A Direção-Geral da Educação (DGE) promove um webinar intitulado “Avaliação Pedagógica: O que se fez, o que se pode fazer, o que é necessário reformular?”, que decorrerá no dia 11 de dezembro de 2024, das 17h00 às 18h30, em formato online.
Este evento, dirigido aos Diretores dos Agrupamentos de Escolas e Escolas Não Agrupadas, sob o mote “Que pode cada escola fazer sobre Avaliação Pedagógica?”, é um convite à reflexão sobre as práticas de avaliação pedagógica, à identificação de áreas de melhoria e ao desenvolvimento de estratégias para apoiar as escolas.
O webinar reunirá diferentes perspetivas e experiências relevantes para a temática, trazidas pelas vozes de Alberto Veronesi, Diretor do Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais; Ana Jordão Alves, Direção do Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo; Carlos Ceia, Professor na Universidade Nova de Lisboa; Daniela Ferreira, Professora na Universidade do Porto; Nuno Vieira, Diretor do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires; e Vítor Duarte Teodoro, Professor na Universidade Lusófona.
A sessão de abertura conta com o Diretor-Geral da Educação, David Sousa e a moderação estará a cargo das Professoras Elsa Estrela e Rosa Serradas Duarte.
Poderá assistir à transmissão do webinar através do link.
A IGEC tem competências para realizar auditorias às escolas, porque não realizar a auditoria ao número de alunos sem aulas desde o início do ano letivo e em outros momentos deste período?
O SIEE é dessa opinião. A IGEC é uma instituição que se tem mostrado muito fiável e idónea na sua atividade e conclusão que tira.
Já que o Arlindo não a pode fazer que a faça a IGEC. Sempre sairia mais barato do que contratar uma empresa ou instituição externa.
O cargo de Director foi criado pelo Decreto–LeiNº75/2008 de 22 de Abril, que concedeu a essa figuraum Poder praticamente ilimitado, incluindo a possibilidade de agir de forma autocrática, se for essa a sua vontade…
Com o protagonismo que foi outorgado ao cargo unipessoal de Directorpelo mencionado enquadramento legal, é provável que muitos Directores se tenham deslumbrado com o seu próprio Poder, o que muitas vezes resultouem inflexibilidade e arrogância, quase sempre culminandona dificuldade de gerir convenientemente as relações interpessoais que obrigatoriamente têm que manter, todos os dias, com terceiros…
Ainda que a maior parte dos dirigentes escolares não prescinda de afirmar a sua condição concomitante de Professor, uma parte significativa da Classe Docentenão costuma percepcionar os Directores como efectivos pares, nem comover-se com o seu alegado espírito de missão, nem reconhecer pretensos constrangimentos existentes no exercício de tal cargo…
Obviamente que os Directores não serão todos iguais, muitos deles contribuirão, certamente, para a existência de um bom ambiente de trabalho, agindo em função de uma liderança apaziguadora e com espírito democrático, assentes na confiança recíproca, na negociação e no comprometimento mútuo…
Mas, e apesar do anterior, em termos gerais, a relutância demuitos Professores em confiar nos Directores parece insanável e isso dever-se-á, sobretudo, ao facto de se considerar que grande parte das escolas é gerida de acordo com uma incondicional subserviência ao Ministério da Educação e aos seus desígnios…
E passados dezasseis anos desde a publicação do Decreto–LeiNº75/2008 de 22 de Abril não pode deixar de se reconhecer a existência de um fosso assinalávelentre os dirigentes escolares e a Classe Docente, muitas vezes referido e assumido pelos próprios Professores, em diversas circunstâncias…
O Conselho das Escolas é um órgão consultivo do Ministério da Educação, composto por Directores…
No passado dia 5 de Dezembro, conheceu-se a Recomendação N.º 01/2024 do Conselho das Escolas, datada de 3 de Dezembro de 2024, nomeadamente o que preconiza esse órgão consultivo do Ministério da Educação relativamente ao Regime de Autonomia, Administração e Gestão e ao Estatuto do Diretor…
Após essa publicação, não tardaram as reacções de muitos Professores,quase todas no sentido de desaprovar e de censurar as intenções expressas na referida Recomendação…
E, mais uma vez, vieramà tona várias visões opostas e aparentemente inconciliáveis…
E, mais uma vez, parece ter-se aberto uma novaferida, a juntara outras que, há muito tempo, teimam em não sarar,iminentementeincicatrizáveis…
E, mais uma vez, desavieram-se os Directores e os Professores, aparentemente sem hipótese de conciliação…
E, no fim, ninguém ganha… Perdem todos…
Perdem todos porque nenhum obterá o que realmente pretendia…
Perdem todos porque é o quegeralmente acontece quando, num sistemacomo uma escola, os organismos que se encontram eminevitável e indispensável interdependência, entram em rupturaou em conflito, latente ou manifesto,ao ponto de colocarem em causa a sobrevivência recíproca…
Metaforicamente, a Recomendação recentemente emitida pelo Conselho das Escolas parece ser o exemplo paradigmático de algo cuja principal consequência acaba por ser a introduçãodemais entropia num sistema, já de si fragilizado e que, cada vez mais, se vê obrigado a lutar pela própria sobrevivência…
Lamenta-se essa entropia, tão insensata e prejudicial para a sobrevivência do próprio sistema…
E o fosso vai sendo alargado, tornando-se cada vez mais intransponível e irremovível…