“Em vez de andarem sempre a criticar professores, pais deviam fazer TPC”
”Governar é antecipar os problemas. António Costa está mal rodeado e o ministro da Educação que, anteriormente, foi secretário de Estado, tinha a obrigação de resolver os problemas que ficaram em stand by, em vez de se pôr a inventar problemas.
O ministro da Educação teve um erro de cálculo ao pensar que os professores não avançavam para este tipo de luta pelos seus direitos e que tivesse tamanha dimensão.
A falta de professores existe porque ninguém quer ser professor. Está é a verdade nua e crua. Ser professor é das profissões mais nobres que há, mas ninguém quer ser professor, o seu reconhecimento social está nas ruas da amargura e de rastos.
Ninguém quer ser professor, porque um professor pouco ou nada exerce a sua função – ensinar. Passa a vida no meio de papéis e decisões burocráticas, que são de bradar aos céus.
O ensino precisa de ser simplificado, eficiente e respeitado pela sociedade em geral a começar pelos pais.
Uma escola não é um armazém de alunos. Uma escola é um local de aprendizagem e de educação. Uma escola não é um local onde se deixam os filhos para que estejam ocupados.
Assim não vamos lá.
Não chega o Presidente da República – que foi professor -, dizer bem dos professores. É preciso atos e decisões tomadas rapidamente.
Os pais, em vez de andarem sempre a criticar os professores e a meterem-se na vida da escola, deviam fazer o TPC e aprenderem como funciona uma escola, a classe docente e as suas condições de trabalho que deixam muito a desejar.
Os pais falam muito porque a sua única preocupação é não terem onde deixar os filhos. Querem lá saber dos problemas dos professores e da escola! O egoísmo social atinge o clímax nesta relação.
Os professores não são ‘amas’, os professores são uma classe com multifunções, uma delas é ocupar os alunos para os ensinar. Isso sim – ensinar, não é para tomar conta de alunos e tê-los ocupados.
Os pais esquecem-se que os professores também são pais.
O impacto desta greve na opinião pública tem sido colossal e impressionante. O ministro da Educação, em vez de procurar aproximar-se das reivindicações dos professores e perceber o que se passa, procura criar um clima de intimidação, medo e suspeição, alegando que os professores podem ter faltas injustificadas se a greve foi ilícita ou pela recolha de fundos.
Quando se faz uma greve, ela tem por finalidade criar o maior impacto possível e chamar à atenção dos seus motivos.
O tempo de desprezo pelos professores acabou! O ministro da Educação, João Costa deve preocupar-se em resolver os problemas dos professores, em vez de, andar a ver onde pode pegar com os professores. Um ministro existe para governar, não existe para justificar o injustificável.
Já, Eça de Queiroz dizia: «Todo o ministro que entra – deita reforma e coupé. O ministro cai – o coupé recolhe à cocheira e a reforma à gaveta».
3 comentários
Os pais, o que querem da escola, é que esta lhes ature os filhos, os liberte …se alguém tinha dúvidas, agora ficou claro para todos como a sociedade /ME vê a escola: um depósito de alunos, onde profissionais qualificados lhes servem de ama, psicólogos, assistentes sociais… (mães e pais, que tantas vezes lhes limpam o ranho, lhes pagam o pequeno almoço porque se sentem mal na aula por não terem comido, tantas vezes substituem esses pais ausentes e tão ingratos para quem lhes cuida dos filhos !)….
A escola é hoje um lugar onde os alunos vão comer, socializar, tomar banho, jogar, curtir…… Aprender?????????????Isso só de faz de conta! Os professores que inventem grelhas, fichas, tabelas medidas e adequações que atestem o sucesso dos alunos, porque a estes nenhum esforço lhes é pedido/exigido. Na escola atual, o insucesso do aluno, nunca é responsabilidade dele, mas dos professores…
A maioria dos pais é uma “gentalha” que para aí anda, como cães raivosos sempre à espreita da oportunidade para atacar os professores dos seus educandos, que normalmente são mal educados e indisciplinados, mas não só!
Tudo o que este ministro da educação fez, e nada é tudo igual, ou melhor, tudo é negativo…
começou com a MPD, quer continuar com a municipalização, conselho local de diretores a recrutar …
A ideia de vincular não é de todo descabida, agora faltam encontrar malucos que queiram tirar uma licenciatura e depois estágio/mestrado para trabalharem mais, chatearem-se mais, …. mas ganhar menos.