Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/lsb-continua-em-greve-de-fome/
Abr 12 2023
PROFESSORADO E AXIOLOGIA / O PROFESSOR HOJE
AS INTERACÇÕES SOCIAIS NA ORGANIZAÇÃO ESCOLA
A escola pública contemporânea é multicultural, inclusiva, pluridimensional e massificada. Axiologicamente é muito diversificada, em que coexistem valores díspares e na qual os alunos e respectivas famílias têm diferentes ideias de escola. Ao professor cabe o papel dificílimo de trabalhar com todas as sensibilidades valorativas e alcançar a meta do sucesso dos educandos no processo de ensino-aprendizagem. As interacções sociais/societais acontecem na organização escola envolvendo toda a comunidade educativa.
Donde, nesta reflexão vamos dissertar sobre o trabalho do professor hoje, a escola actual, os valores e o nosso tempo, e as interações socializantes na instituição/organização escolar. A qualidade/não qualidade da escola pública é um reflexo da educação-ensino/sensibilidade-não sensibilidade do poder político/vontade-não vontade política dos governantes.
O actual poder político, destruidor da Escola Pública, peca sem perdão na sua missão fundamentalista contra todo o professorado. Lamentável e miserável visão/acção política contra a profissão docente, comprometendo o futuro de Portugal. Este comportamento contranatura tem o mais absoluto e total repúdio dos educadores e professores portugueses.
Havendo conivência convergente no erro entre Governo e Presidência da República, apaticamente amorfa e catatónica, assistimos ao definhar de toda uma classe sócio-profissional e em vias de extinção. Paralelamente, a classe política inculta e de carácter deformado em muitos e multiplicantes casos de podridão de bastidores, indiferente e irresponsavelmente prepara-se para dar a estocada final nos professores. A História julgará!!!
Esta reflexão sobre a Escola Pública dos nossos dias, é um “ensaio” conciso na abordagem às várias vertentes. Fica o nosso modesto contributo, em homenagem nobre a todos os colegas em Luta. Obrigado.
Carlos Calixto
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/professorado-e-axiologia-o-professor-hoje-carlos-calixto/
Abr 12 2023
Por várias vezes o Primeiro Ministro e o Ministro da Educação dizem que a recuperação total dos 6A6M23D teria de ser aplicada a toda a função pública para que não houvesse diferença de tratamento entre funcionários públicos.
Pois bem, para que não haja diferença alguma entre a classe dos Juízes e a dos Professores aceitamos os 900€ mensais de subsídio de compensação, durante 14 meses por ano.
E para quando pagam este subsídio aos Professores?
O subsídio de compensação dos juízes foi aumentado em 25 euros por mês, passando para os 900 euros. A verba, que se destinava originalmente a compensar os magistrados deslocados e que não dispunham da chamada casa de função, é agora atribuída a todos.
A verba, que será paga 14 vezes por ano, está contemplada no Estatuto dos Magistrados Judiciais e já não era atualizada desde 2020, indo agora ser paga com retrativos desde janeiro de 2022, segundo noticia a revista Advocatus.
De acordo com a revista, no ano passado estavam no ativo 1790 Juízes (1342 na 1.ª instância, 392 desembargadores nas Relações e 56 conselheiros no Supremo).
A decisão de aumento tomada pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), refere a Advocatus, “surge depois de uma decisão judicial do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), de março deste ano, na sequência de uma ação intentada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses”.
No sitio do CSM pode ler-se que foi determinado que os serviços do STJ atualizem o subsídio de compensação a pagar aos magistrados judiciais que exerçam funções no STJ desde 1.01.2022 e “procedam ao pagamento dos valores dessas atualizações que entretanto se venceram e não foram pagos, dos respetivos juros de mora, à taxa legal definida por lei, desde a data de vencimento dessas atualizações até à data do seu efetivo pagamento”.
O Tribunal da Relação de Coimbra tinha já tomado a decisão de aumentar o subsídio de compensação dos seus juízes desembargadores, porque o seu anterior presidente, Luíz Azevedo Mendes (candidato a vice-presidente do CSM nas eleições de hoje, em concorrência com o )chefe de gabinete do atual vice do Conselho), interpretou então a lei no sentido de que ela permitia atualizar o respetivo valor.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/aceitamos-os-mesmos-900e-em-14-meses-por-ano/
Abr 12 2023
O Portal das Matrículas está a preparar-se para receber as matrículas para o ano letivo 2023/2024.
Nesta primeira fase as matrículas são para as crianças que vão frequentar a Educação Pré-Escolar e o 1.º ano do Ensino Básico.
O ano passado começaram em 19 de abril, para este ano ainda não há datas, mas deverá ser no início da próxima semana que abrem as matrículas.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/matriculas-em-breve/
Abr 12 2023
Documento em pdf aqui.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/tomada-de-posicao-do-conselho-geral-da-escola-secundaria-de-rio-maior/
Abr 12 2023
Paralisações por distritos iniciam-se na próxima semana. Ministério da Educação solicita serviços mínimos para greves de quatro dias convocadas pelo Stop.
O Ministério da Educação (ME) não requereu serviços mínimos para as greves distritais de docentes, que se vão iniciar na próxima segunda-feira, dia 17, e que foram convocadas pela plataforma de nove organizações sindicais. A informação tinha sido avançada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), que integra a plataforma sindical, em comunicado enviado às redacções nesta terça-feira e confirmada ao PÚBLICO pela tutela em resposta escrita no final do mesmo dia.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/greves-distritais-de-professores-sem-servicos-minimos/
Abr 12 2023
Os professores foram os obreiros de um tão justo quão ímpar protesto social nos últimos seis meses, tanto mais significativo quanto conta com uma maioritária concordância dos portugueses, expressa em sondagens. Em resposta, o Governo quer impor a sua vontade, sem acordo, via um primeiro decreto-lei. E trabalha agora no desenho de um segundo, dito de recuperação de tempo de serviço. Tudo com imoral indiferença pelos professores.
A força da união entre professores, independentemente de filiações partidárias ou sindicais, foi, até agora, irrelevante para a obtenção de resultados. Os “negociadores” sindicais foram, até agora, simples actores de liturgias destinadas a terminar com a imposição da vontade do Governo. Mário Nogueira foi, neste sentido, tristemente lapidar, à saída da reunião do passado dia 5, quando felicitou o Ministério da Educação por lhe conceder mais oportunidades de prolongar a farsa.
Há muito que os sindicatos deviam ter adoptado iniciativas diferentes das que têm usado e se têm revelado ineficazes. Há muito que os sindicatos deviam ter abandonado reuniões de negociação onde são vexados e simplesmente tratados como idiotas úteis, obedientes e previsíveis. E se acima citei Mário Nogueira foi apenas por ter sido ele quem explicitou o que critico. Mas fica claro que a minha crítica engloba o S.TO.P., que afinal apenas se contentou com um lugar à mesa.
O estado da Educação transparece em pleno da (falta de) qualidade das negociações em curso. Com outros protagonistas, a crise da escola pública poderia ser o ponto de partida para uma discussão séria sobre o futuro da Educação. No entanto, tudo não passa do cumprimento de uma exigência legal, repito, que deve preceder o momento em que o Governo impõe a sua vontade. Deste modo, não é possível resolver problemas, mas tão-só agravá-los e empurrá-los para a frente. Deste modo, há uma realidade que tem de ser encarada: os sindicatos estão apenas a mascarar o falhanço.
O decreto-lei que modifica todo o processo de recrutamento e vinculação de professores já está em Belém, para promulgação. O diploma em análise, que só piora o mau que já estava em vigor, tem dois objectivos, a saber:
1. Evitar, manhosamente, após a intimação da Comissão Europeia, de Julho passado, que o Tribunal Europeu de Justiça se pronuncie sobre as políticas discriminatórias do Estado português em matéria de contratação de professores.
2. Atamancar, de qualquer jeito e sem respeito pelo direito dos professores a terem uma vida familiar minimamente estável, a caótica falta de docentes para assegurar o ensino obrigatório, fruto da incompetência dos governantes para lidarem com um problema há anos previsto.
A chamada “vinculação dinâmica” é uma oferenda de Pirro, perpetrada por um Maquiavel de pacotilha, que propõe uma separação coerciva, permanente e cruel de milhares de professores das respectivas famílias.
A este diploma vai brevemente juntar-se um outro, que consignará a correcção das chamadas “assimetrias na progressão da carreira”. Só que, de cada vez que o Ministério da Educação se propõe corrigir asneiras anteriores, novos disparates promove. O anunciado “acelerador” para resolver assimetrias provocadas pelo congelamento da carreira docente é antes um exclusor de muitos professores e um gerador de novas injustiças. A defesa que o ministro faz da sua proposta não expõe apenas a incompetência técnica. Revela a sua lamentável desonestidade intelectual.
Os olhares viram-se agora para Belém. O Presidente da República promulga ou veta os diplomas? Ele próprio declarou que recebeu contributos de muitos professores e que aguarda que o Governo responda a dúvidas e perguntas que formulou. Duvido que os vete. Mas, se os promulgar, assina uma carta de alforria para destruir milhares de famílias. A propósito, recorde-se que, em Dezembro passado, em Ourém, Marcelo disse que os professores se queixavam com razão. E reiterou essa razão quando, na entrevista de Março à RTP, foi bem explícito a defender que o Governo devia acordar com os sindicatos um modo de recuperar o tempo de serviço, se não integralmente, pelo menos de forma parcial.
In “Público” de 12.4.23
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/04/estamos-apenas-a-mascarar-o-falhanco-santana-castilho/