Comunicado – Governo cria concursos especiais de ingresso no ensino superior através de vias profissionalizantes e especializadas

Governo cria concursos especiais de ingresso no ensino superior através de vias profissionalizantes e especializadas

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, dia 5 de março, o Decreto-Lei que cria os concursos especiais de ingresso no ensino superior para os estudantes que tenham concluído o ensino secundário através das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados.
O Decreto-Lei tem por objetivo a criação de uma nova via de ingresso para os estudantes que concluam o ensino secundário através de ofertas educativas e formativas profissionalizantes e de cursos artísticos especializados e que queiram frequentar o ensino superior, reduzindo, desta forma, as desigualdades que ainda persistem relativamente a estes estudantes no momento de ingressarem no ensino superior.
O Decreto-Lei prevê que os estudantes façam exames nas próprias instituições de ensino superior às quais se candidatam, tendo em vista avaliar se dispõem dos conhecimentos e competências consideradas indispensáveis ao ingresso e progressão no ciclo de estudos aos quais apresentem candidatura.
Atualmente 45% dos estudantes do ensino secundário frequentam as vias profissionalizantes e é propósito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior valorizar a especificidade e identidade do ensino profissional, reequilibrando a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior.
A medida agora proposta vem no seguimento dos desígnios do Governo, inscritos no Contrato de Legislatura, e que passam por alargar a base social de participação no ensino superior garantindo que até ao fim da Legislatura cerca de 40% dos estudantes do ensino profissional prossigam estudos no ensino superior, o que representa cerca de 10 mil inscritos até 2023. Isto significa mais do que duplicar o número de inscritos registado em 2017-18, altura em que o número se fixava em 4500.
O Decreto-Lei segue em linha com uma recomendação da OCDE aquando da avaliação aos sistemas de ensino superior, ciência, tecnologia e inovação, concluída em 2018, na qual aquela organização sugeriu que o sistema de acesso ao Ensino Superior se adaptasse à diversidade de estudantes provenientes do ensino secundário e ao tipo de competências dos mesmos, eliminando a desigualdade que atualmente se verifica entre os estudantes que realizam o ensino secundário na via científico-humanística e aqueles que o concluem através das vias profissionalizantes e de cursos artísticos especializados.

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8 comentários

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    • profinfo on 5 de Março de 2020 at 19:16
    • Responder

    Se estão preocupados com desigualdades, deviam preocupar-se com o desigual nível de exigência entre os cursos profissionais e os regulares. Deviam também preocupar-se com a inflação de classificações, escandalosa em alguns casos.
    Quanto à meta dos 40%, só deve ser para rir, para quem tem ensinado nos profissionais. Que vão averiguar a taxa de empregabilidade destes alunos e mais ainda, se estão empregados na área de formação. Na Informática, aposto que nem 10% estão a trabalhar na área de formação.

      • J.F. on 6 de Março de 2020 at 14:57
      • Responder

      Concordo!

    • maria on 5 de Março de 2020 at 19:49
    • Responder

    Visto os cursos que dão acesso à docência estarem à míngua de alunos, “rezo” para que as ESES ( ou as Universidades) tenham o bom-senso de não aceitar como candidatos a futuros professores criaturas desta estirpe. Sim, porque uma vez lá chegados, completamente ignorantes e madraços, a tentação será raparem de uma qualquer versão do 54 e, dentro de 3 ou 4 anos cá estará uma nova fornada de “colegas”, salvadores do ensino em Portugal .

    • Alexandra Almeida on 5 de Março de 2020 at 23:21
    • Responder

    É o PS no seu melhor… aliás, no seu pior!

    • zaratrusta on 6 de Março de 2020 at 8:38
    • Responder

    Bateu no fundo. Criaturas que durante todo o seu percurso escolar não abriram um único livro para estudar; criaturas com notas inflacionadas por exigência das escola; indivíduos que nem sabem escrever o próprio nome, vão ter as portas das universidades abertas sem terem feito qualquer esforço. Mais trabalha um aluno do ensino regular para UM teste de UMA disciplina que um “aluno” do ensino profissional durante o curso todo, para além disso, os do ensino regular têm que fazer 4 exames de avaliação externa. Onde está a desigualdade? Há aqui uma inversão dos factos. Como é possível que a sociedade aceite isto? Façam exames externos a esta gente. Vamos meter na universidade o que há de pior na nossa sociedade. Sá neste país. Sou professor de cursos profissionais. A partir de agora a exigência vai ser a mesma que no regular. Cabe-nos a nós, professores, moralizar isto.

      • J.F. on 6 de Março de 2020 at 14:55
      • Responder

      Concordo!

      • Carvalho on 6 de Março de 2020 at 22:41
      • Responder

      Concordo plenamente.

    • F. R. on 6 de Março de 2020 at 16:09
    • Responder

    Seria para rir se não fosse tão grave!
    1º concordo com todos os comentários expostos, (também estou no mesmo barco e sei do que falamos… ao contrário dos incompetentes que nos (des)governam);
    2º Talvez seja um “exagero” afirmar que não há exames, leia-se: “O Decreto-Lei prevê que os estudantes façam exames nas próprias instituições de ensino superior às quais se candidatam, tendo em vista avaliar se dispõem dos conhecimentos e competências consideradas indispensáveis ao ingresso e progressão no ciclo de estudos aos quais apresentem candidatura.” Duvido que as universidades e respetivas faculdades públicas embarquem nesta “macacada” (só têm a perder… credibilidade… qualidade… avaliação externa/auditorias … tudo tão importante para os rankings internacionais do ensino universitário… sempre tão apregoado)… faço fé neste ponto… e que haja algum decoro e decência!
    3º Agora… relativamente ao ensino superior particular parece que a “coisa” pode ser diferente… para pior. Penso que me entendem, certo!
    4º no pressuposto do ponto anterior, parecendo tratar-se “de sapato feito à medida”, e com o valor das propinas que se pratica no “mercado do particular” lá se vai a tão apregoada igualdade…! (a talhe de foice recordo o “sucesso” daquela recente e douta medida em que se reduziu o número de vagas em Lisboa e Porto
    para… ” levar mais alunos a estudar no interior do país, mas menos de metade dos lugares cortados foi reforçar a oferta dessas regiões. Quase 53% das vagas passaram para outras instituições do litoral, com destaque para as do Minho, Aveiro e Coimbra.”… brilhante!!
    … depois de terem fechado postos dos CTT’s, centros de saúde e escolas do 1º ciclo… simplesmente ridículo!
    Tivessem chamado D. Sancho I que de certeza teria feito melhor serviço!
    5º e bem lá no fundo, mesmo no fundo, a culpa é dos professores… foram/fomos “capazes” de formar estes indigentes intelectuais que nos governam!
    6º Paciência!

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