Orçamento do Estado para 2023
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Jan 02 2023
Com o objetivo de fazer o ME recuar nas suas intenções para o regime de concursos e abrir processos negociais para resolver problemas que têm vindo a desvalorizar a profissão, a FENPROF aprovou um plano de ações e lutas, algumas em convergência com outras organizações sindicais, do qual se destacam: Concentração junto ao Ministério da Educação em 3 de janeiro; permanência contínua, sob a forma de acampamento, junto ao ME, das 16:00 horas de 10 de janeiro às 16:00 horas de 13, caso até dia 10 o ministro não dê resposta às exigências dos professores; Greve Nacional por distritos, com início em Lisboa a 16 de janeiro, prolongando-se até 8 de fevereiro; Manifestação Nacional em defesa da Profissão de Professor, em 11 de fevereiro. Nesta data serão anunciadas novas ações, caso os responsáveis do ME não alterem as suas posições.
No passado dia 15 de dezembro, a FENPROF e as organizações sindicais com as quais convergirá na Greve e na Manifestação Nacional apelaram a todas as organizações sindicais de docentes para que se unam nestas ações. A marcação de uma marcha para data próxima da Manifestação de 11 de fevereiro em defesa da Profissão, exigência de “Respeito” pela classe e de negociações sérias, das quais resulte a valorização da profissão docente, indicia que o apelo não será atendido por todas. Ainda assim, a FENPROF apela aos professores que se mantenham unidos e lutem com o objetivo de derrotar as intenções do Ministério da Educação e valorizar a sua profissão.
A FENPROF apela aos professores que deem forte expressão à luta, designadamente aderindo à Greve Nacional distrito a distrito, entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro, e à Manifestação Nacional de 11 de fevereiro. Hoje, 29 de dezembro, a partir das 15:00 horas, realizar-se-á um plenário nacional de delegados e dirigentes dos sindicatos da FENPROF com o objetivo de preparar as ações e as lutas que estão previstas.
Lisboa, 29 de dezembro de 2022
O Secretariado Nacional da FENPROF
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Jan 02 2023
Paralisações marcam arranque do segundo período e haverá uma concentração junto ao Ministério.
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Jan 02 2023
À chegada perguntaram-me se já fazia parte de um sindicato. A resposta foi a de um surpreso “não”: ainda mal começara a trabalhar e os meus dias no Reino Unido contavam-se pelos dedos de um par de mãos.
Para além do mais, e já se sabe, não deves fazer parte de um sindicato quando fazer parte de um sindicato é não só proibido, é também mal visto, o que irão os outros dizer, e equivalente a ter um alvo nas costas.
E na precariedade de quem trabalha dia a dia a fazer substituições em escolas, porquê incomodar as chefias?
Porque sim, retorquiram, porque lá fora, cá fora, ser sindicalizado é a condição de base numa profissão que apesar de em falta está sujeita às vontades sempre ávidas do liberalismo.
E assim, de repente, fazes parte, mesmo se não te sentes parte, mas já és bem-vindo e elemento integrante de uma classe orgulhosa de o ser.
E sim, em momentos de aflição quando por razões difíceis de compreender vi a minha posição profissional questionada e em causa não hesitei em recorrer ao sindicato para aconselhamento profissional, legal, pessoal.
Num mundo onde apesar da pandemia as crises sucedidas em catadupa não são senão a eterna coincidência de quem vê nas mesmas uma oportunidade para cimentar ainda mais a precariedade inerente não apenas à nossa profissão mas à vida, nunca como antes foi tão premente fazer parte de um sindicato.
Sem ter medo de fazer parte de um sindicato. Sem medo de represálias. Porque se fez greve. Porque nos olham de lado. Porque são sempre os mesmos que nos olham de lado, os que decidem, os que podem, os que mandam, os que obedecem às instâncias superiores que se aborrecem sempre que saímos à rua de punho erguido. Porque não somos bem-vindos. Nós, os despojados, banidos, espoliados, desprivilegiados. Temos de trabalhar para viver e, por conseguinte, somos um incómodo, uma chatice.
Quando em Dezembro um pequeno sindicato de 1300 membros levou à rua mais de 30000 professores, a matemática revela o óbvio de pelo menos 28700 professores não sindicalizados no S.T.O.P.
Farão parte de outros sindicatos? Alguns sim, a maioria duvido e as acções falam por si quando não se sai à rua em nome de outras uniões.
Contra o favorecimento, contra o nepotismo, contra a desigualdade, contra a precariedade, em nome dos nossos alunos e da escola, em nome da estabilidade, do reconhecimento, da carreira, do orgulho, da paixão a arder no peito ao fim do dia sempre à procura de respostas em nome dos olhos de uma criança.
Num Inverno de cada vez maior descontentamento, nunca como antes foram tão prementes a união e a força e por conseguinte, colega, professor, amigo, camarada, companheiro de luta, sindicaliza-te, faz-te representar e representa, defende os teus direitos, a greve é um direito, não trabalhar é um direito e ninguém é obrigado a trabalhar agora que os tempos da outra senhora já lá vão.
A greve é por tempo indeterminado, começa mas não acaba e nenhum trabalhador pode ser substituído quando exerce o seu direito à greve. Caso o façam, urge denunciar a ilegalidade ao sindicato, o mesmo sindicato que é a tua e a nossa voz e por todos fala.
Sim, serás o foco, o centro de todas as atenções e nas televisões a desinformação concomitante dos pais e alunos afectados por igual e nem uma palavra aos professores.
Não esmoreças, não te esqueças de que lado estás, um por todos e todos por um e hoje é mais um primeiro dia do resto da tua vida, o dia em que te juntaste, o dia em que passaste a ser um entre muitos, sindicalizado, aguerrido, de braço erguido na rua por detrás desta muralha de aço.
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