13 de Novembro de 2023 archive

Pedro Nuno Santos Versão 3.0

À terceira aparição no dia de hoje, Pedro Nuno Santos refere-se finalmente aos professores.

iniciou dizendo que o atual ministro da educação, João Costa é um dos melhores ministros atuais e fica desde já claro que em caso de alguma vitória de PNS já sabemos quem será o Ministro da Educação.

E sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores, deixou a entrevistadora pasmada com a resposta, que até lhe perguntou se já mudou de opinião em 15 dias, quando no mesmo programa disse que os professores deveriam ter o tempo de serviço recuperado.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/pedro-nuno-santos-versao-3-0/

Pedro Nuno Santos .2

Pela SIC, Pedro Nuno Santos deu entrevista de mais 15 minutos.

Esta foi a segunda intervenção do putativo candidato a primeiro ministro, mas ainda haverá uma terceira intervenção hoje, e mais uma vez em nenhum momento falou nos Professores.

Ao longo dos próximos meses este blog acompanhará todas as intervenções dos candidatos às eleições no que respeita ao que propõe para a educação e em especial para a carreira dos professores e ao mesmo tempo será notícia a ausência destas medidas dos partidos.

E PNS já leva dois momentos de intervenção sem qualquer referência aos professores.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/pedro-nuno-santos-2/

478 ou 479 dias de tempo de serviço a recuperar em 2024?

 

20% de 6 anos, 6 meses e 23 dias, ou seja 2393 dias é 478,6 dias. Como as casas decimais, nestes casos, não se arredondam, somam-se em anos diferentes ou subtraem-se. Subtrair? Nunca.

Posto isto, a recuperação de tempo de serviço com que o líder do PSD nos está a acenar, já neste OE, será de 478 ou 479 dias.

Não basta dizer que se tem a intenção de recuperar tempo de serviço sonegado aos professores, tem que se ser mais especifico, tem que se explicar como.

Uma recuperação de tempo de serviço com quotas à mistura adensa as injustiças e faz com que se perca tempo de serviço que ainda nem se quer se recuperou.

Nesta recuperação de tempo de serviço, se lhe querem mesmo chamar isso, as quotas têm de ser abolidas. Já basta termos sido prejudicados durante todos estes anos em que nos vimos privados de usufruir desse tempo de serviço.

Sr. Montenegro, a fazer, faça-o como deve de ser e não use dos mesmos subterfugios de quem critica.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/478-ou-479-dias-de-tempo-de-servico-a-recuperar-em-2024/

Situação e síntese das reivindicações dos técnicos especializados para formação e técnicos superiores com funções docentes, da Escola Pública

Quem são os técnicos especializados para formação e técnicos superiores, com funções docentes, da Escola Pública?
São quem assegura a formação das componentes tecnológicas dos cursos profissionais, contratados de acordo com o n.º 3 do art.º 39.º do Decreto-Lei n.º 32 -A/2023 de 8 de maio, quando há necessidades de serviço a prestar por formadores ou técnicos especializados, nas áreas de natureza profissional, tecnológica, vocacional ou artística dos ensinos básico e secundário, que não se enquadrem nos grupos de recrutamento (Decreto-Lei n.º 27/2006, de 10 de fevereiro).
Apresentamos a situação e síntese das reivindicações dos técnicos especializados para formação e técnicos superiores, com funções docentes, da Escola Pública: 
 
1-Os técnicos especializados para formação que vincularam no PREVPAP (Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública) como técnicos superiores, perderam cerca de 120 euros de remuneração mensal, pois foram posicionados no 2.° escalão desta carreira. Para não perderem vencimento, deviam ter sido posicionados no 3.° escalão. Esta situação deve ser corrigida, pois o pressuposto de que todos terão pelo menos 10 pontos que permitam, na reconstituição da carreira, mudar de escalão, nem sempre acontece. E outras vezes, “é gasto” todo o tempo de serviço do técnico superior para que fique, aproximadamente, com a mesma remuneração que tinha enquanto contratado.
 
2- Os técnicos especializados para formação que vincularam no  PREVPAP, continuam com as mesmas funções docentes (Diretores de Turma, Diretores de Curso; vigiam exames; ensinam também Educação para a Cidadania, Área de Integração, etc.), mas vinculados como técnicos superiores, i. é, numa carreira não docente, não lhes tendo sido dada a possibilidade de profissionalização, como já o fizeram no passado a outros profissionais da educação (exemplo do Grupo 430), nem criado os grupos de recrutamento ou áreas correspondentes em grupos de recrutamento existentes, como por exemplo, no Grupo 530, 
 
3- Quando se vincula na carreira de técnico superior, o candidato com doutoramento é posicionado no 4.° escalão. Porque não ingressa na carreira, no 3.º escalão, quem tem mestrado? (De notar também, que os candidatos com licenciatura e sem licenciatura são posicionados no 2.° escalão).
4- A candidatura ao PREVPAP foi em 2017. O processo de vinculação demorou cerca de 6 anos e alguns técnicos especializados para formação vincularam em escolas onde já não têm serviço. Há problemas graves de perda de direitos que tinham enquanto contratados, de “distância da residência” e dificuldades na obtenção de mobilidade,
5- PRECARIEDADE – Há técnicos especializados para formação a celebrar contratos anuais com o Ministério da Educação, há mais de uma década e, desde 2018, a renovar contratos completos (de 22 horas letivas), anuais e sucessivos. Contudo, estes colegas nunca vinculam, pois não têm carreira e são eternamente precários e considerados “necessidades temporárias”. Não têm grupos de recrutamento nem acesso à profissionalização, embora alguns sejam profissionalizados noutros grupos de recrutamento. Onde está o cumprimento das diretivas comunitárias?
 
6-  Os técnicos especializados para formação com licenciaturas, mestrados e doutoramentos, Certificados de Competências Pedagógicas,… continuam a ser remunerados pelo índice 151. Têm as mesmas funções, como já referido, que os docentes: Diretores de Turma, Diretores de Curso; vigiam exames; ensinam também Educação para a cidadania, Área de Integração, etc. Isto, quando um licenciado, sem profissionalização, com grupo de recrutamento é contratado pelo índice 167. Urge corrigir mais esta situação de exploração e de precariedade dos técnicos especializados para formação! 
7- Criem-se grupos de recrutamento ou áreas em grupos de recrutamento existentes, para áreas de formação das componentes tecnológicas dos cursos profissionais (Ex. Grupo 530).
8 -Muitos Técnicos Especializados para Formação já têm profissionalização, caso de alguns colegas da área de Teatro, mas o grupo de recrutamento nunca foi criado. Também há outros colegas que têm profissionalização, pois já eram docentes com outros grupos de recrutamento, e continuam a ser remunerados pelo índice 151.
9 – Para os colegas das escolas artísticas já foram criados grupos de recrutamento e são remunerados, na base, pelo índice 167, enquanto os técnicos especializados nas outras escolas públicas continuam a ser remunerados, pelo “-1”, o índice 151.
10- A última vinculação que houve na Escola Pública para os professores das técnicas especiais, agora chamados de técnicos especializados para formação, além dos cerca de 200 que se candidataram ao PREVPAP em 2017, foi em 2007, há 16 anos!
Com os melhores cumprimento 
 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/situacao-e-sintese-das-reivindicacoes-dos-tecnicos-especializados-para-formacao-e-tecnicos-superiores-com-funcoes-docentes-da-escola-publica/

Como Olear a Máquina?

Tudo isto após a demissão aceite do governo.

 

Diplomas para Publicação em Diário da República

 

— Despacho – Determino a renovação da comissão de serviço da licenciada Susana Maria Godinho Barreira Castanheira Lopes, no cargo de Diretora-Geral da Direção-Geral da Administração Escolar.

 

O ex-ministro das Finanças João Leão foi o candidato escolhido pelo Governo para o Tribunal de Contas Europeu (TCE), revelou hoje no parlamento o secretário de Estado dos Assuntos Europeus.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/como-olear-a-maquina/

Pedro Nuno Santos

Apresentou-se como candidato a líder do PS com um discurso de mais de 30 minutos e com palmas organizadas a cada 15 segundos, sem referir-se uma única vez aos PROFESSORES.

Está definido o perfil deste candidato a Primeiro Ministro.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/pedro-nuno-santos/

A guerra na escola – José Afonso Baptista

 

Inquietou-me sobremaneira o livro de Margaret MacMillan sobre a guerra (War: How conflict shaped us. 2020, New York: Random House). Com a autoridade que lhe confere o seu estatuto de investigadora e professora de história internacional nas Universidades de Oxford, onde se doutorou, e de Toronto, MacMillan incomoda-nos logo no título – Como é que o conflito nos formatou? E acrescenta: “O instinto para lutar pode ser inato na natureza humana, mas a guerra — a violência organizada — vem com a sociedade organizada”.
A guerra e os conflitos, segundo a autora, fazem parte da natureza humana e são muito anteriores à apropriação dos meios de produção e dos jogos de interesses inerentes. Cadáveres conservados no gelo desde há milhões de anos mostram que as pessoas morreram de morte violenta. Mas o pior é que o ser humano não é hoje melhor do que foi na sua origem. David Grossman, escritor israelita, lamentou, no dia em que entrou em vigor o cessar fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza: “Nunca tinha visto tanta violência e brutalidade entre judeus e árabes”. Em apenas 10 dias, a guerra fez cerca de 250 mortos e 2000 feridos (Expresso, 21.5.2021). As mortes violentas a que assistimos em cada dia, aqui e em todo o mundo, seriam impossíveis de enumerar.
Citando Svetlana Alexievich (The Unwomanly Face of War) MacMillan afirma que a Guerra permanece um dos principais mistérios, ao mesmo tempo que a considera a mais organizada de todas as atividades do ser humano, mobilizando infindáveis exércitos, forças militarizadas e recursos de valor incalculável. Um mistério que envolve o que existe de mais vil e de mais nobre, com a celebração dos heróis que mais mataram ao longo dos tempos e que permanecem em estátuas e nomes de ruas como símbolo da nação: o hino nacional é um bom exemplo. O diploma militar autoriza a matar legalmente.
MacMillan mostra que os estados modernos são o resultado de guerras que por vezes duraram séculos. É a guerra que muda o rumo da história, o que dá sentido à sua pergunta: “A paz é uma aberração?” Para Grossman, “Quem defende a paz é visto como um lunático” (Expresso, 17.10.2020). Face a estes testemunhos, a teoria de Rousseau, ao defender que o homem nasce bom, a sociedade é que o torna mau, parece não ter consistência. O homem é mau por natureza e a sociedade e os estados têm como primeira prioridade organizarem-se para fazer a guerra.
O mundo da escola é geralmente um espaço seguro e tranquilo, mas não muda a natureza das pessoas. Se gastamos rios de dinheiro para fazer a guerra, podemos igualmente investir para garantir a paz. A indisciplina, o conflito, a violência e o bullying não são mais do que a natureza humana a funcionar no seu normal. A escola sem conflitos é uma pura abstração.
O atropelamento recente de uma criança no Seixal, vítima de bullying movido por crianças da sua comunidade, foi mais um alerta para mostrar que a escola não pode ser apenas um lugar onde se entopem as cabeças das crianças com conhecimentos mal digeridos, tem de ser também um espaço de diálogo, de reflexão, de análise dos problemas reais com que nos confrontamos, o que nos impõe uma análise mais séria dos grandes objetivos e funções da educação e do papel da escola nesta área tão sensível.
No último quartel do século passado, a UNESCO definiu as quatro grandes prioridades: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a viver com os outros. Esta orientação ecoou forte no ME e chegou aos centros de formação e às escolas, traduzida na fórmula mais conhecida: conhecimentos, competências, atitudes e valores. Tudo tão claramente definido, o que é que falhou? O que falhou é que a escola fica presa apenas no primeiro nível definido pela UNESCO: o nível do aprender a conhecer. O ME abdicou de educar.
As crianças do Seixal são criminosas? Não, são apenas vítimas do ministério e da escola que têm. O sistema de avaliação arcaico dirigido apenas ao conhecer, numa competição doentia, esvazia a escola do que deveria ser a sua primeira preocupação: educar a ser e a conviver com os outros. A educação não sai nos exames e por isso não tem espaço na escola. Este sistema de avaliação é incompatível com um clima de escola saudável, onde não haja espaço para conflitos, para a indisciplina, a violência e o bullying. As crianças merecem este esforço para trazer a educação e a escola para o século XXI.

José Afonso Baptista
diário as beiras | 10-06-2021

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/a-guerra-na-escola-jose-afonso-baptista/

Não é só em Braga… É pelo país.

Infiltrações e humidade são algumas queixas no Agrupamento de Maximinos Câmara espera pelo Plano de Recuperação e Resiliência para fazer obras.

Alunos de Braga desesperam com chuva dentro das salas de aula

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/11/nao-e-so-em-braga-e-pelo-pais/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: