O maior problema desta vaga de emigração não se prende apenas com o PLNM, mas sim com a falta de apoio que estes alunos têm para acompanhar as restantes disciplinas do currículo.
Que adianta um aluno que não domina a língua portuguesa estar a ouvir uma aula de história, sem que tenha algum tipo de acompanhamento nessa aula?
Curiosamente na “minha” escola existe a mesma percentagem de alunos estrangeiros (12%) de 23 nacionalidades diferentes. Mas como não existem grupos de 10 alunos para formar um nível de proficiência linguística nem uma hora de crédito é atribuída para dar a resposta ao PLNM, quanto mais a outro tipo de apoios que estes alunos necessitam.
Universo de alunos estrangeiros já chega aos 12% de toda a população estudantil. Maioria continua a ser de países de língua oficial portuguesa, mas em todos os casos existem desafios à integração.
“Se vêm para Portugal têm de falar português.As pessoas dizem isto. Mas temos condições para isso acontecer?” A professora Ana Cardoso não responde imediatamente à pergunta que ela própria lança para o ar. Dá aulas de Português e de Português Língua Não Materna (PLNM), o que quer dizer que boa parte dos alunos estrangeiros do seu agrupamento vão parar à sua sala de aulas, principalmente aqueles que não falam uma palavra de português. Este ano letivo tem 30 alunos de PLNM, mas antes de um dia de aulas chegar ao fim podem sempre chegar mais.Todos os dias as escolas portuguesas recebem novos alunos estrangeirose no seu agrupamento as partidas e chegadas são constantes. Ali, nas Escolas da Baixa da Banheira — Vale da Amoreira (Moita, distrito de Setúbal), há cerca de 100 alunos nas aulas de Português Língua Não Materna.
José Fernando é professor há 39 anos, masfoi nos últimos dois que se habituou a andar com um mapa para todo o lado.Não é para fazer viagens, embora tenha muitos países assinalados no mapa, mas antes uma ferramenta para o seu cargo de coordenador de PLNM na Escola Secundária Aurélia de Sousa, no Porto. “Este mapa está sempre em reformulação, porqueisto é um fenómeno semanal, já nem é mensal.Quase invariavelmente, todas as semanas tenho alunos novos a chegar à escola e a lista está em alteração desde setembro.”
Olhando para o papel, onde tem todos os alunos que não sabem falar português, recita o nome dos países que estão ali a saltar à vista.“Colômbia, Estónia, Índia, Equador, Venezuela, Argentina, Marrocos, Ucrânia, Bangladesh, Rússia, Vietname, Costa do Marfim, Nepal…Somos um mosaico, com meninos de todos os espaços geográficos”, diz o professor. Em janeiro, no seu agrupamento, havia cerca de 250 alunos não nacionais para um total de 1.700.
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Para o “consulado político” que nos tem (des)governado, vai para duas décadas, de inequívoco e nefasto maus tratos para com os educadores e professores portugueses, o nosso mais absoluto repúdio. A classe docente e a docência foram transformadas pelo regime no odioso execrável a abater; com particular ênfase e assertividade pelo frentismo de esquerda. É facto, é factual, é factualidade histórica.
O “mainstream” de tendência-moda principal e dominante, enquanto corrente cultural e ideológica, politicamente falando e comunicante da opinião pública, foi o lugar-comum de ataque significante e soez ao professorado, sem tréguas, generalizado, atentatório do bom nome e “assassino” do juízo de valor e carácter acerca dos professores, pela acefalia colectiva massificada e desinformada. Cujos resultados, consequências e efeito “creator” estão à vista, bem patentes, mas sem a assumpção de culpas e de remissão pelo poder político. Em falta, está a total ausência de mérito, de honra e dos valores humanistas na política actual em Portugal no que aos professores diz respeito.
Na votação na especialidade, OE 2024, a maioria absoluta do Partido Socialista (PS) no Parlamento, no período de avocações e votações, chumbou o tempo de serviço da carreira especial dos professores e educadores de Portugal, numa (re)confirmação do tempo trabalhado e roubado, impróprio de um Estado de Direito, respeitador da legalidade, e não a imposição unilateral de “um Estado fora da lei”. (https://cnnportugal.iol.pt, Agência Lusa, 2023-11-24)
Temos verificado com estupefacção, o estranho sentimento de “orfandade” votante de algum professorado, “masoquista” no afagar da dor, incomodado com a saída de cena política de António Costa, do seu governo (continuador e na mesma senda de anteriores executivos), que tantas e tantas malfeitorias têm feito aos professores. Consideramos digno de “estudo de caso”, de “avaliação, explicação e validação psiquiátrica”, dada a nossa-minha evidente limitação em compreender tal, tamanha e inusitada “patologia” e “mediocritas” analítica, e sem “amor sui”. Respeitamos.
Para futura memória histórica, fica o contributo do textuário que se segue; do pântano de António Guterres, à bancarrota de José Sócrates e ao caos-crise de António Costa, todos se demitiram e fugiram às suas responsabilidades, com fuga pra frente e culpando terceiros, na tentativa enganadora e (in)justificada das suas políticas falhadas, da sua não “magnum politicus consilium opus/opera” – a(s) grande(s) obra(s) política(s). O denominador-comum dá pelo nome de Partido Socialista (PS).
“(…) O Homem é, naturalmente, um animal político (…). (Aristóteles, Política)
Não, não entendemos as investidas, a constância e o recalcitrar do Governo e Ministério da Educação (ME), “non stop”, contra o aguilhão da razão, justiça e verdade que assiste aos professores e educadores portugueses. Mais e ainda mais, os professores têm pleno direito a reivindicar-conquistar todo o tempo de serviço ilegalmente em falta e a ser aumentados e recompensados pelos 30% de perda de poder de compra, apenas nos últimos 14 anos, desde 2009. E o empobrecimento continua, com uma inflacção prevista para 2024 de 3,6% e um aumento salarial de apenas 3%. Não pode ser, não pode continuar, é intolerável, chega.
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