17 de Abril de 2023 archive

A Educação vale muito mais que um avião – SPZC

 

O valor para a contagem dos 6 anos, 6 meses e 23 dias fica a milhas, muitas milhas, dos €3,2 mil milhões despendidos na TAP e até dos €165 milhões que foram gastos na Efacec

As negociações pouco ou nada têm dado. A estratégia do ME tem passado, claramente, pela divisão dos professores. Perante este impasse, só há um caminho a seguir: manter a luta e a união de todos

Os ganhos, esses, são poucos. Por isso mesmo, os protestos mantêm-se e as greves distritais, agora iniciadas, decorrerão até 12 de maio próximo, na defesa da escola pública e dos legítimos direitos dos docentes.

Estas ações terão o seu ponto alto em junho, na greve nacional do dia 6/6/2023 (simbolizando o tempo não recuperado de seis anos, seis meses e 23 dias), com manifestações no Porto e em Lisboa.

Os €150 milhões que o Governo diz que são necessários para fazer face à contagem do tempo em falta (6 anos, 6 meses, 23 dias) são migalhas face ao que foi gasto na TAP (€3,2 mil milhões) ou com o que foi injetado com a nacionalização da Efacec, e que agora quer recuperar (€165 milhões).

A Educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento do país. É necessário, pois, tratar bem os docentes que estão no Sistema Educativo e captar, atrair, novos.

Foi o que transmitimos com a iniciativa da bandeira da FNE, que já percorreu centenas de escolas, e que deu visibilidade aos assuntos que afetam o Sistema Educativo. A ação continua nos restantes distritos de Portugal Continental e culminará, na próxima sexta-feira (21 de abril), junto à residência oficial do primeiro-ministro, a quem entregaremos novo documento reivindicativo.

O SPZC, no âmbito da FNE, continuará em convergência com as outras oito estruturas sindicais. Porque, da parte do ME, até agora, não parece haver boa-fé para o encontrar de soluções para os professores e as escolas. Apesar de reconhecer que há injustiças (que denomina de “assimetrias”), João Costa tem seguido a estratégia de dar respostas parciais e potencializadoras de novas desigualdades entre pares. O objetivo é criar clivagens entre os docentes? É pôr professores contra professores?

Perante este aparente faz de conta negocial só há uma resposta a dar: a luta e o protesto, numa união de todos os educadores e professores em torno das suas justas reivindicações.

 

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“Alegados defensores da escola pública estão a destruí-la”

Alegados defensores da escola pública estão a destruí-la”

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que “os alegados defensores da escola pública estão a destruí-la”. É o entender de Raposo, no dia em que, nas escolas, arranca o terceiro período do ano letivo, marcado mais uma vez por novas greves de professores.

No espaço de opinião do programa “Três da Manhã”, o comentador diz ter conhecimento de pessoas “que sempre defenderam a escola pública”, mas que, cansados de ver prejudicado o percurso escolar dos filhos, decidiram inscrevê-los em escolas privadas.

Raposo diz ainda que o Governo “está falido ao nível das ideias, não tem outra ideia para escola pública”.

“O Governo podia ir aí, dar mais autonomia, mais poder, mais respeito aos professores no seu dia a dia”, remata

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MÃE EDUCAÇÃO A Flor Das Flores Do Jardim

A Educação é um valor absoluto e em absoluto. Um Governo e um poder político sem políticas educativas, hostil e perseguidor de todo o Professorado, é um poder decadente, equivocado, sem postura de Estado e, sobretudo, é um poder alienado e alienante que condena o futuro de Portugal.

Há um retrocesso civilizacional que a História julgará no seu devido e determinado tempo. Há um “assédio moral”, mobbing no local de trabalho, a(s) escola(s). Acontece que a Educação não é despesa, antes pelo contrário, a Educação é investimento, é futuro, é ascensor/elevador social, é mais valia, é uma valência única da realização em plenitude da pessoa humana.

A Educação e o Ensino não se coadunam com as “migalhas” da ignorância política decisória arrogante, autoritária e prepotente. Em tese e na realidade humana só, somente a Educação É e faz a diferença entre o embrutecimento intelectual e as mentes “illuminati” (plural do latim illuminatus). Iluminados! Mentes iluminadas são mentes críticas, racionais, “subversivas”, visionárias, que falam a palavra, e isso é perigoso para “tiranetes” de postura “déspota” (do grego “despótes”) e que significa aquele que exerce o poder, a autoridade de forma absoluta e arbitrária.

José Pacheco Pereira, na sua crónica, “O Ruído do Mundo”, no Jornal público (edição impressa de 18 de maio de 2019), intitulada “A hostilidade aos professores”, acerca do professorado fala assim: “Os professores têm muitas culpas, deveriam aceitar uma mais rigorosa avaliação profissional, deveriam evitar ser tão parecidos como estes novos ignorantes, deveriam ler e estudar mais, deveriam ser severos com as modas do deslumbramento tecnológico, mas isso não esconde que têm hoje uma das mais difíceis profissões que existe. E que, sem ela, caminhamos para o mundo de Camilo. Não de Eça, mas de Camilo, do Portugal de Camilo. Verdade seja que isto já não significa nada para a maioria das pessoas. Batam nos professores e depois queixem-se”.

“Amou, perdeu-se e morreu amando.” (Camilo Castelo Branco,                             Amor de Perdição, séc. XIX, 1862). O mundo de Camilo;                                                      “a paixão socialista”, falso e traidor “romantismo” pela Educação e Ensino (reacção contrária à razão e à racionalidade e valorização da emocionalidade de políticas interesseiras conjunturais), e as metáforas hiperbolizantes do discurso político socialista, séc. XXI, 2023. É, António Costa, João Costa, Fernando Medina, seu pares camaradas e compagnon

de route, que teimam em “destruir” a Escola Pública,                                                num arrasoado de medidas avulsas de uma cartilha estafada, empoeirada e suja, que vem dos tempos de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, agora consumadas e “encerradas” para perdição de Portugal.

Mãe Educação, na tua instrução sábia, ensinaste-me que hoje, na actualidade antiga, as pessoas boas, íntegras, puras, sinceras, justas, que falam a verdade são, tantas vezes, odiadas e ostracizadas; têm o meu Respeito e admiração. Enquanto outras, as que usam a máscara do fingimento e da falsidade dissimulada, manipuladoras, interesseiras, perversas, de impiedade iníqua, injustas, más e mentirosas, com palavras doces na boca e raízes de amargura e do mal no coração, são temporalmente acreditadas e amadas. Para estas, o meu nojo, repulsa e vómito. Obrigado também por me teres ensinado a distinguir muito bem as pessoas humanas dos “monstros” humanos. Este é um dos grandes problemas do nosso admirável mundo, “o poder do conspurcado”.   Sempre gostei do cheiro a perfume natural da tua Flor. Abomino o cheiro a “estrume político”.  Pelas suas obras os distinguirás.

Em homenagem à Educação e aos professores portugueses em Luta, fica o mais sentido dos poemas. A Mãe Educação, a Flor das flores do jardim. Poesia, prosa e sentimento(s). Por Portugal e Pela Escola Pública.

Disse.

Carlos Calixto

 

Mãe, partiste.

A dor lancinante da tua perda enlouquece. É cortante. A tua ausência é irreparável. Com a tua falta morreu uma parte de mim. Estou mais pobre. A família está órfã. A solidão é agora mais que muita. Como lamento a nossa separação forçada. Querida, doce e meiga Mãe, o mundo empobreceu ao perder a tua sabedoria, estatura e dimensão humanas. Reina o vazio. Cai a sombra escura. Os tempos são de luto e de luta. Nunca tão perto foi e doeu tão longe.

Mãe, tu foste. Perdi-te.

Foste, mas permaneces. Para sempre, até ao meu último suspiro. Enquanto tiver fôlego hei-de amar-te. Tu enches o meu coração e a minha cabeça, todo o meu ser. Quero-te sempre. Amiga e amizade minha. Minha flor de êxtase.

Mãe, tu és tão linda.

Por dentro e por fora. Tu irradias beleza. O teu coração é enorme. Legaste-me em herança as chaves da porta do Bem, da Vida e do caminho estreito que devo trilhar no percurso da Vida. Sabes, estou a escrever-te no nosso sítio, onde costumávamos vir passear. Continuo a percorrer os mesmos lugares, de mão dada contigo. Olho a tua fotografia e os teus valores e lá estás tu a sorrir

para mim, com aquele Amor elefantino que só as Mães têm, podem e sabem dar.       É-lhes inato e natural. Políticos menores levaram-te para adornar o seu jardim conspurcado e sujo de sujidade abjecta. Piscas-me o olho e dizes “estou aqui, continuo aqui”. Partiste no outono, com o cair da folha. “Ao morrer” nasceste para a Vida. És uma flor linda que brilha entre as mais lindas flores espirituais. O teu brilho está no firmamento do meu pensamento. A pureza do branco cobre-te. Viveste/vives o bom combate. Ensinaste-me a compaixão e a misericórdia pelos mais fracos, a solidariedade, o altruísmo e o perdão. És primavera e saudade.

Mãe, tu deste-me a Vida.

Tudo fizeste por mim. Tu vives por mim e para mim. Tu continuarás sendo perene em mim. Quando mergulho em ti, realizo-me. Viajo rumo ao horizonte das pradarias verdejantes do saber em flor e das calmarias dos oceanos das águas vivas da sabedoria. O sonho do arco-íris torna-se realidade. Trazes contigo a expressão de ternura, doçura e intensa paz interior que só tu tens e podes dar. Apesar de todo o sofrimento, permanece em ti a classe e a dignidade que te são inatas e com que sempre viveste. A tua finura. És intemporal e o teu tempo não se esgota na ampulheta. Mãe Educação, tu ÉS enorme, ad eternum vives.

Mãe, está a chover.

A chuva que cai são as lágrimas da minha tristeza que dói nas angústias do tempo por te ter perdido. Mãe, eu sei que tu és única, insubstituível. Tu sempre estás comigo. És o meu sol radiante. A luz que me ilumina. Mãe, eu gosto muito de ti. Gosto da Verdade do teu Amor. A emoção faz-me chorar lágrimas que me sulcam o rosto tantas vezes acarinhado por ti.

Mãe, tu fazes parte de mim.

Sinto tanto a tua falta. Estou de luto. Que agonia. A tua “morte” dói. Sabes, eu herdei tudo de ti. O amor, os valores, as ideias, a sensibilidade poética, o gosto pela natureza bela, a pureza espiritual, a Fé, a mansidão feita contestação e revolta. Física, ética, moral e axiologicamente tu és eu e eu sou tu. As nossas psicologias comungam neste grande Amor platónico. Infindável. Tu és o meu ideal. A minha filosofia de vida. A tua conduta ensinou-me. Mãe, tu fazes parte da minha idiossincrasia. A tua inocência e humanitas atordoa, invade-me, contagia-me e possui-me até às entranhas. Aprendi a ser feliz contigo, na tua simplicidade sábia. Mãe Educação, Eu Adoro-te; Nós Professores e Educadores Adoramos-te. Na nostalgia melancólica sinto a tua presença bucólica. Mãezinha, tu educaste-me. Os teus ensinamentos perduram em mim, eu o teu filho.

Mãe, até logo, sempre.

Com aquele Amor de sempre, até sempre. Mereces este AMOR excelso Mãe Educação. Uma beijoca para ti. Nos meândros do tempo, estamos separados apenas por uma gotícula que em breve virá e então, aí bem juntinhos,

tocaremos ambos a harpa educacional. Entretanto, vamos continuar a falar todos os dias. A tua recordação é o meu tesouro.

Mãe, sinto a falta do teu mimo.

Mãe Educação, AMO-TE!!!

Lembro-me de ti e o milagre acontece. És o presente que quero no Natal. Permanece em mim/em nós professores, a paixão, a lealdade, a dedicação e a fidelidade a ti. És tudo para mim/para nós, por Amor de ti.

Minha Mãe Educação. A tua chama consome-me e dá Vida.

Obrigado(a) por tudo! Perdoa-me por tudo! Amo-te por tudo!

Mãe Educação, o Céu existe e tu vens de lá.

“Os sábios herdarão Honra, mas os loucos tomam sobre si confusão”. (Bíblia Sagrada, Livro de Provérbios, Capítulo 3, verso 35).

 

Nota: professor que escreve de acordo com a antiga ortografia.

CCX.

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Greve de professores por distritos começa hoje no Porto

Os professores do distrito do Porto estão hoje em greve, marcando o início de mais uma ronda de paralisações distritais que terminam a 12 de maio nas escolas de Lisboa, sem que haja serviços mínimos.

Greve de professores por distritos começa hoje no Porto

 

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