28 de Julho de 2021 archive

Contra a resignação, contra a precariedade – João Costa

Começo desde já por agradecer ao professor José Seixo o texto publicado na página do P3/Público na passada 3ª Feira.
Através de um relato honesto e directo, José Seixo descreve a realidade de ainda tantos professores, ano após ano à procura não só da, cada vez mais, ansiada estabilidade mas também do reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido ao longo de anos, trabalho esse fruto da paixão, da carolice e do espírito de missão de quem escolhe dedicar, literalmente, a vida e o futuro a passar aos jovens a importância de não repetir os erros do passado e aprender em nome de um futuro, ou não fosse José Seixo professor da mais importante disciplina de todas: História.
Infelizmente, a surpresa deste relato é a mesma surpresa de quem, passados 20 anos desde a conclusão do meu curso de ensino, vem encontrar o mesmo cenário do qual fugi sem que nada, absolutamente nada, tenha mudado.
José Seixo relata a mesma incerteza anual do destino incerto à qual se soma a igual, senão maior, incerteza de um emprego, de um trabalho e de um salário para poder pagar as contas.
Entre as estatísticas e as parangonas dos jornais a apontar para a falta de professores, histórias como as deste colega entristecem-me. Poder ser professor-caixeiro-viajante já é uma sorte e a vida não é senão uma constante resignação onde as lutas de tempos passados por direitos de tempos passados estão também elas arrumadas em caixas.
Não há murros na mesa nem pontapés na mesma, não há raiva nem vontade, a injustiça e a desigualdade deixaram de existir ou são simplesmente ignoradas, comprar uma casa, viver a dois e em família são sonhos eternamente adiados e nada podemos fazer para além de, ano após ano e concurso após concurso, fazer as malas findo mais um ano lectivo.
Tal só acontece quando, neste país que é o nosso, não se conhece ninguém, não se tem o factor “c” ou um pai ou mãe para nos ajudar e empurrar e o professor José Seixo não tem. O seu caso é o caso de todos nós, a maioria dos portugueses destinados a ver os outros ao redor bem colocados na vida enquanto nos olham de lado e dizem que já são “do quadro”. Do quadro da empresa, claro, mas tentas vezes do quadro da própria escola.
Empatia, zero, união de classe também zero ou não estivesse o colega “de passagem”. Não pertencemos a uma profissão, somos cartas descartáveis, carne para canhão, rebotalho. Ironia das ironias, nunca seremos parte da História.
Gostava de poder dizer ao professor José Seixo que a vida não tem de ser assim. Gostava de poder dizer ao professor José Seixo que há alternativas. Gostava de poder dizer ao professor José Seixo que é válido apontar o dedo, tomar uma posição, comprometermo-nos, sair à rua e gritar como nós saímos à rua e gritamos ano após ano.
As alternativas existem e, no meu caso, encontrei-as lá fora, cá fora entre uma vida, uma casa, carreira, pertença a uma classe e futuro. Sem ajudas nem factor “c”, apenas trabalho e o reconhecimento do mesmo.
Parece mentira e é mentira, pelo menos agora depois do Brexit e do egoísmo dos britânicos. A luta é hoje muito mais difícil e não, eu não fiz bem, não saí na altura certa nem tive sorte: não tive alternativa e a fuga foi mesmo para a frente.
E talvez porque a luta é hoje tão mais difícil se explique a resignação a que de repente nos vemos sujeitos entre o baixar dos braços e a aceitação incondicional das migalhas que a custo esgravatamos do chão.
Estaremos a condenar uma geração inteira de professores à deriva não só nacional mas continental? Será esta uma política propositada independentemente do número de professores reformados de modo a denegrir ainda mais o ensino público em favor do ensino privado?
Se assim for, casos como o deste professor são um claro sinal de alarme.
Agradeço ao professor José Seixo a chamada de atenção, a qual replico, em nome da luta e de um futuro melhor não só para os professores mas para os alunos e todos os filhos deste país.

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Desistência total ou parcial CI/RR

Encontra-se disponível a aplicação eletrónica que permite ao docente proceder à desistência total ou parcial de contratação inicial (CI) e da reserva de recrutamento (RR), das 10:00 horas do dia 28 de julho até às 18:00 horas do dia 30 de julho de 2021 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE

Nota Informativa

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PROFESSORES, OS PILARES DA SOCIEDADE -António Galopim de Carvalho

PROFESSORES, OS PILARES DA SOCIEDADE

Quem não vir esta realidade ou é “cego” ou “tapa os olhos”.
Devo começar por afirmar que não estou aqui para agradar ou desagradar a quem quer que seja. Estou apenas a revelar a análise que faço de um problema nacional que sempre me preocupou. Em tempo de férias e a meio de uma pré-campanha eleitoral sem qualidade no conteúdo e na forma, desejo saudar os professores (sem esquecer os educadores) das nossas escolas e reafirmar que os considero os importantes pilares da sociedade e, uma vez mais, dizer a governantes e governados que é necessário e urgente restituir-lhes a atenção, o respeito e a dignidade que a liberdade e a democracia lhes retiraram.
Ao longo destes anos, verifiquei que:
– a preparação científica e pedagógica dos professores não tem sido devidamente testada, através de processos de avaliação a sério, criteriosamente regulados, por avaliadores devidamente credenciados.
– como no antigamente, a par de bons, muito bons e excelentes professores, muitos deles desmotivados, há outros, francamente maus, instalados na confortável situação de emprego garantido até à reforma;
– os sindicatos, nivelando, por igual e por baixo, os bons e os maus professores, têm grande responsabilidade numa parte importante da degradação do nosso ensino público;
– as sucessivas tutelas parecem estar mais interessadas nas estatísticas do que na qualidade do ensino;
– os programas oficiais amarram os professores, não lhes dando tempo para, como alguém disse, “divagações desnecessárias”, sendo, por assim dizer, obrigados a “amestrar” os alunos a acertar na perguntas dos exames, algumas delas, autênticas charadas;
– os professores estão sobrecarregados com tarefas administrativas e outras de que deveriam estar rigorosamente libertos;
– os professores estão mal pagos e muitos deles vivem longe das famílias ou perdem horas nos caminhos diários de ida e volta a casa e a contarem os tostões.
Em finais de 2015, na cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, no Palácio da Bolsa, no Porto, o Primeiro-Ministro, disse: “De uma vez por todas, o país tem de compreender que o maior défice que temos não é o das finanças. O maior défice que temos é o défice que acumulámos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de ausência de formação e de ausência de preparação”. Palavras sábias, mas que não passaram disso. A verdade é que continuamos na mesma, cada vez com mais futebol e, agora, entretidos a tempo inteiro, dos pais aos filhos crianças, a dedilharem nos telemóveis
É, pois, urgente olhar para esta realidade e haver vontade política (despida de constrangimentos partidários) para promover uma profunda avaliação e consequente reformulação de uma “máquina ministerial” poderosa e nebulosa, de há muito, instalada.

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Pensamentos sobre a minha classe ao ver o Sol no meu terraço – Luís Braga

 

Acho muita graça a quem diz “precisamos que os sindicatos façam isto e aquilo”. “Era preciso unidade”. “Se fossemos todos?!.”

A propósito de quase tudo na carreira docente, ou na Add, ou nas questões das escolas, se ouve isso.
Acho graça e rio muito.
Para não chorar.

Alguns têm problemas, muito específicos e limitados a grupos pequenos e, em vez de confiarem na própria luta e ação, aceitam a sua diluição nos grandes temas sindicais, onde questões de 100, não subordinam negociações de milhares.

Publicam nas redes sociais frases bonitas, às vezes mal atribuídas, de Salgueiro Maia, Mandela, Churchill ou Gandhi (ou outros), mas esquecem que esses fizeram a diferença, não porque esperaram o contexto bom de unidade, mas porque agiram, mesmo isolados.

Salgueiro Maia teve medo e chegou a ter uma granada no bolso para o caso de ser derrotado. Mandela era minoritário e um “terrorista”, cujas ideias, antes de ser preso, eram mal vistas.
Um dos heróis da História foi o juiz que praticou o ato individual de não o condenar à morte, quebrando a unidade.
Churchill defendeu guerra a Hitler, quando a maioria unida queria negociar a rendição. E Gandhi começou a Marcha do Sal com umas dezenas de companheiros, que eram os que estavam disponíveis para levar porrada. Consequência que não ajudava muito à unidade.

Unidade é uma abstração. Agir é a questão.

Muitos dos que se queixam estes dias das vilanias das vagas do 5o e 7o escalões roeram há uns anos a corda à greve às avaliações, festejaram a “brilhante negociação”, que as criou para extinguir os titulares ou acharam boa ideia emprestar os seus bens pessoais, sem contrapartidas, para o madraço turista desportivo, que faz figura de ministro, não ter uma crise para gerir à vista do povo.

Há uns meses, foi lançada uma petição para ajudar a atacar a ADD pela via da discussão da sua falta de transparência. Não chegou às 2000 assinaturas.

Estes dias, anda meio mundo confiante na fantasia de que os sindicatos já têm tudo negociado com o governo para os problemas se resolverem no contexto eleitoral.
Fantasia delirante, como as queixas da UGT de que o governo não negoceia, ou os recursos do governo ao tribunal constitucional contra nós, provam.

Um sindicato lançou uma minuta para pedir acesso às avaliações dos concorrentes na quota e provocar uma crise de entupimento burocrático na avaliação. Quantos aderiram, dos que se lamentam e queixam para o ar?

Quantos dos que se queixam de ser avaliadores, ou terem de aplicar quotas nas SADD, que dizem, a bater no peito, ser imorais, já pensaram em simplesmente demitir-se?
Se fosse em massa, acham que o Governo podia gerir a coisa?
O governo inglês começou a achar o Gandhi uma ameaça quando percebeu que não podia prender todos os que o apoiavam. Nem tinha quem os prendesse.
E o governo Sul africano libertou Mandela, depois de anos de luta, porque eram milhões a agir individualmente a pedir a sua libertação.

Quando vejo os habitantes de Hong Kong a lutar pela liberdade contra o poderio chinês tenho tanta vergonha da minha classe profissional.

Quantos estão a reclamar das quotas? E aderiram a uma tentativa de atacar judicialmente a lista das vagas?

Quantos, dos que acham as quotas imorais, declararam prescindir de muito bons mesmo em risco de não subir? Se houvesse essa solidariedade, a ferramenta de salamização que os governos usam ficava inútil. Não se pode corromper com uma vantagem se todos a recusarem.

Muitos dirão, falar é fácil.
Estou no 4o escalão e já declarei que, quando for avaliado para o ano, não quero mais de Bom e que vou prescindir e requerer que, em caso algum, seja beneficiário da quota. Se é imoral e injusta, não quero o benefício.

Fui muito bom aluno toda a vida e acho que sou um pouco melhor que bom professor.
Mas esse “bom” que vou reclamar, mesmo que me tentem dar mais, vai ser a nota de que me vou orgulhar mais, de todas as que tirei.
Porque a minha solidariedade não se vende por 50 paus por mês.
E os 50 euros são roubados de muitas centenas que me vao ficar a dever e continuo a querer reaver.

E os que reivindicam unidade podiam começar o discurso por aí. Que pensam fazer naquilo em que agem por si?

Avaliador externo não posso ser e, se for, impugno a nomeação até ao limite legal.
E, quem me conhece, sabe como sou picuinhas para gerar um efeito desses.
E ensino a quem quiser, porque exige persistência.

E numa SADD não posso estar pois não sou coordenador (uma das razões porque aceitei ser subdiretor da minha escola foi por ser caminho para me afastar da execução da ADD dado que corria o risco de ser eleito coordenador).

Mas se estivesse numa SADD havia de entupir o ministério (e os tribunais e outras entidades) com requerimentos e dúvidas. Até à paralisia, mas dentro da lei.

Se há coisa que aprendi em 31 anos a lidar com a administração pública é como é fácil paralisá-la, dentro da lei, a quem tiver energia e conhecimento.
E como os boys dos gabinetes ficam à nora com coisas dessas bem feitas.

Essa é a única via que nos resta.
Já que os professores, classe aburguesada, apática e politicamente passiva, deram em não fazer greves, faltam às manifestações, ligam pouco a petições, acham a ação política pornográfica e esperam que alguém, ou um milagre, resolva o que só a sua ação pode mudar.
Porque somos tão passivos e estamos ainda parados?

A minha mãe dizia sempre:” fia-te na Virgem e não corras…”
Não temos corrido e milagres não se têm visto.

 

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Organização do tempo de trabalho docente – SPZC

Organização do tempo de trabalho docente

Para a FNE, a promoção do respeito pelos docentes e pela sua profissão integra necessariamente a organização e o conteúdo do seu tempo de trabalho, com clara definição da sua duração e, portanto, dos seus limites.

No atual contexto, em que as aprendizagens dos nossos alunos são claramente afetadas pelos efeitos da pandemia e das interrupções e incertezas que ficaram a marcar os dois últimos anos letivos, ainda mais fortemente se assinala a necessidade de que o trabalho docente se concentre no desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem, para o que se torna essencial que se respeitem os tempos indispensáveis de planificação e de avaliação.

Já desde há muito tempo que a FNE tem vindo a defender que se devem produzir alterações no Estatuto da Carreira Docente, nas matérias que dizem respeito à determinação da duração da componente letiva e da componente não letiva do trabalho docente, para além de se promover uma clarificação do conteúdo de cada uma dessas componentes.

Temos consciência de que, em relação ao próximo ano letivo, já não há condições para se promover as alterações legislativas que seriam necessárias para se obterem as mudanças que se revelam indispensáveis.

Entendemos, no entanto, que nas atuais circunstâncias, se podem determinar orientações que sirvam de base para a organização do tempo de trabalho docente e que tenham em linha de conta as especiais exigências que hoje se levantam aos docentes.

1. Desde logo, crê-se que é de elementar bom senso e sinal de respeito pela organização da vida de cada um que seja conhecido desde o início do ano letivo, quer o horário semanal, com a distribuição das componentes letiva e não letiva de estabelecimento, mas também o calendário das reuniões ordinárias dos diferentes órgãos e departamentos que cada um integra. É desta forma que se contribui para assegurar que todos possam planificar adequadamente o seu trabalho e que os docentes assegurem um equilíbrio satisfatório entre o trabalho e a sua vida pessoal.

2. É indispensável que os educadores e professores possam dedicar o seu tempo de trabalho essencialmente às tarefas que são necessárias para permitir a continuidade das aprendizagens, assegurando-se que sejam respeitadas condições de condições de saúde e segurança sanitária de todos.

3. Devem eliminar-se todas as práticas que contribuam para o excesso de carga de trabalho dos docentes, nomeadamente aquelas que puderem ser evitadas em termos de planeamento e dados de avaliação sem caráter de urgência e que não tenham a ver com o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, bem como candidaturas e projetos que não tenham caráter inadiável e que não sejam imprescindíveis para a qualidade do processo educativo.
3.1. Deve ser assegurado que os docentes não podem receber correspondência eletrónica emitida pela Direção da escola, nem podem ser chamados a responder a solicitações da Direção, também por via eletrónica, fora dos seus períodos normais de trabalho.

4. Os docentes com atividade letiva presencial em horário completo atribuído não devem ser chamados a assegurar a substituição dos colegas ausentes, o que só poderá ocorrer em situações imprevistas e com caráter pontual, com a concordância do próprio, e com direito às respetivas compensações.
4.1. Preferencialmente, para que se assegurem as substituições, deve recorrer-se a contratação de docentes, em termos a definir;

5. A haver necessidade ao recurso ao ensino a distância ou em regime híbrido deve ter em linha de conta o seu impacto na carga de trabalho que lhe é associada, devendo assegurar-se a conveniente conversão em termos da definição das respetivas dimensões em termos letivos e não letivos, para efeitos da contabilização horária do efetivo tempo de trabalho do docente, sem sobrecargas, assim como a disponibilização de equipamentos e ferramentas digitais que permitam de uma forma eficaz e fluida, sem perdas de tempo, na sua utilização;

6. O apoio a grupos de alunos, no sentido de ultrapassar dificuldades de aprendizagem ou potenciar o desenvolvimento de capacidades, ou a situação de coadjuvação têm de integrar sempre a componente letiva.
6.1. Só pode ser integrado na componente não letiva de estabelecimento o apoio eventual e pontual a um único aluno.

7. Por outro lado, considera-se que deve haver uma orientação no sentido de que a componente não letiva de estabelecimento seja fixada até ao limite de 4 horas semanais destinadas:
• ao desenvolvimento de atividades colaborativas e de articulação pedagógica, atividades colaborativas de desenvolvimento do projeto educativo da escola, no limite de uma por semana, com a duração máxima de 90 minutos;
• a reuniões internas do estabelecimento de ensino previstas no horário do docente, as quais não devem ultrapassar uma por semana, com a duração máxima de 90 minutos;
• ao atendimento dos encarregados de educação;
• a ações de formação contínua, para a qual é reservada 1 hora das 4 horas semanais a gerir pelo docente.
7.1. Para o exercício de cargos de natureza pedagógica, não pode exceder-se os 25% da redução da componente letiva, sendo o restante assegurado por redução da componente letiva.

8. O número de horas atribuídas e distribuídas pela componente letiva e não letiva não pode exceder as 7 horas diárias.
8.1. A distribuição do serviço docente letivo e não letivo – incluindo as reuniões de índole pedagógica – não pode compreender mais do que dois turnos diários.

9. As horas da componente para a atividade pedagógica do crédito horário destinam-se à implementação das medidas ou de desenvolvimento de projetos de promoção do sucesso escolar e de combate ao abandono escolar.

10. As reuniões pedagógicas terão a duração máxima de 90 minutos, excetuando as do conselho pedagógico que podem ter a duração máxima de 120 minutos;

11. Todo o tempo de serviço prestado, inclusive reuniões convocadas, para além do tempo definido, semanalmente, para a componente letiva e não letiva de estabelecimento, deve ser pago como serviço extraordinário nos termos legalmente previstos.

12. A componente não letiva individual, que não pode ser inferior a 9 horas, destina-se a atividades de planificação, preparação e avaliação.

Redução do horário de trabalho letivo por idade e tempo de serviço

A FNE considera imprescindível que se corrijam os termos em que atualmente decorre a redução da componente letiva pela conjugação da idade e do tempo de serviço.

Em concreto, os docentes da educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico devem ser dispensados da atribuição de turma e de atividades com alunos e com carácter regular, por pelo menos um ano letivo, a partir dos 45 anos de idade e 15 anos de serviço, em termos a regulamentar, e aos 60 anos, por opção do docente, poderão ver garantida a dispensa total da componente letiva, ficando apenas com funções não letivas.

Os docentes do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário devem ter direito a reduções da componente letiva, a partir dos 45 anos de idade e 15 anos de serviço, em termos a regulamentar, e aos 60 anos, por opção do docente, dispensa total da componente letiva, ficando apenas com funções não letivas.

A redução da componente letiva determina o acréscimo correspondente da componente não letiva de trabalho de estabelecimento e de trabalho individual, não podendo o acréscimo da primeira ser superior a metade da redução da componente letiva determinada.

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10 Dicas de Antivírus Que Vão te Ajudar a Salvar seu PC Contra Ataques de Ransomware 

 

Um ataque de ransomware tem poder de literalmente acabar com vidas, fechar empresas e destruir reputações. 

Como um ataque tão devastador, saber como evitar ransomware é uma habilidade essencial não só para qualquer equipe de segurança cibernética, mas também para usuários comuns.

Neste artigo, vamos te dar dicas para evitar ataques deste tipo, seja por ações diretas performadas por você, ou pelo seu antivírus. 

Mas, antes de tudo…

O que é exatamente um Ransomware?

Ransomware é um tipo de malware que criptografa ou bloqueia os dados da vítima

Os invasores então exigem um resgate em troca de uma chave exclusiva para descriptografar ou desbloquear os arquivos. 

Como todo malware, um ataque de ransomware começa quando uma carga maliciosa entra no sistema, o que normalmente acontece por meio de:

  • Um link ou anexo corrompido.
  • Um anúncio que leva a um site com um kit de exploração.
  • Uma peça de hardware infectada.

Tome muito Cuidado com E-Mails Recebidos

Pois, o método mais comum de iniciar um ataque de ransomware é com um e-mail de phishing. 

O e-mail normalmente depende da engenharia social para incentivar o destinatário a clicar em um link ou baixar um anexo. 

Se o usuário cair na fraude, o malware será instalado silenciosamente no dispositivo.

Uma vez que o malware está dentro da rede, o programa se espalha para os sistemas conectados e procura dados valiosos. 

Se o programa criptografar os dados, a vítima recebe uma nota que exige o pagamento em criptomoeda em troca da chave de descriptografia. Caso contrário, os invasores ameaçam destruir a chave ou vazar informações confidenciais.

Abaixo estão os métodos mais eficazes para garantir que você não seja vítima de ransomware.

Configure um Firewall

Um firewall é a primeira linha de defesa baseada em software contra ransomware. 

Os firewalls verificam o tráfego de entrada e saída em busca de riscos potenciais, permitindo que a equipe de segurança monitore sinais de cargas maliciosas.

Para oferecer suporte a sua atividade de firewall, considere configurar:

  1. Marcação ativa de cargas de trabalho.
  2. Caça de ameaças.
  3. Avaliação consistente de tráfego para aplicativos, dados ou serviços de missão crítica.

Idealmente, seu firewall deve ter a capacidade de executar inspeção profunda de pacotes para examinar o conteúdo dos dados. Esse recurso identifica automaticamente os pacotes com software infectado.

Tenha um Antivírus Forte

Poderíamos fechar a seção aqui, pois um antivírus decente nem te permitiria abrir um link contaminado ou algo do tipo. 

Existem vários no mercado, e felizmente, o mercado brasileiro vem forte com antivírus 100% brasileiros para sua maior proteção. Normalmente, os antivírus gratuitos são bem limitados, por isso, dependendo de sua situação, vale sim a pena investir em uma ferramenta paga.

Use backups imutáveis

Um backup imutável opera como qualquer backup de dados, mas não permite que ninguém altere ou exclua informações. 

Este tipo de backup é a proteção ideal contra a corrupção de dados, seja ela maliciosa ou acidental. 

Se você for vítima de um ataque de ransomware, um backup imutável garante que:

  1. Você não precisa pagar o resgate para obter seus dados de volta.
  2. Sua empresa não sofre uma paralisação prolongada.
  3. Os hackers não podem criptografar dados, mesmo que alcancem o armazenamento de backup.

Segmentar sua rede

Depois que o ransomware entra em seu sistema, o malware precisa se mover lateralmente pela rede para alcançar os dados de destino. 

A segmentação da rede evita que invasores se movam livremente entre sistemas e dispositivos

Certifique-se de que cada subsistema na rede tenha:

  1. Controles de segurança individuais.
  2. Políticas de acesso restritas e exclusivas.
  3. Um firewall e gateway separados.

Se os invasores comprometem uma parte da sua rede, a segmentação os impede de alcançar os dados de destino. Os invasores precisam de tempo para invadir cada segmento, o que dá à equipe de segurança mais tempo para identificar e isolar a ameaça.

Execute testes de segurança regulares

As avaliações de vulnerabilidade permitem que você verifique os pontos fracos de um sistema. 

Normalmente, esta opção está sempre disponível através de antivírus. 

Mais uma vez, é importante ressaltar que apesar de ser possível fazer uma varredura do sistema com antivírus gratuitos, os mesmos são limitados, sendo a melhor opção os pagos. Descubra mais sobre internet mais segura.

Configure uma Sandbox

As Sandboxes são ambientes isolados que podem executar programas e arquivos sem afetar o dispositivo host ou a rede. 

Embora normalmente faça parte do teste de software, uma sandbox também pode ajudar as equipes de segurança cibernética a testar software potencialmente malicioso.

O uso de uma sandbox para detecção de malware adiciona outra camada de proteção contra diferentes tipos de ataque cibernético, incluindo ransomware.

Tenha Senhas Fortes

É necessário que você tenha consciência da importância de se ter senhas fortes. 

Infelizmente, as práticas comuns de senha são, em sua maioria, fracas.

Jamais tenha senhas “bobas” como “123456”, ou “123abc”. 

Não ter a mesma senha para várias contas também ajuda. 

Certifique-se de que todas as suas contas tenham senhas fortes, e que sejam atualizadas regularmente. 

Caso contrário, os invasores podem violar seu sistema com um simples ataque de força bruta.

Melhore a segurança do seu e-mail

As práticas recomendadas de segurança de email são cruciais para combater o phishing e outras armadilhas de engenharia social. 

Essencialmente, seu antivírus deve te fornecer serviços como:

  • Filtrar e-mails recebidos com arquivos com extensões suspeitas, como .vbs e .scr.
  • Rejeitar endereços de spammers e malware conhecidos automaticamente.

Configurar bloqueadores de anúncios

Certifique-se de que todos os dispositivos e navegadores dos funcionários tenham plugins e extensões que bloqueiam automaticamente os anúncios pop-up. 

O marketing malicioso é uma fonte comum de ransomware e o bloqueio de anúncios é uma maneira simples de limitar a superfície de ataque. 

Conclusão

Apesar de ataques maliciosos e hackers estarem continuamente em evolução, acreditamos que seguindo estas práticas, com certeza você estará protegido. 

Novamente, voltamos a reforçar que a escolha de um antivírus forte será essencial para um melhoramento de sua segurança online. Por isso, faça suas pesquisas, escolha bem, e navegue com segurança! Leia mais sobre segurança cibernética aqui.

 

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