São 2041 docentes que vão ter de realizar o período probatório.
A média do tempo de serviço destes 2041 docentes é de 10,5 anos de serviço.
A média de tempo de serviço antes da profissionalização é de 1,8 anos de serviço e após a profissionalização é de 8,7 anos de serviço.
O docente com mais tempo de serviço que vai realizar o período probatório é do grupo 100 – Educação Pré-Escolar e já tem 13.139 dias de serviço (mais de 35 anos de serviço enquanto educador profissionalizado).
E são 47 docentes que já têm mais de 10 mil dias de serviço.
Se isto não é um absurdo peço desculpa a quem discorde de mim.
Fica aqui a lista do número de docentes que terão de realizar o período probatório de acordo com o seu grupo de provimento.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/10/2041-docentes-a-realizar-o-periodo-probatorio-alguns-com-mais-de-35-anos-de-servico/
Nas listas publicadas hoje existem mais de 2 mil docentes que estão obrigados a realizar este ano o período probatório.
O período probatório destina-se a verificar a capacidade de adequação do docente ao perfil de desempenho profissional exigível, tem a duração mínima de um ano escolar e é cumprido no estabelecimento de educação ou de ensino onde aquele exerce a sua atividade docente como estabelecido no artigo 31.º do ECD.
Ainda não alisei o tempo de serviço destes docentes, mas todos eles já tem larga experiência no ensino e agora vão ter de provar com Aulas Observadas que podem no final do ano passar a sua nomeação de provisória a definitiva.
Enquanto isso estes 2000 docentes vão ocupar 360.000 minutos de aulas de outros docentes que terão de os observar.
Quando tanto se fala na falta de docentes nem se tem em conta o tempo de aulas dos alunos que se desperdiça com futilidades.
Ao todo vão ser perdidas 7.200 aulas de alunos para observar estes 2 mil docentes.
Encontra-se publicada a Nota Informativa Período Probatório 2023/2024, bem como a lista de docentes que realizam o Período Probatório e a Lista de docentes dispensados do Período Probatório.
A bola de fogo cruzou o céu apenas por duas vezes desde que, no passado dia 8 de outubro, um estudo divulgava uma realidade inquietante relativamente aos rendimentos dos portugueses. Segundo aquele estudo, um professor em Portugal – que na boca do povo, ganha muito –, com um rendimento que o coloca na classe média, noutros onze países da União Europeia, com esse vencimento é considerado pobre.
Depois de congelamentos na carreira, quotas para progressão e uma década sem aumentos salariais e recentes aumentos insignificantes muito abaixo da inflação, os professores estão cada vez mais pobres. Sim, pobres, uma vez que é das poucas profissões que exige ao trabalhador gastos para poder trabalhar.
Sem dúvida alguma que estamos num país que não presta para se viver. Temos um poder de compra miserável. Os trabalhadores portugueses são dos que enfrentam os preços mais altos e dos que têm salários mais baixos, manifestando-se num poder de compra muito baixo e numa má qualidade de vida. Tantos estudos a tentar explicar o motivo de sermos dos povos mais tristes da europa, mas não são precisos grandes estudos para se descobrir o motivo de assim ser.
Só o facto de na Roménia os cidadãos já nos terem ultrapassado no poder de compra, diz muito sobre a pobreza que reina no seio do nosso povo.
Mas, no caso dos professores, a situação ganha proporções alarmantes, porque para trabalhar, se veem obrigados a suportar despesas onde somos campeões de preços elevados, como rendas, muitas vezes de uma segunda ou mesmo terceira habitação, combustíveis altíssimos, portagens caras (que são gratuitas em muitos países) e o mais elevado preço de viaturas, devido à taxação com o ilegal imposto automóvel.
Como uma doença contagiosa, silencioso, o desespero vai tomando conta destes profissionais um pouco por toda a parte; uns a viverem em tendas e em autocaravanas, a dormirem nas suas viaturas em plena rua, em despensas ou sofás arrendados, aceitando juntar à falta da família, a privação do mínimo de conforto e a fome. Uns pagam para trabalhar e outros, que já o fizeram durante décadas, são agora os maiores clientes dos gabinetes de psiquiatria e da indústria farmacêutica de antidepressivos.
É para isto que se estuda em Portugal?
Esta é que é a tal profissão repleta de privilégios que todos tanto invejam?
Um país civilizado não admitiria este tratamento a quem se empenha na sua formação e dedica a sua vida a uma das mais nobres e importantes profissões. Isto não é digno para alguém que tem o papel de inspirar e preparar as próximas gerações.
Não sendo, infelizmente, um exclusivo da classe docente, nesta terra, um professor trabalha para empobrecer, trabalha para sobreviver e, muitos deles, descontadas as despesas de contexto, como deslocações e estadias, têm de viver abaixo do limiar de pobreza.
São estes os tais profissionais que o nosso mui ilustre primeiro-ministro, do alto da sua indignação, nas comemorações do 10 de Junho apelidou de «injustos». De facto, se sua excelência soubesse um pouco sobre o que é a vida de um docente, cuidaria de os tratar com mais justiça e pediria desculpa por essas palavras infelizes e desmerecidas que proferiu. Trataria a classe com mais consideração, começando por lhe devolver o tempo de serviço prestado que lhe foi roubado – muito dele com sacrifícios pessoais pelos quais nunca passou – e empenhar-se-ia em lhe disponibilizar condições de trabalho condignas.
Mas como, por estas bandas, mais pobres do que os bolsos das pessoas, só mesmo a moral da classe política, não se podem esperar milagres.
Não vou usar o chavão “calcem por um dia os sapatos dos professores”, porque essa gente jamais conseguiria compreender. Limito-me a dizer que larguem as vossas vidas e as vossas gentes, vão morar em qualquer lugar longe, tentem se governar com o grande vencimento que nos dão e aprendam o que é privação e fome, enquanto, longe dos vossos, vos obrigarão a tolerar os filhos dos outros que não têm paciência para os educar. Aí, depois, venham falar sobre o significado de «injustiça» e sobre a palavrinha “Respeito” que os professores há tanto exigem.
Em rigor, o maior defeito dos professores é o excesso de respeito com que vos têm tratado, permitindo que, às custas do seu suor e do que lhes foi roubado, vocês os vão subjugando para enriquecerem.
O cada vez mais emperuzado ministro das Finanças disse, em entrevista com escasso contraditório, que não se recuperaria o tempo de serviço dos professores, porque isso seria dar aos docentes um tratamento diferente do dado a outras carreiras. Dito assim, o pessoal ainda poderia ficar meio na dúvida. Mas a criatura especificou e, como se sabe, todos os diabos se escondem nas especificações de um ignorante ou, neste caso de um caso muito grave de desonestidade política. E Medina especificou polícias, enfermeiros e técnicos superiores.
Com a aprovação do decreto-lei, assiste-se ao descongelamento da progressão salarial dos enfermeiros, assegurando-se, para efeito de posicionamentos remuneratórios e progressões na carreira,a contagem de 1,5 pontos de 2004 até 2014 e 1 ponto nos anos subsequentes.
Este é um compromisso que assegura a equidade entre trabalhadores enfermeiros, restitui previsibilidade à evolução salarial dos profissionais e aumenta as remunerações de um número muito significativo de enfermeiros.
Dentro do quadro de sustentabilidade e responsabilidade orçamental do SNS, o Governo assegura que os pagamentos que resultem do reposicionamento remuneratório decorrente deste diploma serão feitos com efeitos retroativos a janeiro de 2022.
Ao todo, prevê-se que este descongelamento nas progressões salariais abranja cerca de 20 mil enfermeiros, com um impacto orçamental anual de aproximadamente 80 milhões de euros, um esforço financeiro considerável, que demonstra uma vez mais o compromisso do Governo na valorização dos profissionais.
O módulo de tempo padrão corresponde a 10 anos, já que, em regra, nas carreiras gerais, são necessários 10 pontos na avaliação de desempenho para mudar de escalão, sendo que sete anos de congelamento correspondem a 70% do módulo de progressão, segundo as explicações do executivo.
Primeiro-ministro chegou a dizer que descongelar carreiras a todos os funcionários elevaria a despesa pública em 1,3 mil milhões de euros, tanto quando custa o plano de alívio de IRS para 6 milhões de famílias já em 2024.
Quando estava a desenhar a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024), apresentada esta terça-feira, dentro do governo houve poucas ou nenhumas dúvidas em escolher uma de duas medidas.
Segundo a mesma fonte, ganhou facilmente a opção orçamental que visa melhorar o rendimento disponível porque abrange seis milhões de trabalhadores ou famílias em Portugal, grupo onde até estão incluídos também as várias dezenas de milhares de professores e, na verdade, os outros funcionários públicos.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2023/10/opcoes-governo-teve-poucas-duvidas-em-baixar-irs-da-classe-media-em-vez-de-ceder-aos-professores/
O Governo fechou esta quarta-feira as negociações com as estruturas sindicais da administração pública, mantendo a proposta de aumentos salariais de um mínimo de 3% no próximo ano, disse a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Aviso de abertura de procedimento concursal simplificado (local) – França – horários LYO11, RPA06, RPA11, RPA24, RPA25, RPA31, RPA32 e RPA34
Informam-se todos os interessados que se encontra aberto um procedimento concursal simplificado (local) destinado ao recrutamento local de professores do ensino português no estrangeiro para o 1.º e 2.º CEB – horários a prover: LYO11, RPA06, RPA11, RPA24, RPA25, RPA31, RPA32 e RPA34.