Câmaras e escolas fecham sem esperar por ordens

Câmaras e escolas fecham sem esperar por ordens

Governo diz que medidas devem ser proporcionais e decide hoje se antecipa férias da Páscoa. António Costa avisa que crise pode durar semanas ou meses.

Mais vale pecar por excesso do que por defeito. Com o receio a escalar depois da rápida propagação do coronavírus em Itália, França, Alemanha e Espanha, a máxima alastrou pelo país. Escolas, autarquias e várias instituições públicas e privadas anunciaram o encerramento e a suspensão parcial ou total de atividades sem esperar por decisões do Governo ou da Direção Geral da Saúde, para procurar diminuir o risco de contágio. “Algumas contactam-nos e outras nem o fazem”, disse ao i um delegado de saúde criticando a descoordenação e admitindo que poderá trazer problemas em termos de direitos laborais. Apenas em situações em que o isolamento é determinado pela autoridade de saúde é que está assegurado o pagamento de salário a 100% ou baixa para assistência a filhos.

António Costa e Marta Temido defenderam ontem que a lógica das medidas que têm sido determinadas no país é a da proporcionalidade. “Aquilo que as autoridades de saúde determinam é o que é necessário. Tentamos garantir que há um equilíbrio entre a proteção que temos de assegurar e manter o máximo possível a tranquilidade social”, disse Marta Temido numa conferência de imprensa na Direção Geral da Saúde. Minutos mais tarde António Costa repetiu a mesma mensagem e deixou um aviso: “Não sabemos se estamos a tomar medidas para três semanas ou para vários meses”.

A hipótese de antecipar as férias da Páscoa, que começariam a 27 de março e que é defendida por alguns diretores, por exemplo em Paços de Ferreira, vai ser decidida esta quarta-feira numa reunião entre o Governo e o Conselho Nacional de Saúde Pública. Para já estão suspensas as aulas apenas nas escolas ligadas a casos, em Felgueiras, Amadora e Portimão, onde foi decretado o isolamento profilático. Mas alguns estabelecimentos privados avançaram por precaução e o colégio S. João de Brito, com mais de 1500 alunos, anunciou ontem a suspensão das aulas já a partir desta quarta-feira. O Liceu Francês também anunciou a suspensão das aulas até 24 de março, depois do diagnóstico de uma aluna que esteve em Itália e que não chegou a ir à escola após o regresso.

In Ionline

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