4 de Dezembro de 2024 archive

A que custo se combate a falta de professores?

Partindo deste artigo do Arlindo, analisei as listas de ordenação dos candidatos à Mobilidade Interna, para tentar perceber o efeito que terá no combate à falta de professores, porque são estes candidatos que vão, durante este ano letivo, efetivamente ocupar vagas nos QZP’s e escolas carenciadas.

São 927 os candidatos que concorreram à Mobilidade Interna que surgem distribuídos na tabela abaixo de acordo com as prioridades:

0 e 1 – Docentes profissionalizados;
2 – Docentes não profissionalizados.

Dos candidatos profissionalizados, cerca de 300 já tinham sido colocados em CI/RR este ano, o que significa que a sua colocação em MI pode implicar deixar turmas sem aulas noutros QZPs (até porque muitos já estavam em horários ANUAIS).

Pelos dados acima, percebemos que 402 destes professores são não profissionalizados e destes, 174 não têm nenhum tempo de serviço, como podemos perceber pela tabela abaixo.

Percebemos a urgência na resolução deste problema da falta de professores, mas infelizmente o caminho que está a ser traçado trará custos graves a longo prazo. Não será arriscado, vincular aos quadros do MECI, licenciados não profissionalizados SEM tempo de serviço?

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Professores: não percam tempo! – Joaquim Ruivo

Por estes dias dei despacho a caixotes de papelada, acumulados por mim e pela minha mulher ao longo de 40 anos, no nosso percurso de professores de História. Fiquei abismado e perplexo.  Por tanta “papelada” lida e produzida, incluindo as dos Ministérios (leis, orientações curriculares e pedagógicas, esclarecimentos, guias, normativos), a papelada de centenas de estudos sobre práticas pedagógicas, orientações curriculares, planos, currículos, testes, material de apoio, normas para avaliação, relatórios de alunos, atas, justificações, planos de recuperação, medidas de apoio, cadernetas de alunos, material de apoio às aulas, sínteses para exames, exercícios de apoio…

Professores: não percam tempo!

No fim de 40 anos de serviço, como docente, dou por mim a lamentar tantos dias perdidos a escrever, planeando, programando, avaliando, justificando. Dou conta que desperdicei grande parte do tempo da minha vida em tarefas inúteis e inconsequentes. Senti que dei ao desbarato alguns milhares de horas da minha vida de volta da “papelada”, desnecessariamente.

Dei por mim desiludido pelo tempo perdido em tanta burocracia educativa e pedagógica. Uma imposta, outra criada. E depois os manuais. Guardei os anteriores aos anos 80 e lancei na reciclagem todos os posteriores. Centenas de manuais, de várias editoras, profusamente ilustrados, numa confusão de imagens e textos, acompanhados de centenas de cadernos de apoio para alunos e professores. Cheios de questões, com propostas de exercícios, grafismos saturantes, cadernos com fichas de actividades, com fichas de remediação, com sugestões de leitura, com links para sites, com CDs e DVDs, PowerPoints, vídeos de apoio e de consolidação de aprendizagens…

E depois comparei com os manuais de há 40 anos e mesmo os anteriores, ainda do Estado Novo. Pedagógica e didaticamente eficazes. As sínteses essenciais, os documentos essenciais, sem imagens desnecessárias, sem grafismo feérico e distractivo. E, dando o desconto aos manuais do Antigo Regime claramente politizados, dei por mim um retrógrado! Vejam lá: a apreciar a capacidade de síntese desses manuais, nas matérias e nos conteúdos aí expressos, bem como a apreciar as bem estruturadas questões essenciais de aprendizagem.

Dei por mim um retrógrado a desejar voltar à singeleza dos métodos pedagógicos e à didática sóbria e eficaz. Ensinar o que deve ser ensinado, sem ruído, sem perturbação, sem excesso de multimédia, sem excesso de conteúdos.

Dei por mim a desejar a exigência do esforço da memorização, para que os alunos até à 4ª classe, possam saber, por exemplo, a sucessão de reis portugueses, as dinastias e os períodos históricos, de trás para a frente.

Dei por mim a desejar que a História possa preparar bem os alunos, nem que para isso se admita que há necessidade de corrigir as práticas pedagógicas, depurar os programas e dar sobriedade aos  manuais, exigir memorizar e exigir trabalho.

Dei por mim a desejar que os professores tenham tempo de ensinar.

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Audiência da AJDF na Comissão de Educação e Ciência sobre a defesa da Saúde dos Professores

A AJDF, Associação Jurídica pelos Direitos Fundamentais, vem dar nota da sua intervenção na Comissão de Educação e Ciência, no passado dia 3 de dezembro, no que diz respeito à DEFESA da SAÚDE dos PROFESSORES.

Em 1946, a Organização Mundial de Saúde (OMS) na sua Carta Magna, definiu a saúde como “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.”

A bandeira da AJDF, é neste momento, a defesa da SAÚDE dos PROFESSORES. A Saúde pela sua abrangência engloba temas como:

  • ⁠ ⁠direito à Medicina do Trabalho e aos serviços de SST;
  • ⁠⁠denúncia do abuso de poder e do assédio laboral (mobbing) a Professores, nas suas mais diversas formas;⁠
  • defesa da Gestão Democrática nas Escolas;
  • cumprimento do ECD, denunciando abusos e ilegalidades presentes nos horários dos Professores.

 

 

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TIMSS: alunos do 4.º e do 8.º anos com pior desempenho a Matemática face a 2019

TIMSS: alunos do 4.º e do 8.º anos com pior desempenho a Matemática face a 2019

 

Estudo internacional revela queda nos resultados dos alunos do 4.º e do 8.º anos a Matemática, mas os mais novos saíram-se melhor nas Ciências. No geral, os rapazes apresentam um melhor desempenho.

Ver aqui o Estudo TIMSS 2023 sobre o 8.º ano e aqui sobre o 4.º ano.

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Falta de Professores, a quanto obrigas…. Concorrer a 4 QZP?

 

 

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“Na ausência de uma questão de saúde pública, deixem às escolas o que é das escolas”

 

“Na ausência de uma questão de saúde pública que nos obrigue à proibição, pedimos que deixem às escolas o que é das escolas”, apela a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas e da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo

Diretores deixam recado ao Governo sobre telemóveis: “Na ausência de uma questão de saúde pública, deixem às escolas o que é das escolas”

 

 

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