Funcionários das escolas estão desmotivados mas sentem que trabalho é respeitado, diz estudo
Resultado: os trabalhadores sentem-se desmotivados. De norte a sul do país, 36,6% admitiram estar completamente desmotivados ou ter um nível motivacional baixo, enquanto 43,4% disseram estar mediamente motivados. “Apenas 19% apontou um nível motivacional elevado”, disse Lúcia Miranda.
Apesar da pouca motivação e salários baixos, a maioria sente que o seu trabalho é reconhecido por alunos, pais, professores e diretores. No entanto, “há 30% que considera que o seu trabalho não é respeitado por ninguém”, disse a autora do estudo e vice-presidente do STAEE da zona norte.
Para os investigadores, o perfil identificado no estudo apresenta um grupo de trabalhadores – mulheres, já com alguma idade e sobrecarga e desgaste profissional – que tendencialmente poderão vir a usufruir de baixas médicas e a necessitar de apoio médico e psicológico.
Os funcionários queixam-se também de não serem chamados a participar nas decisões que dizem respeito a alterações ao seu local de trabalho.
Lúcia Miranda deu como exemplos as mudanças de horário de trabalho, a mobilidade dentro da própria escola ou quando as autarquias decidem mudar um funcionário de uma escola para outra.
No total, “72,7% dizem não participar nas decisões. É uma percentagem muito elevado”, criticou a investigadora em declarações à Lusa.