Fica o vídeo com a apresentação inicial da audição, onde se resume o processo de concurso dos professores contratados e algumas das injustiças que lhe estão inerentes:
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Quando alguém deixa a escola esperamos, sempre, que seja por ter terminado este percurso da sua vida com sucesso, nunca por ter deixado para trás a sua vida.
É com consternação que lemos e ouvimos noticias destas. Os nossos sinceros sentimentos à família e à restante comunidade escolar.
Uma menina de 13 anos morreu esta terça-feira na Escola Gonçalo Nunes, em Barcelos, enquanto assistia a uma aula, avança o CM. Terá entrado em paragem cardiorrespiratória.
Isto pode acontecer em qualquer escola, por isso era importante termos formação em suporte básico de vida e um desfibrilhador à mão.
Sessenta e cinco por cento das crianças com obesidade em Portugal sofrem de bullying escolar, segundo uma sondagem divulgada esta terça-feira, que aponta para um agravamento da situação devido ao confinamento provocado pela pandemia de covid-19.
Condições de trabalho dos professores contratados é analisada esta terça-feira no Parlamento. Ministério também atribui escassez actual ao aumento dos docentes do quadro a quem foi atribuída mobilidade e que estão a trocar a Grande lisboa pelo Norte.
Pelo menos 800 professores dos que ainda estão em falta recusaram a colocação numa escola porque iriam ganhar entre 555 e 750 euros líquidos para darem entre oito a 14 horas de aulas por semana, a que se juntam todas as outras destinadas a acompanhar alunos, estar presente em reuniões e outras tarefas incluídas na chamada componente não lectiva e que perfazem um horário de 35 horas semanais.
Esta era a situação há uma semana, quando estavam por preencher cerca de 1600 lugares, e que é agora destacada por um grupo de professores contratados que será ouvido nesta terça-feira no Parlamento.
Esta audição pela comissão parlamentar da Educação enquadra-se nos procedimentos de apreciação de uma petição, subscrita por 4703 doentes, com vista à alteração da regulamentação que gere os concursos de colocação de professores.
Título: “Queen of the Forest” | Autores: “Gabriela Sibilska“
Uma história profundamente pessoal sobre a desilusão que vem com a perda de um próximo. Este curta-metragem posiciona a natureza universalmente cíclica da experiência humana como estando entrelaçada com o processo intensamente pessoal de chegar a um acordo com a perda
Muitos dos docentes que pertencem ao grupo de risco para a Covid-19 estão a regressar às escolas, revelou esta segunda-feira o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Neste Domingo, o Telejornal da RTP dedicou uma reportagem ao balanço do primeiro mês de aulas depois do confinamento, enviando para o efeito uma equipa para entrevistar os pais e alunos de várias escolas Secundárias.
E o balanço é simples e peremptório para os pais entrevistados: o regresso à escola tem sido uma desilusão.
Isto porque, e de acordo com os mesmos pais, estamos a enviar os nossos filhos para um espaço carregado de regras que não deixa as crianças viver o seu dia-a-dia.
O seu dia-a-dia? Interrogo-me, para de seguida ouvir a explicação, ou não fossem os dias das crianças feitos para o convívio, a brincadeira, jogar à bola e a correr.
Acrescentam os mesmos pais a sua indignação pelo facto de a escola não permitir aos seus filhos a vivência da adolescência, supostamente violando os seus direitos como crianças e menores que são, retirando-os do contexto social em benefício do enfoque académico.
Resultado: nem as crianças podem ser crianças, nem os adolescentes podem adolescer.
Estupefacto diante da estupefacção destes pais, diante do écran pergunto-me se por acaso está o mundo virado do avesso?
E o que pensam os pais deste país? Ser a escola um local de recreio para onde vamos essencialmente para socializar?
Ou não será antes a escola um lugar de aprendizagem por excelência?
Sejamos pragmáticos: um aluno que frequenta o ensino Secundário não está senão a frequentar o curso de ensino Secundário.
Aquando do seu término, o aluno trará debaixo do braço um certificado, o certificado do ensino Secundário completo e concluído.
O aluno está, por conseguinte, a estudar, sendo da competência da escola o leccionar dos objectivos das mais variadas disciplinas de modo a dotar o futuro aluno com as competências básicas para, findo o ensino Secundário, enveredar pelo mundo do trabalho ou pela progressão dos estudos.
E se a componente social é inerente aos intervalos e aos tempos antes e depois das aulas, esta não é de modo algum preponderante, não garantido por si só a aquisição de quaisquer habilitações académicas.
Em resumo: as crianças e adolescentes vão para a escola para aprender.
Infelizmente, quando temos pais cuja visão da escola é a de um campo de férias, estamos diante de pais, mas também de filhos e futuros adultos cuja valorização da educação é próxima de zero.
E se o problema é a presente pandemia, ainda menos se entende a indignação de quem já sabe à partida ser a socialização um dos modos de propagação da doença.
Deste modo, não se compreende a sua surpresa diante da rigidez das regras em vigor, regras essas estabelecias para salvar vidas, a começar pelas vidas dos nossos filhos.
Estarão os pais sequiosos de ver nos filhos a adolescência que nunca tiveram? Incapazes de compreender o seu papel de educadores no incentivo da curiosidade e da aprendizagem dos mais novos? Igualmente incapazes de compreender a relevância do seu papel de facilitadores de conhecimento na estreita colaboração com a escola e os professores?
Se um dia fui à escola, tal foi com um único intuito: aprender. E aprender sobre ciências, sobre biologia, ter média para entrar para a faculdade, estudar e aprender.
Parede uma premissa simples, a de se ir para a escola para aprender. Infelizmente, os pais deste país não parecem estar de acordo e até prova em contrário a escola é, e continuará a ser, o local de eleição para o convívio, a brincadeira, para jogar à bola e correr: a escola como lugar de entretenimento, portanto.
Parafraseando Daniel Sampaio, mais de vinte anos depois peço, por favor, inventem-se novos pais!
Esta terça-feira, dia 20 de outubro, assinala-se o Dia Mundial do Combate ao Bullying. Apesar de o ano letivo 2019/2020 ter sido muito atípico, o Ministério da Educação não quis deixar de premiar o trabalho desenvolvido pelas escolas no âmbito do projeto “Escola Sem Bullying | Escola Sem Violência”, lançado no ano passado, e que contribui para uma escola mais inclusiva, promotora de um ambiente seguro e saudável, que permite às crianças e jovens desenvolver valores e competências que promovam o desenvolvimento pessoal e a plena intervenção social. Este projeto é uma das formas de concretizar o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, bem como o trabalho sobre competências sociais e emocionais desenvolvido no âmbito do Apoio Tutorial Específico.