Há pelo menos dez anos existe evidência de que, se nada fosse feito, os professores haviam de faltar. A inércia venceu a evidência de uma década.
Por que faltam professores
“Ao longo da última década, o CNE tem vindo a alertar, em relatórios e recomendações, para o envelhecimento do corpo docente […]. Estudos recentes apresentam projeções das necessidades de recrutamento de novos docentes para os próximos anos […].” Começava assim o programa do seminário “Faltam professores! E agora?…”, organizado pelo Conselho Nacional da Educação (CNE). Os qualificados estudos ali apresentados pelo professor Luís Catela Nunes (NovaSBE) e professora Luísa Loura (Pordata) poderiam ter sido encomendados/desenvolvidos antes? Sim, poderiam. Não foram desenvolvidos, porquê? Não havia forte evidência sobre a possível falta de professores? Sim, havia.
3 comentários
Ouçam os professores com problemas. Como já disse noutro post relativamente à MPD, estas novas medidas deveriam ser estudadas com muita calma e com mais conhecimento de fato, por parte do ME, sobre os mais diversos motivos que fazem com que os professores infelizmente precisem dela.
Neste sentido, o adiamento para o próximo concurso e consequentemente a discussão meticulosa das medidas, seria uma atitude sensata do Governo.
O desgaste da profissão é indiscutível. Metade dos professores apresentam sinais de sofrimento psicológico.
As novas medidas que o ME quer implementar na MPD são para quê? Para que passem a ser dois terços?
Porque estão velhos, doentes, cansados, fartos de serem ignorados e maltratados. Mais, fartos de aturar gente mal educada, começando pelos alunos e os respetivos progenitores. Gente mal educada e mal formada, sempre pronta a apontar o dedo à escola e aos professores para justificar os seus próprios inconseguimentos e incompetência. Gente que não respeita nada e ninguém e que quer ir mandar na escola, moldando-a aos seus próprios caprichos.
Vocês não entenderam o teor da notícia. Não é questão das ausências por doença ou por outros motivos mas sim do facto (sim, facto e não fato, ainda não estamos no Brasil) de, não tarda, não haver docentes suficientes para suprir as necessidades. As vagas disponíveis. Já perceberam ????