24 de Abril de 2023 archive

Relatos de EE Que Não Vão Enviar os Filhos para as Provas de Aferição

Ao longo do dia de hoje chegaram-me inúmeros relatos de Encarregados de Educação que optaram por não enviar os filhos à escola para a realização das Provas de Aferição.

Como as provas de aferição não têm qualquer influência nos resultados dos alunos e em muitos casos os pais sabem que para os seus filhos estas provas são mais um momento de perturbação na rotina escolar dos seus filhos, é normal que cada vez mais pais optem por esta solução.

Os relatos que me chegaram estão perfeitamente identificados e como tal deixo-os tal como me chegaram.

 

Sou mãe, encarregada de educação e professora.
Tenho uma filha a frequentar o 5 ano e não vai fazer nenhuma das Provas.
Comuniquei isso na reunião de entrega das avaliações do segundo período e esclareci os restantes pais para a inutilidade das mesmas.
Ao dispor
Anabela Sousa
O meu filho não vai fazer porque este ME desconsidera, de uma forma aberrante, os professores.
Acrescento que estas provas de aferição em formato digital sem haver um acompanhamento sério prévio com tempo e com várias sessões de experimentação, (como por exemplo fichas realizadas nesses moldes) só vai criar stress desnecessário! Coisas feitas em cima do joelho só para mostrar serviço não correm bem! Ou seja, estes alunos estão a ser usados como cobaias, para o ME atingir os seus objetivos, quem nem se sabe bem quais são! Qual o motivo disto ser tudo feito à pressa? Os fins não justificam os meios! Para além disso, independentemente das PA serem ou não em papel, para quem servem? Visto não terem qualquer peso na avaliação final e os alunos já terem um ano letivo em cima, onde já foram avaliados de forma contínua, para que sujeita-los a isto? Miúdo que já estão cansados, saturados, a precisar de descansar!
Ruth Sá
Quando nos apercebemos, cá em casa, de que efetivamente as Provas de Aferição deste ano iriam ser feitas por computador, ponderamos o assunto, e avisamos a Professora de que o nosso filho (que frequenta o 2.º ano) não iria participar.
Não porque temessemos os feitos da ansiedade ou qualquer stress adicional, mas porque não vemos qualquer benefício ou utilidade em aferir conhecimentos de crianças tão pequenas via computador.
Mais, fizemo-lo antecipadamente, já para tentar evitar o que entendemos como todas as perdas associadas à preparação deste novo modelo de Provas…
1) não queremos que ele desperdice minutos da aula a ser treinado para escrever num computador (ao invés, preferimos que treine a caligrafia);
2) não queremos que ele nos peça o computador para treinar com o teclado em casa, com receio de fazer má figura (antes corra e brinque livremente lá fora);
3)  e não queremos que a Escola desperdice tempo, energia e recursos em organizar algo que não serve minimamente alunos tão novos (seria tão melhor organizarem atividades e visitas de estudo!);
Já foi constrangedor ter de explicar ao meu filho o quão importante é aprender a ler e a escrever bem, apesar de existirem vídeos tutoriais para ensinar coisas, o Google permitir pesquisas por voz e já existirem programas de computador que escrevem automaticamente como se fosse um ditado (tudo argumentos dele…)
E vem agora o Ministério da Educação colocar crianças de 7 anos a responder por computador, colocando em causa os nosso argumentos?
Com que fundamento? (Se até as neurociências o refutam..)
Assim, enquanto pais e encarregados de educação, recusamo-nos a colaborar com estas Provas
Vemo-las apenas como uma forma camuflada de condicionar e incentivar à aprendizagem e avaliação de míudos via computador. (Talvez para mitigar uma futura falta de Professores quem sabe…)
E eles terão mais do que tempo para isso.
Olívia e Carlos Santos
A minha filha começou a mostrar muita ansiedade pela realização das PA digitais. Penso que se fossem em suporte papel ela iria encará-las como um teste de avaliação. Neste momento, quando se fala do assunto começa logo a dizer que o computador pode falhar, que ela pode não conseguir responder a tempo… como tal, a decisão foi tomada: não irá à escola nestes dias!
Não acho pertinente a realização destas provas e acima de tudo devo zelar pelo bem-estar da minha filha, já que o Estado não pensa no que sentem crianças do 2° ano perante estas situações.
Vanessa Monteiro
A minha filha anda no 5 ano e ainda não lhe foi atribuído computador. Por este facto e, por considerar que uma prova de aferição sem os alunos durante todo ano letivo não fazerem qualquer exercício em formato digital nas disciplinas a avaliar, a minha filha não irá realizar as ditas provas
Um abraço,
Eduarda Adriano
As minhas filhas não vão comparecer nas Provas de 5 e 8 ano. Enquanto mãe não concordo e como Professora é melhor nem dizer o que me vai na alma!
Obrigada
Eduarda Ribeiro

 

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CONCURSOS MADEIRA – CALENDARIZAÇÃO

 

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Diretores alertam que alunos correm o risco de começar próximo ano letivo sem professores

 

Concurso de professores ainda aguarda pela luz verde de Marcelo Rebelo de Sousa.

Diretores alertam que alunos correm o risco de começar próximo ano letivo sem professores

Março é o mês que marca o arranque dos concursos para a colocação de professores. Mas, este ano, o calendário não está a seguir o caminho que é habitual. Tudo porque o concurso ainda não arrancou. As listas com as colocações costumam sair até ao dia 31 de agosto, mas com os atrasos torna-se cada vez mais difícil cumprir os prazos.

Já lá vão quase dois meses. Tudo está nas mãos do Presidente da República. É Marcelo Rebelo de Sousa quem vai promulgar ou vetar o decreto-lei sobre o novo regime de gestão e recrutamento de docentes, aprovado em Conselho de Ministros a 17 de março.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas alerta que o novo diploma pode ficar congelado, e nem chegar a ser aplicado já neste concurso.

“Pode não haver tempo para que os resultados deste novo diploma sejam conhecidos em tempo útil. Este é um concurso muito complexo, muito moroso, e que normalmente arranca em março. Estamos quase em maio”, avisa Filinto Lima. O ano letivo “pode começar com muitos professores ainda sem estarem nas escolas”, já que os docentes normalmente apresentam-se ao serviço no primeiro dia de setembro.

Este diretor reconhece que o novo modelo de concurso proposto pela tutela pode até ficar congelado. “Há até o risco do diploma que venha a ser promulgado pelo presidente da República não poder ser colocado em prática este ano”, lembra.

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CONCURSOS RAM – 2023/2024 – AVISO DE ABERTURA

Foi publicado o Aviso de Abertura nº 211/2023, de 21 de abril do concurso para seleção e recrutamento do pessoal docente da educação, dos ensinos básico e secundário e do pessoal docente especializado em educação especial na Região Autónoma da Madeira para o ano letivo 2023/2024, que enviamos em anexo.
NOTAS:
Prazos de Inscrição:
As candidaturas ao concurso são precedidas de uma inscrição obrigatória, nas seguintes datas:
– Concurso externo e de contratação inicial: de 24 a 28 de abril de 2023;
– Mobilidade interna: de 30 de maio a 01 de junho de 2023;
IMPORTANTE:
– Os candidatos que tenham lecionado ou que se encontrem a exercer funções docentes em estabelecimentos de educação, ensino ou instituições de educação especial da rede pública da Região Autónoma da Madeira, no período compreendido entre 1 de setembro de 2022 e a data de abertura do concurso, estão dispensados da inscrição obrigatória referida nos números anteriores;
– Os candidatos sem vínculo aos estabelecimentos de educação, ensino ou instituições de educação especial da RAM (redes pública e privada) deverão remeter a inscrição acompanhada dos documentos constantes no ponto 10, preferencialmente em formato PDF, exclusivamente por correio eletrónico, para o endereço gpd.regular@madeira.gov.pt, solicitando o respetivo recibo de entrega da mensagem enviada;
– Os candidatos com vínculo aos estabelecimentos de educação, ensino ou instituições de educação especial da RAM (rede privada e escolas profissionais privadas) preenchem o formulário (B) e apresentamos documentos nos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo, instituições particulares de solidariedade social e escolas profissionais privadas.
A inscrição faz-se mediante o preenchimento dos formulários a seguir enunciados:
Formulário A – Candidatos ao concurso externo/contratação inicial com reserva de recrutamento da RAM, sem vínculo aos estabelecimentos de educação/ensino/instituições de educação especial da RAM (rede pública e privada);
Formulário B – Candidatos ao concurso de contratação inicial – nos termos do n.º 5 do artigo 40.º do regime jurídico dos concursos de pessoal docente da RAM, indivíduos que no ano letivo anterior àquele a que respeita o concurso tenham adquirido habilitação profissional após a publicação do aviso da abertura do concurso;
Formulário C – Candidatos ao concurso de mobilidade interna nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 36.º do regime jurídico dos concursos de pessoal docente da RAM, sem vínculo aos estabelecimentos de educação/ensino/instituições de educação especial da RAM.
Prazos de Candidatura:
– Concurso externo e concurso de contratação inicial – de 24 a 26 de maio de 2023;
– Mobilidade Interna – de 19 a 21 de junho de 2023;
– Afetação aos QZP – de 12 a 14 de junho de 2022;

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Devolva-se a escola aos professores e cumpra-se Abril, antes que a máquina o impeça – Paulo Prudêncio

Debata-se as causas da desvalorização do professor e proponha-se caminhos possíveis. E repita-se que se deve aos professores a melhor ideia das democracias – a invenção da escola pública.

Devolva-se a escola aos professores e cumpra-se Abril, antes que a máquina o impeça

Nem o mais pessimista diria que 49 anos depois do 25 de Abril estaríamos nesta queda da escola pública. É difícil apresentar conclusões nos estudos sobre educação, mas a falta de professores – e a sua precarização e proletarização – é uma ilação irrefutável que recupera a exigência de cumprir Abril.

E por mais que políticos, financeiros e pedagogos prognosticassem a subalternização do professor, a realidade contrariou-os. Aliás, o digital na pandemia reforçou o seu papel e a Inteligência Artificial sublinha-o com um sério alerta: a máquina poderá dominar os humanos e o ensino das massas.

Para se sistematizar o debate, e como quase tudo começa nos EUA, “repita-se” sumariamente dados de Nova Iorque, e não tarda da Lapa de Lisboa e da Foz do Douro do Porto: as principais faculdades matriculam mais estudantes dos 1% mais ricos do que dos 60% com menos rendimentos; paga-se 66.200 euros de propinas anuais nas escolas para ricos, enquanto o investimento nas públicas é de 13.200 euros; contrata-se explicadores do secundário por 880 euros a hora; o aumento brutal das desigualdades educativas é maior do que no apartheid americano em 1950.

Acima de tudo, privilegia-se escolas para ricos, com propinas elevadas, turmas pequenas, currículos completos, uso sensato do digital sem viciar no desperdício de tempo e professores imprescindíveis. Em contraposição, as escolas dos restantes têm conteúdos digitais massificados, turmas numerosas, currículos mínimos e professores como guardadores “uberizados” (o “desatento” Governo português acaba de o acentuar nos concursos).

Mas voltando ao título deste texto, debata-se as causas da desvalorização do professor, nomeadamente a aura pedagógica que sustentou os cortes financeiros, e proponha-se caminhos possíveis. E, antes de mais, repita-se que se deve aos professores a melhor ideia das democracias – a invenção da escola pública –, assente na intemporalidade do ensino e da moderação, como acentuam as neurociências e a psicologia cognitiva.

Salvo melhor opinião, a desvalorização do professor foi um erro histórico com a participação de pedagogos. Advogou-se, como inclusivo, o radicalismo da escola centrada na aprendizagem, em oposição à escola que, por cá, se afirmou na ditadura. Foram extremos que se tocaram. Confundiu-se pedagogia com ideologia.

Verdade seja dita que se ignoraram os avisos (década de 1980) de que a democracia exigia dos professores a selecção dos conteúdos (com conhecimentos, destrezas, valores e atitudes), e das formas de avaliação, que ultrapassaria a relação contraditória com os alunos. Desconstruíram-se três teses que ainda hoje se confrontam: a da harmonia, do psicoterapeuta Carl Rogers, baseada em relações individualizadas e empáticas, mas inaplicável em turmas; e duas de desequilíbrio: magistercentrismo (o professor-rei de Alain, Dewey e Durkheim) e pedocentrismo (o aluno-rei de Freinet, Montessori e Summerhill).

Além de tudo, e é hoje cientificamente mais claro, há diversos estilos para ensinar, mas é mais correcto falar em ignorância do que em conhecimento no que se refere ao modo como cada um aprende. Se na investigação é imperativa a busca desse conhecimento, nas políticas educativas requer-se equilíbrio e prudência. Inclusivamente, a destemperada centralidade na aprendizagem inscreveu um diabólico aprender a aprender como uma espécie de absurdo assente em desconhecer a desconhecer ou ignorar a ignorar. Confundiu-se ciência com o valor moral positivo dado ao estímulo para aprender, agravado com a hierarquização de estilos de aprendizagem.

A partir de dado momento, não era inclusivo treinar as memórias de médio e longo prazos nem estimular a repetição, o estudo em casa, a atenção nas aulas e até o respeito pelos professores. Nem sequer se valorizava o número de alunos por turma e perdeu-se também a articulação com a sociedade em áreas fundamentais como a saúde mental, as emoções e o sono. Aliás, o ensino superior, que “desapareceu” da formação contínua, impôs, na formação inicial, um vazio no treino de professores que aumentou o desconhecimento sobre estilos de ensino.

Em suma, a falta de professores estruturou-se. Devolver-lhes a escola exige mudar as inalteradas políticas – na carreira, avaliação e gestão das escolas – aplicadas até 2009. Trata-se de duas recuperações: de quem “fugiu” e da atractividade do exercício. Mas será difícil. Os endeusadores da concorrência desenfreada não se comovem com fraquezas e depressões. No ultraliberalismo domina a selecção natural. Sobrevivem os fortes, a quem se promete a riqueza material. As massas de perdedores são recursos à mercê da gestão financeira que espera pela substituição de professores por máquinas numa tele-escola 2.0.

Pois bem, aclame-se que a hermenêutica de Abril começa com a decência no uso do bem comum. Não é belo deixar tanta desigualdade às próximas gerações, até porque a revolta de eleitores será ainda mais caótica se combinada com o domínio das máquinas e o poder de autocratas. Cumprir Abril é devolver à escola a democracia e os seus professores enquanto há tempo num tempo tão incerto.

 

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SENHOR PRESIDENTE, NÃO SE PREOCUPE….VETE E VETE DEPRESSA – Luís Sottomaior Braga

No Verão passado acumulei férias para estar este ano com 45 dias por gozar.
Mas tenho a certeza absoluta que vou recordar 2022 como um Verão espantoso, mesmo a trabalhar.
Como 2023 será o 10o a trabalhar como dirigente escolar, sei que a comparação vai incluir o contraste com o caos angustiante que se prepara, pela teimosia do Governo, para 2023.
A serenidade de 2022 vai deixar saudades para a confusão e angústia de 2023.
E isto é independente da lei que for aplicada.
A nova lei é inaceitável para QA, QZP e contratados.
É inaceitável para portadores de incapacidade e para QZP em trânsito para os QZP mais pequenos. Não é aceitável para os professores em geral.
E, por isso, deve ser vetada pelo Senhor Presidente.
O concurso pode atrasar, mas já houve anos piores e estamos todos vivos.
Nunca esteve toda a gente com aulas a 15 de setembro e este ano vai ser pior, mas não por causa dos concursos.
Faltam professores e não se coloca o que não há e demora anos a inventar. A falta de professores devia ser o foco mas embora fossem contas simples de fazer os azelhas que nos governam ignoraram o tema até ele rebentar nas mãos.
A nova lei de concursos não inventa os professores que não há e vai afastar alguns, por desincentivo face às agruras da colocação.
A questão dos prazos de concurso é prejuízo pequeno, face à dimensão dos outros.
Por isso, espero que o presidente vete e não se deixe impressionar com argumentos burocratico-administrativos como “atrasar o concurso.”.
Não atrasar o concurso pode ser dar cabo da vida……
Eu sei que muita gente achará lérias minhas e não acreditará (já estou habituado ao mau juizo sobre mim, que dói e é muitas vezes cruel,mas não controlo, dado que dirigente escolar não tem direito ao beneficio da dúvida dos professores).
A suspeição inclui julgamento sem direito a contraditório que é algo cruel.
Mas como subdiretor “que vai passar o Verão a trabalhar”, prefiro isso a calar-me e ter na consciência o mal definitivo de muita gente.
E isto inclui quem conheço ou não.
A acção justa, como as leis, deve ser geral e abstrata.
DIzer isto faz de mim um chato. Mas prefiro ser um chato justo. E não se muda a natureza.
Era mais popular se me calasse com esta coisa do veto.
Já perdi alguma coisa com esta luta e agora é ir em frente no rumo traçado. Tenho muita pena de haver quem me deixe de falar e me bloqueie. A ironia é que há quem tenha essa animosidade até cruel mas venha a ter vantagem com o que eu digo.
Mas o que digo não é ato benemérito. É só justiça e coerência.
Há uns tempos, expliquei que a lei dos concursos não me afeta em nada (sou QA colocado na sua cidade a 5 m de casa a pé).
Afeta o meu Verão.
Para os que se lembrem de um texto que escrevi aqui, em que disse que ía abordar o concurso na perspetiva da justiça de 10 casos, a quem ele afeta, já que não tenho interesse próprio nele, tenho a dizer que, revendo os casos, a nova lei afeta negativamente e até em definitivo a vida de todas essas pessoas (o que significa, em paralelo, milhares similares).
O DL deve ser vetado, renegociado mas o concurso faz-se e este pode ser um ano de transição para um sistema mais justo, pactuado e bem ponderado.
Por isso, como dizia o outro:
qual é a pressa?

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Atraso no concurso de professores ameaça complicar arranque do próximo ano letivo

 

Diretores de escolas preocupados com atraso no concurso de colocação. Novo diploma ainda não foi promulgado por Marcelo, que espera respostas a dúvidas levantadas.

Atraso no concurso de professores ameaça complicar arranque do próximo ano letivo

Desde 2015, apenas por uma vez o concurso de professores não arrancou em março. Este ano, já vamos em finais de abril e o procedimento está dependente ainda da promulgação do novo diploma legal por parte do Presidente da República. Uma situação que, segundo Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim, e autor do blogue «ArLindo» (um dos mais lidos no setor da Educação), pode comprometer o arranque do próximo ano letivo.

“Começa a ser preocupante que se aguarde por um diploma que pode atrasar o arranque do próximo ano letivo, pois atrasando uma fase do concurso todas as restantes terão de atrasar também. Não me parece que por este andar o Ministério da Educação (ME) consiga publicar as listas em meados de agosto, como nos últimos quatro anos. Aliás, prevejo que, este ano, as listas de colocações da Contratação Inicial e da Mobilidade Interna só sejam conhecidas também no final de agosto”, explica ao DN, Arlindo Ferreira.

Contudo, o dirigente escolar diz estarmos “ainda a tempo para que as listas de agosto consigam sair até ao dia 31”, mas, sublinha, “o tempo começa a ficar curto para que o concurso corra em prazos normais”.

O decreto-lei sobre o novo regime de gestão e recrutamento de professores foi aprovado no passado dia 17 de março, em Conselho de Ministros. O ministro da Educação, João Costa, disse que as alterações representavam uma “reforma estrutural” e que melhorariam as condições de trabalho dos professores, “combatendo também a precariedade”. A revisão do regime de recrutamento esteve em negociação com as organizações sindicais mais de cinco meses e terminou sem acordo. No decorrer das negociações, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar um acordo entre sindicatos e ME até à Páscoa. Contudo, não só não houve acordo, como a presidência da República disse ter ficado com dúvidas, que enviou posteriormente ao ME. Dúvidas que, segundo o DN apurou, até à data ainda não foram esclarecidas

 

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Testemunho sobre as provas de aferição do 2°ano

Sou mãe de uma criança que frequenta o 2° ano, que não irá fazer as provas de aferição de português+estudo do meio e matemática+estudo do meio.
As provas de aferição neste ano de escolaridade já são questionáveis, mas no formato que pretendem este ano, para mim, são uma aberração!
Estamos a falar de crianças que ainda estão a aprender a escrever com fluidez de forma manuscrita. Estamos a falar de crianças a quem ‘exigimos’ cuidado com a caligrafia para que seja legível. A quem pedimos que transcrevam seja por palavras, gráficos ou imagens resoluções de problemas…
E de repente cortamos as bases do que pedimos no primeiro e segundo ano para fazer provas de “aflição” no computador?
Onde está a maiúscula? Como faço o sinal de pontuação? Como apago o erro ali em cima?
São perguntas que não se fazem esperar!
E onde está a possibilidade de deixar as crianças extrapolar o seu raciocínio no “demonstra como chegaste a esse valor…”?
Como é possível pedir a crianças que não têm TIC na escola que escrevam um texto, quando cada uma delas o faz carácter a carácter, demorando vários segundos para encontrar o seguinte?
E não raras vezes pressiona demasiado a tecla ‘delete’ e lá se foi a frase que tinha demorado largos minutos para ser escrita!
Por tudo isto e por muito mais, porque com estas provas de “aflição” não se afere nada, nem são justas para quem e o que estão a tentar aferir, eu digo não!
Nesse dia a minha filha não vai à escola! Vai brincar com os avós que ganha mais!
(Mãe e educadora de infância)

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