10 de Julho de 2021 archive

Colocações dos professores da 3ª prioridade (Concurso Interno)

Neste post, foram apresentadas as colocações, por QZP, dos candidatos da 3ª prioridade do concurso interno.

Agora, como complemento à informação anterior, é apresentado o grupo de colocação (destino) dos 852 professores colocados nessa prioridade, ou seja, que conseguiram mudar de grupo de recrutamento.

Dois dados relevantes:

  • Dos 342 colocados do 110, 108 mudaram para o 260 – Educação Física;
  • 130 professores do 910 conseguiram mudar de grupo, no entanto, entraram, vindos de outros grupos, 211.

Clicar na imagem para ver melhor

 

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Concurso Interno: distribuição dos professores candidatos na 3ª prioridade

A tabela abaixo apresenta a distribuição dos candidatos na 3ª prioridade no Concurso Interno (mudança de grupo de recrutamento) por QZP de colocação.

Dos 2700 candidatos, 852 conseguiram essa mudança, obtendo colocação principalmente no QZP 7.

Praticamente metade dos candidatos provém do grupo 110, mas também o 910 e  120  tem bastantes candidaturas. Muitos dos candidatos que conseguiram mudar foram colocados no QZP 7.

2/3 dos candidatos não obtiveram colocação. Fica a tabela:

 

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Quando os meninos me pediam “papel macio pró cu e roupa boa prá gente”…

 

Um dos textos que mais me custou a escrever e por isso tem mais lágrimas do que palavras.

Estávamos ainda no século XX, no longínquo ano de 1968, quando a vida me deu oportunidade de cumprir um dos meus sonhos: ser professora.

Dei comigo numa escola masculina, ali muito pertinho do rio Douro, na primeira freguesia de Penafiel, no lugar de Rio Mau.

Era tão longe, da minha rua do Bonfim, não podia vir para casa no final do dia, não tinha a minha gente, e eu era uma menina da cidade com algum mimo, muitas rosas na alma, e tinha apenas 18 anos.

Nada me fazia pensar que tanta esperança e tanta alegria me trariam tanta vida e tantas lágrimas.

Os meninos afinal eram homens com calos nas mãos, pés descalços e um pedaço de broa no bolso das calças remendadas.

As meninas eram mulheres de tranças feitas ao domingo de manhã antes da missa, de saias de cotim, braços cansados de dar colo aos irmãos mais novos, e de rodilha na cabeça para aguentar o peso dos alguidares de roupa para lavar no rio ou dos molhos de erva para alimentar o gado.

As mães eram mulheres sobretudo boas parideiras, gente que trabalhava de sol a sol e esperava a sorte de alguém levar uma das suas cachopas para a cidade, “servir” para casa de gente de posses.

Seria menos uma malga de caldo para encher e uns tostões que chegavam pelo correio, no final de cada mês.

Os homens eram mineiros no Pejão, traziam horas de sono por cumprir, serviam-se da mulher pela madrugada, mesmo que fosse no aido das vacas enquanto os filhos dormiam (quatro em cada enxerga), cultivavam as leiras que tinham ao redor da casa, ou perto do rio e nos dias de invernia, entre um jogo de sueca e duas malgas de vinho que na venda fiavam até receberem a féria, conseguiam dar ao seu dia mais que as 24 horas que realmente ele tinha. Filhos, eram coisas de mães e quando corriam pró torto era o cinto das calças do pai que “inducava” … e a mãe também “provava da isca” para não dizer amém com eles…

E os filhos faziam-se gente.

E era uma festa quando começavam a ler as letras gordas dum velho pedaço de jornal pendurado no prego da cagadeira da casa…o menino já lia.. ai que ele é tão fino… se deus quiser, vai ser um homem e ter uma profissão!

Ai como a escola e a professora eram coisas tão importantes!

A escola que ia até aos mais remotos lugares, ao encontro das crianças que afinal até nem tinham nascido crianças…eram apenas mais braços para trabalhar, mais futuro para os pais em fim de vida, mais gente para desbravar os socalcos do Douro, mais vozes para cantar em tempo de colheitas.

E os meninos ensinaram-me a ser gente, a lutar por eles, a amanhar a lampreia, a grelhar o sável nas pedras do rio aquecidas pelas brasas, a rir de pequenas coisas, a sonhar com um país diferente, a saber que ler e escrever e pensar não é coisa para ricos mas para todos, para todos.

E por lá vivi e cresci durante três anos e por lá fiz amigos e por lá semeei algumas flores que trazia na alma inquieta de jovem que julgava conseguir fazer um mundo menos desigual.

E foi o padre António Augusto Vasconcelos, de Rio Mau, Sebolido, Penafiel, que me foi casar ao mosteiro de Leça do Balio no ano de 1971 e aí me entregou um envelope com mil oitocentos e três escudos (o meu ordenado mensal) como prenda de casamento conseguida entre todos os meus alunos mais as colegas da escola mais as senhoras da Casa do Outeiro. E foi na igreja de Sebolido que batizou o meu filho, no dia 1 de janeiro de 1973.

E é deste povo que tenho saudades. O povo que lutou sem armas, que voou sem asas, que escreveu páginas de Portugal sem saber as letras do seu próprio nome.

Hoje, o povo navega na internet, sabe a marca e os preços dos carros topo de gama, sabe os nomes de quem nos saqueia a vida e suga o sangue, mas é neles que vai votando enquanto continua á espera de um milagre de Fátima, duns trocos que os velhos guardaram, do dia das eleições para ir passear e comer fora, de saber se o jogador de futebol se zangou com a gaja que tinha comprado com os seus milhões, e é claro de ver um filmezito escaldante para aquecer a sua relação que estava há tempos no congelador.

As escolas fecharam-se, os professores foram quase todos trocados por gente que vende aulas aqui, ali e acolá, os papás são todos doutores da mula russa e sabem todas as técnicas de educação mas deseducam os seus génios, os pequenos /grandes ditadores que até são seus filhinhos e o país tornou-se um fabuloso manicómio onde os finórios são felizes e os burros comem palha e esperam pelo dia do abate.

Sabem que mais?!

Ainda vejo as letras enormes escritas no quadro preto da escola masculina, ao final da tarde de sábado, por moços de doze e treze anos com estes dois pedidos que me faziam: “Professora vá devagar que a estrada é ruim, e não se esqueça de trazer na segunda-feira, papel macio pró cu e roupa boa dos seus sobrinhos prá gente”.

Esta gente foi a gente com quem me fiz gente.

Hoje, não há gente… é tudo transgénico .

O povo adormeceu à sombra do muro da eira que construiu mas os senhores do mundo, estão acordadinhos e atentos, escarrapachados nos seus solários “badalhocamente” ricos e extraordinariamente felizes porque inventaram máquinas e reinventaram novos escravos.

Dizem que já estamos no século XXI…”

Profª. Lourdes dos Anjos

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Docentes que Entraram no Quadro e Vão Ficar no Topo da Lista na Mobilidade Interna

O próximo quadro apresenta o número de docentes que tendo entrado este ano em quadro através da norma travão poderão ficar nos 30 primeiros lugares na Mobilidade Interna para escolha de escola para o próximo quadriénio.

Em primeiro lugar da lista da Mobilidade Interna poderão ficar 7 docentes de 7 grupos de recrutamento que têm mais graduação que todos os QZP que já estão no quadro.

Os grupos onde isso poderá acontecer são nos seguintes:

200 – História e Geografia de Portugal

210 – Português e Inglês

290 – Educação Moral e Religiosa Católica

320 – Francês

350 – Espanhol

550 – Informática

620 – Educação Física

Em alguns grupos estes docentes até ocupam as primeiras quatro posições da futura lista da mobilidade interna.

Estes dados são feitos de acordo com os candidatos ao concurso interno. Como os atuais QZP não são obrigados a concorrer ao concurso interno, mas terão de o fazer na Mobilidade Interna os dados finais poderão ser ligeiramente diferente, contudo já se percebe que a entrada no quadro em muitas situações vai colocar os professores com enorme vantagem no próximo concurso de Mobilidade Interna.

 

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APP Manifestação de Preferências Atualizada com Listas de Colocações

A aplicação “Apoio à Manifestação de Preferências” foi atualizada com a lista definitiva de ordenação e colocações do concurso interno/externo.

 

 

Esta aplicação, para além de ordenar as escolas por distância ou tempo de viagem, através de um ponto de referência (escola mais próxima de casa, a colocar no registo), também analisa as preferências manifestadas pelo docente e verifica quem desde 2013/2014 ficou colocado nessas preferências (docentes melhor ou pior graduados) e quando ficou colocado.

Esta atualização procede a uma ordenação feita por nós que faz uma previsão do número de ordem de todos os docentes do concurso interno para as prioridades da mobilidade interna.

Exemplo: um docente QA/QE que tem o número de ordem na lista de ordenação da DGAE como o 178 foi reordenado na nossa aplicação para a segunda prioridade, passando todos os QZP (incluindo os que entraram através do concurso externo, para a sua frente, no meu caso do exemplo o docente passou para o 383).

Ao invés, um docente que era QA/QE e mudou para QZP pode passar de uma posição na lista da DGAE de 758 para 123 na nossa aplicação.

O mesmo acontece com um docente do concurso externo que entrou em QZP, passou a ser ordenado no grupo de recrutamento onde entrou na 1.ª prioridade e colocado na lista em função da sua graduação profissional. Em alguns casos temos docentes que tendo entrado pela primeira vez em quadro vão passar a ser o primeiro docente da lista a escolher escola na Mobilidade Interna.

No caso dos docentes do concurso externo apenas foram retirados dessa ordenação os docentes que entraram no quadro, mantendo-se o mesmo número de ordem da lista da DGAE para os restantes docentes do concurso externo.

 

ATENÇÃO: Esta aplicação apenas deve ser adquirida na versão premium pelos docentes que foram candidatos ao concurso interno/externo, pois é através do número de candidato que se analisam as graduações e a ordenação dos professores. Quem é do quadro e não concorreu ao concurso interno, mas quer concorrer à Mobilidade Interna não irá aparecer nesta aplicação para analise da sua posição na lista.

 

 

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