2 de Dezembro de 2020 archive

O ME Confinou-se

E se porventura existir o concurso interno em 2021 não haverá qualquer tempo para negociar a redução da dimensão dos QZP (que faz parte do programa do governo) e outras alterações necessárias no diploma de concursos.

 

Na Educação, um ano depois está tudo na mesma: Nem diálogo, nem negociação, nem problemas resolvidos!

 

Sobe amanhã (3 de novembro) a plenário da Assembleia da República a Petição entregue pela FENPROF em 12 de novembro de 2019 (há um ano, portanto), com o título: “Em defesa da sua dignidade profissional, os professores e educadores exigem respeito pelos seus direitos, justiça na carreira, melhores condições de trabalho”.

Ao tempo que passou entre a entrega e a subida a sessão plenária não é estranha a situação epidemiológica que o país tem vivido e as suas repercussões no normal funcionamento do Parlamento, mas, todo esse tempo, também permite perceber que a situação que se vivia há um ano não se alterou, pois o Ministério da Educação nada fez para dar resposta aos problemas que já então eram referidos: envelhecimento, horários de trabalho, necessidade de recompor a carreira docente, concursos, precariedade e, como via para dar resposta aos problemas, abertura ao diálogo e à negociação.

Nada, absolutamente nada foi feito para começar a dar passos no sentido do rejuvenescimento da profissão docente; nada, mesmo nada foi feito para resolver qualquer dos outros problemas que se apresentaram; nenhuma, absolutamente nenhuma abertura ao diálogo e à negociação teve lugar. E nem a situação epidemiológica do país pode justificar esse vazio, pois também em relação à mesma o Ministério da Educação decidiu impor as suas regras que, como é do conhecimento público, são insuficientes, tanto as prevenção (não há rastreios previstos), como de segurança sanitária.

Hoje, deve acrescentar-se, o Ministério da Educação não só se fechou sobre si mesmo, como viola procedimentos legais que constam da Lei 35/2014, seja não negociando matérias que são objeto de negociação coletiva, seja desrespeitando os procedimentos previstos na sequência da entrega de propostas fundamentadas por parte da FENPROF, decidindo, unilateralmente, serem ou não oportunas.

Espera a FENPROF que o debate desta Petição em sessão plenária seja a oportunidade para a Assembleia recomendar ao Governo, em particular ao Ministério da Educação, que altere a atitude que tem adotado e que está na origem do arrastamento e agravamento de velhos problemas e no surgimento de novos. Se os responsáveis do Ministério da Educação não alterarem a sua prática, estarão a reforçar as razões para que, no próximo dia 11, professores e educadores façam uma grande greve.

 

O Secretariado Nacional

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/o-me-confinou-se/

Cinema Sem Conflitos: “Ouma”

Título:  “Ouma” | Autores: “Eduarda Malheiro Duarte, Mariana Nair Ferreira Pereira

“Loretta, nascida em 1936 em Moçambique, veio para Portugal em 1977 há procura de melhores condições após o início da guerra civil, e no momento no filme, com 68 anos, tem ALZHEIMER numa fase avançada, e estava + uma vez a viver uma das suas memórias.”

Mais videos didáticos sobre Amor e Sexualidade, Bullying, Dilemas Sociais, Drogas, Emoções, Família, Racismo, Relações Interpessoais, Religião e Cultura, Violência, ambiente e gênero em  https://cinemasemconflitos.pt/

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCj6LBbDs8j93ijiuI-IKd3Q

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/cinema-sem-conflitos-ouma/

GREVE S.TO.P.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/greve-s-to-p/

Transformação digital na Educação – Com o regresso às aulas presenciais, em que ponto ficámos? Ana Balcão Reis

Transformação digital na Educação – Com o regresso às aulas presenciais, em que ponto ficámos?

A passagem forçada ao online abriu portas pelas quais é importante avançar. E há muitas experiências de combinação de online com presencial que estão a ser feitas com muito bons resultados.

Com o fecho forçado das escolas em todos os níveis de ensino em março passado houve uma passagem forçada ao ensino remoto. Isto levou, por um lado, à descoberta das possibilidades oferecidas pelo digital, mas, por outro lado, à constatação dos seus limites.

Digo descoberta porque, mesmo que se soubéssemos que era possível, ser forçados a experimentar ajuda-nos a perceber o que funciona ou não funciona e as possibilidades existentes que afinal, nalguns casos, não são assim tão complicadas de usar. Percebemos também os limites da utilização do ensino online, sendo estes limites diferentes nos vários níveis de ensino.

Ficou também patente a grande desigualdade no acesso aos meios online. No inquérito aos professores que o Centro de Economia da Educação da Nova SBE realizou entre março e abril, com mais de 1500 respostas, uma grande percentagem de professores reportou que os seus alunos não tinham acesso aos meios necessários para seguir as aulas a distância. Porém, com enormes diferenças, mesmo quando nos focamos apenas nas escolas públicas: alguns professores reportavam que mais de 90% dos seus alunos conseguiam usar um computador com acesso à internet para seguir as aulas, enquanto outros professores responderam que a enorme maioria dos seus alunos não o conseguia fazer. Quando repetimos o inquérito após as férias da Páscoa constatámos que, apesar de um aumento no número de alunos com acesso a computador com internet, as desigualdades mantinham-se. (resultados aqui).

E esta é apenas a desigualdade no acesso aos meios informáticos, mas existe ainda a desigualdade decorrente de, no ensino primário, os alunos não serem autónomos. Por isso, a diferente capacidade e disponibilidade para apoiar das famílias agrava fortemente as desigualdades existentes. Para avaliar como o encerramento das escolas afetou a aprendizagem dos diferentes alunos, está agora a decorrer uma terceira vaga do inquérito aos professores onde perguntamos como voltaram os alunos para a escola depois deste tempo de aulas à distância (se é professor pode responder neste link).

Se digital quisesse apenas dizer ensino a distância, provavelmente só o queríamos usar em casos de absoluta necessidade, como durante a pandemia. Com tantos estudos a mostrar a importância das soft skills, tais como saber comunicar, trabalhar em equipa, socializar, não se pode pensar que as aulas online substituam a aprendizagem presencial.

Mas o digital pode ser mais do que isto, pode ser usado em sala de aula, com o apoio e proximidade de professor e colegas para aceder a conteúdos de grande qualidade que melhoram efetivamente a aprendizagem. As possibilidades de iteração e de adaptação do ritmo de aprendizagem às necessidades individuais que o digital oferece são também grandes. Mas, para isso, precisamos que todas as escolas tenham internet (apenas 32% dos diretores das escolas portuguesas no inquérito PISA diz que a rapidez do acesso à internet nas escolas é satisfatória, versus 67% na média da OCDE). É também preciso que os professores tenham a possibilidade de integrar nas suas metodologias de ensino a utilização destes recursos. Isso exige tempo de preparação e formação, além dos recursos tecnológicos.

No ensino superior, o espaço para usar o digital é certamente maior, dado o maior nível de autonomia dos alunos. Mesmo assim, o ensino presencial continua a ser fundamental. Os nossos alunos, na Nova SBE, disseram-nos claramente no inquérito que fizemos que preferiam que a passagem para online fosse apenas parcial, que não eliminássemos a experiência presencial. Mas a passagem forçada ao online abriu portas pelas quais é importante avançar. E há muitas experiências de combinação de online com presencial que estão a ser feitas com muito bons resultados.

Na Nova SBE estamos a fazer algumas experiências quer na Licenciatura, quer nos Mestrados, tirando partido do empurrão dado pela pandemia. Nalgumas cadeiras, os professores gravaram vídeos onde apresentam os conteúdos teóricos. As aulas presenciais partem desses conteúdos disponibilizados online para uma discussão e aplicação prática desses conteúdos. Outros exemplos usam o digital durante as aulas presenciais para fazer pequenos testes de escolha múltipla que permitem perceber rapidamente a apreensão dos conceitos expostos. Estes são alguns exemplos da complementaridade entre elementos presenciais e elementos online e de como o digital pode melhorar a experiência de aprendizagem.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/transformacao-digital-na-educacao-com-o-regresso-as-aulas-presenciais-em-que-ponto-ficamos-ana-balcao-reis/

Cinema Sem Conflitos: “Mysteries of the Wild”

Título:  “Mysteries of the Wild” | Autores: “Rui Veiga

“Numa ilha perdida no meio do oceano Atlântico é revelada uma descoberta científica que questiona tudo o que sabemos sobre a evolução das espécies.
Mysteries of the Wild e o seu apresentador acompanham neste breve documentário de vida animal, os hábitos de um casal de Monoculis Ori, naquela que será talvez a mais curiosa espécie de vida animal..”

Mais videos didáticos sobre Amor e Sexualidade, Bullying, Dilemas Sociais, Drogas, Emoções, Família, Racismo, Relações Interpessoais, Religião e Cultura, Violência, ambiente e gênero em  https://cinemasemconflitos.pt/

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCj6LBbDs8j93ijiuI-IKd3Q

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/12/cinema-sem-conflitos-mysteries-of-the-wild/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: