Evolução dos Não Colocados na Mobilidade Interna Entre 2011 e 2013

Já com espaço em branco para preencher os de 2014.

 

Já me perguntaram algumas vezes qual a previsão que eu dava para 2014, mas nunca arrisquei um número para este ano.

Em Julho já tinha dito que este ano era mais do que previsível que não existisse uma segunda IACL e como tal não foi publicada qualquer lista de ordenação com os candidatos indicados na IACL1. E acho bem não ter sido publicada essa lista que apenas servia para fazer manchetes de jornais e tentar mostrar para a opinião pública que existem professores em excesso nas escolas.

Por isso procedeu bem o MEC em não a publicar, porque isso não é verdade.

Ao longo dos 3 últimos anos o número de docentes sem componente letiva, após a primeira colocação do ano, tem vindo a subir gradualmente e não me admirava nada que o mesmo acontecesse este ano. Contudo, tal poderá não acontecer porque pela primeira vez foi dada a possibilidade dos docentes sem componente letiva concorrerem na mesma prioridade para outros grupos de recrutamento para as quais possuem habilitação profissional.

O grupo 910 por ser o grupo em que é mais rápido obter uma qualificação pode ser aquele que terá mais docentes dos quadros colocados na mobilidade interna, assim como o grupo 110 que tem em todos os grupos do 2º ciclo professores habilitados para esse nível de ensino, principalmente os formados a partir dos anos 90 que são também os menos graduados nas escolas. É quase certo que o número de docentes sem componente letiva dos grupos 240 e 250 baixarão significativamente este ano por essa razão.

O ano passado já fiquei espantado com o elevado número de docentes dos grupos 300 – Português e 330 – Inglês pela enorme subida que tiveram em relação a anos anteriores. Não me acredito que essa tendência se mantenha e acho mesmo que pode ser invertida a breve prazo, em especial no grupo 330, porque também já me apercebi que existe uma tentativa de manter docentes de inglês numa situação mais vulnerável tendo em conta a oportunidade que surgirá em breve de professores desta língua para trabalhar no 1º ciclo.

O grupo 530 – Educação Tecnológica pode vir a ser em 2014 o grupo com mais docentes sem componente letiva. Não sei se o aumento que se tem verificado nos cursos vocacionais será suficiente para inverter os números deste grupo de recrutamento.

Relativamente aos 1954 docentes que vincularam e dizendo o MEC que essas vagas correspondem a necessidades das escolas, julgo que não deverão influenciar muito os números finais da ausência da componente letiva, mas sim influenciar na redução do número de contratações.

Mais prognósticos só quando saírem as listas, ok?

 

 

MOBILIDADE INTERNA 2011-2013 ESPAÇO 2014

 

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12 comentários

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    • Adnema on 4 de Setembro de 2014 at 23:40
    • Responder

    Este ano mais contratados ficarão no desemprego

  1. Os 1954 que entraram este ano e os 600 que entraram o ano passado alargarão a lista de horários zero do próximo ano porque, desrespeitando a lei 12-A de 2008, entraram em vagas que poderiam e tinham que ser ocupadas em 1º lugar aos professores que tinham vinculo com o estado. Não me venham com a treta do tempo de experiência no grupo porque no 910 e 110 entraram colegas com 2, 1 e 0 dias de serviço no grupo, tinham habilitação e podiam concorrer (concordo), qual o motivo para o MEC, FNE e FENPROF fecharem os olhos à lei? Algum haverá. Pena que mais uma vez seja um movimento de professores indignados com a corrupção e ilegalidade de quem nos governa e de quem teoricamente nos deveria defender e representar que vai a tribunal para defender a lei, defender a classe e defender a justiça perdida da colocação de professores.
    Juntem-se ao movimento dos professores indignados ou criem os vossos próprios movimentos de resistência e de luta contra os sindicatos e MEC. Os professores deveriam ser os principais negociadores com o MEC, não sindicatos governados unipessoalmente em defesa dos seus interesses e que não se importam com o atropelo da lei desde que o seu poleiro esteja garantido.

    • Helena on 5 de Setembro de 2014 at 8:50
    • Responder

    Há um erro Arlindo. O grupo 300 é de Português e o 330 de Inglês.

    • Pinto on 5 de Setembro de 2014 at 10:26
    • Responder

    Arlindo, conheço muitos docentes do 330 (é o meu grupo de recrutamento) que não se acham disponíveis para dar o 1º ciclo, mesmo com horário zero. Consideram uma despromoção, descer de nível, para não dizer pior. Ainda, não é preciso fazer a formação especializada? Ou será que aos docentes do quadro darão a possibilidade de lecionar o 120 sem a formação, impondo apenas a formação aos contratados? Não me espantaria nada se isso acontecesse.

    • Sónia on 5 de Setembro de 2014 at 11:08
    • Responder

    Arlindo: Porque razão considera que no grupo 300 (Português) a tendência poderá ser invertida…?
    Obrigada

    1. Já emendei o post.

    • Helena on 5 de Setembro de 2014 at 11:31
    • Responder

    Sónia, se ler com atenção o que o Arlindo diz (e cito) “Não me acredito que essa tendência se mantenha e acho mesmo que pode ser invertida, em especial no grupo 300, porque também já me apercebi que existe uma tentativa de manter docentes de inglês numa situação mais vulnerável tendo em conta a oportunidade que surgirá em breve de professores desta língua para trabalhar no 1º ciclo.” perceberá que ele se estaria a referir ao 330 (Inglês) mas que por lapso referiu o 300.

    • Helena on 5 de Setembro de 2014 at 11:33
    • Responder

    Pinto, pelo que me parece a formação para lecionar no grupo 120 será sempre necessária apesar de haver um excedentário de profs do quadro do 330.

      • ana on 5 de Setembro de 2014 at 13:23
      • Responder

      Se há colegas do 330 que não se vêem a dar aulas ao 1º ciclo, estão no direito deles. Deve-se sim dar oportunidade aos do 330 que desejam efetivamente lecionar nesta faixa etária. e perdoem alguns colegas e sindicatos que nos (mal) representam, mas não acho que mais formação a estes professores seja necessário,ou os vá fazer melhores professores. Um recém licenciado é melhor professor e mais habilitado do que um professor com 14 anos de tempo de serviço, que já teve alunos de várias faixas etárias e níveis de ensino (5º, 6º, 7º, 8, 9º, 10º etc, cursos cef, currículos alternativos, profissionais) e ainda alunos com NEE numa sala de aula de inglês? Para quê mais formação? Interessa aos bolsos de quem?

        • Helena on 5 de Setembro de 2014 at 13:32
        • Responder

        Ana, eu não estava a dar a minha opinião. Estava apenas a fazer uma dedução em virtude do que tenho lido sobre o assunto. Na verdade, subscrevo quase tudo o que diz.

    • Helena on 5 de Setembro de 2014 at 13:46
    • Responder

    Arlindo, acompanho-o no espanto que lhe causou o nº de horários zero nos grupos de Português e Inglês (3º ciclo) no ano anterior. Na verdade, não tendo havido qualquer alteração na carga letiva nestas disciplinas nem o que sucedeu ao grupo de EVT (há uns anos – supressão do par pedagógico), este fenónemo continua por explicar. Alguém consegue apontar razões?!

      • Asilva on 5 de Setembro de 2014 at 15:48
      • Responder

      Uma das razões pode ser o facto das várias reformas
      curriculares terem acabado com os diferentes níveis de língua. Não foi uma
      decisão de uma só vez mas várias que levaram a que hoje todos os alunos do 10º
      ano de Inglês sejam nível 6 o que levou a uma grande redução de turmas se
      multiplicarmos pelos vários níveis de ensino e pelas várias escolas do País. Já
      tive alunos no 10º ano nível 1, (nunca tinham tido Inglês antes), 10º nível 4
      (tinham iniciado Inglês no 7º ano) e 10º ano nível 6 (tinham iniciado Inglês no
      5ºano). Os vários níveis de língua no 3º ciclo e principalmente no secundário
      acabaram devido a várias reformas em que os alunos deixaram de ter opção e isso
      traduz-se em muito menos horários/turmas de Inglês nas escolas. Nessa fase
      entraram muitos docentes no sistema, nomeadamente em QZP.

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