FNE propõe medidas para conclusão do presente ano letivo
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O Ministério da Educação tem a obrigação de disponibilizar as condições e os recursos que permitam o acesso a modalidades alternativas de contacto direto com os alunos, de forma a atenuar as inúmeras insuficiências que se tem verificado nestas semanas de interrupção antecipada das atividades letivas. É que, continuar-se da mesma forma, só se estarão a reforçar as desigualdades entre alunos. Com efeito, o que temos verificado é que há docentes e alunos que ou não tem ao seu dispor equipamentos adequados ao ensino a distância ou não dispõem de acesso à Internet, pelo que não podemos ignorar que não tem havido um acesso universal a mecanismos de informação/formação.
Acresce que docentes e alunos, mesmo que detendo acessos a equipamento e a Internet, não dominam as ferramentas que estão ao seu dispor, o que, sem constituir uma crítica fundada que lhes possa ser dirigida, contribui para diminuir a eficácia dos procedimentos que se tentam utilizar.
Por outro lado, impõe-se assinalar que o recurso a ensino a distância como modalidade de ensino nas atuais circunstâncias só pode ser entendido com caráter transitório e excecional, não podendo criar-se a ilusão de que esta é a solução milagrosa, nem para garantir a normalidade do terceiro período letivo, nem para definir o ensino no futuro.
A FNE sublinha, particularmente, limitações destas metodologias que não só acentuam as desigualdades, como não respondem à concretização de uma efetiva educação inclusiva, nomeadamente ao nível da educação especial. Não há teletrabalho na educação especial.
4 comentários
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A minha aluna com medidas seletivas está a ter sessões semanais com a professora de educação especial. A ferramenta que estão a usar é o Messenger, sempre que necessário a encarregada de educação acompanha a sessão. São sessões curtas de 1h ou 1h30 mas e estão a resultar. Os conteúdos a abordar são previamente informados,assim como as páginas ou fichas a trabalhar. Também tem sessões com o professor titular de turma e com a psicóloga. Trata-se de uma escola pública de Canidelo.
Passar para setembro é a maior parvoíce que se possa imaginar. Façam com que não existam exames de 12 ficando com a média interna mais baixa dos 3 anos, dêem aulas de recuperação aos 11 deste ano … O horário assim permite e no final do ano façam exames apenas às específicas…. Ou dividam os exames em dezembro os de 11 em junho os de 12…. Não faz sentido é fazer exames em setembro após uma longa interrupção!
Concordo com o João. O problema maior coloca-se para os alunos do 12º Ano com exame. Os atuais alunos do 11º Ano poderão realizar exames no início do próximo ano letivo, ou, se for caso disso, no final do ano letivo das disciplinas específicas. Haverá sempre a possibilidade de preparação para exames das provas específicas em Dezembro, bastando para isso que haja vontade. Passo a explicar: uma vez que os alunos na maioria dos cursos utilizam uma ou duas provas específicas, esses seriam os exames que realizariam no próximo ano letivo na época de junho. Os alunos que necessitam de 3 provas específicas, ficaria ao critério das universidades reduzir para duas (o que faria com que os mesmos pudessem fazer na época regular de junho do próximo ano) ou, caso estejam obstinados com 3 específicas fazer uma em dezembro (nunca em setembro já que estamos a falar de um tempo enorme sem aulas que retiraria qualquer hipótese aos alunos com menos recursos económicos) mediante aulas de preparação extra (o 12º ano tem uma carga horária que se adapta com facilidade a estas aulas extra).
A solução setembro é obtusa e impraticável. Os alunos estarão nessa altura sem qualquer ritmo de trabalho e mais do que nunca serão desfavorecidos os alunos com menos recursos económicos. Está-se mesmo a ver os colégios com preparação em agosto e os da escola pública a fazer os exames sem qualquer suporte. Porque não optarem pela solução mais óbvia, dois exames obrigatórios e apenas esses! Os alunos do atual 12º já têm esses dois exames (se forem de “humanidades” têm macs e geografia ou filosofia, se forem da área das “ciências” já têm Biologia e Fisico Química. Não precisariam de mais nada! No caso dos atuais alunos do 11º ano, fariam os dois exames necessários no próximo ano. Aliás, para disciplinas que acabam no 11º e 12º os conteúdo de exame neste ano são uma falsa questão, pois os conteúdos não vão ser terminados, daí, o melhor seria mesmo permitir aos alunos de 11º ano “concluir” no próximo ano e não penalizar os de 12º deste ano que obviamente, têm a sua vida ainda mais do avesso que os outros todos!