E Mesmo Essa Fórmula

… duvido que seja assim tão correta.

Mas que se tem de encontrar uma solução que seja o mais consensual possível lá isso tem, mas depois disso que se mude a legislação sobre concursos para que em 2015/2016 nada disto volte a acontecer, de preferência eliminando-se os vários concursos que decorrem em simultâneo, para um único concurso nacional.

 

 

“Só existe uma forma matematicamente correcta” de corrigir erro no concurso de professores

 

 

Mais de uma semana depois de ter reconhecido a existência de um erro na fórmula que serviu para colocar docentes nas escolas, o MEC ainda não revelou qual a solução encontrada. A SPM diz que só há uma forma de harmonizar as duas escalas de zero a 20, que é o que o ministério diz que vai fazer.

 

 

E explica: “Verificando-se que uma das escalas (a relativa à graduação profissional) é aberta (porque não tem limite superior) e a outra é fechada (sempre entre 0 e 20), a única solução é procurar, no universo de todos os professores concorrentes, quais os valores máximo e mínimo de graduação profissional; tomar o valor mínimo de graduação profissional para zero da escala e o valor máximo como 20; converter proporcionalmente as notas graduação profissional de todos os professores para esta nova escala de 0 e 20; e, finalmente, calcular a média aritmética (com estas harmonizações) das notas da graduação profissional e da avaliação curricular”.

“Todas as alternativas provocam distorções nos resultados, pelo que a solução tem de ser esta. Não vejo, por isso, que razões possa ter o MEC para não a divulgar, assim como não entendo a demora na reelaboração das listas – com computadores isto resolve-se numa hora”, afirmou Jorge Buescu, frisando que a matéria “faz parte de um bem estabelecido ramo da Matemática e Teoria da Decisão, a Análise Multicritério, desenvolvido precisamente para concursos em que é necessário ponderar vários critérios”.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2014/09/e-mesmo-essa-formula/

11 comentários

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    • Coiso on 29 de Setembro de 2014 at 21:36
    • Responder

    Arlindo, esta fórmula agora sugerida pelo Jorge Buesco já eu a tinha explicitado aqui: http://www.arlindovsky.net/2014/09/um-exemplo-da-nova-classificacao-da-bce/#comment-1609542251
    E passo a transcrever o que disse nesse post:
    “a graduação profissional é, no mínimo, 10 valores. Sendo M o valor máximo da graduação a considerar (máximo de todas as graduações num certo grupo ou coisa que o valha) e sendo G a graduação de um certo candidato (G entre 10 e M), então o valor x que corresponde a G na escala 0-20 é obtido pela determinação do quarto proporcional da proporção x/20 = (G-10)/(M-10), isto é, x = 20(G-10)/(M-10).
    Por exemplo, se a graduação máxima considerada for M=30 e a graduação de um certo candidato for G = 24, então x = 20(24-10)/(30-10) = 14.”

    • Tareco on 29 de Setembro de 2014 at 21:57
    • Responder

    É mais outro disparate. Basta que haja um candidato, daqueles veteranos, que nunca desejou sair de casa, e que tem uma eEEEEEEEEEEnorme graduação profissional, advinda do tempo de serviço, para que se desloque para o topo, ou seja para uma amplitude anormal, a cotação de 20. Paramais , vão procurar noi universo de professores o valor mais elevado da GP., quando a média se situará muito longe desse veterano. Se o desvio padrão for elevado, é mais outra borrada.

      • Coiso on 29 de Setembro de 2014 at 23:34
      • Responder

      Tareco, eu não disse que concordava com a fórmula, apenas mostrei como se pode fazer a transformação da GP para a escala 0-20 …
      Quanto à possibilidade que referes – GP máxima ser muito superior à GP média – , não sei até que ponto ela poderá criar algum problema na seriação dos candidatos, não tive tempo para analisar.

    • Confu.dido on 29 de Setembro de 2014 at 22:08
    • Responder

    Matemáticos? deixem-se de fórmulas e simplesmente “delete” os subcritérios “anormais” e deixem a GP 😉 sem ofensas… estou farto disto.

    • Francisco Marques on 29 de Setembro de 2014 at 22:16
    • Responder

    Isso é um absurdo.

    Apesar de eu também já ter falado nessa fórmula (veja-se o meu comentário ao post “Um Exemplo da Nova Classificação da BCE”), esta fórmula é injusta e valoriza demasiado os subcritérios.

    Exemplo:
    Alguém com a GP de 30 valores num universo da pior GP = 15 valores e da melhor GP = 45 valores passa a ficar com 10 valores uma vez que fica colocado a meio da escala depois da conversão. Aplicando-lhe os 50% da ponderação, a sua GP passa apenas a valer 5 valores.
    Parece-vos correto?
    Para mim, NÃO…

      • Lion on 29 de Setembro de 2014 at 23:08
      • Responder

      Não percebi, explica outra vez, sff.

        • Francisco Marques on 29 de Setembro de 2014 at 23:32
        • Responder

        O que isto tudo quer dizer no exemplo que dei é que quem tiver 45 valores na sua GP passa a ter 20 valores na escala convertida e que tiver 15 valores passa a ter 0. Quem tiver 30 está no meio da escala por isso tem apenas 10 valores. Como tudo conta apenas 50%, a GP do que tinha 45 é considerada 10 e do que tinha 30, apenas 5. O que está no fim da lista (o que tem a GP mais baixa) terá 0 valores.
        Ficou claro porque é que isto não faz sentido.
        Deixem-se de subcritérios e de escalinhas. Considerem-se apenas as notas da GP…

    • Alex on 30 de Setembro de 2014 at 1:36
    • Responder

    Esta formula não tem fundamento. Uma vez que no seu final a distribuição dos pesos de cada parte não seria de 50/50, mas sim de uma variação de 15/85 ou 20/80.
    A única forma correta é fazer a separação dos anos de serviço da nota final de curso, essa sim de 0 a 20 e ponderar 50% dessa nota final de curso. Depois de convertida a AC para uma esca de 0 a 20 retirar 50% desse valor e juntar as duas, aqui sim estaria uma ponderação uniforme, à qual se adicionaria a majoração obtida pelo tempo de serviço.
    Parece Complicado mas é a mais justa, dentro da injustiça que é esta porcaria de concurso.

    A Formula seria (GP/2)+ (AC/2)+ (tempo serviço/365)

    Sendo que a AC já estaria numa esca de 0 a 20
    Assim seria valorizada a experiência profissional em vez de formações de 25h, onde estas poderiam valer mais do que muitos anos de experiência.

      • Alex on 30 de Setembro de 2014 at 1:38
      • Responder

      *Fórmula

        • Francisco Marques on 30 de Setembro de 2014 at 8:53
        • Responder

        Concordo mais com esta ideia pois vai ao encontro do que também defendo. O tempo de serviço não se deve misturar pois é uma valorização da experiência profissional.
        Mas continuo a dizer que o que seria correto era acabar de vez com esta palhaçada de subcritérios e fórmulazinhas , etc. etc. etc., tendo em conta que qualquer uma que se encontre agora irá sempre ser injusta.
        Colocações na BCE como as dos outros concursos – APENAS PELA GRADUAÇÃO PROFISSIONAL.

    • incorporeo on 30 de Setembro de 2014 at 1:41
    • Responder

    A tal fórmula de Buescu está, na minha opinião, mais próxima da equidade, mas torna-se incompreensível por que raio se há-de definir um valor mínimo. E explico:

    a) Como já disse num ‘post’ em outra entrada deste Blog, não me parece correcto limitar a escala APENAS ao universo dos docentes a concurso. Isto porque, tal como o sistema se apresenta, há inúmeros concursos ao longo do ano escolar. O ideal será identificar o docente em exercício de funções com maior graduação profissional. Será esse a fechar a escala (pelo menos nesse ano lectivo);

    b) A Graduação Profissional é absolutamente incompatível com o princípio de que “menor que 10 é ‘negativo’ e maior que 10 é ‘positivo’! É estúpido pensar dessa maneira, pois sendo a graduação profissional apresentada numa escala de uma grande amplitude, não é de todo correcto afirmar que um candidato que se encontre na metade inferior dessa escala seja um incompetente. Tem, certamente, menos tempo de serviço, mas não confundamos alhos com bugalhos! Ter menos tempo de serviço não é ser-se incompetente, caramba! E aplicar um valor mínimo, neste contexto, é aumentar a probabilidade de haver colegas com classificações abaixo dos 50%! O cálculo em questão visa a SERIAÇÃO, e não a CLASSIFICAÇÃO. E já imagino muitos doutores, no âmbito da sua deformação profissional, a colocar no lixo colegas seriados com menos de 50%…

    c) O problema de fundo desta estória das escalas e das médias reside essencialmente numa confrangedora falta de formação em conceitos básicos de matemática para compreender e dar uma solução ao problema. A começar pelos legisladores e, infelizmente, a acabar em muitos professores que nunca perceberam muito bem o que é uma escala ponderada nem uma escala aberta, nem a diferença entre uma escala para seriação e outra, bem diferente, para avaliação.
    Esta crítica está, aliás, bem fundamentada, pelas reacções algo anedóticas de alguns doutos colegas que tenho observado na minha vida profissional, que ignoram tudo o que vá para além do cálculo de uma média simples. No contexto da Avaliação, uma média ponderada pode ser bastante útil para, por exemplo, calcular o peso a atribuir na avaliação de cada um dos três períodos lectivos, particularmente quando tais Períodos têm tempos lectivos diferentes. Uma média simples para estas situações é altamente penalizadora para o Aluno, mas explicar isso a certos professores é uma aventura terrivelmente frustrante!

    d) Outro lugar-comum que nem tem muito a ver com esta polémica mas que poderá atestar o grau de literacia em Matemática é este:
    Em termos rigorosos, numa escala de 0 a 100%, o valor 50% está na metade “negativa” do conjunto! (50% ainda é “negativo”!). Só quando a esses 50% se soma um valor qualquer, por mais infinitesimal que seja, aí o resultado final já transita para a metade “positiva” da escala. Confuso? Corte um tijolo ao meio: Fica com 50% de cada lado. A metade ‘negativa’ e a metade ‘positiva’!

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