Mais de metade dos alunos chumba no Secundário

 

Mais de metade dos alunos chumba no Secundário

Mais de metade dos alunos, cerca de 56%, terminam o Ensino Secundário depois dos 17 anos, o que significa que chumbam nesta faixa escolar, de acordo com o inquérito ‘Estudantes à Saída do Secundário’, realizado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.

Segundo o mesmo estudo é ainda possível concluir  que a maioria dos estudantes à saída do secundário, cerca de 51%, eram raparigas, com idade igual ou inferior a 17 anos (60%) e frequentavam sobretudo um curso cientifico-humanístico ou um curso profissional.

Para além disso, 44% dos alunos chegaram ao último ano do ensino secundário sem nenhum ano de desvio etário face ao esperado, 34% com um ano de desvio e 23% com dois ou mais anos.

As reprovações/módulos em atraso e a mudança de curso são as razões mais apontadas para o desvio etário no ensino secundário, respondendo por 43% e 39% dos inquiridos, respetivamente.

É ainda possível observar que a maioria dos estudantes, cerca de 74% apresenta um rendimento positivo a todas as disciplinas ou módulos frequentados. Apenas uma minoria alcança médias globais superiores ou iguais a 18 valores, sendo esta situação mais frequente nos cursos científico-humanísticos.

Os alunos que consideram ser muito assíduos foram os que registaram as melhores classificações (51% com uma média global superior a 14 valores). As disciplinas de Português e de Matemática destacaram-se como aquelas que apresentam dificuldades para um maior número de estudantes.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/mais-de-metade-dos-alunos-chumba-no-secundario/

13 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Zaratrusta on 7 de Dezembro de 2020 at 15:39
    • Responder

    Obviamente que este estudo diz respeito apenas aos alunos do secundário regular, aqueles que são esmifrados até ao tutano. No profissional de certo que a taxa de sucesso rondará os 100%.

      • Disparates on 7 de Dezembro de 2020 at 16:57
      • Responder

      “Estudantes à Saída do Secundário em 2018/2019 apresenta os principais resultados da 8ª edição do inquérito aos alunos do último ano do ensino secundário, incluindo cursos científico-humanísticos, profissionais, artísticos e tecnológicos, nas escolas públicas e privadas de Portugal Continental. “

      • Ana on 9 de Dezembro de 2020 at 3:15
      • Responder

      Acho que é precisamente o contrário…

    • PROFET on 7 de Dezembro de 2020 at 16:50
    • Responder

    Qual é a admiração? Com a grande maioria das escolas a trabalharem para os rankings, passando de ano quase todos os alunos no ensino básico (com 5, 6 e 7 negativas), sem terem adquirido grande parte das competências, cujos professores são coagidos pelas direções das escolas para passar os meninos, não será de admirar que no futuro próximo iremos ter um país de incompetentes e irresponsáveis, por terem sido habituados a um facilitismo extremo… Em suma, “andamos” a formar futuros “profissionais” com muito poucas competências, pouca assiduidade e pontualidade, pouca vontade de trabalhar e com resiliência quase nula. Os poucos que irão ser bons, irão ser captados para o estrangeiro… e quanto àquela mão de obra especializada que tínhamos em diversas profissões (eletricistas, pedreiros, serralheiros, etc.) deixará de existir, pela baixa capacidade de especialização e fracas competências, nem os países estrangeiros os irão querer (ao contrário do que se verificava há uns anos atrás). É este o futuro que temos pela frente em Portugal, e acreditem, já não iremos ser valorizados pelos outros países como outrora fomos. Tudo em prol das estatísticas e rankings, para sermos vistos como um país com uma política educacional de sucesso, porém, meramente enganadora, FALSA.

      • maria on 7 de Dezembro de 2020 at 20:13
      • Responder

      Profet

      Disse tudo, mas tudo, em poucas palavras .
      Mas atenção! Ao que parece, a “flexibilização”, a “inclusão” e as “medidas” já chegaram, ou estão a chegar, ao ensino secundário. Logo, essa taxa de reprovações será a breve prazo reduzida … não sei a quanto.

      • Tomates on 7 de Dezembro de 2020 at 21:13
      • Responder

      Lá iso é verdade, Profet. Agora já é preciso a licenciatura em engenharia de pedras para se ser pedreiro no Luxemburgo.
      Consta-se que na Bélgica para se ser padeiro tem de se ter uma licenciatura em cereais maduros, a partir de 2021. Onde isto está a parar, santo Deus!

    • Ilda Lopes on 7 de Dezembro de 2020 at 18:23
    • Responder

    O normal é um aluno que faça anos até julho termine com 18 anos. Só os que fazem anos na segunda metade do ano podem terminar com 17 anos. Tenho duas filhas, uma em cada situação, nunca reprovaram e , uma terminou com 17 anos e outra com 18.
    Quem fez estudo e este artigo não percebe nada de Escola, não sabe a idade de entrada para a mesma, nem por quantos anos é constituída a escolaridade obrigatória. Ou, então, não sabe fazer contas.

      • Pirilau on 7 de Dezembro de 2020 at 18:45
      • Responder

      Eu li o relatório … é de uma pobreza confrangedora. Mas quando há jobs for the boys outra coisa não seria de esperar…

    • Pirilau on 7 de Dezembro de 2020 at 18:40
    • Responder

    “Mais de metade dos alunos, cerca de 56%, terminam o Ensino Secundário depois dos 17 anos, o que significa que chumbam nesta faixa escolar”.

    Não, não sigifica chumbam nesta faixa escolar! Basta ver o que diz o relatório citado:

    “A maioria dos estudantes (44%) chegaram ao último ano do ensino secundário sem nenhum ano de
    desvio etário face ao esperado [é daqui que resultam os 56% referidos no post], 34% com um ano de desvio e 23% com dois ou mais anos. Quando se passa para uma análise do desvio etário a partir do momento em que ingressaram no ensino secundário, constata-se que a proporção de estudantes que não apresenta qualquer ano de desvio quase duplica (78%).”

    A crer nos valores apresentados no relatório, a percentagem de alunos que “chumbam nesta faixa escolar” – para usar a expressão contida neste post- é 22% (100% -78%) e não 56%.

    Portanto, há que saber ler e também fazer contas… Mesmo quando o dito relatório é tão fraquinho que, logo no sumário, refere “A maioria dos estudantes (44%)…..”

    • Beat on 7 de Dezembro de 2020 at 18:59
    • Responder

    Tudo isto também porque as leis educativas não estão a ser cumpridas por todos. Exemplo disso é o famoso normativo 54, de que tanto se fala e se aplica até à exaustão, nomeadamente nos 1º, 2º e 3º ciclos e depois chega ao secundário e parece que desaparece!

    • Ilda Lopes on 7 de Dezembro de 2020 at 20:39
    • Responder

    O normal é um aluno que faça anos até julho termine com 18 anos. Só os que fazem anos na segunda metade do ano podem terminar com 17 anos. Tenho duas filhas, uma em cada situação, nunca reprovaram e , uma terminou com 17 anos e outra com 18.
    Quem fez estudo e este artigo não percebe nada de Escola, não sabe a idade de entrada para a mesma, nem por quantos anos é constituída a escolaridade obrigatória. Ou, então, não sabe fazer contas.
    Ou é mesmo para descrediblizar os professores?

    • Maria on 9 de Dezembro de 2020 at 3:21
    • Responder

    Claro que a culpa só pode ser do Crato….

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: