O próximo quadro mostra os dados preocupantes para o futuro sobre o número de docentes que aguardam colocação para 2020/2021, após a reserva de recrutamento 4.
Nas listas de não colocados existem apenas 36,3% de docentes que aguardam colocação em todos os grupos de recrutamento. Menos do que havia em 2019 na reserva de recrutamento 10.
Apenas os grupos de recrutamento 100 – Educação Pré-Escolar e 260 – Educação Física têm mais candidatos em lista de espera do que aqueles que foram colocados.
As 18.255 candidaturas que aguardam colocação representam 12.327 docentes, pois existem docentes a concorrer a mais de 1 grupo de recrutamento.
Aquilo que deveria acontecer apenas em Dezembro já se faz sentir no primeiro dia de outubro.
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A falta já se nota em cada vez mais zonas do país e em mais grupos de recrutamento… no Algarve as escolas já dizem aos pais que provavelmente não vão conseguir substituir os professores que estão de baixa.
É lamentável. 🙁
Acredito que tal situação não se iria verificar se alguém se tivesse preocupado com as condições de segurança em que os profs. iriam exercer a sua atividade.
Vi diversos planos de contingência, instruções e orientações da tutela e nenhuma delas a equacionar a segurança dos professores.
Ninguém se preocupou em transmitir confiança e respeito pelos professores.
Ninguém equacionou seriamente a segurança com que iríamos exercer a nossa atividade profissional.
A tónica centrou-se em transmitir segurança aos pais. Apenas.
Nós não merecemos ser desprezados e ignorados.
A tutela que se desloque a escolas que não foram requalificadas. A escolas em que o acrílico é uma fita colorida nas mesas.
A escolas em que a distância entre as mesas dos alunos não permite ao professor circular. A escolas em que as janelas não funcionam.
A escolas em que a sanita para dezenas de docentes e funcionários é apenas uma. Um cubículo fechado, sem nenhum arejamento.
A escolas em que não é possível limpar/desinfetar cadeiras onde se sentam professores diferentes a cada hora, pois estas são de madeira descarnada e lascada, com dezenas de anos.
A escolas com recurso tão escassos, que o tempo que cada professor passa a desinfetar como possível, a cada 50min, comandos, teclados, ratos, apagadores e secretária toma mais do que os 5 min de intervalo entre cada aula, e em que a correria de pavilhão para pavilhão para mudar de sala nos faz sentir a correr contra todas as correntes, através de um mar de alunos sem máscara, a comer, beber, conversar ou a recuperar o fôlego da máscara, aproveitando cada segundo dos escassos intervalos para socializar um pouco e tentarem ser felizes.
Quiseram tudo.
Mas o tudo não é realista no contexto que estamos a viver.
Para quando a aplicação “a minha posição na lista” com os dados atualizados a rr4
Já não vai haver mais a aplicação “a minha posição na lista”? É que dava mesmo jeito.
O problema tem pouco a ver com o Covid, a realidade é que a falta de professores vêm-se acentuando desde há alguns anos, e cada ano será pior que o anterior, o número de professores que se aposentam vai subir todos os anos… quanto muito o covid antecipou o gravidade do problema que será ano após ano maior!
Continuo curioso com as desculpas e justificações que vão dar… aposto na desvalorização do problema e recurso à estatística, do tipo «só faltam x% de professores».
[…] artigo é um complemento aos números ontem aqui avançados, de forma a tentar perceber a situação caótica de alguns grupos de recrutamento nos QZP’s […]