Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 19.ª Reserva de Recrutamento 2020/2021.
Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira, dia 1 de março, até às 23:59 horas de terça-feira, dia 2 de março de 2021 (hora de Portugal continental).
DO ABUSO NA VACINAÇÃO (H)À SANÇÃO JURÍDICA E POLÍTICA
No enredo das vicissitudes do processo (kafkiano?) de vacinação, não esqueçamos que inicialmente assistimos uma intensa campanha de rejeição socioemocional da vacina, uma massiva rejeição alimentada ardentemente pelos entusiastas facebookianos, naquele estilo narrativo de quem profere sentenças com transito em julgado e verdades inquestionáveis que incendeiam as redes sociais. Contudo, num ápice, invertemos de posição vertiginosamente e eis-nos, sob impulso coletivo, a querer à saciedade a vacina.
Da aparente denegação até à gestão desastrosa daqueles “apparatchiks” que têm o dever de cuidar dos mais frágeis, de exercerem um real ministério do cuidado e de pastoral da fragilidade foi um passo dado por muita gente de perna curta, e é consabido que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
Sem embargo, desde as vacinas que se estragaram ou que se poderiam estragar, sendo, por conseguinte, dadas indevidamente a grupos não prioritários, é ponto assente que o regabofe tomou conta disto tudo. O cidadão lúcido em Democracia quer rigor, autoridade e essencialmente decência na gestão da coisa pública, onde se inclui o plano de vacinação.
Ponto prévio, é prudente que determinadas figuras de Estado devam ser vacinadas no grupo de prioritários, por pressuposto de governança das instituições nucleares do país e, cumulativamente, nalguns casos, por razoes de idade e saúde. Sem nada a opor quanto ao predito, é imperioso afirmar que há pessoas prioritárias, nomeadamente profissionais de saúde, do terceiro setor, da proteção civil, idosos em lares e nas suas casas e doentes suscetíveis a quem deve ser dada a vacina nesta primeira fase de vacinação sem dilações.
Posto isto, a seriedade no processo de vacinação em curso deve ser um valor superior, a tónica de decisão-ação é a retidão, a verdade e a justiça, sob prejuízo de lesar, basilarmente, a credibilidade nas instituições e nos governantes.
Com efeito, somos geridos em vários setores de atividade, desde cargos de direção na gestão pública, na administração do setor solidário, na administração de serviços paroquiais/eclesiais/sociocaritativos pela indecência e pela incompetência, sem escopo de bem comum, apenas centrados no umbiguismo, familiarismo e amiguismo.
Relativamente à polémica em torno da vacinação de Deputados, tampouco me interessa o partido, sendo, porventura, (im)prescindíveis ao bom funcionamento da Democracia e da Governança do País, apesar de serem maioritariamente jovens e, presumivelmente, não pertencerem a grupos de risco, pelo que apenas patenteará a egoística redoma em que vivem, sem noção da condenação popular que alastra inflamadamente.
Podem vociferar – arautos de pensamento único – que não podemos embarcar em discursos politicamente corretos e populismos simplistas. Todavia, no hiato entre o dizer e o fazer, já todos percebemos que ensejam uma Democracia Ad Hoc conforme aprouver ou mais jeito convier aos novos colonizadores do regime, sob tiques de aristocratas da república que apenas se preocupam em defender a tribo.
É ponto assente que os cheios de si não veem a ilha em que se tornaram, só saindo dela se poderiam voltar a ver a si mesmos. Sem delongas, só brota solipsismo, ensimesmamento e egocentrismo próprios da egolatria que não permite ver o ‘demo’ – o povo, apenas o agigantado ego.
A preocupação das elites políticas com a credibilidade das instituições e a valorização das estruturas democráticas perante o povo (o demo) mais parecem chavões de teoria sem aplicabilidade prática. O mesmo se aplica a dirigentes do terceiro setor e de membros de instituições pertencentes à Igreja. Aliás, é sobejamente conhecido o lema: bem prega Frei Tomás, escuta o que ele diz, não olhes para o que faz.
Valeria a pena atentar nestas premissas com o pensamento crítico aceso:
✓ Liderar pelo exemplo;
✓ Não basta a Lei, é preciso ética e moral;
✓ Não usar subterfúgios, favores, abusos de poder, esquemas ilegais e privilégios;
✓ Aguardar com coragem e solidariedade a sua vez;
✓ A teoria só tem validade à luz da sua aplicação prática;
✓ Não basta parecer, é crucial ser.
Assim, num ermo sem critérios, sem metas, sem calendarização e sem um plano de vacinação que possa ser entendível, audível e visível, o povo Português tem o direito de ser devidamente informado e não ludibriado pelas elites que o lideram, devendo, em meu entendimento, haver lugar a sanções jurídicas sobre os prevaricadores e reflexão do cidadão sobre o modo como os nossos líderes políticos e dirigentes de instituições públicas e do terceiro setor se comportam em tempo de agonia e desassossego para todos os cidadãos. O barco é o mesmo, navegamos juntos e nenhum prioritário pode ficar no cais.
Em jeito de laia final, já não há bonomia que suporte a insustentável leveza do ser, tampouco paciência para tanta incompetência, indecência e desfaçatez. Recorrendo ao olhar de Miguel Torga, isto é um “misto de espanto e terror”, espanto pelo desacerto e desgoverno verificados e terror pelo significativo número de infetados e mortos devido à pandemia Covid-19.
O bom senso não carece de confinamento, sendo um conselheiro sapiente na tomada de decisão política. É suficiência bastante a gestão eficiente dos recursos disponíveis para o cumprimento adequado do plano, tendo como alvo premente aqueles que mais precisam – o grupo de prioritários, evitando a sobrelotação no acesso aos cuidados intensivos e o, consequente, colapso do serviço nacional de saúde.
Será que o Avesso de Baião pôs isto tudo às avessas?
Nelson Carneiro (Professor)
Comparando com o ensino presencial , o ensino remoto trouxe uma significativa ” melhoria” da saúde do professorado. Remédio santo, compreende-se!
Mas atenção ! Não obstante, o 110 ( ensino primário) continua muito debilitado, com um razoável número de doentes (?) – ver lista .
Se mesmo em casa as maleitas os “atacam” forte e feio , imagine-se o que será quando as escolas (re)abrirem ! Preparemo-nos para a debandada. Um caso de “estudo”…
2 comentários
DO ABUSO NA VACINAÇÃO (H)À SANÇÃO JURÍDICA E POLÍTICA
No enredo das vicissitudes do processo (kafkiano?) de vacinação, não esqueçamos que inicialmente assistimos uma intensa campanha de rejeição socioemocional da vacina, uma massiva rejeição alimentada ardentemente pelos entusiastas facebookianos, naquele estilo narrativo de quem profere sentenças com transito em julgado e verdades inquestionáveis que incendeiam as redes sociais. Contudo, num ápice, invertemos de posição vertiginosamente e eis-nos, sob impulso coletivo, a querer à saciedade a vacina.
Da aparente denegação até à gestão desastrosa daqueles “apparatchiks” que têm o dever de cuidar dos mais frágeis, de exercerem um real ministério do cuidado e de pastoral da fragilidade foi um passo dado por muita gente de perna curta, e é consabido que mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
Sem embargo, desde as vacinas que se estragaram ou que se poderiam estragar, sendo, por conseguinte, dadas indevidamente a grupos não prioritários, é ponto assente que o regabofe tomou conta disto tudo. O cidadão lúcido em Democracia quer rigor, autoridade e essencialmente decência na gestão da coisa pública, onde se inclui o plano de vacinação.
Ponto prévio, é prudente que determinadas figuras de Estado devam ser vacinadas no grupo de prioritários, por pressuposto de governança das instituições nucleares do país e, cumulativamente, nalguns casos, por razoes de idade e saúde. Sem nada a opor quanto ao predito, é imperioso afirmar que há pessoas prioritárias, nomeadamente profissionais de saúde, do terceiro setor, da proteção civil, idosos em lares e nas suas casas e doentes suscetíveis a quem deve ser dada a vacina nesta primeira fase de vacinação sem dilações.
Posto isto, a seriedade no processo de vacinação em curso deve ser um valor superior, a tónica de decisão-ação é a retidão, a verdade e a justiça, sob prejuízo de lesar, basilarmente, a credibilidade nas instituições e nos governantes.
Com efeito, somos geridos em vários setores de atividade, desde cargos de direção na gestão pública, na administração do setor solidário, na administração de serviços paroquiais/eclesiais/sociocaritativos pela indecência e pela incompetência, sem escopo de bem comum, apenas centrados no umbiguismo, familiarismo e amiguismo.
Relativamente à polémica em torno da vacinação de Deputados, tampouco me interessa o partido, sendo, porventura, (im)prescindíveis ao bom funcionamento da Democracia e da Governança do País, apesar de serem maioritariamente jovens e, presumivelmente, não pertencerem a grupos de risco, pelo que apenas patenteará a egoística redoma em que vivem, sem noção da condenação popular que alastra inflamadamente.
Podem vociferar – arautos de pensamento único – que não podemos embarcar em discursos politicamente corretos e populismos simplistas. Todavia, no hiato entre o dizer e o fazer, já todos percebemos que ensejam uma Democracia Ad Hoc conforme aprouver ou mais jeito convier aos novos colonizadores do regime, sob tiques de aristocratas da república que apenas se preocupam em defender a tribo.
É ponto assente que os cheios de si não veem a ilha em que se tornaram, só saindo dela se poderiam voltar a ver a si mesmos. Sem delongas, só brota solipsismo, ensimesmamento e egocentrismo próprios da egolatria que não permite ver o ‘demo’ – o povo, apenas o agigantado ego.
A preocupação das elites políticas com a credibilidade das instituições e a valorização das estruturas democráticas perante o povo (o demo) mais parecem chavões de teoria sem aplicabilidade prática. O mesmo se aplica a dirigentes do terceiro setor e de membros de instituições pertencentes à Igreja. Aliás, é sobejamente conhecido o lema: bem prega Frei Tomás, escuta o que ele diz, não olhes para o que faz.
Valeria a pena atentar nestas premissas com o pensamento crítico aceso:
✓ Liderar pelo exemplo;
✓ Não basta a Lei, é preciso ética e moral;
✓ Não usar subterfúgios, favores, abusos de poder, esquemas ilegais e privilégios;
✓ Aguardar com coragem e solidariedade a sua vez;
✓ A teoria só tem validade à luz da sua aplicação prática;
✓ Não basta parecer, é crucial ser.
Assim, num ermo sem critérios, sem metas, sem calendarização e sem um plano de vacinação que possa ser entendível, audível e visível, o povo Português tem o direito de ser devidamente informado e não ludibriado pelas elites que o lideram, devendo, em meu entendimento, haver lugar a sanções jurídicas sobre os prevaricadores e reflexão do cidadão sobre o modo como os nossos líderes políticos e dirigentes de instituições públicas e do terceiro setor se comportam em tempo de agonia e desassossego para todos os cidadãos. O barco é o mesmo, navegamos juntos e nenhum prioritário pode ficar no cais.
Em jeito de laia final, já não há bonomia que suporte a insustentável leveza do ser, tampouco paciência para tanta incompetência, indecência e desfaçatez. Recorrendo ao olhar de Miguel Torga, isto é um “misto de espanto e terror”, espanto pelo desacerto e desgoverno verificados e terror pelo significativo número de infetados e mortos devido à pandemia Covid-19.
O bom senso não carece de confinamento, sendo um conselheiro sapiente na tomada de decisão política. É suficiência bastante a gestão eficiente dos recursos disponíveis para o cumprimento adequado do plano, tendo como alvo premente aqueles que mais precisam – o grupo de prioritários, evitando a sobrelotação no acesso aos cuidados intensivos e o, consequente, colapso do serviço nacional de saúde.
Será que o Avesso de Baião pôs isto tudo às avessas?
Nelson Carneiro (Professor)
Horários Temporários , vulgo baixas -médicas :
Comparando com o ensino presencial , o ensino remoto trouxe uma significativa ” melhoria” da saúde do professorado. Remédio santo, compreende-se!
Mas atenção ! Não obstante, o 110 ( ensino primário) continua muito debilitado, com um razoável número de doentes (?) – ver lista .
Se mesmo em casa as maleitas os “atacam” forte e feio , imagine-se o que será quando as escolas (re)abrirem ! Preparemo-nos para a debandada. Um caso de “estudo”…