22 de Dezembro de 2020 archive

Não Temos Ministro da Educação, Temos Apenas um Político a Governar a Educação

Tiago Brandão Rodrigues gastou os seis minutos disponíveis para fazer um cerrado ataque aos sociais-democratas, mas não respondeu a qualquer pergunta da oposição.

 

 

O Ministro perdeu-se com coisas deste género:

“O PSD traz-nos aqui o que aconteceu entre 2011 e 2015 [período de Governo PSD/CDS-PP], um tempo de querubins e de querubinas, um tempo de serafins e de serafinas. E agora só LucíferesBelzebus, entes cornudos que existem por aqui a trabalhar a educação”, ironizou.

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Cada Vez Falta Menos…

… para os professores em início de funções com horário completo estarem a receber o salário mínimo. Muitos até já recebem menos devido às suas despesas com deslocações e uma segunda habitação.

Já era tempo de os aumentos salariais serem distribuídos também por quem recebe pelo menos até 2.000€

 

Governo dá luz verde a novo salário mínimo de 665 euros

Lisboa, 27/04/2020 – Decorreu hoje na TSF uma entrevista
conduzida por Ricardo Alexandre a Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
(Orlando Almeida / Global Imagens)

O Conselho de Ministros aprova, esta terça-feira, o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 665 euros, mais 30 euros do que aquele que está em vigor.

A medida beneficiará um universo de 742 mil pessoas, o que corresponde a 21% dos trabalhadores de Portugal e 13,2% do total da massa salarial nacional.

A subida do SMN é vista pelo Governo como decisiva na estratégia global de devolução dos rendimentos, combate à pobreza e redução das desigualdades sociais. “É, também, uma forma de responder à crise, não através da redução dos salários, mas assumindo a centralidade dos salários e dos rendimentos como um instrumento determinante para a recuperação e estímulo do consumo interno”, justifica Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ao JN.

O risco de pobreza dos trabalhadores em Portugal é de 13%. Desde que António Costa chegou ao Governo, o SMN já subiu 31,68%, o que equivale a um crescimento de 160 euros em seis anos. Quando tomou posse como primeiro-ministro, em novembro de 2015, o SMN estava em 505 euros. Em 2016 subiu para 530 euros, depois 557 euros, a seguir 580 euros, em 2019, 600 euros, este ano, 635 euros e, em 2021, será de 665 euros. Esta subida será acompanhada de um apoio extraordinário para as empresas fazerem face ao custo adicional, e que “será pago de uma vez só”, revela Ana Mendes Godinho. Os detalhes do apoio estão a ser delineados entre os ministérios do Trabalho, Economia e Finanças.

Paralelamente, o Governo atualizará os contratos de prestação de serviços do Estado em que haja muitos trabalhadores com salário mínimo, como forma de “garantir que o aumento acontece efetivamente nos trabalhadores abrangidos”.

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Torta educacional com recheio crocante de professores

 

Desde setembro que a minha vida se cumpre entre a casa e a escola, com o trajeto entre um ponto e outro a surgir como prelúdio de outra música cujo refrão termina em Covid. O dicionário diz-me que prelúdio é uma peça musical que antecede outra, como é o caso, por exemplo, das “fugas”, e confesso que nunca um género musical rimou tanto com os meus sentimentos.

Quem me conhece, mesmo vagamente, sabe que gosto de brincar com a arte da culinária, como gosto de brincar com as palavras, com todo a ausência de pretensiosismo que é possível imprimir em algo que mais não é do que divertimento (num caso como no outro).

Esta é uma receita imaginária, bastante económica – diria mesmo que traz grandes ganhos –, perfeita para ser saboreada num país que vive sob o espectro de dificuldades cada vez maiores. Poderá, em certas regiões do país, ser difícil encontrar à venda alguns ingredientes, em especial para o recheio crocante. Nesses casos, poder-se-ia experimentar substituir os professores por outras classes profissionais, mas dificilmente o amontoar deles nas quantidades necessárias para a receita acontece nos tempos que correm.

Vamos apenas imaginar que vivemos num país em que a maior parte dos professores tem mais de cinquenta anos. Excetuando o vinho do Porto, não me recordo, assim de memória, de algum produto que mantenha a validade com esse peso do tempo em cima. Em consequência, receio que apenas um cozinheiro jovem e ainda criativo, certificado por experiência adquirida no estrangeiro, esteja apto a concretizar esta receita, porventura munido de um saber inacessível a todos nós, meros admiradores menores desta arte maior.

Enfim, como cozinhar não requer palavras, avancemos com a boa vontade das mãos (que, curiosamente, também servem para escrever a receita que se segue).

Preparação:

Batem-se bem os professores e os alunos, até se obter uma mistura bem espumosa e homogénea. Este passo pode ser executado numa máquina “mini” com som estéreo. Também é viável bater à mão. O que verdadeiramente importa é que a mistura fique consistente, com os ingredientes bem unidos. A proporção será de um professor para (sejamos poupados) vinte e sete alunos. Mais do que um professor já será abusar desnecessariamente desta substância. Adicionalmente, como a maioria dos professores cultivados neste jardim tem mais de cinquenta anos, é preciso garantir previamente que este ingrediente, por se encontrar mais ressequido pelo tempo, ficou bem moído ao passar pela peneira. Este processo é bastante demorado até se obter a moagem perfeita: três meses, no mínimo.

Junta-se o ar da sala lentamente, durante um período de 90 minutos, envolvendo tudo em ventilação reduzida ou nula e nos gritos de protesto dos alunos por causa do frio que os tolhe (para a ventilação, é essencial escolher janelas que só abram obliquamente dez centímetros no topo). Esta instrução deve ser repetida pelo menos três vezes para ser eficaz, permitindo despertar e misturar todos os eflúvios que pairam na sala.

Transfere-se, depois, a massa obtida para um tabuleiro forrado com papel vegetal (serve qualquer outro tipo de papel usado nas escolas), untado com óleo.

Coloca-se na grelha do forno, pré-aquecido a 200˚ até dourar e estalar, mas sem deixar chegar ao fim, à reforma, fazendo o teste do palito. Retira-se assim que este sair seco. Não esquecer de utilizar uma das muitas grelhas educacionais disponíveis na cozinha.

Ter em atenção que cozinha muito depressa, entre dez a quinze minutos. Se demorar mais tempo, corre-se o risco de ficar irremediavelmente estragado.

Desenforma-se sobre reuniões presenciais polvilhadas com papéis mascavados e junta-se também raspa de discussão, que é opcional e não deve ser utilizada com sobranceria, por causa da acidez.

Cobre-se com o recheio de professores que ficou em vasilha à parte, depois de ter sido passado na sertã para o tornar crocante, e enrola-se.

Deixa-se arrefecer enrolada no pano, só transferindo para um prato depois de fria. Ou de morta.

 

Jorge Pinho

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Obrigaram-me a não trabalhar e querem-me pôr à fome nesses dias?

Há situações que me fazem duvidar de certas intenções. Que culpa tenho eu que me tenham posto em casa dois dias? Obrigaram-me a não trabalhar. Trouxe-me mais inconvenientes que outra coisa, havia programado as atividades letivas e tive que refazer a programação, adiar testes… por mais estranho que possa parecer a alguns céticos estes foram os comentários e a realidade que ouvi e vi.

O Governo decretou a suspensão das atividades letivas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro através do n.º 4 do artigo 22.º do Decreto n.º 9/2020, de 20 de novembro.

Os serviços administrativos estão a preparar-se para não pagar esses dois dias.

Salvo melhor opinião, ao tratar no mesmo artigo a tolerância de ponto da Função Pública e a suspensão das atividades letivas, está-se – erradamente – a enquadrar, para efeitos de remuneração, os dois assuntos no mesmo regime legal e, dessa forma, a não remunerar os dois dias de suspensão das atividades letivas. Enquanto que no primeiro caso, tolerância de ponto, é dada ao trabalhador a opção de faltar, no segundo caso, suspensão das atividades letivas, essa opção não existe. O trabalhador não será remunerado por dias em que, por decisão da tutela, não lhe é permitido trabalhar.

Se não me é permitido trabalhar, não posso ser prejudicado por isso. Ponto final.

E ninguém fala disto?

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Aos interessados e “entalados” no 6.º escalão

 

No âmbito do Processo 1646/20.6BELSB, Procedimentos de Massa, que corre seus termos no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, Unidade Orgânica 5, torna-se público, hoje, dia 21 de Dezembro de 2020, o anúncio de citação dos contra-interessados, no âmbito do Processo 1646/20.6BELSB (Procedimentos de Massa).

 

Processo n.º 1646/20.6BELSB

 

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