O assalto está em curso…
Por assalto, entenda-se tentativa de invasão, apoderamento, domínio, tomada ou apropriação…
O (ainda) Governo parece não querer ir-se embora, sem antes provocar o maior número possível de estragos e de danos…
Parece tratar-se de uma das vertentes da chamada política de “terra queimada” e terá como principal objectivo o imoral assalto ao Poder em organismos públicos, com consequências, previsivelmente, nefastas para o interesse nacional…
Desde que o Governo foi demitido, e quando se considerava que já não era possível fazer pior, eis que se assiste, quase diariamente, à nomeação desenfreada e apressada de largas dezenas de dirigentes para organismos públicos…
Perante isso, não poderá deixar de se considerar que a justificação mais óbvia para tais nomeações será a “atribuição de prémios”, como reconhecimento por determinados favores políticos e por certas lealdades políticas…
Porque as lealdades e os favores políticos não poderão ficar sem reconhecimento e sem recompensa, adensando-se, assim, a suspeita de que estas nomeações se destinarão, primordialmente, a simpatizantes e/ou a militantes do Partido Socialista e que esse será o seu principal critério…
Ainda que estas nomeações decorram num quadro legal que as permite, do ponto de vista ético e moral, não poderão deixar de ser consideradas como absolutamente reprováveis e censuráveis, sobretudo pelas circunstâncias em que as mesmas ocorrem:
– Um Governo que está de saída aproveita, no pouco tempo que lhe resta, para, alarvemente, distribuir “lugares dourados de chefia”, vulgarmente designados por “tachos”…
A isenção e a imparcialidade não serão, com certeza, uma prioridade, o mais importante será, previsivelmente, assegurar o controle do maior número possível de organismos públicos e garantir a respectiva instrumentalização política…
Porque a “evangelização” partidária deve continuar, mesmo após a dissolução formal da Assembleia da República…
Estas nomeações assumem um carácter particularmente grave, porquanto:
– Contribuem, inegavelmente, para a descredibilização das próprias instituições, fragilizando-as por esse motivo;
– Não dignificam os próprios nomeados que, eventualmente, e de forma (in)justa, verão as suas competências postas em causa;
– Não é legítimo que a recompensa por certas lealdades políticas possa ser feita à custa do erário público, ou seja, à custa dos contribuintes portugueses…
Estaremos, muito provavelmente, perante a típica artimanha portuguesa:
– “Dinheiros públicos, vícios privados”, que é como quem diz lealdades e favores partidários e/ou pessoais a serem recompensados com dinheiros públicos…
E tudo isto envergonha muito e revolta ainda mais…
Revolta, sobretudo, o sentimento de impunidade, a desfaçatez, a ligeireza e a naturalidade com que tudo isto é feito…
Nem nos últimos dias de governação o 1º Ministro António Costa, e o Partido Socialista que o apoia, conseguem primar pela Ética e pela defesa do interesse público…
A acção governativa de António Costa, muito mais do que as suas, quase sempre ardilosas, palavras, espelha inequivocamente a enorme dificuldade que sempre teve em respeitar os seus concidadãos…
A todos os pretendentes a governantes, sugere-se uma análise detalhada do filme da governação de António Costa, em particular a escalpelização de todos os erros crassos cometidos, de forma a que não se repitam no futuro…
O actual Governo acabará por sair de cena, mas muitos organismos públicos acabarão por ficar reféns destas nomeações, cuja única justificação plausível será a de servirem o interesse do Partido Socialista, mas não o do país…
Parece óbvio que um Partido Político que põe o seu próprio interesse à frente do interesse do país não será digno de merecer a confiança dos cidadãos…
Os profissionais de Educação, em particular os Professores, estarão dispostos a pactuar com o anterior e a confiar num Partido Político que os tem desrespeitado ostensivamente?
Os profissionais de Educação, em particular os Professores, estarão dispostos a confiar num Partido Político que, em vez de os ajudar a resolver problemas, teve por hábito criar-lhes ainda mais problemas, muitas vezes, até, de forma ardilosa e perversa?
Os profissionais de Educação, em particular os Professores, estarão dispostos a confiar num Partido Político que frequentemente os tem discriminado de forma negativa?
A acção governativa de António Costa deixou muito claro que os profissionais de Educação, em particular os Professores, foram sempre vistos e tratados por si como “os preteridos do regime”…
“Os preteridos do regime” estarão dispostos a assumir e a aceitar esse estatuto, que lhes foi outorgado pelo Partido Socialista e, em particular, por António Costa?
A promiscuidade entre determinadas nomeações políticas e o desempenho de cargos de chefia na Administração Pública fragiliza, em primeiro lugar, a própria Democracia que, por este caminho, se sentirá francamente envergonhada, quando chegar o momento de festejar os seus 50 anos…
Paula Dias
17 comentários
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Seja como for, PS e esquerda nunca mais! Votem em quem quiserem, mas depois não venham chorar…
O ps, uma vez mais em preocupação de fff a escola pública, uma vez que deve o país rumar à direita.
Votem em quem votarem, mas depois não se arrependam.
Há anos que venho a dizer que precisamos de outro 25 de Abril. Desta vez sem cravos vermelhos. Há muitos anos, que somos governados por uma cambada de políticos corruptos, que mesmo depois de descobertos continuam impunes. Eu nunca votei no Partido Socialista, pois eu nunca gostei do Mário Soares, nem da mulher, que já idosa arranjaram forma de receber um ordenado chorudo mensal só por ter o título de Presidente de um grande organismo. Passou os limites da decência. Ela ganhava o dinheiro e havia quem fizesse o trabalho dela. Ela só dava a cara e passeava em aviões particulares fretados pelo marido, pelo mundo inteiro, junto sempre com uma grande comitiva onde se esbanjaram milhões. Foi o Presidente que mais gastou ao povo e mais gosou a visa no tempo em que esteve na presidência.
Também não gosto do filho dele. E lamento a queda do helicóptero em África e do estado em que ficou. Mas o que estava ele a fazer em África? Negócios? Pois dizem as más línguas que sim. Negócios que dão muitos milhões. Da fama não se escapa.
Está na hora, do povo português pensar muito bem na sua própria vida nas próximas eleições, não deixando que sejamos governados por corruptos, que acabarão por destruir o resto de Portugal.
Pensem bem em quem vão votar.
Professores, não se esqueçam de votar outra vez no PS, OK?
Quando um partido está muito tempo num governo, o compadrio, os Boys aumentam exponencialmente. Há que mudar e dar uma lufada de ar fresco a este país que tem sido tão mal governado. Casos e casinhos foram o prato do dia destes últimos dois anos. Acordem!
” Casos e casinhos”, foram o prato do dia desde que lá esteve o Sócrates que nos arruinou.
Se o PS não tem resolvido boa parte dos problemas da escola pública, o PSD, ao invés, criou problemas uns atrás de outros enquanto lá esteve, concedendo ainda mais apoios aos contratos de associação Recordem-me um problema que o PSD tenha resolvido. Quando teve hipótese de votar em coligação negativa e permitir a recuperação de tempo de serviço, também não o fez. O Chega diz o que todos querem ouvir. Quando lá chegarem, se alguma vez chegarem, alinham com os outros. O melhor é nem comentar as ideias do IL para a escola pública… Enfim, é este o triste panorama.
Esse Tony é Tony Costa? Da educação ou primeiro ministro com contas na justiça?
Se é professor, deve estar grato ao PS desde Sócrates a Costa… Foram os destruidores da carreira que, alguns colegas, parecem gostar.
Este ministro da educação fechou o laço da forca sobre o pescoço dos professores. Desde fiel da Milu, a sombra de Tiago e como ministro, conseguiu criar um grupinho de “teóricos” que trataram de acabar com a escola: Maia, do Domingos Fernandes, a quem presenteou com a posição no Conselho Nacional de Educação e a flexibilização curricular da Ariana Cosme, que nomeou agora à pressa para inspetora da educação, enquanto ele próprio vai para OCDE, mas com a declaração de querer continuar a ter cargos por cá na eventualidade do PS ganhar as eleições.
As ideias são más para a escola: reduziram horas de disciplinas estruturantes e fundamentais na formação de alunos pensantes, promoveram a escravatura dos professores através de grelhas e burocracias, atiraram a culpa do insucesso escolar sempre para cima dos ombros dos professores, promoveram o facilitismo e a diversidade e dispersão de práticas nas diferentes escolas de um país pequeníssimo. Não houve investimento sério nas escolas, nem valorização dos professores. O que ocorreu foi humilhação e cinismo permanentes ao ponto de se fazer de conta que se reunia com sindicatos, de se fazer de conta que havia vontade de acabar com a burocracia emitindo despachos sem consequências práticas e efetivas. Fingiu-se vincular gente, quando apenas se lhe deu uma sentença de eterno desterro. Dirimiram-se culpas, usou-se os fieis e eternos diretores quando dava jeito e atirou-se-lhes com culpas quando assim interessava. Pela calada de uma legislação opaca deu-se continuidade aos cargos também eternos de diretores de centros de formação.
Não houve concursos, não houve transparência na colocação destas peças no tabuleiro: centros de formação,CNE e Inspecção Geral de Educação foram tomadas de assalto pelos vassalos amestrados do PS, se bem que uma grande parte destes seja constituída por antigos comunistas daqueles que mantêm o pensamento rígido e incapaz de ser flexível ou, tão pouco, dialogante, relativamente aos que pensam melhor e com mais conhecimento prático resultantes da maior experiência no terreno. Nada contra os comunistas. Fazem falta para que exista equilíbrio, mas há uma sanha deles especializada em renegar a cor de origem tingindo-a. Ficam rosados, agarram-se a lugares a nível central e a nível autárquico, mesmo sem prévio escrutínio democrático, atuam com tiques de operacionais da velha Rússia, vasculham, apoderam-se, não saem do seu registo, sempre ao dependuro da teta PS e verdadeiramente implacáveis com os dissonantes. Estes nem precisam de ser concorrentes para serem cilindrados num ápice, basta abrir à reflexão aquilo que por eles é lançado como dogma. O círculo fechou-se: formar professores, controlar professores e fiscalizar professores está nas mãos dos “ideólogos” do João Costa.
O PS não soube agir corretamente na educação e parece que aconteceu o mesmo noutras áreas muito significativas da vida e do dia a dia dos portugueses.
Lamentável, tudo muito lamentável. Os intereses pessoais e as guerrilhas sobrepuseram-se a todos os valores decentes.
O problema infelizmente é que a alternativa que temos que possa ser governação é também um partido de compadres, padrinhos e corruptos locais.
Veja se a mansão inexplicável do grande líder do PSD. É só uma questão de tempo e também estará com a justiça a perna.
Estes caciques locais do PSD quando forem para o poder farão o mesmo em larga escala. Negócios, negociatas, dinheiro por fora.
A política portuguesa tornou se num pântano.
As pessoas sérias e integras já não querem ir para lá. Uns tiveram o seu tempo e os novos honestos e honestas não se querem chatear.
Eu acredito na política e em sociedades democráticas mas que está difícil está.
Votarei em partidos pequenos a esquerda do PS, como sempre fiz. Sou defensor de coligações governamentais. Nunca ponho os ovos todos no mesmo cesto. Detesto maiorias. Tornam se prepotentes como já sentimos.
Os partidos pequenos à esquerda do PS deram a mão ao PS!
Para não falar no resto… BE apoia organizações racistas como a sos racismo (Mamadou Bá), fanáticos do clima, radicais islâmicos e defesa dos que não querem trabalhar… O livre idem… O PCP pró Putin e contra o ocidente… O PAN, nem sei muito bem o que querem.
O PS odeia os professores, os médicos, etc… Ama o dinheirinho… Votem neles para ficar tudo ainda pior!
É verdade, na política só se encontram corruptos. O montenegro nem está despoluidosl nem tem cabeça. Agora o que era escusado era o OS, esse grande autoproclamado defensor da democracia, ter descudo tão baixo e andar agora a fazer nomeações aproveitando comunistas como se estivéssemos num país de gente burra que quer voltar ao fascismo. Não quer e todos os portugueses sabem que o Chega é uma fabricação PS sem gente de qualidade que serve muito bem os interesses de perpetuação do PS no poder.
Uma lástima o espetro politico português no presente momento!
Um dos grandes problemas da Educação, creio, são os próprios professores. Fazedores de divisionismos, sejam políticos, por empatia, por amizade na sala dos professores, por grupo, escalão, etc. Até nos desunhamos por sermos “confidentes” de uma turma que diz mal do Colega. Classe, sem, classe.
Cara Rosalina: não a conheço mas quase que tapa a ferida com a sua opinião correta. Um dos grandes males da educação é o próprio decente. Mas isso é próprio do sistema e existe em todas as classes. Amizades, conhecimento, cunhas, empatias é dificil combater. Alastra nesta sociedade e com estas regras não vai terminar, pois esta justiça não funciona. ze toy
Muito alimentado pela avaliação de desempenho, que mais não é que um nojo criado para promover divisionismos, discórdia e alegorias estúpidas nas escolas.
Um nojo que apenas visa promover pseudo-trabalho de parceria entre professores, mas que, como todos sabem, não passam de puras fantasias que pouco ou nada fazem. E muitas tretas de atividades que de nada servem.
Agradeçam à Milu mére atriz, ao Sócratintas aldrabilhas e a todos os que se seguiram que deram para o peditório, incluindo estes aldrabões e ladrões de tempo de serviço que lá se instalaram.