A ideia de que só se deve aprender o que é útil é uma ideia útil mas absolutamente parva
Sobre a educação — a matança dos tenrinhos
Sim, voltemos à síntese sobre a educação:
“Não se trata de encher um balde, trata-se de acender um fogo.”
E sejamos, pois, directos e pragmáticos: não é possível acender um fogo em vez de encher um balde se o que se pede no final, nos exames, é que o balde cheio — o aluno que sabe a matéria — descarregue a água pedida na medida certa. Uma avaliação fechadíssima, de qualquer disciplina — que em vez de pensamento pede fechamento —, o que exige é o balde cheio de uma água concreta e bem definida e o que impede, violentamente, é o espantoso exercício da curiosidade. Mesmo que tal seja involuntário ou mesmo inconsciente, é isto que acontece. Toda a curiosidade será proibida, diz o exame fechado, logo no início do ano, aos alunos, em modo altifalante, para que nenhum ouvido escape; toda a curiosidade sobre assuntos laterais ao programa, mesmo que assuntos fascinantes, é curiosidade inútil, pois não enche o balde com a água fechadíssima que vem para a avaliação — esse autor e essa ideias são incríveis, sim, mas não vêm para o exame; peço desculpa, passemos à frente
5 comentários
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É um Absurdo, com A maiúsculo, o que acontece, actualmente, com a Educação neste país! Não vou abandonar a profissão, aos 52 anos, por causa dos escalões, das carreiras, da remuneração, da falta de respeito e consideração de todo um país por nós (também por isto, claro!), mas pelo genocídio da criatividade, do pensamento, do espírito opinativo, analítico em curso…. Vá lá que ainda temos exames, não fosse a Elvira Fortunato a, pertinentemente, explicar a este ministro da educação que não podemos dar completamente cabo de um país se damos cabo da educação! Após o problema dos exames, temos outro de gravíssimo grau…. Os exames de cruzes! Isto devia ser crime de lesa majestade. É a castração, de facto, de qualquer oportunidade para um aluno/a poder defender, com bases científicas, claro, uma posição, uma atitude, uma obra, um autor, um contexto ou conjuntura históricos, uma dimensão científica. Nada! Nada lhe é permitido, na verdade! Portanto, nunca concordaria mais consigo 👍
Você pode não abandonar a profissão por causa dos escalões, das carreiras, da remuneração, etc. Mas já vi muitos a fazerem-no.
Eu próprio estou neste momento a ponderar fazê-lo, até porque já tenho propostas nesse sentido que serão, no futuro, mais vantajosas, do que estar eternamente parado por não haver vagas no 5.º ou 7.º escalões, porque entretanto alguém se lembrou que, quem teve de baixa 30 dias por doença não merece progredir, ou porque quem entrou na carreira em 2005/2006 não deve ter sofrido pelo congelamento começado em … 2005/2006.
O passo será dado, talvez mais cedo do que tarde. E não é porque não me disseram ao longo dos últimos anos que não o fizesse. Pelo contrário, muitos foram os colegas que saíram que me disseram para fazer o mesmo, para não continuar a ser prejudicado. Mas fui dizendo que não.
Desta vez o não será sim. Pela sanidade mental, pelo tempo com a família, por um ordenado digno e por uma reforma acima do ordenado mínimo.
Caro António Tavares,
Tenho de fazer duas correções:
– O cartão da ADSE é pago e bem pago, não é a somar ao ordenado é a descontar 3,5% do ordenado;
– O horário de trabalho na função pública são 35 horas e o dos professores também e não são pagas as horas extra que fazem.
Quanto às tretas só posso dizer que também conheço Arquitetos a ganharem 2000,00 euros e mais, conheço Advogados a ganharem 150 euros à hora e mais, conheço Engenheiros a ganharem 3.500,00 euros… etc.
Todos conhecemos muita gente a ganhar mais e a ganhar menos, até conhecemos pessoas que ganham a vida a enganar e a roubar os outros.
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Calma Ruisinho….andas a desafiar a sorte…..és um sitôr primário
Caro Ruisinho, deixa-me responder aos teus kamaradas………..
Caro Anónimo
Com que então estás a “p-o-n-d-e-r-a-r” sair de Sitôr da Treta da Escolinha Publica. Deves estar completamente azoratado da mona.
Põe-te a pau kamarada!…olha que se saíres da escolinha publica vais ganhar de ordenado Muito Menos do que aquilo que os CONTRIBUINTES te pagam atualmente na dita escolinha publica.
Conheço Mestre Arquitetos a ganharem 900,00 euros e menos (ILIQUIDOS)
Conheço Mestres em Direito a ganharem 1.200,00 euros (ILIQUIDOS)
Conheço Engenheiros a ganharem 1.500,00 euros (ILIQUIDOS)
Tabela Salarial das Sitôras e Sitôres da dita escola publica (vai ser atualizada com mais 1% de aumento)
1.º escalão – índice 167 = 1 589,01 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
2.º escalão – índice 188 = 1 782,27 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
3.º escalão – índice 205 = 1 938,72 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
4.º escalão – índice 218 = 2 058,36 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
5.º escalão – índice 235 = 2 214,81 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
6.º escalão – índice 245 = 2 306,83 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
7.º escalão – índice 272 = 2 555,32 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
8.º escalão – índice 299 = 2 806,72 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
9.º escalão – índice 340 = 3 191,59 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
10.º escalão – índice 370 = 3 473,19 € + Subsídio de Alimentação + Cartão da ADSE
Acresce: – Esta gentinha trabalha 22 horas por semana; podem meter 8 artigos 102º para tratar de assuntos pessoais (para irem tomar café); existem Mobilidades para os que estão doentinhos; tem Férias no Natal, Carnaval, Páscoa e Verão; avaliam-se uns aos outros com Bom, Muito Bom e Excelente
No Setor Privado trabalham-se 40 horas por Semana; Não há artigos 102º; Não há férias de Natal, Carnaval, Páscoa e Verão; Não há Mobilidades para doentinhos (quem não pode trabalhar vai para o Olho da Rua;
Toma Juízo nessa carola!…….deves andar Azuratado………….
Não conheço uma única Sitôra ou Sitôr da Tanga que tenha deixado a escolinha publica para ir trabalhar no Setor Privado. NEM UM ÚNICO!…..
Coloca isto na tua carola!….Não sabes o que dizes e vens para aqui Inventar umas Larachas…………..
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Apedeuta.
Só deves ter um neurónio e esse está completamente atrofiado pela estupidez.