Antes de criar entraves à Mobilidade por Doença, com barreiras à sua concretização, o Ministério deveria perceber porque muitos professores concorrem para escolas próximas das escolas onde já estão colocadas.
Muitos docentes com algum grau de incapacidade optam por esta Mobilidade apenas para mudar de escola e assim poderem em muitos casos ficar sem componente letiva, efetuando muitas vezes trabalho necessário nas escolas como dar apoio às bibliotecas, apoiar alunos, não tendo a responsabilidade da titularidade de uma ou mais turmas e prestar outras funções importantes nas escolas.
Se cada escola tivesse um crédito adicional de horas que permitisse não atribuir componente letiva a docentes com algum grau de incapacidade comprovado, evitar-se-ia a Mobilidade por Doença de largas centenas de docentes e permitiria que as escolas ficassem com estes docentes para outras funções nas escolas.
Fica a sugestão.
18 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
As escolas já têm 8 horas de crédito horário por turma! Não chega?
Quem não está em condições de dar aulas que recorra ao mecanismo de reconversão profissional.
E que tal abordar o reduzido número de professores de quadro de agrupamento, sobretudo no 1º ciclo?
Na escola dos meus putos (Matosinhos), das 7 turmas só 4 têm professor do quadro de escola.
Mas alguém sabe para quando a definição das propostas para a MPD e quando é sabemos como é quando podemos concorrer?
Acham que ainda demoram muito mais para se decidirem?
Isto cria uma ansiedade enorme para quem está doente e ainda quer trabalhar, independente dos anos que lhe restam…
O ME ainda vai reunir no próximo dia 23 com a Fenprof…
E com a Fenprof o ME já está a tremer de medo!
Mário Nogueira acabou de receber uma basuca do Putin para invadir o ME e declarar guerra… aos tordos!
Sim… é verdade! Eu tenho MPD há vários anos. Sempre tive componente letiva completa, exceto nos últimos anos por incapacidade minha e devidamente justificada pelo médico. No entanto, existe sempre o argumento de… não conseguimos fazer melhor por causa do crédito horário. Atenção que, a bem da justiça, o agrupamento onde trabalho tem tentado ajudar-me a recuperar a minha situação clínica. Mas pode ser feito mais e melhor, adequando tarefas a cada caso, devendo estas ser bem especificadas pelo médico responsável. Por isso não posso conceber a ideia das cotas, a MPD é uma necessidade individual. Daí ser um pedido e não um concurso. A doença de um docente de Português não é mais nem menos importante que a doença de um professor de Inglês, principalmente para quem está doente.
Já agora, quanto às alegadas fraudes… é deixar de criar “nevoeiro oportunista” e investiguem a sério e penalizem os responsáveis diretos e quem com eles é conivente (professores, médicos, direções das escolas… sim, porque se os diretores se queixam por algum motivo é… então denunciem, têm o poder para isso). Fiscalize-se… ponto! eu já tive que fazer prova de doença uma vez junto do delegado de saúde, noutra situação o delegado de saúde já contactou o médico que me acompanha, tudo em ordem! Não sei, nem quero saber (nota: não quero tirar os direitos de autor à Maria de Lurdes Rodrigues) se foi denuncia ou não, nem quem a fez… isso não me interessa absolutamente nada… não me afeta, não melhora nem piora o meu estado de saúde. ah! e divulguem-se os resultados das investigações feitas, para acabar de vez com este clima de suspeição injusto para quem necessita, e acima de tudo para quem é a parte realmente frágil deste processo!
Falar em fraudes de doença para justificar a limiticao da MPD não cola.
Ha fraude, investigue-se e penalize-se.
Não é justo levantar falsas suspeitas a pessoas doentes.
Doença é a maior fragilidade do ser humano ! ninguém se livra
Não podia estar mais de acordo com o que diz! Não é justo duvidar da doença alheia! Mas também não será justo indicar uma morada onde nunca se vive nem viveu para beneficiar desta situação! Investigue-se e cumpra-se a lei! As Juntas de Freguesia e as escolas tem um papel importante na reposição da verdade.
Ficar sem fazer nada é que não. Os docentes da mobilidade por doença podem dar apoios. Ajudar em sala de estudo. Fazer algumas coadjuvações e ajudar os diretores de turma nas suas tarefas. Podem, tb, corrigir alguns testes de professores com muitas turmas. Organizar exposições de trabalhos dos alunos. Tudo tarefas que aliviam os professores que se encontram na linha da frente e sempre exacerbados de trabalho, claro!
Quem não consegue dar aulas, deve meter baixa, ir a junta médica, depois medicina do trabalho e aguardar a decisão do que vai fazer.
Não podia estar mais de acordo com o que diz! Só porque um professor está em mobilidade por doença, isso não lhe retira competência! Grupos há em que serão esses os professores que, sendo conhecedores e utilizadores das mesmas ferramentas que os alunos com quem trabalham, serão à partida os mais habilitados para o desempenho dessas funções! Estamos a falar dos professores cegos que trabalham com alunos com a mesma problemática, está claro! São estes que, sendo utilizadores do Braille, das TIC adaptadas, das calculadoras falantes, etc. estarão mais à-vontade que aqueles que fizeram a sua formação à distância, mas que seria uma pena que não tivessem componente lectiva! De resto, salvo raras situações devidamente comprovadas, todos devem ter componente lectiva! Todos terão competência para o desempenho das suas funções!
Para todos aqueles que estão a “arder” com os professores em MPD e os consideram uns mandriões.
– Tenho mais de 50 anos, estou em MPD, com atestado multiusos (60% de incapacidade).
-Tenho 4 turmas, três do 3º ciclo e uma do secundário e o meu horário é de 1170 minutos.
A sua incapacidade tem de ser respeitada e merece descanso e cuidado para recuperar. Não há super heróis e a sua recuperação merece toda a atenção e prioridade. O que importa não é o que dizem ou fazem mas sim o seu bem estar e felicidade. Desejo-lhe muita saúde.
E qual a disciplina?
Ninguém está livre de ter cancro, infelizmente é um desafio que tenho este ano. Por isso muitas vezes só quem passa pelas doenças e tratamentos é que sabe o quanto custa a todos os níveis, o quanto limita e põe em causa a vida. Os cuidados são para ter a vida inteira, é algo que interpela bastante. Escrever é fácil, curar por vezes nem está garantido. Há situações em que os 2 cônjuges têm e quem os apoia? Pf façam um pequeno exercício de consciência e humildade pois ninguém sabe como está o doente?! Nas doenças há sofrimento, há custos, há fragilidade e sobretudo mais dificuldades. Por isso, a solidariedade é algo de muito importante para melhorar a situação. Sejamos unidos e mais compreensivos. Obrigada a todos e força aos que passam por tratamentos, doenças e aos que apoiam os seus familiares com tanto carinho. A MpD não é nenhum luxo, é um direito que deve ser defendido para que todos os que possam vir a precisar possam usufruir de alguma proximidade. Na realidade os doentes já têm que viver com atrasos nas consultas e tratamentos, dificuldades financeiras para além das físicas e psicológicas… Sejamos unidos e sensíveis, obrigada.
Só ainda ainda não compreendi o seguinte: afinal quem está doente não deve estar de baixa médica?
Trabalhar doente não é bom para ninguém.
Diretor telefonista
O Senhor Ministro da Educação declarou em 5 de Abril de 2022 que “as escolas devem ser laboratórios de democracia e oficinas de paz”!
Se este ideal pudesse ser concretizado em muitas escolas de norte a sul do país, não se assistia à “fuga” de professores para escolas próximas da de provimento através do mecanismo de MPD.
Há contextos sociais muito duros onde professores, ao fim de alguns anos de trabalho, fragilizam, deprimem, perdem a sua saúde mental. Ainda ninguém aqui falou das situações de professores batidos, insultados e humilhados por encarregados de educação, que depois de processos de averiguação levantados sucumbem e desistem de ali trabalhar. Também a desconsideração dos pares (sim, há rancores com força destruidora no seio das escolas), os comentários injuriosos e mal-entendidos provocados, ainda, às vezes e tão somente, por diferenças nas concepções do que deve ser o trabalho do professor e as “solidões acompanhadas” a que muitos profissionais estão expostos afetam a saúde mental de colegas que perdem resistência e coragem para voltar todos os dias a um lugar que sentem como ameaçador.
Resultado: MPD psiquiátrica muitas das vezes para escolas geograficamente não muito distantes da escola onde sentem o conflito.
A mudança é suficiente, em muitos casos, para que os professores medicados se sintam amparados pelo novo contexto social e recomecem o trabalho docente com turmas.
“Laboratórios de democracia”, as escolas?????🤣🤣🤣🤣🤣🤣
As escolas são antros de ditaduras, de kapos e de perseguições. O ministro sabe, dá cobertura e MENTE, para enganar a opinião pública.