11 de Outubro de 2023 archive

Reuniões Intercalares e sobretrabalho

Reuniões intercalares são facultativas, poderão realizar-se online e os professores poderão fazer greve, caso acumulem com aulas

Na sequência dos pedidos de esclarecimento chegados aos Sindicatos da FENPROF sobre a realização de reuniões intercalares, que, em várias escolas, terão lugar ainda no mês de outubro, informa-se:

– As reuniões intercalares passaram a ter caráter facultativo, de acordo com o disposto na alínea r) do Anexo do Despacho n.º 2/2023, de 3 de agosto;

– Este despacho contém algumas medidas – ainda insuficientes – de combate à burocracia, as quais o ME designa como sendo de simplificação e modernização administrativa;

– O despacho decorre, em todo o caso, da pressão que a FENPROF vem exercendo, de há muito, nos sentidos de desburocratizar a profissão e resolver sobrecargas, abusos e ilegalidades com os horários de trabalho; embora muito aquém das propostas que foram apresentadas, pode considerar-se um primeiro passo que o ME teve de dar;

– Para realização destas reuniões, nos casos em que tenham lugar, as escolas / agrupamentos deverão suspender a atividade letiva, sob pena de os professores ultrapassarem ainda mais os limites legais que a lei estabelece para o seu horário de trabalho, não podendo ser justificadas com a existência de um alegado “banco de horas”, a compensar mais tarde, pois na Administração Pública esta figura não tem enquadramento legal;

– A realização das reuniões intercalares, se forem mantidas, poderá ser online, como esclarece a alínea b) do Anexo ao despacho;

– Caso estas reuniões se realizem sem que sejam suspensas as aulas, constituindo, nestes casos, uma atividade que impõe uma situação de “sobretrabalho”, existe um Pré-aviso de greve ao sobretrabalho, que é diário. Já foram entregues pré-avisos até 27 de outubro, mas, semanalmente e até final do ano, a greve será prolongada se os responsáveis do ME não acabarem com os abusos e as ilegalidades que se abatem sobre os horários de trabalho dos professores. Neste pré-aviso constam ainda outras atividades que são por ele cobertas.

Está na tua mão impedir que o ME e o governo abusem da tua vida, impondo a multiplicação insuportável de tarefas e forçando trabalho que excede os limites legais estabelecidos, interferindo na tua vida pessoal e familiar e causando elevados níveis de cansaço e, até, de exaustão emocional.

Lisboa, 11 de outubro de 2023

Fonte: FENPROF

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O Regresso do S.TO.P. às Ruas

Tenho uma grande curiosidade para ver como será este regresso do S.TO.P. às ruas numa manifestação marcada para o dia 18 de novembro.

 

Stop marca manifestação para 18 de Novembro por um OE2024 que “invista na escola pública”

 

Stop mantém ameaça de greves. “Exigimos um Orçamento do Estado que invista a sério na escola pública e na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam.”

 

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) marcou uma manifestação nacional para o próximo dia 18 de Novembro, em Lisboa. “Exigimos um Orçamento do Estado que invista a sério na escola pública e na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam. Ontem cerca de 150 comissões sindicais e de greve de todo o país reuniram e aprovaram a realização de uma manifestação nacional”, disse esta terça-feira o coordenador do sindicato, André Pestana, à entrada da segunda ronda negocial sobre a proposta de alteração do regime jurídico da habilitação profissional para a docência, que está actualmente a ser negociada com os sindicatos do sector.

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MPD – Resultado Após Aperfeiçoamento

Exmo./a Sr./a Diretor/a/Presidente da CAP,

 

Tendo sido hoje divulgados os resultados após Aperfeiçoamento do Pedido de Mobilidade de docentes por motivo de Doença 2023/2024, regulado pelo Decreto-Lei n.º 41/2022, de 17 de junho, informa-se V. Exa. que poderá consultar os dados relativos aos docentes que saíram ou foram colocados no AE/ENA que V. Ex.ª dirige através desta forma de mobilidade, na plataforma SIGRHE – Situação Profissional > Movimentação de docentes.

 Mais informamos que aos docentes que obtiveram outra colocação através desse procedimento, foi dado o prazo de até às 23:59h do dia 13 de outubro de 2023, através do E72 (área “Concursos” > Tema “Mobilidade por Doença”), manifestarem à DGAE a vontade de desistir do MPD ou de ficarem colocados no AE/ENA em que se encontram a exercer funções. Caso nada seja dito, a colocação de MPD ficará sem efeito.

Em conformidade, informaremos V. Exa. da decisão desses docentes e dos procedimentos que deverão ser tomados subsequentemente.

 

Com os melhores cumprimentos,
A Diretora-Geral da Administração Escolar

Susana Castanheira Lopes

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FNE não chega a acordo com o ME sobre a formação de professores

 

 

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OE 2024 para a educação na voz dos sindicatos

 

 

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Discurso para iludir ingénuos e inacção como forma de governar

 

Na voragem das notícias, acontecimentos graves caem no esquecimento e passam sem a intervenção dos primeiros responsáveis da cadeia de comando e sem as consequências que a ética mínima imporia.
1. A directora do Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, de Gondomar, estará a ser vítima de um processo disciplinar porque na sede do agrupamento foi colocada uma tarja preta em que se pode ler: “Estamos a dar a aula mais importante das nossas vidas”. Em comunicado, os professores e educadoras do agrupamento assumiram a responsabilidade colectiva por uma iniciativa que conceberam, pagaram e executaram, tendo a directora, e bem, apenas autorizado.
Eis, mais uma vez, a hipocrisia bafienta do ministro da Educação e do primeiro-ministro trazida à luz do dia. No preciso ano em que se iniciam as comemorações dos 50 anos da liberdade que Abril nos trouxe, a consciência dos dois ficou tranquila perante um flagrante atropelo ao artigo 37º da Constituição da República Portuguesa que, em quatro eloquentes parágrafos, fixa o direito à liberdade de expressão e informação, que a comunidade de docentes em apreço exerceu.
Do mesmo passo, é penoso assistir à continuada degradação da Inspeção-Geral da Educação e Ciência, cada vez mais lesta em exercícios censórios, de perseguição aos poucos directores que recusam ser simples lacaios políticos desta perniciosa maioria absoluta.
2. Por dever de ofício, ouvi o que António Costa disse sobre os professores na longa entrevista que deu à CNN: um exemplar discurso para iludir ingénuos e uma antologia de inverdades para mascarar a inacção que caracteriza a sua forma de governar.
António Costa voltou à cassete segundo a qual a recuperação do tempo de serviço dos professores é insustentável para o país, por razões de natureza financeira e de equidade relativamente aos restantes funcionários públicos.
São muitas as demonstrações de que o argumento financeiro é falso. António Costa disse, em Março deste ano, que quando o ministro da Educação fala é ele que estava a falar. Logo a seguir afirmou que a recuperação do tempo de serviço dos professores custaria 1300 milhões ao ano, ao mesmo tempo que o ministro da Educação afirmava que as contas estavam ainda a ser feitas. À legítima pergunta sobre em qual Costa deveríamos acreditar respondeu, dias volvidos, o Ministério das Finanças, dizendo que a recuperação custava 331 milhões, valor idêntico àquele a que chegou um criterioso estudo promovido pela Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE). Para além do fundamentado desmentido dos delírios de António Costa, esse estudo demonstrou ainda que, se a recuperação fosse agora feita, a massa salarial cresceria 3,6% nos próximos três anos e baixaria 7,3% nos sete anos seguintes, sendo os custos da recuperação integral do tempo de serviço totalmente absorvidos no final da década. É isto (10% do preço das piruetas sem critério que António Costa deu na TAP) que é insustentável para o país?
Quanto à equidade, fala de quê, António Costa, quando na própria entrevista tem o topete de anunciar, consoante modelos diferenciados de funcionamento dos centros de saúde, aumentos de salários para médicos de 12,7%, 33%, 60% ou mesmo 66%? Ou de 33% para os que aceitem a dedicação plena nos hospitais?
Fala dos politicamente muito convenientes aumentos dos magistrados e juízes, de 2019?
Fala da generalidade das outras carreiras, em que o tempo de serviço, convertido em pontos, já foi reposto? Ou insiste na mentira descarada de haver igualdade de recuperação de tempo de serviço entre os professores e as demais carreiras, que recuperaram 70% de 10 anos, enquanto os professores recuperaram 70% de quatro anos?
Fala da recuperação de todo o tempo de serviço aos enfermeiros? Ou acha que há equidade entre os professores do continente e os dos Açores e da Madeira?
De acordo com a retórica elogiosa do primeiro-ministro, o Governo foi magnânimo com os professores, oferecendo-lhes um “acelerador” de carreiras. Faltou-lhe citar os detalhes, que a ANDE já denunciou: os efeitos da medida são de tal modo diluídos no tempo que, mais de 3000 docentes só os sentirão nos anos de 2031, 2032 e 2033; apenas em 2025 se atingirá metade dos docentes abrangidos pela medida, sendo que os promovidos nessa altura terão, em média, cerca de 61 anos.

In “Público” de 11.10.23

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ESE’s contestam o projecto de diploma sobre a habilitação profissional para a docência

Todas as escolas superiores de Educação do ensino público contestam o projecto de diploma sobre a habilitação profissional para a docência. Negociações com os sindicatos prosseguem esta terça-feira.

Estagiários não podem trabalhar sozinhos com as crianças mais novas, alertam escolas de educação

 

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