Neste momento, torna-se imprescindível conseguir demonstrar ao Presidente da República, ao Governo, aos Partidos Políticos e à “opinião pública” que os profissionais de Educação estão unidos, independentemente de quem convoque determinadas acções de luta…
Nesse sentido, assume particular relevância a participação de todos os profissionais de Educação na Manifestação agendada para o próximo dia 11 de Fevereiro…
Espera-se que essa Manifestação tenha uma adesão maciça por parte dos profissionais de Educação, mas também não pode deixar de se esperar que todos os Sindicatos presentes nesse encontro, e fora dele, pautem a sua actuação pela idoneidade, pelos Valores éticos e democráticos e pela maturidade cívica e institucional…
Por outras palavras, espera-se que os Sindicatos aí presentes consigam ultrapassar eventuais divergências entre si, que não caiam na tentação da deslealdade institucional ou de querer usar os profissionais de Educação como “armas de arremesso” ou como potenciais “troféus”…
Os intuitos facciosos ou a tentativa de determinados “usos indevidos” não serão admissíveis, ao mesmo tempo que se tornará muito difícil confiar na boa-fé de Sindicatos que ajam como se os profissionais de Educação fossem propriedade sua…
A credibilidade dos Sindicatos subordina–se, cada vez mais, à respectiva capacidade de independência partidária, algo que não deve ser ignorado por nenhuma estrutura sindical…
Livre do apego a quaisquer “agendas” ou “fretes” partidários, a união dos profissionais de Educação carece dessa independência, para se continuar a fortalecer…
Além do mais, todos os Partidos Políticos têm tido por hábito “abandonar” os profissionais de Educação nos momentos mais cruciais, o que reforça ainda mais a necessidade de independência de terceiros, para conseguirem alcançar as suas pretensões…
Obviamente que todos os apoios à causa dos profissionais de Educação são bem-vindos e se agradecem, mas o sucesso da presente luta dependerá sempre, e em primeiro lugar, dos próprios Docentes e Não Docentes…
Os Sindicatos têm a competência legal para declarar formas de luta, mas isso não significará, necessariamente, que quem adira a uma determinada acção reivindicativa deposite uma inabalável confiança na estrutura sindical que a tenha convocado…
Em coerência e conformidade com as minhas convicções, e sem enveredar pela via do “politicamente correcto”, por considerar que essa suposta “neutralidade do discurso” remete, quase sempre, para uma forma de não comprometimento, hipocritamente “asséptica” e pouco corajosa, que não partilho, não posso deixar de reiterar a censura à actuação da FENPROF, observada ao longo dos últimos anos…
Apesar da avaliação negativa à conduta da FENPROF, que só se alterará quando existirem suficientes provas em contrário, tal não me impedirá de estar presente na Manifestação do dia 11 de Fevereiro, convocada por essa Federação de Sindicatos, sobretudo por considerar que, no momento actual, Valores mais altos “se alevantam”…
O Sindicato S.T.O.P. teve, até agora, o mérito e a “ousadia” de conseguir aglutinar os profissionais de Educação, contribuindo de forma determinante para a interrupção do círculo vicioso do silêncio, da indiferença e da auto-sabotagem… Assim continue…
Pelo que se tem visto e sentido, a presente luta tem-se apresentado como tendencialmente independente de “devoções” e de “credos” partidários e talvez esse seja um dos factores que mais tem concorrido para a crescente adesão à mesma…
Os profissionais de Educação não ficarão sozinhos, se permanecerem unidos e convictos da sua razão…
E para não cair em “melosos” discursos motivacionais, afirmo apenas mais isto:
Metaforicamente, no momento actual, os profissionais de Educação fazem lembrar aquelas pessoas que, acidentalmente, descobriram o desafio de fazer pipocas com a panela aberta, superando-o pela sua audácia, coragem e persistência…
Quem precisa de tampas? Basta de tampas. Com “tampas” já andámos tempo de mais…
Todos à Manifestação do dia 11 de Fevereiro!
(Paula Dias)
5 comentários
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200 mil ???
200mil os sindicatos tradicionais não souberam aproveitar essa união e venderam-se ao poder.
Cara, Paula
Subscrevo o que escreveu.
“O Sindicato S.T.O.P. teve, até agora, o mérito e a “ousadia” de conseguir aglutinar os profissionais de Educação, contribuindo de forma determinante para a interrupção do círculo vicioso do silêncio, da indiferença e da auto-sabotagem… Assim continue…”
HOJE o Presidente da Assembleia da República disse numa entrevista:
“Agora este modelo anarco-sindical fora de tempo” .
Está mesmo a tempo de os incomodar, pois os outros não nos levaram a lado nenhum.
Estão agora armados em salvadores da pátria mas é só uma curta metragem.
Paguei mais de trinta anos, mandei-os dar uma volta quando foram as greves à avaliação.
A última vez que fui aumentada fiquei a ganhar menos 27 euros, agora fiquei a ganhar menos 3 euros.
Viva a República das bananas onde estamos metidos.
O PR, o PAR (Presidente da Assembleia da República) e o 1º Ministro estão todos feitos!
Ide para a vossa boa reforma…
Parabéns ao STOP! Sem este novo sindicato ainda ter+iamos o Nogueira encostado no sofá para continuar o jogo do faz de conta que fez todo o tempo que durou a geringonça. Se não fosse ter começado a perder sócios, em alguns Agrupamentos perdeu mais de 30 sócios, ainda estaria a fazer esse joguinho de faz de conta. Viva o novo Sindicato! Lá estaremos de novo em Lisboa a mostrar a nossa força.