22 de Janeiro de 2023 archive

Agenda Para os Próximos Dias




 

Em atualização.

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E se os profissionais de Educação agissem como alguns Governantes?

 

À medida que se vão conhecendo mais informações sobre os “casos” envolvendo Governantes e ex-Governantes como Pedro Nuno Santos, Gomes Cravinho, Carla Alves, Alexandra Réis ou Eduardo Cabrita (sim, não é possível esquecer este último) vai-se evidenciando a negligência grosseira, o laxismo, a irresponsabilidade, a falta de Ética e/ou a incompetência como práticas habituais nos Governos chefiados por António Costa…

E a negligência grosseira, o laxismo, a irresponsabilidade, a falta de Ética e/ou a incompetência resultaram, entre outros, na morte irreparável de um cidadão e no dispêndio de milhões de euros malgastos e injustificáveis, que tem contribuído de forma determinante para a dilapidação do erário público, com consequências óbvias e nefastas para os contribuintes…

 

Vamos supor que um profissional de Educação agisse, no seu contexto de trabalho, de forma semelhante à que se tem observado em alguns Governantes e ex-Governantes:

– O que sucederia a um profissional de Educação que pautasse a sua prática profissional pela negligência grosseira, pelo laxismo, pela irresponsabilidade, pela falta de Ética e/ou pela incompetência?

– Que “parangonas” apareceriam na Comunicação Social a esse respeito?

– O que diria a “opinião pública” acerca disso?

– O que diria acerca dos profissionais de Educação aquela “opinião pública” que costuma olhar para esses “casos” de Governantes e ex-Governantes com uma certa atitude displicente, de desculpabilização e de condescendência, mas que noutras situações, porventura, muito menos graves, habitualmente julga como um “carrasco”?

Se os profissionais de Educação, no exercício das suas funções, cometessem metade das “tropelias” que se têm observado na prática de Governantes e ex-Governantes seriam, com certeza, julgados por potenciais “Tribunais do Santo Ofício” e condenados ao degredo ou à crucificação nos paus de bandeira” existentes nas escolas…

A Ética Republicana parece ser uma coisa engraçada nos Governos chefiados por António Costa: costuma ser muito “selectiva”, na medida em que só é aplicável a determinadas pessoas e sob determinadas circunstâncias…

A actual Democracia está decadente e inquinada pela falta de Ética e de Moral…

Espera-se que o Presidente da República, como lhe compete, mostre a coragem e a integridade necessárias para pôr “ordem nesta casa”, cada vez mais disfuncional e gerida como se fosse um “clubes de amigos”, sem transparência e sem escrutínio…

O mais curioso é que até existe uma Lei, publicada em 2019, que aprovou o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos (Lei nº 52/2019, de 31 de Julho)…

E os titulares de cargos políticos, onde se incluem os membros do Governo, estão sujeitos ao escrutínio do exercício das suas funções, a obrigações declarativas e a códigos de conduta, estabelecidos pela Lei anterior…

Alguém que faça cumprir essa Lei integralmente, em vez de se inventarem Questionários patéticos, que nada resolverão…

Quando se trata da aplicação das Leis aos profissionais de Educação, que regulam os mais variados domínios do exercício das suas funções, costuma observar-se sempre um zelo extremo no cumprimento do que as mesmas estipulam…

E ai de quem assim não faça…

A aplicação “devota” da Lei só é válida para alguns?

O ar começa a estar verdadeiramente irrespirável, fede, e a abjecção, sob a forma de baixeza ética e moral, comanda…

Os Poderes e os “poderzinhos” instalados um pouco (ou muito) por todo o lado minam qualquer critério de transparência, de justiça ou de confiança nesta Democracia…

E esse também é um dos motivos que não pode deixar de justificar a continuação da actual luta dos profissionais de Educação…

(Paula Dias)

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Os professores são os pedreiros do mundo

 

“Não acredito num país que não respeita os que preparam as futuras gerações. Não acredito num país que destrata os que tomaram o ensino como missão. Não acredito num país que não percebe que quando desacredita um professor está a desacreditar a escola inteira. Os meus professores e as minhas auxiliares foram a minha escola. Muito mais do que os edifícios. Foram eles que me trouxeram até aqui. E hoje sinto que devo, pela primeira vez, inverter os papéis. Agora é a minha vez de lhes estender a mão, de lhes agradecer e de dizer que não os esqueço. Na luta por manter viva a escola, eu estarei sempre do lado dos que, todos os dias, trabalham para a manter de pé. Que ninguém se iluda: os professores são os pedreiros do mundo.”

Os professores são os pedreiros do mundo

 

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DA EUROPA PARA O MINHO – Paulo Antunes e Paulo Ribeiro

 

 

Um programa, uma conversa… todos os sábados entre as 12 e as 13 horas com o jornalista Paulo Monteiro e o eurodeputado José Manuel Fernandes.

Durante uma hora os temas da atualidade vão estar centrados no Minho… no país e na União Europeia.

Convidados: Paulo Antunes, Director do Agrupamento de Escolas de Maximinos e Paulo Ribeiro, Dirigente Sindical do STOP.

Vamos falar sobre a greve dos professores e a incapacidade da Tutela em trabalhar o importante ativo que são os professores, responsáveis pela formação da geração futura.

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2.ª Marcha Pela Escola Pública – 28 de Janeiro

2.ª MARCHA NACIONAL PELA ESCOLA PÚBLICA e em defesa do direito à greve

 

Perante a gigantesca luta de TODOS os Profissionais da Educação (PE), a nossa luta domina pela primeira vez, totalmente, a comunicação social (algo que nunca se viu durante tanto tempo seguido). E ao contrário do que alguns vaticinaram, muitos pais/alunos (apesar do incómodo da greve), outros sectores profissionais e figuras públicas têm mostrado solidariedade com a nossa justa luta.

O ME, em desespero, perante tamanha força desta luta unitária entre TODOS os PE, tenta agora atacar esta fortíssima luta/greve através de serviços mínimos a partir de 1 de fevereiro (para a greve do pessoal docente e não docente convocada pelo S.TO.P.).

A história recente demonstra-nos que este mesmo governo conseguiu atacar e derrotar as greves de enfermeiros, estivadores, motoristas porque conseguiu que essas lutas ficassem isoladas e sem a solidariedade de outros sectores da sociedade,

Cerca de 250 comissões de greve/sindicais decidiram por unanimidade responder a este ataque ANTES de 1 de fevereiro através de uma 2.ª Marcha Nacional pela Escola Pública. O ponto de encontro será dia 28 janeiro às 14h à frente da sede principal do Ministério da Educação (Avenida Infante Santo) com marcha até ao Palácio de Belém (Presidente da República – PR).

Já fomos à Assembleia da República (17 dezembro), ao Terreiro do Paço (14 janeiro) e falta-nos o outro poder: a Presidência da República. O Presidente da República, como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. Por isso, o PR tem que ter uma posição clara perante este ataque ao direito à greve (que é um direito constitucional).
A esmagadora maioria das comissões de greve/sindicais concordou apelar à solidariedade da sociedade civil da mesma forma que fizemos para a 1.ª Marcha de 14 de janeiro (sem convidar especificamente nenhum sector profissional).

Como no passado, iremos convidar todos os sindicatos/federações docentes e centrais sindicais, a juntarem forças em solidariedade com a Escola Pública e contra este ataque ao direito à greve: JUNTOS SOMOS + FORTES!

DUAS NOTAS IMPORTANTES:
1. Os autocarros das regiões devem organizar-se para chegarem dia 28 de janeiro na zona do ME às 13h, tendo a partida prevista pelas 18h30 (na zona do Palácio de Belém).
2. Enviem-nos as vossas dúvidas/questões sobre a greve APENAS para o email: S.TO.P.SINDICATOGREVE@GMAIL.COM

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Estão cansados os que nos ensinam a voar

É este o sentimento que une professores. São uma classe incompreendida, mas também eles continuam sem compreender como é possível que um país se esqueça do contributo que deram e dão às nossas vidas.

Estão cansados os que nos ensinam a voar

Estão cansados. Aqueles que dedicam uma vida a ensinar. Aqueles que, mesmo longe de casa, acordam com um sorriso no rosto e se predispõem a cumprir aquela que escolheram como a sua missão. Aqueles que ensinam muito mais do que aquilo que consta nos manuais. Aqueles que ensinam a voar. Aqueles que são os alicerces da formação de todos nós.

Estão cansados de sentir que, profissionalmente, já não têm nada a perder e muito pouco a ganhar. Estão saturados. Das promessas que nunca se concretizaram, do tempo de serviço que lhes roubaram, do direito a carreira justa que há muito deixaram de usufruir, da atualização salarial – que de atualização pouco ou nada tem e que serve apenas para mascarar o desrespeito para com estes profissionais. É este o sentimento que une professores de Norte a Sul do país. Professores que, pela primeira vez em muito tempo, estão juntos. Juntos pelo que querem fazer do ensino em Portugal, juntos contra a falta de respeito de que têm sido alvo anos a fio. Estão juntos por todos nós: pelos que passaram por eles, pelos que todos os dias encontram nas suas salas de aula e pelos que ainda hão de passar.

São uma classe incompreendida, mas também eles continuam sem compreender como é possível que um país se esqueça do contributo inigualável que deram e dão às nossas vidas. Não compreendem como há docentes aprisionados, há mais de 15 anos, no mesmo escalão e que, segundo dados de 2021 (que pouco ou nada divergem dos atuais), foram cerca de 2100 docentes retidos no 4º escalão e 2884 no 6º. Foram quase 5000 docentes impedidos de progredir na carreira, pela desfaçatez que assola esta progressão, uma progressão na qual professores com avaliação de Muito Bom ou Excelente veem adulterados os seus resultados em detrimento da falta de vagas.

Foram 6 anos, 6 meses e 23 dias esquecidos. E seguidos esses 6 anos, pouco ou nada se fez para colmatar os problemas que corroem as nossas escolas, nada se fez para combater o número excessivo de alunos por turma ou para combater o défice de profissionais, de recursos e de condições nas escolas deste país.

É triste ver como nos esquecemos deles. É triste testemunhar que muitos os olham apenas como profissionais ociosos, e que poucos são aqueles que reconhecem a burocracia desmedida que lhes é exigida ou a quantidade de horas não-letivas que dedicam aos seus alunos e às estratégias que procuram implementar. É triste ver como ninguém lhes reconhece o trabalho árduo e desafiante que é conciliar até quatro anos diferentes, numa só turma e para um só docente, ou o esforço de estar longe da família e de abdicar de tempo de qualidade com ela.

Mas, para mim, o mais triste é desvalorizarmos a luta daqueles que se entregam de alma e coração. Porque nenhum deles deixa de ser professor quando acabam as aulas e regressam a suas casas. Porque, em boa verdade, nenhum deles nos ensina apenas o que sabe, ensina-nos aquilo que é a paixão que carrega – e vos garanto que nenhum aluno se esquece da paixão de um professor nem da sua entrega.

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