5 de Outubro de 2023 archive

Salário dos professores em início de carreira é mais baixo agora do que há seis anos

Portugal é um dos nove países europeus onde o salário dos professores em início de carreira é mais baixo agora do que há seis anos

Há apenas nove países europeus onde o salário de um professor em início de carreira desceu em seis anos, depois de descontada a inflação, e Portugal é um deles. Segundo um relatório divulgado esta quinta-feira pela Eurydice, uma rede de informação educacional da Comissão Europeia, também na Bélgica, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Finlândia, Noruega e Turquia, os professores entraram na profissão a receber menos em 2021/22 do que em 2014/15.

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A luta continua! Sou professor e amanhã farei greve!

Em primeiro lugar, farei greve porque não aceito a posição intransigente e desonesta do Primeiro-Ministro, nem do Governo, nem da bancada parlamentar deste PS, onde estão alguns professores, em relação ao tempo de serviço roubado aos professores e que não nos querem devolver. A intransigência traduz-se na recusa em negociar uma solução para o problema, “fechando a porta” a qualquer tipo de solução. Há soluções para todos os gostos: recuperar todo o tempo de serviço roubado, como aconteceu com algumas carreiras da função pública; recuperar uma parte substancial desse tempo, como aconteceu com outras carreiras da função pública; recuperar esse tempo ainda nesta legislatura para todos ou para parte dos docentes; recuperar esse tempo a médio prazo ou a longo prazo para todos os professores ao mesmo tempo ou para diferentes segmentos de professores em diferentes anos, etc… Ao não querer discutir nenhuma destas soluções, este PS está a demonstrar arrogância, intransigência, prepotência, está a confundir maioria absoluta com poder absoluto e está a contribuir decisivamente para que milhares professores dirijam os seus votos para outros partidos, do Chega à CDU, passando pelo PSD ou pelo Livre, ou pela IL e pelo Bloco de Esquerda. A desonestidade da posição deste PS (Costa, Governo, bancada parlamentar) revela-se quando descobrimos os argumentos que o Primeiro-Ministro usa, seguido por toda a carneirada deste PS, para sustentar essa posição. Os argumentos são dois, como, mais uma vez, frisou na sua entrevista desta semana: que a devolução do tempo de serviço roubado aos professores “é insustentável” para as contas do país; e que essa devolução criaria “desigualdade” com todas as outras carreiras da função pública. Ora, tanto um argumento como outro são absolutamente falsos. António Costa sabe isto (ou devia saber…), bem como muita gente deste PS. Felizmente, são cada vez mais as pessoas que sabem que a devolução do tempo roubado aos professores terá, quando tivermos um novo governo, um impacto insignificante nas contas do país (250 a 300 milhões de euros). Felizmente, também são cada vez mais as pessoas que sabem que todas as carreiras da função pública recuperaram sete ou mais anos de tempo de serviço congelado entre 2008 e 2018, ficando-se os professores, neste momento, apenas pela recuperação de dois anos e nove meses. Ou seja, os professores são a única carreira que recuperou menos de três anos… Todas as outras recuperaram mais do dobro… Os senhores jornalistas que entrevistam o Costa também deviam saber isto e deviam confrontá-lo com estes dados…

Em segundo lugar, vou fazer greve amanhã porque tudo isto me parece envolto em cinismo, que, acrescentado à intransigência e à desonestidade, se tornam para mim num imperativo moral, ético e profissional que me obriga a aderir à greve. O cinismo deste PS começa por apostar na fraca adesão dos professores à greve por motivos financeiros. Eles sabem que nas atuais circunstâncias nem todos os professores se podem dar ao luxo (literalmente!) de perder um dia de salário e de subsídio de refeição. A mim também me fará diferença o dinheiro que vou perder amanhã. Mesmo assim farei greve. Farei greve também por aqueles que queriam fazer e não podem porque estão longe de casa, a pagar duas rendas, a pagar viagens de ida e volta todas as semanas para ver a família, etc… A outra face do cinismo deste PS é o faz de conta. Como sabem que os argumentos utilizados para fundamentar este ódio de estimação aos professores são falsos, os membros do governo, nomeadamente o João Costa, Ministro, e o António Leite, Secretário de Estado, procuram entupir a opinião pública com medidas que, supostamente, são pensadas e implementadas para resolver as grandes questões da Educação e da carreira dos professores. É tudo a fazer de conta. Estão sempre a inventar assuntos e temas para as infindáveis “reuniões de negociação” com os sindicatos. Tudo é discutido, mas nada de substancial ou de estrutural se resolve. Este PS está no poder há mais de oito anos e não resolveu nenhum problema digno desse nome na escola pública portuguesa. Mas já criou muitos… Aliás, foi muito elucidativa a entrevista do Ministro com o João Adelino Faria, na RTP, a propósito da abertura do ano letivo. Nesta como noutras áreas de atuação, este governo está sempre “atento”, sempre a “desenhar medidas” para resolver os problemas, mas ainda não resolveu nada. É tudo um “faz de conta” muito cínico que só quer entreter e enganar as pessoas, fazendo as mais ingénuas pensar que temos governantes a fazer alguma coisa para resolver os problemas do país. Infelizmente, não temos. Andam todos, da Educação à Saúde, a fazer de conta que fazem.

É muito triste termos condições políticas (maioria absoluta) e económicas (défice das contas públicas controlado) para que se implementassem medidas de fundo (estruturais) que melhorassem os nossos sistemas de saúde, de educação e de justiça, por exemplo, e não o fazermos por termos o azar de ter em funções um Primeiro-Ministro e um governo mais interessados em pensar no seu “carreirismo” do que no futuro do país e no futuro dos portugueses. Resta-nos a esperança num futuro melhor e a esperança de um milagre: o dia em que venhamos a ter um governo que pense a sério em reformar o país e que seja verdadeiramente humanista, isto é, que coloque a melhoria efetiva da vida das pessoas no centro de todas as suas atuações.

A luta continua…

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Sobre a Greve de Amanhã

Com algumas declarações minhas.

 

Professores esperam grande adesão a greve de amanhã, num “cartão vermelho” a Costa

 

Está agendada para amanhã uma greve nacional de docentes, convocada pela plataforma de sindicatos, e de funcionários. Diretores e sindicatos afirmam que declarações recentes do primeiro-ministro, que voltou a recusar a recuperação integral do tempo de serviço, “incendiaram” ainda mais a revolta dos professores.

 

É insustentável para o país”. Foi desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista à CNN Portugal (dia 2), voltou a deixar clara a recusa do Governo sobre a recuperação integral do tempo de serviço congelado aos professores. A “nega” aconteceu quatro dias antes da greve de amanhã e, segundo sindicatos e diretores escolares, “incendiou” ainda mais a classe docente. Os funcionários da Administração Pública também se juntam aos protestos.

“Todo o país se tem mobilizado pelo justo direito a uma carreira digna e que valha a pena. Neste momento, temos professores a ganhar muito mal, colocados a 300 ou 400 quilómetros de casa e os vencimentos mantêm-se iguais. Estão completamente desesperados por melhores condições e ajudas de custo e não vão baixar os braços”, antecipa.

Júlia Azevedo relembra que a classe docente conta com 150 mil professores e que é “o maior grupo de licenciados do país”, tendo manifestado, desde dezembro de 2022, uma grande “resiliência” na luta por melhores condições. “É a esperança que nos move, se não houvesse esperança, não haveria luta, mas a esperança só se concretiza quando há uma grande força, uma grande luta por parte da classe, pois nada vem de mão beijada”, adianta. A presidente do SIPE salienta o “apoio do PSD e de outros partidos da oposição” e quer ver já “contemplado, no próximo orçamento de Estado, o descongelamento do tempo de serviço de seis anos, seis meses e 23 dias”.

“Paz não irá voltar às escolas”

Apesar do “cansaço por parte dos professores, numa luta com efeitos residuais”, Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim, e autor do blogue “ArLindo” (um dos mais lidos no setor da Educação), também antevê muitos constrangimentos nas escolas, devido à greve de amanhã. “O primeiro- ministro mostrou que não tem qualquer interesse em resolver os problemas dos professores, o que o deixa isolado perante as propostas de toda a oposição para a devolução do tempo de serviço, que é um direito dos professores. Neste sentido, a paz não irá voltar às escolas e será mais um ano de contestação dos professores”, considera.

Sobre as declarações de António Costa, Arlindo Ferreira diz que “o Governo sabe que quando deixar de ser Governo haverá devolução do tempo de serviço aos professores”. Por isso, salienta, “o futuro ficará sempre marcado pela intransigência do PS em negociar com os docentes e caso essa recuperação seja feita por outro governo nunca mais o PS terá uma vida fácil junto dos professores”.

Para o diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, a escola pública está a “implodir aos poucos”, tornando-se “cada vez mais difícil recompor as feridas abertas por todo o mal que se tem feito, com políticas erradas e de facilitismo”.

Diretores pedem “Pacto na Educação”

É necessário um “Pacto na Educação” para resolver os problemas da escola pública. Quem o diz é Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). O responsável entende que a recusa da recuperação integral do tempo de serviço é “um grave problema nacional”, que “necessitará de mais que uma legislatura para ser resolvido”. “O assunto relativo à negociação da recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias, período de tempo congelado aos professores do continente, obriga a consensualização entre os principais partidos políticos. A solução, salvo melhor opinião, passará pela celebração de um Pacto na Educação, após o necessário entendimento, de modo a operacionalizar uma justa reivindicação dos professores”, avança ao DN.

Sobre a greve de amanhã, Filinto Lima lamenta “o recurso desmedido à greve por parte de um sindicato de professores”, porque “banalizou o mais poderoso instrumento de luta que um trabalhador possui”. E, conta, “apesar da greve do dia 6 ter sido convocada por outra federação de sindicatos e ser por um dia”, não está tão seguro da adesão à mesma, embora haja “descontentamento da esmagadora maioria dos professores”.

O presidente da ANDAEP receia ainda que as promessas da oposição sejam “anúncios vapor que rapidamente caem no esquecimento, sem qualquer consequência prática”. Neste ponto, Filinto Lima é perentório: “a responsabilidade na resolução deste problema é coletiva e não deverá haver lugar a aproveitamentos políticos, muitas vezes com demagogia à mistura, que só agudiza o problema”.

Os constrangimentos nas escolas regressam na próxima segunda-feira, dia 9, com nova greve de pessoal não docente.

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O Estudo da ANDE Sobre o Decreto-Lei 74/2023

Clicar na imagem para ler o estudo da ANDE sobre o Decreto-lei 74/2023.

 

Deixo a imagem da última página do estudo que merece ser lido com muita atenção.

 

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Das Palavras O Sentimento – Ser Professor – Carlos Calixto

Ser professor é amar cada criança-pessoa

é lavrar na alma e semear no espírito que ecoa

é ter no pensamento as palavras e o sopro que entoa

é plantar, cultivar e colher o “spiritus” e letra da vida que ressoa

 

O professor é íntimo confidente do imanente permanente em mente.

Carlos Calixto

 

Ser professor é viver o êxtase de participar do acto da criação humana

ser professor é a sublimação da responsabilidade pelo Outro que imana

ser professor é ter na alma o arrebatamento da gratidão de um olhar

ser professor é crescer, sonhar e alcançar; a criança, o adulto e o velho amar

 

Ser professor é fazer parte da vida de outro alguém, como ninguém

é partilhar lições de vida, para a vida, a vida toda; é ser a ponte e ir mais além

é pensar e dar todas as aulas de forma distinta, única e irrepetível

é ser o singular ímpar do original distinto de cada lição e explicação imperdível

 

Ser professor é cultivar o conhecimento, erudição, saber e instrução

é cuidar, idealizar, amar, bem-querer o Ser em formação e educação

é tirar o daninho do caminho, planar montanhas e regar desertos

dar luz à sombra e iluminar o desconhecido; amanhecer ideias e horizontes

 

Ser professor é moldar o destino e fazer a vida acontecer

ser professor é ser actor na sala de aula e ver suceder

é animar o “espectáculo” entrando e saindo de cena; é emocionalidade

é ver o desabrochar da pessoa humana numa lágrima de Felicidade

Ser professor é dar o foco e a solidez dos alicerces pra vida

ser professor é ter a bússola e o norte que apontam na direcção certa

é ter o “Eu” no “Outro”, metamorfoseado em “Nós”; é ser farol, luar e sol

é ser cúmplice e parceiro, par e companheiro, é dar rumo e sentido pra vida

 

Ser professor é ter a força de aceitar grafar o desafio de ir mais além

acreditar como ninguém no Outro que é alguém; o fim escrito manifesto

dar colo, mimar e “açoitar”, elogiar e “ralhar”; é encorajar, dignificar e honrar

mas amar, amar o tempo todo e cuidar, cuidar, cuidar

 

Ser professor é ser maior; é ter razão, coração e dedicação

é ser grande em humanismo, clarão e transformação com justa apreciação

na admirável missão e realização que é paixão pelo Outro

no oceano revolto da descoberta e encontro do pensamento e conhecimento

 

Ser professor é pacificar as dúvidas e ansiedades dos erros do desconhecimento

é ser o “glamour” de tantas e tantas vidas com agradecimento

é ter o magnetismo do encantamento único do reconhecimento

na cumplicidade de existências que é relação única; é empatia e crescimento

 

Ser professor é ter carisma e “tesão” de ensinar, viver utopias e acreditar

é ser mais alto que o Evereste a contrariar a escuridão escura e agreste

é humanizar o desumano e educar o deseducado; é axio-sedução

dar princípios e valores, regras e condutas; ser vivência e atracção

 

Ser professor é fazer a diferença, fazer pular e avançar a ciência

dar instrução e formação, ser recordação com opinião e ilustração

é ser personificação e exemplo, consciencialização e idealização

estímulo, admiração e motivação da intelecção

 

Ser professor é mostrar consideração e trato em cada pequeno gesto e atitude

é dizer estou aqui, estou contigo, vou contigo, sou contigo aluno-meu

é ter nobreza de carácter, a postura e a dimensão da humildade-grandeza

ser gigante com estimação e no respeito; é ser acarinhado pelos condiscípulos

 

Ser professor é circunspecção e ponderação; observação e avaliação

fazer com cada aluno uma obra-prima que não é ilusão

fazer acontecer o exame saber; a aprendizagem e a cidadania entender

a gratificação primeira e última de melhoria e sabedoria apreender

 

Na escola e na vida há sempre um professor marcante

na Educação é um pilar e no Ensino é basilar

viaja com os alunos ao céu estrelado relevante

é brisa e primavera, pensamento a florar e tantas vezes lar

 

O professor é plenitude e amplitude; é mestre e “O Amigo”

família e história para a vida; transmite o total absoluto abrangente

na despedida uma lágrima que comunica o sentir e pulsar “paternal”

ouvidor, conselheiro e didacto-pedagogo; educador, a missão está cumprida!

 

“Se não morre aquele que planta uma árvore e nem morre aquele que escreve um livro, com mais razões não deve morrer o educador. Pois ele semeia nas almas e escreve nos espíritos. (Bertold Brecht)

“Ser professor é muito mais que uma profissão (…) É saber somar, é gostar de dividir, é ter o dom de multiplicar”. (Roseli de Abreu)

“Ser professor é um desafio, mas acrescento: É um desafio apaixonante”.

(Ricardo de Moura Borges)

Disse.

Nota: professor que escreve de acordo com a antiga ortografia.

CCX.       

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Passos Manuel, muito provavelmente, não discutiria com António Costa…

Passos Manuel, muito provavelmente, não discutiria com António Costa…

 

Manuel da Silva Passos (1801-1862), mais conhecido como Passos Manuel, foi um dos primeiros obreiros da transformação do Ensino Público em Portugal, numa época em que, na verdade, praticamente não existia Ensino Público…

Resumidamente, entre outros, deveu-se a si a Reforma da Instrução Secundária, que aprovou o Plano dos Liceus Nacionais (Alexandra Alegre, Reforma de Passos Manuel de 1836)…

À época, Passos Manuel terá sido um visionário, devendo-se a si, talvez, a primeira tentativa de massificar e de democratizar o acesso à Escola Pública em Portugal, ainda que, por diversos motivos, a Reforma proposta por si não se tivesse concretizado de forma satisfatória…

No âmbito do Plano dos Liceus Nacionais, o Liceu Passos Manuel, actualmente designado como Escola Básica e Secundária Passos Manuel e sede do Agrupamento de Escolas com o mesmo nome, foi o primeiro Liceu criado na cidade de Lisboa…

Na década de 70 do Século XX, o 1º Ministro António Costa fez parte da sua escolaridade no “Liceu” Passos Manuel, onde, ao que consta, terá sido muito feliz… (Revista Visão, Fernanda Tadeu: o apoio secreto de Costa)…

Alguns anos mais tarde, também eu fiz parte da minha escolaridade no “Liceu” Passos Manuel, sendo essa, talvez, uma das poucas coisas que alguma vez poderei ter em comum com António Costa, enquanto Político e Governante…

E todo o enquadramento anterior vem a propósito de algumas afirmações proferidas pelo 1º Ministro António Costa em 2 de Outubro passado e desta declaração de Passos Manuel em 1852:

– “Quando estou menos ilustrado e tenho uma opinião e depois sigo outra, há nisto uma contradição. Mas esta contradição honra sempre o homem que muda de opinião. Eu com quarenta e sete anos de idade sou obrigado a ter mais experiência e a saber mais do que quando tinha vinte anos. O tempo não pode passar em vão por cima de um homem público. Se não se pode mudar de opinião, então não serve de nada a discussão.” (Assembleia da República, Peço a Palavra/Passos Manuel 1852)…

– À luz da declaração anterior, a entrevista concedida pelo 1º Ministro António Costa à CNN Portugal no passado dia 2 de Outubro bem poderá ser considerada como uma completa decepção…

No que aos Professores respeita, António Costa deixou, mais uma vez, bem claro, e num tom visivelmente crispado, que jamais alterará a sua opinião:

– A contagem ou a recuperação integral do tempo de serviço dos Professores voltou a ser categoricamente rejeitada por si, sem qualquer margem para alterações futuras…

António Costa, enquanto Chefe do Governo, é o principal responsável pela acção governativa…

António Costa, enquanto Chefe do Governo, não muda de opinião e já demonstrou, em diversas ocasiões, todo o esplendor da sua obstinação e da sua arrogância, pelo que, para todos os Sindicatos de Professores, a mensagem subliminar a reter talvez seja esta:

– A subtracção de tempo de serviço aos Professores é um facto consumado para o actual 1º Ministro, que é quem, efectivamente, manda no Governo, mesmo que as mais variadas evidências factuais demonstrem que só não é possível anular essa injustiça pela teimosia obsessiva e pela falta de vontade política do Chefe do Governo…

– Que “discussão”/”negociação” poderá existir com quem se recusa a mudar de opinião, por mera teimosia?

– Porque se perde tempo a ouvir ou a discutir com quem nunca mudará de opinião?

– Estarão os Sindicatos dispostos a abdicar da recuperação integral do tempo de serviço dos Professores, acabando por aceitar um escandaloso roubo?

“Quando estou menos ilustrado e tenho uma opinião e depois sigo outra, há nisto uma contradição. Mas esta contradição honra sempre o homem que muda de opinião.” (Assembleia da República, Peço a Palavra/Passos Manuel 1852)…

Há homens (e mulheres) a quem, dificilmente, poderá ser reconhecida a honra e a capacidade de mudarem de opinião…

Lamentavelmente, o 1º Ministro António Costa parece ser um desses homens…

Se vivessem na mesma época, o mais certo é que Passos Manuel não se desse sequer ao trabalho de discutir com António Costa…

Passos Manuel, muito provavelmente, não discutiria com António Costa…

(Paula Dias)

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Dá Razão e Crítica à Proposta do PSD – Carlos Calixto

DA RAZÃO E CRÍTICA À PROPOSTA DO PSD

TEMPO A MAIS PARA TEMPO A MENOS

 

Declaração de interesse: o texto que se segue é um artigo de opinião que vincula apenas e só, somente o meu pensamento, ideias, contraditório e liberdade de expressão. Deixamos o registo para salvaguarda de todo e qualquer conflito de interesse. A crítica apresentada é um contributo para aclarar a negociação e a tomada de decisão política.

Obrigado.

 

Carlos Calixto

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