13 de Dezembro de 2024 archive

Sobre a Reunião FNE/MECI

A Federação Nacional de Educação (FNE) revelou esta sexta-feira que o ministério está a trabalhar para que as escolas saibam, antes do ano letivo terminar, quais as regras e recursos humanos que terão em setembro.

“O ministério da Educação vai antecipar e fazer tudo mais cedo, cerca de dois meses, para que as escolas saibam o que têm pela frente”, anunciou Pedro Barreiros, secretário-geral da FNE à saída de mais uma ronda negocial sobre vários diplomas relacionados com a vida dos professores, que foi liderada pelo secretário de estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha.

Segundo Pedro Barreiros, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) “vai fazer um despacho de organização do ano letivo, que permitirá às escolas saber as regras com que podem lidar ao longo do próximo ano letivo e saber quais os recursos humanos”, prevendo que o próximo concurso de professores esteja concluído “por volta de maio ou junho”.

Entre estas alterações, a FNE voltou hoje a pedir à tutela para que altere o atual regime de mobilidade por doença, que prevê a possibilidade de mudança de escola em caso de os professores ou familiares diretos estarem docentes ou a realizar determinados tratamentos.

“O ministério queria alterar o diploma ainda este ano, mas tal não vai acontecer. Será tratado em sede de negociação do Estatuto de Carreira Docente (ECD)”, explicou Pedro Barreiros, revelando que a reunião agendada para a próxima segunda-feira para debater o ECD foi novamente adiada, agora para 27 de dezembro.

A FNE disse hoje à tutela que “independente do calendário negocial”, a mobilidade por doença é uma das medidas “que têm de ser resolvidas já”: “Não podemos permitir o arrastar de situações para estes professores, queremos que no próximo ano letivo todos possam usufruir desta medida e foi-nos dito pelo ministério que há essa disponibilidade”.

Sobre os diplomas que estão hoje em negociação e que vão desde a recuperação do tempo de serviço, às regras a aplicar aos futuros estagiários e professores orientadores, Pedro Barreiros disse que algumas das propostas apresentadas pela FNE foram acolhidas, mas ainda há um caminho para percorrer.

“Houve a apresentação de uma nova proposta por parte do ministério em que há o acolhimento de um conjunto de contrapropostas que já tínhamos feito na última reunião, a aproximação revela uma melhoraria da versão final do documento”, disse no final da ronda negocial em declaração aos jornalistas.

Entre as boas noticias está a “concordância do ministério para a recuperação integral do tempo de serviço das 12,5 horas de formação”, mas existem questões que continuam sem acordo.

O valor a pagar aos professores que aceitem ser orientadores de estágio, que se mantém abaixo dos 90 euros, é um dos pontos de discórdia dos sindicatos. Se a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defende que devem ser 200 euros, a FNE diz ainda não ter um valor para apresentar, mas que em breve fará chegar ao ministério a sua proposta.

“Vamos apresentar contrapropostas até dia 20, com exemplos concretos daquilo que deverá ser o valor pago. Mas, em termos quantitativos, queremos apresentar uma proposta robusta e sólida e não apenas um valor ao acaso”, disse Pedro Barreiros, considerando também que o valor proposto pelo Governo, “diluído ao longo do ano” e após os respetivos descontos, significa que “se está a ter um trabalho adicional que não é remunerado”.

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Ainda não arrancou a auditoria externa ao número de alunos sem aulas anunciada pelo ministro da Educação

Os erros nos cálculos continuam a ser uma pedra no sapato do ministro da Educação. Se há semanas assumia publicamente a falha, agora o discurso é diferente.

Ainda não arrancou a auditoria externa ao número de alunos sem aulas anunciada pelo ministro da Educação

A discrepância nos dados que surgiram é do ano letivo passado, é preciso lembrar isso, não são da nossa responsabilidade. São números que nos foram dados quando chegámos”, frisou Fernando Alexandre.

Só a partir destes números vai ser possível perceber se o ministro cumpriu a promessa de reduzir em 90% o número de alunos sem aulas durante o primeiro período em comparação com o ano passado. Mas os resultados da anunciada auditoria parecem estar longe da conclusão.

“A auditoria está em contratação, vai ser um concurso público, à partida por qualificação prévia”, garantiu o ministro da Educação.

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Professoras agredidas pedem mais responsabilização das famílias

 

Carla Pais e Maria Ferreira [nome fictício] não se conhecem e têm um problema em comum: são ambas professoras, foram ambas agredidas e as duas sentiram-se abandonadas por um sistema em que os agressores saem “impunes”.

“Impunidade”: Professoras agredidas pedem mais responsabilização das famílias

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Aumento da violência nas escolas obriga a reforço de sanções

Diretores e organizações pedem reforço de meios nas escolas, mais policiamento e sanções disciplinares. Revisão do Estatuto do Aluno é admitida pelo Ministério da Educação.

Aumento da violência nas escolas obriga a reforço de sanções

Os diretores reportam cada vez mais processos disciplinares instaurados a alunos por agressões. As sanções mais graves (transferência de escola ou expulsão) têm de ser decretadas pelo diretor-geral de Educação. Em 2021-2022, foram remetidos 72 processos que resultaram em 18 transferências. No ano passado, foram 99 processos e 35 transferências. Desde setembro, revelou ao JN o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), foram enviados 27 processos que já determinaram a transferência de 8 alunos.

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