Novo Estatuto da Carreira Docente aprovado em Conselho de Governo
O novo estatuto da Carreira Docente nos Açores foi aprovado pelo Conselho de Governo e de acordo com a Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, garante “a equidade entre os ciclos e níveis de ensino” e a recuperação “do tempo de serviço perdido na transição entre carreiras”
Para a titular da pasta da Educação, a nova proposta “revelou-se essencial”, tendo em conta, especialmente, “a situação de contestação nacional”.
Recorde-se que, no continente, os professores e educadores estão em greves sucessivas há quase dois meses, reivindicando melhores condições para a carreira docente praticada em Portugal continental.
“No entendimento do Governo dos Açores, este diploma traduz indubitavelmente a recuperação de melhores condições de trabalho e da carreira docente dos Açores”, frisa Sofia Ribeiro.
Segundo a governante, a nova proposta de Estatuto Regional serve como “mecanismo” que permite “manter a paz social, fundamental para a defesa da Escola Pública e do Sistema Educativo Regional”.
“Introduzimos condições mais vantajosas para a formação contínua, mas também para a formação inicial, como condição habilitante para o exercício da profissão, de que é exemplo a remuneração dos estágios em ensino, bem como situações de apoio prestado por docentes com experiência a trabalhadores que exerçam a docência no primeiro ano da sua atividade”, revela Sofia Ribeiro.
No documento é também “salvaguardado “o regime de faltas, férias, licenças e dispensas” aplicável à administração pública, uma vez que, de acordo com Sofia Ribeiro, “o estatuto atualmente em vigor determina condições mais penalizadoras para os professores e educadores dos Açores”.
Sofia Ribeiro salientou que o documento foi negociado com as associações sindicais representativas do pessoal docente, “que reconheceram a sua revisão imprescindível”.
1 comentário
Muito bem! Mais uma um país 2ou 3 sistemas! O país não é só um? Com tanta injustiça, os políticos até podem não atender às justas reivindicações dos professores, mas que ninguém se iluda: esta onda de revolta, resultante de tanta injustiça, nada trará de bom para o Ensino: os professores ficarão marcadas no mais fundo da sua alma por tanta humilhação! Será uma ferida a sangrar diariamente que impedirá a entrega, o dar-se à escola, para além do que lhes é estritamente exigido! Será uma erva daninha que, a pouco e pouco, se espalhará através de diferentes ações! Não há ânimo! Não há chama! Grassa a revolta e o desencanto! Ter profissionais a trabalhar com este estado de espírito, vai minar toda a educação e a própria sociedade/ democracia! Mas os políticos pouco se importam com o futuro. o que importa é o imediato, para arranjarem a sua vidinha e a dos amigalhaços!