17 de Dezembro de 2024 archive

Governo pede a reformados que reforcem apoios nas escolas de forma voluntária

Professores que aceitem regressar podem dar explicações a alunos ou ser mentores de docentes mais novos em regime de voluntariado. Diretores receiam que trabalho “pro bono” não vá atrair mais candidatos para as escolas.

Governo pede a reformados que reforcem apoios nas escolas de forma voluntária

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Presidente da República promulga decreto da AR sobre reinscrições na CGA

Presidente da República promulga decreto da Assembleia da República

Tendo sido ultrapassada a objeção que fundamentou o veto presidencial, em agosto passado, ao diploma do Governo, o Presidente da República promulgou o decreto da Assembleia da República que procede à interpretação autêntica do n.º 2 do artigo 2.º da Lei n.º 60/2005, de 29 de dezembro, que estabelece mecanismos de convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social no que respeita às condições de aposentação e cálculo das pensões.

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Medidas do A+A e ponto de situação

Foram 4 notas informativas que chegaram hoje às escolas.

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E São Dados Validados?

Cerca de dois mil alunos não têm aulas a uma disciplina desde o início do ano

 

Este primeiro período letivo está a ser marcado pela devolução de muitos computadores de alunos que não beneficiam da ação social escolar. São equipamentos que se juntam aos milhares que estão por arranjar.

Cerca de dois mil alunos não têm aulas a, pelo menos, uma disciplina desde o início do ano, segundo estimativa do movimento “Missão Escola Pública”.

À Renascença, a porta-voz, Cristina Mota, acrescenta que pelo menos 32 mil alunos já tiveram falta de pelo menos um professor, durante este ano. Ambos os dados são superiores aos que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, indicou no Parlamento.

Cristina Mota diz que a única medida com impacto para inverter o cenário de alunos sem aulas, é a do aumento do número de horas extraordinário feitas pelos professores. Outras, como o regresso de aposentados, o adiamento das reformas e a integração de bolseiros, mestres e doutorados “ficaram muito aquém”.

Este primeiro período letivo está a ser marcado pela devolução de muitos computadores de alunos que não beneficiam da ação social escolar. São equipamentos que se juntam aos milhares que estão por arranjar.

“Encontram-se em arrecadações, empilhados, e não tem havido resposta. Ainda tivemos a surpresa da Internet não estar a ser cedida a alunos que não são subsidiados. Temos alunos a devolver os equipamentos, tendo em conta que não têm acesso à Internet”, explica.

Também muitas escolas tardam em ser intervencionadas. Anunciadas no ano passado pelo anterior governo, as prometidas obras em 451 escolas tardam em arrancar, obrigando muitos alunos a recorrerem aos cobertores para não passarem frio na sala de aula.

“Temos escolas com vidros partidos, onde o frio consegue aceder de uma forma muito mais significativa, sem que tenha solucionado este problema. Está longe de estar resolvido. Não existe nenhuma escola que esteja a ligar os ares condicionados para fazer face ao frio. Têm esse recurso, mas não têm o recurso financeiro para fazer essa manutenção dos gastos associados”, lamenta.

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Uma história de deseducação – Inês Teotónio Pereira

Os alunos portugueses têm vindo a descer nos rankings desde 2015, exatamente o ano em que o meu filho do meio atirou a toalha ao chão porque soube que não ia fazer exames

Uma história de deseducação

Os meus filhos passaram por todas as alterações das políticas educativas dos últimos 20 anos. Não preciso do PISA, do TIMSS ou de qualquer avaliação internacional para aferir o sucesso da Educação em Portugal. Os meus filhos são uma amostragem consistente e suficiente. Andaram em escolas públicas e privadas, fizeram exames e provas de aferição, frequentaram o ensino profissional e o científico-humanístico, passaram pela pandemia em todos os ciclos e experimentaram as diferentes regras de acesso à universidade. Tenho filhos em mestrados, licenciaturas, no secundário e no ensino básico. Estou habilitada.
No dia em que o meu filho mais velho entrou para a escola não havia telemóveis nos recreios. Foi nessa altura que se começou a falar de bullying e de necessidades educativas especiais. A gramática era a mesma de sempre, na matemática faziam-se contas de dividir com vários algarismos e os pais ouviam mais do que falavam nas reuniões de pais. Portugal estava a subir nos rankings das avaliações internacionais. Estávamos em 2006 e não em 1966 ou 1976. O que veio a seguir manteve a rota. Fizeram ambos exames no 9.º ano e mais quatro exames para concluírem o secundário e entrarem na faculdade.
O do meio passou por tudo. Fez o exame do 4.º ano e por ter mais dificuldades do que os outros tinha mais trabalho, aprendeu a ler e a escrever mais tarde, numa altura em que se dizia que a dislexia só podia ser diagnosticada no 3.º ano, mas conseguiu boas notas no final do primeiro ciclo. Desse tempo herdou uma letra bem desenhada e a tabuada decorada. É no segundo ciclo que lhe dizem que já não tinha de fazer exames no sexto ano. Exatamente o que ele queria ouvir. Trocou a matemática e a leitura pelo futebol e os trabalhos de casa por nada. Foi fintando as Aprendizagens Essenciais até ao 8.º ano, altura em que se deixou chumbar. Veio a pandemia e não fez os exames do 9.º ano, não precisou de os fazer no 11.º e só no 12.º se disponibilizou a ser avaliado para poder candidatar-se à universidade. Os que se seguiram passaram pelo mesmo, mas arrumadinhos num colégio privado longe das greves e com direito a exames internos alheios às políticas educativas que reinavam para lá dos portões da escola. O último é produto acabado da pandemia: aprendeu a ler em casa, mal portanto, é dos poucos da turma e do grupo de amigos que não tem telemóvel, e aprende coisas em gramática que nem o Google sabe. Foi com a FIFA que aprendeu inglês, as capitais e a fazer contas de cabeça para poder negociar jogadores. Não sabe o que são exames.
Conclusões que posso retirar desta experiência: os miúdos só estudam se souberem que vão ser avaliados e que as notas contam para alguma coisa, aprender gramática é importante mas quem não sabe ler e escrever bem não aprende coisa alguma, só as famílias que têm os filhos em colégios privados estão a salvo da esquizofrenia do público, os professores estão cansados de tudo, especialmente dos pais. Os alunos portugueses têm vindo a descer nos rankings desde 2015, exatamente o ano em que o meu filho do meio atirou a toalha ao chão porque soube que não ia fazer exames.

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Concurso para 8 Inspetores da IGEC

 

Educação, Ciência e Inovação – Inspeção-Geral da Educação e Ciência

Os oito (8) postos de trabalho destinam-se a ser preenchidos por candidatos com o grau académico de licenciado nas seguintes áreas de formação académica:

Referência A: Economia, Finanças, Gestão, Contabilidade e Auditoria (licenciaturas que se enquadrem nas áreas de educação e formação 314, 343, 344 e 345, da Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação, aprovada pela Portaria n.º 256/2005, de 16 de março) – 3 (três) postos de trabalho;

Referência B: Direito (licenciaturas que se enquadrem na área de educação e formação 380, da Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação, aprovada pela Portaria n.º 256/2005, de 16 de março) – 5 (cinco) postos de trabalho.

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