última segunda-feira, o valor tinha já chegado aos 982 casos por 100 mil habitantes. “Este grupo está com uma maior velocidade de crescimento, avisa Carlos Antunes, que está a realizar o estudo em conjunto com o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, que aconselha o Governo, e que tem como objetivo analisar o contágio e a sua evolução nas escolas entre os estudantes.
E, segundo Carlos Antunes, há já indicadores que mostram que as escolas estão a fazer aumentar o contágio entre os alunos. “Há claros indícios de que as escolas estão a ter influência pois estão a disparar os casos entre os alunos do 6 aos 12 e também dos 13 aos 17”, diz o matemático. Ou seja, a Covid-19 pode estar a espalhar-se tanto no ensino básico como secundário.
Neste último ciclo, de acordo com o autor da análise, nos primeiros dias de janeiro, a incidência da Covid-19 entre os estudantes que ultrapassou o grupo dos mais velhos e reformados. “Antes do Natal a incidência nos adolescentes eram menor do que os mais de 66 anos. Em janeiro, os dos 13 aos 17 passaram ter mais incidência”- assim, neste momento, entre os portugueses dos 13 aos 17 há 1259 infetados por cada 100 mil e nos mais de 66 anos existem 1114. Mas o pior, diz, é que este grupo de estudantes está a aproximar-se do valor de incidência da população ativa (25 aos 65 anos), podendo ultrapassá-la em breve.
Os três mil assistentes operacionais (AO) que resultam da recente revisão da portaria de rácios e do Orçamento do Estado para 2021, em vigor desde 01 de janeiro de 2021, vão começar a ser contratados pelas escolas e autarquias.
Depois de, em 2017, ter sido aprovada uma nova portaria de rácios, o Governo voltou a rever os critérios de atribuição de AO, indo ao encontro das necessidades sinalizadas pelos diferentes agentes educativos.
Num momento em que o país atravessa uma situação epidemiológica que obriga a esforços acrescidos de toda a população, e das escolas em particular, este reforço de trabalhadores é ainda mais significativo, dado o papel preponderante do pessoal de apoio educativo no espaço escolar.
Os concursos para a contratação destes três mil AO, que agora vão ser lançados, visam vínculos permanentes à Administração Pública, os quais vão juntar-se aos 1500 funcionários contratados no início deste ano letivo, através de procedimentos de contratação a termo, e aos cerca de 500 AO e 200 assistentes técnicos, cujos procedimentos foram lançados em julho passado, também com vinculação à Administração Pública.
Recorde-se que esta nova revisão da portaria de rácios diminui o número de alunos por AO nos ensinos básico e secundário, bem como adequa, uma vez mais, o número de AO atribuídos em função das necessidades adicionais de apoio e acompanhamento das crianças e jovens com necessidades educativas específicas (passam a contar como 2,5 alunos, depois de em 2017 já ter havido, pela primeira vez, uma majoração, em que passaram a contar como 1,5 alunos).
O Governo vai reunir-se ainda esta quarta-feira, ao final da tarde, com epidemiologistas, num encontro que foi entretanto confirmado pelo primeiro-ministro, António Costa, em Bruxelas.
A reunião vai ser liderada pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. António Costa junta-se à reunião após o regresso de Bruxelas.
Hoje iniciamos uma sondagem pública dirigida a todos os Profissionais de Educação (pessoal docente e não docente).
A sondagem terminará dia 24 de janeiro (inclusive). Relembramos que a participação e o resultado da sondagem (bem como outras formas de auscultação) serão importantes para DECIDIR a necessidade de salvaguardar asaúde pública em cada escola.
Caso seja necessário, o S.TO.P. está preparado para efetivar uma Greve (direito inalterado durante o Estado de Emergência), de forma a proceder de acordo com os superiores interesses de todos os que trabalham e estudam, bem como de toda a população:
Encontra-se disponível até às 18 horas de dia 29 de janeiro de 2021 (hora de Portugal continental), a aplicação eletrónica Vagas 2021/2022, destinada à recolha de dados para apuramento de necessidades permanentes dos AE/ENA, assim como, para a identificação dos docentes que cumprem o previsto no artigo 42.º, do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor.