Professores: testemunho de uma vida ao sabor de ventos e tempestades

Eu e a minha esposa, ambos do grupo 240 (EVT), com perto de 30 anos de serviço e com um projeto de vida acompanhado pelo sonho de sermos professores e fazermos o que mais gostamos – ensinar e formar as futuras gerações.
Formados com excelentes médias de curso (modéstia à parte, éramos dos melhores), vinculámos logo como quadros de agrupamento (à época, com outra nomenclatura) e o futuro parecia promissor. O esforço de uma vida a investir na nossa formação parecia ter valido a pena. Constituir família e a perspetiva de, em poucos anos, estarmos destacados na área de residência (termo utilizado na altura) e em cerca de dez anos de serviço entrarmos para os quadros de uma escola perto de casa, era a perspetiva de vida e a exigência dos sacrifícios que nos propusemos submeter quando assinámos o contrato com o Estado. Assim se programou e organizou uma vida a dois… a três (filhos também contam; sim, que, contrariamente ao que muita gente pensa, os professores também são gente, têm filhos e direito a constituir família).

Mas, depressa o sonho se começou a transformar num pesadelo e a tal média de curso revelou de pouco ou nada valer. Independentemente de mais ou menos justiça de alguns acontecimentos e medidas que foram surgindo ao longo do percurso, a verdade é que nos foram afetando.
Ao fim de três anos de serviço, surgiu a regra do meio valor para cada ano de serviço antes da profissionalização. Como não tínhamos, fomos ultrapassados por imensos colegas de profissão. Éramos jovens e o otimismo não se desvanecia assim por coisa pouca. Tínhamos a vida pela frente e uma plêiade de sonhos.

Volvidos outros três anos e, novamente por decreto, mais um revés: reduziu-se a carga horária de EVT, de 5 para 4 tempos semanais, diminuindo o número de horários disponíveis. Fomos mantendo a esperança.

Uma mão cheia de anos decorridos e decide-se unir num mesmo grupo disciplinar, os Trabalhos Manuais Femininos, os Trabalhos Manuais Masculinos e a Educação Visual (da qual fazíamos parte). Como os professores desses grupos eram na sua maioria mais velhos, fomos ultrapassados por muitíssimos colegas e vimos as nossas vidas a andar ainda mais para trás. A resiliência começou a ceder e o otimismo morreu nesse dia.
Nesta época começava o feroz e destrutivo ataque aos professores pela, então, Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, somando mais desgraça em cima da desgraça que assolava sobre nós.
Tudo isto estava a ter graves consequências no nosso quotidiano. Instabilidade, não conseguirmos vincular mais perto ou alcançar mobilidade próximo de casa. No nosso dia-a-dia levantávamos muito cedo, cada um no seu carro íamos para escolas situadas noutras localidades e a filha ficava a cuidar de si própria, indo sozinha para a escola e aguardando o nosso regresso ao fim do dia ou da noite (nas diversas ocasiões em que tínhamos reuniões).
Lembro-me perfeitamente de uma ação de sensibilização para professores na escola ao final da tarde, 19h (queira eu meter-me à estrada para regressar para junto da família e tive de ficar ali a escutar algumas incongruências). Com a melhor das intenções, o guarda da Escola Segura que dinamizava a ação de frequência obrigatória, a certa altura alertava que deixar os filhos sozinhos em casa dava direito a participação à Segurança Social por negligência podendo implicar a retirada dos filhos. Não me contive e, em tom descontraído, respondi: “Então, tirando as muitas ocasiões em que os professores chegam a casa tarde por estarem em reuniões ou em formação, olhando para todos os professores que para poderem estar agora aqui nesta ação tiveram de deixar os seus filhos menores sozinhos em casa, é fazer o favor de telefonar para a SS porque, segundo essa ordem de pensamento, não haverá professor que possa ter filhos sem que se sujeite a que, muitas vezes, os tenha de deixar sós”. É que, tanto a classe política, que se diz tão preocupada com as crianças, como a população em geral, esquecem-se que os filhos de professores não são como os filhos dos outros, pois sofrem tanto ou mais do que os pais pela instabilidade e exigências da profissão. Esse foi o preço alto que a nossa filha teve de pagar, assim como os filhos de tantos outros professores. Isto para não falar daquelas crianças que todos os anos são obrigadas a ir atrás dos pais que ficam colocados em escolas longínquas e têm, também elas, de mudar de escola com o trauma acrescido de estarem constantemente a perder os amigos, criando enorme instabilidade emocional.

Poucos anos decorridos e eis, senão quando, no meio de tanta desgraça, ainda durante o governo Sócrates, por ordem do Ministério da Finanças, propõem acabar com o par pedagógico numa disciplina que é teórico-prática. Os, então, partidos da oposição (PSD e CDS), opõem-se. Entretanto, semanas depois cai o governo, entra a Troika, e os tais partidos da oposição formam governo e, sofrendo de amnésia seletiva, desmembram a disciplina de EVT em duas, Educação Visual e Educação Tecnológica, e acabam com o par pedagógico. Tínhamos 20 anos de carreira, despesas fixas, uma filha universitária e o mundo a desabar sobre as nossas cabeças. Já não se tratava de desânimo nem de instabilidade, tratava-se de desespero. Com a ameaça do desemprego a pairar sobre nós e a equacionar abandonar o país para encontrar emprego lá fora, aguentámo-nos. A insegurança e a incerteza constantes passaram a fazer parte das nossas vidas.

Não bastando tanto azar, nos concursos repletos de prioridades e mais prioridades criadas em gabinete, ficámos a saber que na mobilidade interna os professores QA passam para a última prioridade, pelo que não conseguiremos por este meio mudar de escola.

Volvidos alguns anos, já com cerca de meio século de idade em cima dos ombros, sem perspetivas de alguma vez conseguirmos efetivar na nossa área de residência, nem de ali ficar em mobilidade, tivemos de vender tudo o que tínhamos e mudar de cidade, mudar de vida lançando-nos no escuro num trapézio sem rede. Ambos efetivos em diferentes escolas a hora e meia de distância. Mais tarde vinculei a cerca de 50km de casa, mas a vida continua a ser gerida pela enorme inconstância de constantes concursos. Sabemos que andamos a caminhar na corda bamba, mas só temos este caminho ou, em alternativa, abandonar o ensino.

Lamentavelmente, o infortúnio não se ficou por aqui. O destino, cumprindo sem misericórdia e de forma implacável a estatística que refere uma média de 1 acidente grave por cada meio milhão de quilómetros de condução, nos meus 600 mil quilómetros de condução só para ir para a escola, concedeu-nos um acidente em serviço. A mim, cirurgias, centenas de tratamentos, doença incapacitante e uma vida que nunca mais foi a mesma, foi o prémio por uma existência de enorme dedicação ao sonho de ser professor. Desde há três anos que concorro em mobilidade por doença. A minha esposa, com sequelas, continua na estrada sujeita à sorte do destino, pois não se enquadra nas doenças incapacitantes.

Não sendo suficientes todos os ataques que têm transformado a vida dos professores num caos, agora sou brindado com o último modelo de requinte de malvadez de um ministro que quer atirar com os professores em Mobilidade por Doença novamente para a estrada a percorrer, no meu caso, 100km diários. Irei requerer o Atestado Multiusos, o qual, fiquei agora a saber, demorará no mínimo 29 meses a obter resposta. A nublosa da intenção da renovação de contratos que poderá prejudicar os professores dos quadros, poderá levar a minha esposa a nunca mais conseguir, sequer, almejar lecionar na área de residência, amarrada ao volante o resto dos seus dias de profissão.

Quase três décadas de carreira, sem nunca termos perdido tempo de serviço, com tudo o que isso implicou, caminhamos para velhos e a vida está hoje mais instável e pior do que quando começámos a trabalhar.
O que nos deu, então, de tão bom o ensino?
Roubou-nos a juventude, a saúde e os sonhos e em troca deu-nos uma mão cheia de nada acompanhada de problemas de saúde e enorme desgaste profissional. Somos precários vinculados a uma vida de instabilidade sem nenhuma certeza sobre o dia de amanhã, numa caminhada repleta de desgraças, em dobro por sermos ambos professores com a agravante de sermos de EVT.

Eu sei, foi cansativo ler estas linhas, mas acreditem, não foi nada que se possa comparar com a enorme revolta e desencanto provocados pelo cansaço extremo de uma vida carregada de injustiças, instabilidade, frustração e de sonhos perdidos cometidos por sucessivos Ministros da Educação sem escrúpulos. A vida profissional transformou-se num acervo de sofrimento, medo, angústia constante e ansiedade. Devo dizer que, tal como acontece com outros colegas de profissão, isto não é vida, isto é um crime que tem vindo a ser cometido contra os professores e as suas famílias, incluindo crianças que não têm culpa nenhuma.
Isto é terrorismo psicológico feito pelo estado sobre os cidadãos que tutela. Tudo isto é o resultado de uma sociedade que ajudou a classe política a ser o carrasco das nossas vidas. Com este massacre às condições de trabalho dos professores, com a retirada de direitos, enorme imprevisibilidade em relação ao futuro, baixos salários, excesso de burocracia e de trabalho e aposentação longínqua, será possível ainda continuar a amar a profissão? Acredito que quem disser o contrário para ser politicamente correto, mente para ficar bem nesta montra de aparências em que se transformou a nossa sociedade.

Carlos Santos… mas poderia ser o testemunho de qualquer outro professor nesta terra de sonhos perdidos e sem futuro chamada Portugal.

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37 comentários

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    • Luluzinha! on 31 de Maio de 2022 at 13:03
    • Responder

    Parece que este passou a ser o Blog de Carlos Santos ( e “esposa”). Enfim…

    1. Totalmente de acordo com C. Os decisores políticos têm culpas e os sindicatos só têm é de apresentar queixa contra eles no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
      Casos como este são aos milhares no ensino público. Há dolo e má intenção ao lesaram assim a vida de cada um de nós.
      Assinamos contrato com determinadas condições e foram-nas mudando unilateralmente prejudicando pessoas de bem.
      E não, nas outras profissões não é assim! Não há uma sequer que tenha sido alvo de tanto bisturi cirúrgico de malvadez.
      Há 30 anos, à entrada na carreira, precisavam de nós e muito. Era a alfabetização de um país terceiro mundista que estava em jogo. Prometeram-nos ordenados decentes, reforma com dignidade e respeito pelo esforço que fizemos ao obter boas médias nos cursos universitários que temos.
      Cumprimos a nossa parte. Retiramos o país do atraso. E quantas vezes em escolas velhas com turmas sobrelotadas, sempre a fazer quilómetros sem ajudas de custo. Tiraram-nos o tapete! Não cumpriram com o combinado, roubaram-nos a juventude, a saúde e a dignidade. Humilharam-nos e quebraram as regras contratuais.
      Tribunal com eles!

        • Sindicaleiro on 31 de Maio de 2022 at 16:21
        • Responder

        Os decisores políticos têm culpas e os sindicatos só têm é de apresentar queixa contra eles no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

        Os decisores políticos têm, ao longo dos anos, tratado bastante bem os sindicalistas profissionais. Seria falta de agradecimento os sindicalistas apresentarem queixas em tribunal contra quem sempre os tratou bem. Em que escalão estão o Nogueira e o Dias da Silva? Quantas aulas deram na vida? Quantos km fazem de casa ao posto de trabalho sindical? E ainda queres que eles se vão queixar em tribunal desta situação?

      • Luluzinha! on 31 de Maio de 2022 at 15:44
      • Responder

      E a temática central lamurienta é sempre a mesma. Apenas vai sendo reproduzida ad nauseam em pequenas variantes acessórias que, em nada, dignificam a profissão. O choradinho é sempre o mesmo. Há tantas outras opções profissões!

        • Luluzinha! on 31 de Maio de 2022 at 15:46
        • Responder

        * (…) profissionais!

      1. Então é suposto, segundo a tua lógica, fazer o quê?
        Capachar ainda mais?
        Coqueteria?
        Lambebotismo?
        Hipocri ziziar ainda mais?
        E há pelo menos um sindicato com tomatada no lugar! Até ver…

      2. a Lulu cheira mal do… 💩💩💩

      • joão on 31 de Maio de 2022 at 19:00
      • Responder

      isso e o mural da lulu …zinha, sempre a destilar veneno…

      • Falcão on 31 de Maio de 2022 at 23:12
      • Responder

      A Luluzinha é néscia, isso é certo, mas tb muito provavelmente mal amada, pois ninguém de bem com a vida expele tanto fel! Mas a democracia é isto, permitir que uma azémola como a Luluzinha, venha para aqui bolsar as suas alarvidades.

      1. Fui professor e saí aos 54 anos em 2001. Depois de andar a correr o país precisamente quando ganhava menos e tinha viagens e alojamento para pagar e agora já estava à porta de casa. Aceitei a pensão que me quiseram dar e saí para mudar de profissão. Não aguentava mais. E o que mais me custava era que houvesse colegas jovens a aplaudir as ideias modernaças com que o Ministério nos prendava todos os dias. Imagino que esses serão dos que agora se queixam do mau ambiente na escola e da falta de consideração. Nenhum dos meus filhos seguiu a minha carreira.

    • Professor on 31 de Maio de 2022 at 13:26
    • Responder

    Colega, é com muita tristeza que li o seu texto. Infelizmente para a sociedade, passamos de indivíduos com nomes (seres humanos) para números. Não somos mais do que um número.
    Isto afeta, não só os docentes, como todas as pessoas que aqui publicam comentários. Sejam esses indivíduos a favor ou contra as medidas dos governos, mais tarde ou mais cedo irão padecer desta realidade.
    Talvez nessa altura se lembrem das barbaridades que por aqui se têm escrito…

    • Sem equívocos on 31 de Maio de 2022 at 14:59
    • Responder

    Relatos destes existem em qualquer profissão.
    Sejamos objetivos e deixemo-nos de lamúrias que só prejudicam a nossa imagem.

    • P.daSilva on 31 de Maio de 2022 at 15:05
    • Responder

    Carlos Santos …um abraço solidário e amigo!
    (obs: quanto ao comentário do Sem equívocos, apenas uma pergunta: seja honesto/a e diga quais as profissões e os profissionais que conhece que, ao fim de 2 décadas ou mais de trabalho, ainda não conseguem fixar-se na sua área de residência?

    • Sem equívocos on 31 de Maio de 2022 at 15:18
    • Responder

    Quando foi para professor já sabia que era assim, P. Silva. Ou não? Vai dizer-me que foi apanhado/a de surpresa?

      • maria on 31 de Maio de 2022 at 21:37
      • Responder

      Sim, fui, eu própria, apanhada de surpresa, pois ninguém me avisou de que a legislação se alterava de dois em dois anos. Em 97 entrei no meu QZP, sem interesse em efetivar, alargaram-no sem pedirem a minha opinião…, logo, caros colegas, estamos todos a ser vítimas dos legisladores.

      • Falcão on 31 de Maio de 2022 at 23:15
      • Responder

      Quando fui para professor, devia reformar-me aos 59 anos (com 36 anos de serviço), não havia componente não letiva, havia reduções por idade à séria, não havia quotas no acesso ao topo da carreira, nem um décimo da burocracia que temos agora! Está bom assim… eu tenho de o mandar para o Milhazes depois o mandar à merda tb? Não há pachorra para gente desta! Você nasceu para escravo, está visto! Vá dar banho ao cão!

  1. afinal de tudo o que os professores precisam é de um cão-guia chamado para auxiliar o ministro de educação

    • maria on 31 de Maio de 2022 at 16:20
    • Responder

    Ultrapassagens :

    faltou dizer que, enquanto professores de EV , licenciados, foram ultrapassados pelos reles “mestres” dos trabalhos manuais, estes com o reles 5º ano das escolas técnicas (carpinteiros, serralheiros etc.), que nem corresponde ao actual 9º !

    1. Isso é como tudo. Uns são ultrapassados e por sua vez também podem eles vir a ultrapassar. Cada caso é um caso. Eu também sou licenciado, também obtive boa média, mas sou professor do grupo 600. Sou professor de quadro de zona numa dos quadros de zona de maior dimensão geográfica do interior. Os horários relativos ao meu grupo disciplinar foram desaparecendo na minha área geográfica, tenho conhecimento de escolas que não tem sequer um professor do quadro do meu grupo disciplinar uma vez que as horas são todas atribuídas a professores do grupo 240, que apesar de não estarem habilitados para dar aulas ao meu grupo disciplinar e ao 3º ciclo, acabam por faze-lo alegando a chamada “gestão dos recursos humanos”. Quanto a mim, restam-me as escolas das cidades maiores que têm ensino secundário com disciplinas do meu grupo disciplinar, as quais não tem qualquer interesse para os colegas do 240, como Geometria Descritiva, que dei nos últimos anos. Com a redução dos horários disponíveis, logicamente que também fui ficando cada vez mais longe! Este ano faço cerca de 180 kms de segunda a sexta, tenho 3 turmas de Geometria com cerca de 30 alunos cada. Se a colega é do 240, eu sei que posso dizer-lhe que nem imagina, nem nunca vai saber a sobrecarga de trabalho que é ter que preparar aulas, corrigir testes, preparar para o exame nacional, etc. para duas turmas de 10º ano e uma de 11º de Geometria Descritiva. Eu bem o que lhe digo pois já tive horários onde dava só EV, com DT incluída e garanto-lhe que a diferença no volume de trabalho diário é abismal! A juntar à sobrecarga de trabalho, há cansaço acumulado das viagens, do levantar cedo para cumprir os horários, os filhos que saem prejudicados pela falta de disponibilidade mental até para os acompanhar. E tudo isto para no final do mês fazer as contas e ver que do ordenado baixinho que tenho, devido aos congelamentos que sofreu, me resta muito pouco porque a maior fatia vai mesmo para as deslocações, entre o gasóleo caríssimo e portagens resta-me muito pouco. Tudo está relacionado, uns podem ser ultrapassados hoje mas amanhã podem ser eles que ultrapassam…

      1. “Em Ministério onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”

    • Maria on 31 de Maio de 2022 at 16:56
    • Responder

    Fico muito feliz pela Luluzinha estar tão bem de vida. Só desejo que assim continue até chegar a idade de se aposentar.
    Infelizmente a Luluzinha é um caso aparte, que não sofreu com as ilegalidades que os vários governos fizeram com a Carreira Docente. Ou se sofreu é daquelas pessoas que acreditam piamente, que o sofrimento terreno conduz à bem aventurança na Eternidade. Ámen!

    1. Provavelmente será daquelas para quem as sucessivas traições ministeriais foram talhadas por medida. Quiçá por parentesco?!
      Bad mary, bed mary! You are here, you are eating!
      Galináceos que vêem tudo a resplandecer, uhmm … é de estranhar!
      Mais um forte motivo para recorrer ao TEDH.

      1. Mr Miro, volte para a sua privada, sim?

    • Sérgio Dantas on 31 de Maio de 2022 at 17:59
    • Responder

    Esta história pode ser replicada por inúmeros colegas…todos o sabemos. Não individualizemos demais… olhando para o coletivo docente e lutar para que todas as injustiças na carreira docente, salários e condições de trabalho acabem.

    • Professor on 31 de Maio de 2022 at 18:38
    • Responder

    Nestas trocas de ideias existe uma coisa que eu não percebo (se calhar sou burro).
    Porque é que alguns colegas perdem o seu tempo a responder a quem deveria ser ignorado?

    Não contem comigo para responder a “pessoas” que vêm aqui apenas dizer barbaridades, são hipócritas, querem o mal dos outros e não contribuem em NADA para a dignificação da nossa carreira.

    Sempre ouvi dizer que quanto mais se mexe em determinada substância, pior ela cheira. Eu nunca mexi nem vou mexer.
    Não seria uma boa ideia os outro fazerem o mesmo e deixarem a referida substância secar ao sol?…

      • Falcão on 31 de Maio de 2022 at 23:17
      • Responder

      Até pode ter razão, mas… quem cala, consente! E comigo, não passarão pelo menos sem os mandar ao Milhazes!

    • Mário Rodrigues on 31 de Maio de 2022 at 18:46
    • Responder

    Alguns “tristes” comentários parecem menos obra de professores do que de esbirros acontiados dos sinistros da educação!…

      • Professor on 31 de Maio de 2022 at 19:53
      • Responder

      Daí a minha questão…

    • Pedro on 31 de Maio de 2022 at 20:29
    • Responder

    A Luluzinha gosta de levar na peidoca.

  2. Subscrevo com a única diferença dei meu marido, não ser professor, mas há 3 anos ter ido à procura de trabalho no estrangeiro. 🥲

    • Mias do mesmo on 1 de Junho de 2022 at 11:43
    • Responder

    Situação como esta e piores há muitas, demasiadas. É só comparar a situação profissional, o tempo de serviço, a graduação profissional e o escalão de vencimento….

    • Domingues Fonseca on 1 de Junho de 2022 at 12:01
    • Responder

    A Lulu é uma badalhoca.

  3. Fui professor e saí aos 54 anos em 2001. Depois de andar a correr o país precisamente quando ganhava menos e tinha viagens e alojamento para pagar e agora já estava à porta de casa. Aceitei a pensão que me quiseram dar e saí para mudar de profissão. Não aguentava mais. E o que mais me custava era que houvesse colegas jovens a aplaudir as ideias modernaças com que o Ministério nos prendava todos os dias. Imagino que esses serão dos que agora se queixam do mau ambiente na escola e da falta de consideração. Nenhum dos meus filhos seguiu a minha carreira.

  4. Even wind and waves obey His command He alone has the power to set you free Feel the waves crushing, pulling you under Things.

  5. The wind in Tarifa doesn’t only have man and his activities in its grip, but also his environment, the flora and fauna, etc.

    • Maria de Lourdes Mateus on 2 de Junho de 2022 at 9:45
    • Responder

    Li atentamente o texto e calculo o desespero de professores que não são reconhecidos como tal. Estão à mercê dos ventos que sopram na altura, iso é, o interesse do partido que governa. Seriedade e competência seriam ótimas para todos. É triste. Merecíamos melhor ….

    • Betmate on 20 de Junho de 2022 at 17:37
    • Responder

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