Estes números de hoje do Ministério da Educação batem certo com os meus aqui e aqui de ontem e quase me atrevo a dizer que João Costa leu o artigo antes de fazer o comunicado de imprensa. Mas se o leu espero que tenha tomado nota da questão do tempo faseado e das tranches usadas pelos professores na lista de acesso.
Estes professores que, de outra forma, teriam de ficar a aguardar vaga, juntam-se aos perto de quatro mil colegas que progrediram na carreira através da disponibilização de vagas.
Os novos mecanismos de aceleração de progressão na carreira, aprovados este ano, garantiram, para já, a passagem aos 5.º e 7.º escalões de 4.500 professores, que ficaram isentos de vaga, anunciou esta quinta-feira o ministro da Educação.
Estes professores que, de outra forma, teriam de ficar a aguardar vaga, juntam-se aos perto de quatro mil colegas que progrediram na carreira através da disponibilização de vagas, totalizandocerca de 8.400 docentes.
O ministro da Educação explicou que, assim, ficam a aguardar vaga para o 5.º escalão 404 professores e 115 para o 7.º escalão, o que representaquase 10 vezes menosem virtude do mecanismo de aceleração.
“Ao longo dos próximos anos, o número dos docentes que ficam a aguardar vaga será sempre muito baixo”, disse João Costa.
De acordo com o Ministério da Educação, a passagem do 4.º para o 5.º escalão corresponde a umaumento salarial de 156,45 euros por mês e de 248,49 eurosno caso daqueles que passam para o 7.º escalão, com efeitos retroativos a 1 de janeiro.
A isenção de vaga é um dos vários mecanismos criados este ano paracompensar os professores que trabalharam durante os dois períodos de congelamento do tempo de serviço, entre 2005 e 2017, com um impacto orçamental de cerca de 13 milhões de euros.
“Este instrumento produz efeitos imediatos para muitos professores e, em 2024, prevê-se que vá afetar, nas várias medidas que comporta, cerca de 29 mil professores”, disse o ministro, considerando que “valeu a pena este esforço para conseguirmos valorizar a carreira dos professores”.
Além da isenção de vaga, está prevista arecuperação do tempoem que ficaram a aguardar vaganos 4.º e 6.º escalões a partir do ano de descongelamento (2018) e a redução de um ano na duração do escalão para aqueles que também ficaram à espera de vaga, mas já estão acima do 6.º escalão.
Encontra-se disponível, de dia 16 e até às 18 h (Portugal Continental) do dia 23 de novembro, na plataforma SIGRHE, o separador Portaria n.º 29/2018 (2023) – Reclamação.
Mais se informa que, nos termos do n.º 4 do artigo 5.º da Portaria n.º 29/2018, de 23 de janeiro, os docentes podem reclamar dos seus dados constantes nas listas provisórias de acesso aos 5.º e 7.º escalões.
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O ministro da Educação, João Costa, foi eleito por unanimidade presidente do Comité de Políticas Educativas da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. Este comité é responsável pela coordenação de toda a atividade da OCDE na área da Educação.
João Costa é o primeiro português a ser escolhido para a função. O mandato, que tem a duração de três anos, inicia-se a 1 de janeiro de 2024 e terminará a 31 de dezembro de 2026.
O atual titular da pasta da Educação é professor catedrático de Linguística na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Antes de assumir funções governativas foi diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e presidente do Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Uma educação de qualidade para todos
O Comité é composto por representantes nacionais dos 38 Estados-Membros e é responsável por coordenar toda a atividade da OCDE no setor da educação, aprofundar a cooperação entre países e contribuir para a definição de políticas públicas.
Na reunião realizada esta quarta-feira (15 de novembro), foi também eleito o Conselho Diretivo do Comité, que integrará os representantes da Irlanda, Eslovénia, Finlândia, Japão, Holanda, Suíça e Austrália. Deste grupo de países foi eleita para vice-presidente do Comité a australiana Alex Gordon.
No Comité participam também a UNESCO e a União Europeia, reforçando o trabalho de colaboração e complementaridade das organizações internacionais multilaterais na construção de uma Educação de qualidade para todos.
Mau tempo das últimas semanas mostrou fragilidades dos estabelecimentos de ensino. Ministério da Educação prometeu obras em 450 escolas até 2030, mas diretores escolares e pais pedem encurtamento do prazo.
Em janeiro de 2010, era Isabel Alçada ministra da Educação, 41 escolas encerraram devido ao mau tempo, apenas na zona Norte do país. A história tem-se repetido anos após ano e de Norte a Sul. Ao ponto de 13 anos depois, o mau tempo das últimas semanas ter voltado a mostrar as fragilidades dos estabelecimentos escolares, dos mais recentes aos mais antigos.
É o que Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim, tem feito para manter as portas abertas. Contudo, a “boa vontade” não conseguiu evitar o encerramento do estabelecimento de ensino na sequência da passagem da depressão Aline, em outubro. “Na minha escola nunca tivemos obras a sério, vamos fazendo alguma manutenção com dinheiro nosso. Pintei as salas todas em agosto, mas foi com poucas verbas da escola e não com fundos comunitários”, explica ao DN. O dirigente aponta várias necessidades urgentes, como a mudança de caixilharia para tornar as salas mais quentes e diz estar à espera das verbas do PRR. “Para isso há projetos e candidaturas e vai demorar tempo. Só depois saberemos se vamos ter direito a essas obras. Não há garantias. Foram definidas as prioridades. A minha escola foi classificada como urgente, mas há muitas à frente consideradas como muito prioritárias”, avança. Arlindo Ferreira exemplifica a urgência do problema da falta de condições dos estabelecimentos escolares em Portugal com a realidade do concelho da Póvoa de Varzim. “Há algumas escolas sem grandes constrangimentos, mas há muitas mais a precisar de obras. Na Póvoa, temos sete escolas (secundárias e EB2/3), duas foram requalificadas, as outras ainda estão como sempre estiveram desde que foram construídas. Ou seja, mais de 50% de escolas que não foram requalificadas e mesmo as que não estão em más condições, não estão adaptadas às exigências dos novos edifícios públicos”, sublinha. Uma realidade, diz, que se repete de Norte a Sul do País.
Em Setúbal, os problemas estruturais dos edifícios da Escola Secundária Sebastião da Gama (ESSG), foram debatidos numa reunião realizada entre a vice-presidente da autarquia, Carla Guerreiro, e representantes da Parque Escolar, entidade do Estado tutelada pelo Ministério da Educação (ME). Problemas que, segundo Rui Moreira, presidente da Associação de Pais da ESSG, se arrastam “há anos”.
Obras mal planeadas e sem manutenção
A ESSG fechou duas vezes nas últimas semanas, totalizando quatro dias sem aulas, devido ao mau tempo, mas as intempéries apenas “puseram a nu problemas graves e estruturais com os quais os alunos e os pais lidam diariamente”. “Há coisas nesta escola inacreditáveis. O ano passado caiu uma janela em cima de uma aluna. A escola tem um pavilhão inutilizado há quase três anos porque o telhado está em risco de desabar. Chove na biblioteca desde o dia em que foi inaugurada, chove nas salas de aula e dentro do pavilhão novo. Há um esgoto a céu aberto na parte da frente da escola, há janelas que não abrem ou não fecham, há árvores podres a cair”, enumera Rui Moreira. O presidente da Associação de Pais da ESSG fala ainda em casas de banho inutilizadas e apenas uma sanita funcional para todos os alunos. Uma situação que se manteve ao longo de todo o ano letivo passado. “Havia alunos que ligavam aos pais para os irem buscar à escola para irem à casa de banho. Nos exames nacionais, em julho, não havia casa de banho a funcionar para todos os alunos. Toda a obra foi mal planeada e nunca houve manutenção”, conclui. O responsável afirma ainda que a escola paga “quase 15 mil euros mensais de renda à Parque Escolar” e diz não perceber “para onde vai o dinheiro e porque não é canalizado para as obras urgentes e necessárias”. Rui Moreira garante não se tratar de um problema circunscrito a Setúbal, mas “a nível nacional e na maioria das escolas da Parque Escolar”.
Câmaras municipais “herdaram monos”
Para entender o que se passa nas escolas a nível de infraestruturas, Luís Sottomaior Braga, especialista em Gestão e Administração escolar, explica a necessidade de analisar e de olhar para três realidades diferentes no nosso país. “Temos as escolas de 1.º ciclo, na sua maioria propriedade municipal e, normalmente bem tratadas pelas câmaras, com responsabilidade na manutenção e conservação. Depois, há as escolas da Parque Escolar, que já têm problemas por erros de conceção e de manutenção e, finalmente, as escolas construídas entre a década de 80 e 90, propriedade do Estado e que passaram para os municípios e foram entregues, na sua maioria, sem nunca terem tido obras e com problemas graves. Escolas que em mais de 40 anos de vida, nunca foram requalificadas”, explica. Luís Sottomaior Braga afirma que, quando foi feita a transferência de competências na área da Educação para câmaras municipais, estas herdaram “monos”.
Recorde-se que, numa fase inicial, o decreto atribuía às autarquias a responsabilidade pelas obras a realizar. Uma obrigação muito contestada, levando a um passo atrás do Governo que resultou na transferência de verbas para a realização de obras (20 mil euros por cada estabelecimento). Contudo, a responsabilidade pelas obras de maior dimensão acabou por ficar nas mãos do Governo. “São escolas que estiveram sempre na posse do Estado e, nessas, houve desinvestimento por causa das finanças públicas. São a maioria das escolas do país e muitas foram transferidas para os municípios sem obras e na premissa que depois se candidatariam a fundos comunitários. Ou seja, foram recebidas sem o compromisso do Estado em fazer obras. Entregaram monos aos municípios e os municípios não têm capacidade para fazer as obras necessárias”, sublinha Luís Sottomaior Braga.
Com a descentralização da área da educação, em 2019, o então ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, adiantava haver 294 escolas do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário a carecer de “obras de dimensão significativa”, o que representava um quarto do número total de estabelecimentos escolares (1167) transferidas para a gestão autárquica.
“O panorama nacional é muito mau. Há um problema com a municipalização, pois nem todos os municípios têm a mesma capacidade financeira e nem todos investem em educação de igual forma. Há câmaras que não se responsabilizam por problemas que já existiam e que, por isso, dizem que é o Estado que tem de os resolver. Há escolas em estado deplorável e a ironia é que são aquelas que estiveram na posse do Estado mais tempo”, assegura Luís Sottomaior Braga. O especialista em Gestão e Administração Escolar garante haver “muitas escolas para arranjar e pouco dinheiro para o fazer” e questiona “porque não se fez quando estavam no limiar de degradação”. “Criou-se um parque escolar que nunca foi bem mantido e as escolas estão em degradação acelerada porque os anos foram passando e os problemas agravam-se a cada dia. O país está cheio disto, de escolas em que durante anos o Estado não pregou lá um prego e se tornaram impossíveis de gerir. Os miúdos têm frio, chove nas salas de aula ou nos espaços comuns e as casas de banho não têm as condições mínimas a nível estrutural e de higiene”, conclui.
Escolas sem aquecimento
Filinto Lima, presidente da direção da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) admite alguns progressos nas condições das escolas “sobretudo nos últimos anos em que se passaram para a alçada das autarquias” e congratula-se pelo investimento em mais de 400 escolas, no âmbito do PRR. Contudo, pede o encurtamento do tempo para as obras dessas escolas, pois, relembra, “até 2030 ainda são muitos anos”. “Até lá, como ficam as escolas a precisar de obras urgentes? Sei que o dinheiro não cai do céu, mas o que nós pedimos é que este prazo seja encurtado. Há escolas com água a entrar e que se vão degradar ainda mais”, alerta. O presidente da ANDAEP pede ainda especial atenção numa altura em que o tempo frio está a chegar e existem muitas escolas sem aquecimento. “Não é admissível que um aluno ou um professor esteja na escola sem condições para aprender ou a trabalhar com frio. Até por questões de equidade. As escolas onde não há condições, não se pode usar a desculpa de falta de verba por parte da Tutela. As escolas precisam de verba suficiente para criar um ambiente confortável para a aprendizagem. Os responsáveis por essa situação, pelas verbas, têm de reverter este cenário porque não queremos voltar a ver imagens de alunos com mantas nas salas de aula”, conclui.
No Agrupamento de Escolas Cego do Maio, no Porto, estão armazenados “mais de 70 computadores avariados”.
As escolas estão a receber cada vez mais computadores avariados que se vão amontoando em espaços improvisados, porque já estão fora da garantia e faltam técnicos informáticos que os possam arranjar, alertaram diretores.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, garantiu que este é um problema nacional:“Todos nós temos computadores já fora da garantia e há cada vez mais a avariar. Os computadores são cedidos pelo ministério e, quando não funcionam, os pais dirigem-se às escolas”.
Manuel Pereira, que é também diretor do Agrupamento General Serpa Pinto, em Cinfães, estima ter entre“30 a 40 computadores guardados nos sítios mais caricatos”.
No Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia, há outras três dezenas, segundo uma estimativa do diretor Filinto Lima, que é também presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Muitos destes equipamentos já perderam a garantia, sublinharam os diretores com quem a Lusa falou, lembrando que os primeiros ‘kits’ entregues aos alunos tinham uma garantia de dois anos, que terminou em 2022 e “os equipamentos da Fase 2 tinham uma garantia que acabou em abril 2023”, disse Arlindo Ferreira.
Fora da garantia, o custo do arranjo passa para as famílias que, muitas vezes, se recusam a pagar. Uma professora contou à Lusa o caso de um aluno que recebeu um computador e, passados poucos dias, a bateria deixou de funcionar:“Não foi mau uso e o pai sentiu que não deveria ser ele a pagar, uma vez que o equipamento deixou de funcionar logo após lhe ter sido entregue”.
O presidente da ANDE, que fez questão de salientar a importância do projeto de digitalização das escolas, defende que as garantias dos equipamentos deveriam ser alargadas e as escolas deveriam ter mecanismos que permitissem resolver rapidamente estes problemas.
À Lusa, a presidente da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) corrobora que há “casos de portáteis avariados que neste momento já não estão no prazo de validade da garantia” e que “as escolas aguardam indicações sobre como proceder”.
Arlindo Ferreira garantiu que a situação já foi reportada ao Ministério da Educação, que prometeu“uma extensão das garantias, mas até hoje ainda não aconteceu nada”.
Para os diretores, a falta de técnicos informáticos nas escolas também agrava o problema. Filinto Lima defendeu que a solução deveria passar por ter “um técnico informático em cada escola, para despistar pequenas avarias e evitar enviar para arranjo numa empresa”.
Quando os computadores perderam a garantia e as famílias se recusam a pagar o arranjo, algumas escolas arriscam e abrem os equipamentos na esperança de os conseguir arranjar, contou à Lusa uma professora.
“A escola não tem técnicos e, muitas vezes, é graças à carolice de uns professores e funcionários que conseguimos arranjar alguns computadores”, disse, explicando que evitam enviar para as empresas porque depois “ficam lá presos, os orçamentos são volumosos e os pais acham que não se justificam”.
“Também existem casos de alguns computadores avariados que foram enviados para os fornecedores e demoram a ser devolvidos”, acrescentou a presidente da ANPRI, Fernanda Ledesma.
Questionado pela Lusa sobre a não renovação das garantias caducadas, o Ministério da Educação referiu apenas que“na medida em que os equipamentos foram adquiridos em diferentes momentos, a vigência das garantias também é variável”.
Os pedidos de certificação de tempo de serviço para efeitos de concurso de professores 2024/2025, têm de ser apresentados até ao dia 31 de dezembro de 2023.
A partir do dia 1 de janeiro de 2024, e até 30 de abril de 2024, só serão admitidos os pedidos de certificação que sejam instruídos para efeitos de aposentação e/ou de retificação administrativa dos previamente submetidos.
Os novos requerimentos de certificação de tempo de serviço para efeitos de concurso nacional voltarão a ser admitidos a partir de 1 de maio de 2024.
Uma recuperação de tempo de serviço com quotas à mistura adensa as injustiças e faz com que se perca o tempo de serviço que ainda nem se quer se recuperou.
20% de 6 anos, 6 meses e 23 dias, ou seja 2393 dias é 478,6 dias. Como as casas decimais, nestes casos, não se arredondam, somam-se em anos diferentes ou subtraem-se. Subtrair? Nunca.
Posto isto, a recuperação de tempo de serviço com que o líder do PSD nos está a acenar, já neste OE, será de 478 ou 479 dias.
Os custos de tal recuperação, serão muito inferiores aos cerca de 600 milhões anunciados pelo governo PS há uns anos. Temos de ter em conta que, quando este valor foi anunciado, não se encontravam 14% de docentes no 10.º escalão, que já não vão recuperar qualquer tempo de serviço e, que entretanto, mais de 10 mil docentes se aposentaram, não entrando, agora, nestas contas. Também, temos que verificar que o tempo passou e milhares de docentes que se encontram no 9.º escalão já não vão recuperar todo o tempo de serviço que lhe é devido, os escalões são de 4 anos e devem-lhes mais. Alguns que se encontram no 8.º escalão encontram-se na mesma situação por não necessitarem dos 6 anos, 6 meses e 23 dias para alcançar o 10.º escalão da carreira docente.
Mas em relação aos custos, muito há a dizer. Todos sabemos que quando se fala em vencimentos remete-se o valor para o vencimento bruto, logo o tal valor de há uns anos de cerca de 600 milhões de euros. Contas feitas por um grupo de professores, na altura, previam que o valor rondava os 350 milhões de euros como investimento, efectivo, em vencimentos líquidos, o restante ficaria na mão do estado em impostos, logo não se pode considerar como gasto do estado.
Escrito isto, em números da altura, que são muito superiores aos de hoje, o investimento seria de 70 milhões de euros para a recuperação, em 2024, de 20% do tempo de serviço. Como já verificamos que os docentes a usufruir desse investimento são muito menos os números poderão andar entre os 50 e 60 milhões de euros, ou menos.
Os valores da recuperação de tempo de serviço dos professores baixaram e muito com o decorrer e prolongamento da injustiça. Vamos esperar pelas contas de um qualquer governo, caso as queiram fazer.
Agora, não basta dizer que se tem a intenção de recuperar tempo de serviço sonegado aos professores, tem que se ser mais especifico, tem que se explicar como. Da última vez houve quem dele nem visse dia.
Uma recuperação de tempo de serviço com quotas à mistura adensa as injustiças e faz com que se perca o tempo de serviço que ainda nem se quer se recuperou.
Nesta recuperação de tempo de serviço, caso venha a existir e se lhe querem mesmo chamar isso, as quotas têm de ser abolidas. Já basta, os professores, terem sido prejudicados durante todos estes anos em que se viram privados de usufruir dele.