Há centenas de alunos sem aulas desde 9 de dezembro: “Não temos ninguém para assegurar a vigilância das escolas, a portaria ou o refeitório”
Greves estão a afetar as escolas de forma muito desigual. Maioria sente impacto limitado, mas há casos extremos
Os mais de 600 alunos do pré-escolar e 1º ciclo do Agrupamento Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, estão sem aulas nem atividades desde o início do mês passado e os dos restantes níveis de ensino não voltaram a abrir desde as férias do Natal. “Além dos professores, estamos a registar uma adesão à greve muito forte por parte dos funcionários. Não temos ninguém para assegurar a vigilância das escolas, a portaria ou o refeitório, pelo que não temos mesmo condições para abrir”, explica o diretor, Rui Figueiredo, sem esconder a preocupação. “Temos miúdos do 11.º e 12º anos que têm de preparar-se para os exames, e crianças do 1.º ciclo que estão a construir as bases de toda a sua aprendizagem. Depois de dois anos de pandemia, em que as aprendizagens foram muito afetadas, esta situação compromete o trabalho de recuperação que estava a ser desenvolvido”, diz.
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Uma greve é para isso mesmo, desviar as coisas da “normalidade” e criar transtornos que serão resolvidos quando as reivindicações forem aceites, não antes. E de certeza que não, com a “Requisição civil” ou os “Serviços mínimos” – aliás 2 figuras que o Tribunal da Relação já se pronunciou claramente pela inexistência na Educação – que as habituais correias de transmissão PS para esta área, não se cansam de pedir.