Mantêm Não… AUMENTAM OS PROTESTOS!

Porque no fim destas negociações a FNE entra na Luta e o S.TO.P. acrescenta mais uma marcha pela Educação para o dia 28 de janeiro.

 

Professores mantêm protestos após negociações sem acordo com ministro da Educação

 

No final das reuniões desta sexta-feira com os sindicatos, o ministro da Educação afirmou que os sindicatos não quiseram uma mesa única negocial e pediu bom senso. Na ausência de um acordo entre Governo e docentes, estes vão manter os protestos que têm deixado muitos alunos sem aulas.

“Temos mais de dez pontos entre aproximações e propostas que correspondem àquilo que têm sido reivindicações antigas dos professores e das organizações sindicais”, declarou aos jornalistas o ministro João Costa.

No entanto, o Governo tem de “tomar opções” e a opção foi, “neste momento, centrarmo-nos no combate à precariedade e nas resoluções para os problemas relacionados com a deslocação dos professores”.

“E penso que estamos a dar passos” e a “ter aproximações”, adiantou o ministro.

João Costa explicou que, nas reuniões desta sexta-feira, “houve sindicatos que disseram: ‘nós somos sindicatos pela negociação e pela construção a par de formas de luta tradicionais’; houve sindicatos que afirmaram: ‘nós somos sindicatos que acreditamos na negociação e estamos disponíveis para negociar’; e houve outros sindicatos que disseram: ‘nós vamos continuar com as greves porque nem todas as reivindicações estão a ser cumpridas’”.
O ministro da Educação disse esperar que haja, nas negociações, dois princípios: boa-fé e bom senso. “Do nosso lado tem havido sempre boa-fé negocial e há o bom senso de apresentar propostas concretas, que melhoram a vida dos professores”, declarou.
Continuamos num processo negocial em que houve o reconhecimento por parte da generalidade dos sindicatos da boa vontade e da boa-fé do Governo na aproximação a várias das suas posições”, adiantou.

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João Costa lembrou que o executivo apresentou, esta semana, propostas “centradas na redução das deslocações dos professores, na abertura, sobretudo, de lugares de quadro de escola e não de quadros de zona pedagógica, na fixação preferencial dos professores em escolas concretas e não em zonas de deslocação grandes, no combate à precariedade e na introdução de vinculação de processos de vinculação dinâmica”.

Os professores iniciaram em dezembro uma greve, tendo como principal reivindicação o fim da ideia de serem os diretores a escolher e contratar os professores para as escolas, mas também outras medidas que se traduzem em acabar com a precariedade, aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

As greves foram retomadas no início do segundo período, estando neste momento a decorrer três diferentes greves organizadas por vários sindicados sem data de término.

Greves vão continuar
No final das negociações no Ministério da Educação esta sexta-feira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores afirmou aos jornalistas que foi reafirmado à tutela que o “tempo de serviço não pode ser apagado”.

Mário Nogueira sublinhou ainda que o sindicato não aceitou a proposta do Governo para a colocação de docentes nas escolas. As greves distritais, confirmou ainda, vão continuar.

“Fizemos ver ao ministro da Educação por que é que o tempo de serviço não pode ser apagado. Porque as pessoas trabalharam e as pessoas quando trabalham têm de ver esse tempo, pelo menos, contado”, afirmou inicialmente Mário Nogueira aos jornalistas.

Questionado sobre a proposta do Ministério para o concurso de professores, o sindicalista disse que era “inaceitável”.

“As greves distritais vão continuar”
, confirmou ainda à porta do Ministério da Educação. “E se as greves têm sido fortíssimas, (…) as greves da próxima semana têm de ter ainda mais força”, continuou, acrescentando que a 11 de fevereiro “os professores têm de trazer para a rua a sua insatisfação”.

Mário Nogueira afirmou que o ministro “ainda não percebeu” o que se está a passar com os professores.

“Para haver acordo, é preciso o senhor ministro acordar e ele ainda não parou de dormir”, declarou.

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10 comentários

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    • Circuito on 20 de Janeiro de 2023 at 16:06
    • Responder

    Tempo de antena do ministro aproximadamente 11 m. Tempo de antena dos representantes sindicais, 2 minutos. Que bom ter a comunicação social ao alcance de uma ordem, com jornalistas a estrados e perguntas por encomenda e sem contraditório. Os sindicatos têm de usar melhor redes sociais, YouTube ou outras plataformas e de comunicar em língua simples e direta sem discursos circulares.

    • Incomodos on 20 de Janeiro de 2023 at 16:09
    • Responder

    Conversa nitidamente para isolar os sindicatos combativos e incómodos, que não andam sempre com uma caneta no bolso.

    • Exames on 20 de Janeiro de 2023 at 16:23
    • Responder

    Acho que temos é de começar a pensar em greve às avaliações, e a correção de provas de exames nacionais

    • Carlos Moreira on 20 de Janeiro de 2023 at 16:39
    • Responder

    A LUTA continua e continuará!!!

    • Juntar on 20 de Janeiro de 2023 at 17:20
    • Responder

    O Costa I juntou forças com o Costa II e diz ” recuperação de tempo de serviço, nem pensar e isso é ponto de honra”. Proponho juntar todos os sindicatos e manter as greves por tempo indeterminado até ela começarem a pensar nisso…

    • Rosa on 20 de Janeiro de 2023 at 18:21
    • Responder

    Os jornalistas não dão tempo de antena aos professores porque os filhos deles estudam em colégios privados. Não precisam dos professores da escola pública!… Nem da Escola Pública!… Por isso nem sabem, nem querem saber o que se passa!…
    O senhor ministro não quer nenhum acordo, apenas oferece migalhas. Oferece uma ou outra proposta que não envolve dinheiro.
    O dinheiro é para os corruptos, para quem não trabalha e caem na conta milhões.
    É uma vergonha o que se tem passado no nosso país!… Existe determinada faixa social que não tem vergonha!… Estas pessoas passam para o mundo uma imagem negra de Portugal!…
    Não são os professores!.…
    Possivelmente na escola não tiveram, “Educação para Cidadania” ou “Cidadania e Desenvolvimento”!…

    • Inaceitável on 20 de Janeiro de 2023 at 19:55
    • Responder

    O governo só quer duas coisas: Vincular milhares porque a isso está obrigado e impor a municipalização do ensino através do conselho local de diretores. Este conselho não pode ser criado.

    Quais são afinal como fica o concurso interno? O que é a vinculação dinâmica? As vagas disponibilizadas serão a todos? Que raio de concurso vão existir e quando?

    Mas como é que vão reduzir distâncias se querem que os vinculados aos 10 QZP sejam obrigados a concorrer aos subqzp´s do QZP grande?? Tem de ser dada a possibilidade de reafetarmos ao QZP da atual escola de colocação.

    • Maioria down on 20 de Janeiro de 2023 at 21:10
    • Responder

    Diz o chefe da claque PS no parlamento que “os professores podem contar com o grupo parlamentar do PS” e que ” não vamos voltar à frase de “perdi os professores, mas ganhei a população””. Ora ora, a quem quer o Brilhante Dias ludibriar? Os professores podem contar tanto com os seus inimigos figadais que é o partido PS, como estes podem contar com os professores para votarem neles nas próximas eleições, que podem muito bem ser antes dos 4 anos de Legislatura… O Socas deu carta branca à Lurdinhas e com o que ela fêz, perdeu a Maioria Absoluta. O Costa é o próximo.

    • GG on 20 de Janeiro de 2023 at 21:28
    • Responder

    A maioria dos media relevantes em Portugal são esbirros do PS.

    • Marcie on 21 de Janeiro de 2023 at 9:59
    • Responder

    O STOP ao convidar outros sectores a juntarem-se á manifestação do próximo sábado, faz com que a essência das reinvindicações se perca. Se querem uma manifestação mais geral, abram o jogo. Agora misturar a manif da escola pública com outros interesses, não contem comigo.

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