A nova proposta do diploma de concursos, para incluir os docentes na segunda prioridade, considera que precisem de trabalhar 365 dias de serviço nos últimos 3 anos e mantém ainda em dúvida se os docentes das escolas com contrato de associação possam ou não estar incluídos nesta prioridade, conforme se verifica neste artigo.
Independentemente disso acontecer ou não, há algo que de imediato se verifica com a redução dos anos necessários para os docentes ficarem incluídos nesta prioridade. Os professores que trabalham ano após ano nas AEC, na vontade de conseguirem ver o tempo reconhecido para essa prioridade vão estar quase todos fora dessa prioridade.
Será que continuará a haver professores interessados em amealhar tempo de serviço nas AEC, com horários reduzidos, sem que seja reconhecido esse esforço para se manterem na segunda prioridade?
Fica a pergunta.
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Boa questão.No Norte, as AEC são essencialmente asseguradas por professores e o recrutamento é exigente, sendo que muitos agrupamentos exigem profissionalização num determinado grupo de recrutamento. Esses professores lecionam AEC pelo tempo de serviço, nunca é pelo dinheiro, porque financeiramente não permite sobreviver.
Acho que seria interessante fazer-se um estudo das listas para perceber quantos docentes que já foram colocados este ano, que faziam parte da 2ªprioridade, deixarão de ser colocados, ao integrarem a terceira prioridade. Não são só os das AEC que sairão da 2ªprioridade, mas também imensos contratados, que sofreram a precarização dos horários dos últimos anos.
Não, claro; é bater no ceguinho! Deixo-vos o meu exemplo: este ano consegui conciliar AEC com aulas em outras duas escolas (3º ciclo e secundário), mas reparei que, ao passar de contratação de escola (45 minutos de aula), no ano anterior, para recibos verdes de “associação” (60 minutos de aula), perdi cerca de 25% do vencimento, que já de si era baixo. As AEC não são para professores, são para técnicos. Mas os agrupamentos continuam a exigir avaliação, planificação, etc. Então, os técnicos que o façam. Esta professora vai deixar-se disso.
Então sai lá das AEC e dá lugar a outros que gostavam de estar no teu lugar, sua burra. Mais outra parva que liga aos títulos. Somos chamados de “técnicos” porque dá jeito ao ministério pagar pelo índice mais baixo (126). Todos os profs das AEC são professores como os outros. Se trabalhares para uma câmara municipal e se fores licenciada, independentemente da tua área, és uma “técnica superior”… e ninguém morre por isso. Cagas e mijas como toda a gente, não nasceste com o “prof” ou “Dr” na testa.
O problema aqui não é o ser “técnico” ou “prof”, mas sim a diferença de vencimento que o ministério faz entre os profs AEC, apenas remunerados pelo índice mais baixo, e os outros. Estou me nas tintas se me chamarem de técnico,desde que me pagam como manda a lei. A partir do momento em que aceitas dar AEC , a escolha é apenas tua e tens que fazer o trabalho que te mandam. Quando dizes “os técnicos que o façam”….esses técnicos saõ colegas profs tal como tu , com licenciatura, sua tótó ignorante. Não queres, então dá lugar a outros que querem trabalhar.
[…] que já referi aqui é que será difícil encontrar docentes ou técnicos especializados para trabalhar motivados nas AEC com baixo vencimento e sem lhes dar a possibilidade de atingir esta segunda prioridade nos […]